Sherlock - Season 5 escrita por TinaS


Capítulo 6
Explosão de lembranças


Notas iniciais do capítulo

Gente estou muito feliz por ter mais gente comentando então por isso estou postando mais rápido haha
Muito obrigada e comentem sempre pessoal ^^
Boa leitura



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Sherlock estava entrando em Scotland Yard no dia seguinte pela manhã, ver a bala e ter uma descrição da arma era algo que poderia lhe dar mais opções de encontrar um nome. Avistou alguns policiais que reconhecia o rosto, mas os nomes nem se lembrava. Kate/Molly havia ficado no 221B junto com John e Jane, agentes estavam ao redor para dar mais reforço aos dois. Entrou na sala e logo viu Mycroft lá também, arqueou uma sobrancelha.

Sério? – o mais novo disse em tom óbvio.

Eu entