Uma Semana Depois
Sexta - Feira, 08 de Janeiro de 2013

Hoje era o grande dia.

O dia em que me uniria nos laços do matrimônio com o homem que sempre amei e vou continuar amando pelo resto dos meus dias.

A alegria que sentia era tão grande que não conseguia descrever tamanha felicidade.

Mas contraditoriamente, ainda sentia um sentimento de angústia, como se algo grandioso e terrível estivesse prestes a acontecer.

"Não Ana, calma. Nada de errado vai acontecer, isso é coisa da sua cabeça. Se concentre em tornar esse dia memorável." Falei comigo mesma.

Felizmente, por hoje, joguei para o lado esse esse pressentimento estranho e me concentrei apenas em meu casamento, no qual, ficaria datado para sempre como a data mais importante de minha vida.

Afinal, não é todo dia que você se torna a Sra. Edward Cullen.

Passei minha lua de mel na companhia do meu noivo. Apesar de agora com cinco meses a barriga estar começando a despontar, nos descobrimos muito criativos entre quatro paredes. Ontem fizemos amor com tanta intensidade que senti lágrimas deslizando por meu rosto. Era como um ciclo que se fechava. O dia marcava a transição de nossas vidas. Pois em menos de um dia daquela hora, me tornaria oficialmente e em todos os sentido da palavra.

Logo no início da manhã, minha sogra e minha cunhada me arrastaram para um SPA de luxo, onde fui submetida a tratamentos faciais, de pele, massagens, hidromassagem e principalmente a depilação. Ou seja, todo o tratamento especial para que uma noiva fique deslumbrante.

Não queria me desgrudar do meu amor , mas infelizmente era necessário. Assim, aceitei de bom grado o que elas me impuseram.

Antes do crepúsculo já me encontrava pronta e muito ansiosa para rever meu amor. Meu vestido era creme, todo bordado e justo, o que acentuava minha barriga de cinco meses, eu estava me sentindo uma princesa em um conto de fadas. E logo me casaria com meu príncipe.

Já me encontrava no carro na frente da igreja. Alice ainda veio com a história de que a noiva chega atrasada e tal, mas eu tinha pressa eu precisava garantir para mim mesmo que aquilo e estava acontecendo e que era real. Eu precisava daquele homem. Eu precisava de Edward.

Esperei dez meses por esse momento. Não posso esperar mais.

Então a contrariando, saí do carro já me preparando para entrar a qualquer custo. Dispensei a entrada dos noivos e padrinhos na minha opinião aquilo era completamente desnecessário, queria ser a primeira pessoa que ele veria entrando por aquelas portas e vindo em sua direção. Isso fez Alice ser obrigada a dar o sinal para a marcha nupcial ficar a postos.

Charlie veio ao meu lado para me conduzir para o meu destino. Meu Edward.

— Já está pronta querida? - perguntou Charlie

— Sempre pai.

— Bom, eu sabia que esse momento iria chegar, mas não pensei que fosse ser tão breve.

— Pai, todos sabíamos que isso ia acontecer. O senhor sabe o quanto eu almejei por isso e a grande felicidade que me encontro por poder finalmente, realizar esse sonho. Mas quero que saiba que apesar de tudo ainda serei sua garotinha. - falei abraçando-lhe lutando contra as lágrimas que teimavam em cair.

— Não chore menina, não chore. Vai borrar sua maquiagem e não é o que queremos no momento. Só quero que saiba que te amo mais que tudo filha e estarei aqui para o que precisar. Agora vamos que pelo visto você não está com cara de quem quer atrasar mais.

— Sim pai, com certeza. Vamos. - Deixei-o me guiar até o altar, estava trêmula e muito ansiosa.

Minha vontade era andar o mais rápido possível e chegar até meu noivo. Mas Charlie me deu um freio e um olhar repreensivo percebendo minha ansiedade. Dane-se, já amava aquele homem com toda minha vida, precisava estar conectada a ele de todas as formas humanamente possíveis.

Quando a segunda porta que dava acesso a igreja foi aberta e a marcha se iniciou eu fiquei maravilhada com que vi.

A decoração estava impecável. Haviam dosséis de rosas e orquídeas por toda a Igreja estavam muito bem distribuídas em partes estratégicas.

Ao fundo, pude ver o meu futuro. Edward.

Estava no final do imenso tapete vermelho lindíssimo como sempre e logo quando me deu meu sorriso torto preferido quis correr a seu encontro.

— Calma, Ana. - replicou Charlie, ao meu lado, apertando suavemente minha mão.

— Estou tentando ter calma pai, mas não consigo - contestei.

— É normal ficar ansiosa no dia do casamento. Eu também fiquei muito ansioso no meu casamento com a sua mãe. - falou me guiando ao altar.

Demorou alguns segundos para me dar conta que já estava no altar segurando a mão do meu noivo enquanto Charlie lhe dizia:

— Cuide bem dela rapaz. Está em suas mãos meu maior tesouro. Não a faça sofrer Edward.

— Não se preocupe Charlie, cuidarei dela com a minha vida - respondeu dando seu sorriso torto, enquanto meu pai assentia e ia para o lado de minha mãe.

Viramos para o padre que logo começou a cerimônia. Estava tão feliz em meus próprios pensamentos que só ouvi quando o mesmo disse:

— Anabella Marie Denalli Swan você aceita Edward Anthonny Masen Cullen como seu legítimo esposo?

— Sim. - afirmei categoricamente com um sorriso gigantesco no rosto.

— Edward Anthony Masen Cullen você aceita Anabella Marie Denalli Swan como sua legítima esposa.

— Sim, aceito.

—Se  tem alguém que deseja impedir esse casamento que fale agora, ou cale-se para sempre... - como ninguém se manifestou, ele continuou. - Bom, já que não há nenhuma imposição, pelos poderes investidos à mim, eu vos declaro, marido e mulher, pode beijar a noiva.

Quando nossos lábios se tocaram, aconteceu algo inusitado. Parecia que estávamos nos despedindo, não dando um beijo do início de nossa nova vida.

Ele deu um beijo em minha barriga de cinco meses e me abraçou sussurrando em meu ouvido o quanto eu o estava fazendo o homem mais feliz do mundo naquele dia.

Saíamos da igreja quando de repente, vejo uma silhueta familiar em cima de uma moto sacando uma arma e mirando à Edward. Não deu tempo de ter um raciocínio lógico, só senti que teria que proteger meu amor e tudo ficaria bem.

Assim, lancei-me à frente de Edward e senti uma força me puxando para fora do meu corpo, depois disso, tudo o que vi foi a escuridão.