O Despertar dos Sentimentos escrita por Luana de Mello


Capítulo 47
Recomeços




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Pov. Hinata

Acordo com a garganta seca, sentindo muita sede, como vinha acontecendo todas as noites, quando ergo meu corpo para pegar a jarra de água, noto a cama muito mais espaçosa que o habitual, e quando tateio em busca do meu marido, encontro seu lado da cama vazio e os lençóis sem nenhum resquício de calor; suspiro alto, isso também havia se tornado um habito, há exatas três semanas, Naruto se esgueira do nosso quarto em meio a madrugada. No começo, eu até não fazia conta, sabia que ele ficaria agitado nos primeiros dias, então apenas me acomodava melhor e esperava que ele voltasse ao meu lado; mas agora essa situação já começava a incomodar, a falta dele ao meu lado para dormir, impede que tenha uma boa noite de sono, e esse vazio tira todo o aconchego que estava acostumada. Sabendo que não poderei dormir mais, desço da cama e piso do assoalho gelado descalça mesmo, esses dias mais quentes que o normal, estavam tirando minha paciência, e consequentemente acabei ficando mais irritadiça do que normalmente seria; mas como Sakura havia me dito, nada será igual, por mais que já tenha passado por isso, essa experiência será completamente diferente, tanto que ainda não tive os terríveis enjoos que quase me impossibilitavam de andar, quando estava esperando Katsu.

Por vezes nas últimas noites, quando olhava pela janela, o encontrava sentado ao lado do jasmim, algumas vezes apenas olhando para o céu, outras rindo e contando algo, que o vento primaveril me impedia de ouvir; e hoje não seria diferente, quando pisei no último degrau da escada, a porta de correr da sala estava aberta, e o perfume das flores invadia a casa inteira. Agradeci por não ter os enjoos ainda, ou não poderia apreciar as fragrâncias dessa maravilhosa estação. Sem fazer ruido, caminhei pela grama e me sentei ao seu lado, Naruto não se alterou em nenhum segundo, continuou olhando para o céu como antes; quando me acomodei ao seu lado, ele apenas passou um braço por meus ombros e me puxou para mais perto de si, deixando claro que já havia percebido que estava me aproximando. Apesar dos anos terem passado, e de muitas vezes termos estado separados um do outro, ainda possuíamos aquela conexão única, que fazia com que nos entendêssemos sem a necessidade de palavras; por isso era fácil adivinhar o que estava acontecendo agora, e mesmo que ainda em meio a um sofrimento que nunca nos deixaria, hoje somos capazes de encarar o passado com um pouco de conformidade.

— O que você estava contando ao nosso filho? — pergunto sem rodeios, com Naruto não é necessário omitir nada.

— Contei como a Vila evoluiu, contei como seus tios estão me tirando a paciência. — Naruto começa a falar com calma, a voz um pouco ronca — Contei também como sua mãe está cada dia mais linda, e como seu irmãozinho está crescendo forte e saudável.

— Katsu com certeza está contente! — falo baixo, de olhos fixos na quase invisível, plaquinha de mármore abaixo do jasmim — Kushina, Minato e Jiraya devem estar cuidando bem dele agora.

— Você sempre teve muita certeza disso, não é Hina? — Naruto pergunta, me ajudando a ficar em pé — Mesmo que a gente não saiba o que acontece depois, você nunca duvidou que nosso filho estaria com meus pais.

— É por quê sou a mãe dele, eu sei dessas coisas! — Afirmo e entrelaço nossas mãos, Naruto ainda não está pronto para saber o que vi, ele ainda se culpa demais — Assim como sei que Boruto vai ser tão arteiro como o pai.

— Não Hina, não diga isso. — Naruto protesta, e seus olhos se enchem de pavor — Como vou educar um moleque assim? Fico em pânico só de pensar nessa possibilidade.

— Pois se prepare papai, esse garoto vai te dar muito trabalho! — Volto a afirmar, e me deleito ao ver seu rosto amedrontado — Vamos nos deitar? Os familiares do noivo não podem chegar tarde.

— Nunca imaginei que aquele verme nos chamaria para representar sua família. — Naruto comenta enquanto fecha a porta da sala — Ele mudou muito, não?

— Ninguém permanece o mesmo para sempre querido, não depois de tanto sofrimento, e principalmente ele que foi o causador de boa parte de sua própria dor. — Falo e vejo seus lindos olhos marejando — Felizmente, o ser humano tem a enorme dádiva de poder encontrar outros que nos aceitam e completam, mesmo com todas as falhas e mágoas.

— Às vezes penso que você é um tipo de anjo ou divindade, que veio para essa terra apenas pra me ensinar as diversas formas do amor! — Naruto fala de olhos fixos nos meus, a voz chorosa — Como pode haver tanta delicadeza e graça em uma só pessoa?

— Assim você me deixa sem graça, querido! — Digo, envergonhada pela intensidade de suas palavras e seu olhar.

— Mesmo que isso aconteça, eu voltarei a afirmar e o farei por toda a eternidade, você é todo meu mundo e tudo que necessito, Hinata! — Naruto afirma sem hesitar.

Sua declaração inesperada causa um turbilhão de emoções, no meu já sobrecarregado coração, e levada por todas essas emoções e meus hormônios enlouquecidos, simplesmente ataco os lábios do meu marido; enrosco meus braços por seu pescoço e minhas pernas por sua cintura. Sua reação é imediata, tão logo meus pés deixaram de tocar o chão, seus fortes braços passaram a me sustentar com firmeza; Naruto não questionou o motivo do meu repentino beijo, nem mesmo porquê meu rosto estava molhado, ele apenas me aceitou e retribuiu como eu queria que fizesse. Em meio àquele conflito de carinhos, sussurros e promessas mudas, fomos parar no nosso quarto, e chegando lá, nos amamos tão calma e lentamente, como se o tempo não existisse para nós; nossos olhos em nenhum momento se desviaram do outro, nossos lábios não deixaram de se tocar e nossas mãos entrelaçadas eram como o próprio fio vermelho do destino, sem nunca se separar ou romper. Quando o novo dia despontou no horizonte, não nos importou nem um pouco, apenas permanecemos ali, em nosso próprio mundo; somente quando o sol já estava alto no céu, e não podíamos mais adiar, é que deixamos o conforto do nosso lar.

— Ah, graças aos céus vocês chegaram! — Iruka praticamente chora aliviado, ao nos ver entrando no salão — Por tudo que é mais sagrado, ajudem Kakashi a acalmar o noivo!

— Calma Iruka-sensei, explica direito o que está acontecendo? — Naruto pede, confuso com tanto desespero.

— É que a Sakura enviou a Ino até aqui faz uns vinte minutos, pra avisar que ela vai demorar mais do que o esperado, parece que estão tendo que fazer alguns ajustes no quimono. — Iruka conta afoito — Só que o teimoso do Sasuke enfiou na cabeça que ela está desistindo do casamento e não quer mais se aprontar, Kakashi e Yamato não sabem mais o que fazer.

— Deixa com a gente sensei, encaminhe os convidados e mantenha todos entretidos, vamos fazer as coisas com cuidado pra não ter escândalos. — Naruto instrui e seu rosto fica estranhamente sério, bem diferente de como estava essa manhã — Vamos Hina, tenho um verme pra amassar!

Não entendo o que ele pretende fazer nem o que tem planejado, apenas o sigo pelo corredor em silêncio, tentando adivinhar o que se passa por sua cabeça; quando chegamos perto dos aposentos do noivo, escutamos a voz cansada de Kakashi e tenho um vislumbre de Sasuke sentado no chão, parecendo a pessoa mais derrotada do mundo. É quando passamos pela porta, que me dou conta do que está por vir, e tardiamente chamo por meu marido, mas já não adianta; Naruto já havia soltado minha mão e se afastado consideravelmente de mim, tanto para não me envolver, quanto para que eu não o impedisse. Quando Kakashi ouviu nossa aproximação e se virou para nos cumprimentar, Naruto já estava segurando Sasuke pelo pescoço com uma mão, enquanto a outra desferia um soco certeiro em seu rosto; Shikamaru, Sai e Yamato, que também estavam no quarto, ficaram perplexos com a cena, e quando pensaram em reagir, uma barreira simples os impediu de se aproximar e separar os dois. Naruto continuou desferindo socos em Sasuke, até se dar por satisfeito, e em nenhum momento disse uma palavra sequer, apenas bateu no outro, que não reagiu em momento algum, apenas apanhou em silêncio, como se esperasse por aquilo; então Naruto parou, soltou Sasuke e desfez a barreira, seu rosto estava impassível, não demonstrava nada a raiva que ouvimos em sua voz em seguida.

— Agora você vai terminar de se arrumar, Hinata vai te curar e você vai ocupar seu lugar no altar, e vai esperar o tempo que for necessário por aquela garota que já te esperou uma vida inteira! — Naruto praticamente rosnou, a voz tremulando de ira — Não me faça repetir, e não faça sua família se envergonhar de você Sasuke!

— Desculpa. — Sasuke pediu quase num sussurro, a cabeça baixa enquanto algumas lágrimas caiam do seu rosto.

— Ótimo, Hinata meu anjo, você pode curar esse verme amaçado? — Naruto pede, finalmente me olhando e sorrindo.

— Claro, deixe-me te ver, Sasuke. — Respondo e me coloco à frente do Uchiha.

Seu rosto não estava tão machucado como pensei, tinha apenas alguns cortes em seus lábios, e alguns roxos que já começavam a se formar, mas quem olhasse de longe não notaria seu estado; Kakashi, Shikamaru, Sai e Yamato apenas se entreolharam, e em seguida encolheram de ombros, em sinal de rendição. Por mais abrupta e estranha que tenha sido a atitude de Naruto, foi bem efetiva, depois que estava completamente curado, Sasuke terminou de vestir as peças que faltavam do seu quimono cerimonial, arrumou seus cabelos um tanto longos, e ainda que envergonhado, sorriu minimante a todos; quando todos nós deixamos o quarto, foi como se aquela cena de torneio Chunin nunca tivesse ocorrido, e todos ocupamos nossos lugares impecavelmente. No pátio onde seria a cerimônia, todos os convidados já estavam acomodados, inclusive os assentos de honra estavam ocupados, com Gaara e os demais Kages; apesar de Sasuke não ter laços tão profundos com alguns deles, ele foi uma parte importante durante a guerra e também era para Konoha, a consequência disso eram nossos aliados marcando presença em seu casamento. Assim que Naruto e eu assumimos nosso lugar, juntamente com Kakashi, como representantes dos pais e do irmão de Sasuke, pude ver muitas pessoas nos seguindo com os olhos, e algumas até apontando em nossa direção; quando busquei o motivo de tanta atenção, logo encontrei a razão na pequena protuberância em meu ventre. Apesar de ter completado vinte semanas e meia ontem, meu bebê já mostrava ao mundo sinais da sua existência, e com o vestido mais acinturado que vesti para hoje, minha pequena barriga de grávida ficava mais evidente; claro que boa parte da razão de todos saberem sobre a minha gestação, se deva ao fato de Naruto ter saído contando a todos que conhece, assim que completei as doze semanas.

— Você tinha que bater nele? — pergunto, ainda sorrindo por minhas últimas lembranças.

— Algumas vezes, só entendemos onde estamos errando, quando a vida nos dá um tapa na cara. — Naruto responde, sem mostrar arrependimento — No caso do verme, só palavras já não adiantariam, então levei o proverbio ao pé da letra.

— Não podia ter só dado uma tapa então? — questiono, queria uma explicação melhor do ocorrido.

— Podia. — Naruto confessa, e sorri amarelo, desviando os olhos dos meus — Mas eu estava muito irritado com ele, não consegui controlar, desculpa.

— Não se desculpe, me conte por que. — O incentivo a me contar tudo que esteve pensando.

— Ah meu anjo, eu já vi esses dois passando por tanta coisa, superando tanta coisa, não podia simplesmente ficar olhando Sasuke destruir o dia mais importante deles. — Naruto conta, apoiando a cabeça em meu ombro e me abraçando pelas costas, como faz em casa — E me irritei pela covardia dele, a Sakura já aguentou tanto e já perdoou tanto esse imbecil, não entendo como ele ainda consegue duvidar dos sentimentos dela, ou mesmo dos dele.

— Não acho que seja dúvida o que o atormenta, acho que o que Sasuke sente é medo. — Digo, e involuntariamente acaricio seus fios loiros — Ele tem medo de não ser capaz de corresponder o grande amor dela, medo de fazê-la infeliz, medo de não ser suficiente.

— Nesse caso, o maldito verme deve tentar com todas as forças fazer acontecer, antes de se deixar paralisar pelo medo. — Naruto contesta de forma simples e me faz rir.

Não ri porquê discordo do que ele disse, e sim por que sei que é exatamente assim que ele mesmo faria, afrontando seus medos, superando obstáculos um após o outro, sem se deixar abalar por dúvidas e questionamentos; sempre foi assim, desde que era um menino, e sei com absoluta certeza que sempre será.

— Espero que daqui um ano, eu esteja assim como vocês dois estão, junto da Sakura. — Voltamos ao mundo normal, ao ouvir Sasuke atrás de nós — Eu queria agradecer por estarem aqui hoje, e por você não ter desistido de mim, Naruto.

— O que será de vocês daqui um ano, depende de como vocês vão se dedicar ao seu casamento, Uchiha. — Respondo séria, apesar de estar sorrindo — O amor vocês já têm, agora devem mantê-lo, se respeitem, se valorizem, e principalmente, se dediquem a vocês, e quando parecer que é impossível, lembrem de como começou e por quê começou!

— Não se acovarde diante dos problemas, Sasuke. — Naruto complementa, dando alguns tapas no ombro do outro — Não poupe esforços, mesmo quando esteja cansado, mesmo quando parecer não valer a pena, é seu dever e sua obrigação honrar e cumprir o que prometer aqui hoje, e apesar de você me dar muita dor de cabeça, eu sempre vou estar ao teu lado te ajudando!

— E Não esqueça que sua esposa é uma mulher capaz de te quebrar ao meio, literalmente, então controla essas crises de pânico, garoto. — Kakashi brinca, fazendo todos gargalharem alto — Devo dizer que estou orgulhoso de vocês, de todos vocês, de ver como vocês cresceram e se tornaram os adultos que são hoje, agradeço por ter o privilégio de ver vocês formando suas próprias famílias!

Incapazes de controlar o choro e falar ao mesmo tempo, os dois apenas abraçaram seu sensei, demonstrando através de um simples gesto, tudo que sentiam; eu, que já estava emocionada pela cerimônia em si, e tudo que estava acontecendo em nossas vidas, me emocionei mais ainda e acabei chorando tudo que estive segurando até agora. Quando os pais de Sakura ocuparam finalmente os seus lugares no altar, todos voltaram seus olhos ansiosamente para a entrada do salão, ansiosos e expectantes pelo desfile da noiva, que havia optado por percorrer o salão sozinha; Sasuke que mal se aguentava enquanto falávamos, terminou de sucumbir as emoções quando a viu dar os primeiros passos em sua direção. Sakura estava belíssima vestindo um quimono em tons rosa pêssego, seus longos cabelos que lembravam as sedosas pétalas de uma flor de cerejeira, hoje estavam presos por belos ornamentos incrustados de preciosas pedrarias, seu rosto de pele clara, estava maquiado impecavelmente destacando seus olhos esmeralda, e seu enorme sorriso parecia resplandecer, como ela inteira; cada passo que dava, era acompanhado por suspiros de admiração e encanto, tanto por sua exuberante beleza, como pelo significado de sua entrada. Quando ela surgiu no inicio do caminho, foi possível entender porque Sakura optou por não ser acompanhada pelo pai, com seu quimono ajustado a medidas exatas e suas duas mãos repousando delicadamente sobre o ventre, onde carregava a maior prova da união dos dois; ela não estava entrando sozinha, como todos pensaram, ela estava caminhando em direção ao marido, acompanhada de sua filha, anunciando a nova e emocionante etapa de suas vidas.

Naquele momento de indescritível felicidade, onde nossos rostos quase não comportavam o tamanho dos nossos sorrisos, senti algo que me desesperou semanas atrás, ao invés de me extasiar como esperava; algo que era infinitamente maravilhoso, mas que também podia me machucar de alguma forma, reabrir cicatrizes adormecidas, como não havia considerado ainda. Mas apesar das lembranças amargas e do medo que se apodera do meu ser, dessa vez não fiquei nervosa ou assustada, controlei meu coração dolorido e deixei que acontecesse naturalmente; um milhão de coisas passando por meus pensamentos, um milhão e meio de medos e receios diferentes, cada um mais terrível e aterrador que o outro. Hoje, por mais que saiba que são situações diferentes, tempos diferentes, e que não devo fazer isso comigo e muito menos com o bebê que está por nascer, não consigo evitar e acabo fazendo comparações; em minha mente magoada, imagino e vivencio duas gestações em uma, me pego perguntando e querendo sentir como teria sido se tivesse chegado a esse tempo, como seria minha pequena borboleta, se tivesse podido crescer mais, o que eu teria sentido, quando de fato pudéssemos ver seus movimentos. Sei que é errado pensar assim, mas a cada nova etapa que vivo na minha espera por Boruto, me pergunto se teria sido assim quando esperei Katsu, e talvez por conta desses meus pensamentos tontos, meu filho tenha demorado a me mostrar que está aqui, por saber como me sinto; mas hoje, com a enorme quantidade de alegria que estou sentido, talvez meu pequeno bebê tenha se sentido bem de se fazer presente. Chorando amargamente por não ter me dado conta disso antes, acaricio o local onde o senti e sorrio quando ele repete o leve empurrão; nesse instante a alegria e a tristeza andam juntas, uma complementando a outra, como irmãs gêmeas.

— Hinata, o que aconteceu?! Está com alguma dor?! — Naruto se assusta, quando percebe meu choro descontrolado — Espera, vou buscar Shizune!

— Boruto mexeu... — digo engasgada, segurando seu braço antes que ele saia correndo — Está mexendo... chutando minha mão...

— Hina... — ele sussurra, a voz e o rosto repletos de compreensão e entendimento, então me abraça apertado.

Ficamos assim bons minutos, alheios ao que acontecia a nossa volta, nos consolando e curando, ao mesmo tempo que pela primeira vez, apreciávamos essa nova descoberta; então quando estava mais calma, Naruto se separou ligeiramente do nosso abraço, se ajoelhou ali mesmo, durante os últimos minutos da cerimônia de Sasuke e Sakura, em frente aos convidados, e beijou o local que minha mão acariciava. Ao presenciarem tal cena, as pessoas desviam sua atenção do casamento e se fixam em nós, assim como os próprios noivos, interrompem seus votos para se preocuparem por nós; em segundos estávamos rodeados por nossos amigos e familiares, que tentavam entender o que nos tinha feito ficar tão nervosos e emotivos.

— Desculpa verme, é que nosso garoto está marcando presença no seu casamento. — Naruto conta feliz, mostrando a região da minha barriga, onde era possível ver a forma de um pequeno pé.

— Então é dia da festa dos bebês, Sarada também está dando cambalhotas hoje. — Sakura conta felicíssima — Só pode ser sinal de que ela e Boruto serão bons amigos, não?

— Eu não quero a nossa filha perto do filho desse idiota, Sakura. — Sasuke resmunga contrariado.

— Deixa de ser resmungão Uchiha, eles ainda são só bebês. — Ino retruca e revira os olhos.

— E se você continuar com esse ciúme, pode ser que pra te contrariar, o destino acabe casando os dois. — Sai comenta, não sei se com inocência, ou pra alfinetar mesmo.

— Meu filho não vai se casar com essa Uchiha! — Naruto rebate emburrado.

— Minha filha não vai se casar com esse Uzumaki! — Sasuke retruca ao mesmo tempo.

Foi algo tão espontâneo dos dois, e tão nostálgico que todos nós acabamos rindo com lágrimas nos olhos, e tenho certeza que todos nos lembramos da nossa época de crianças, quando Naruto e Sasuke viviam em pé de guerra.


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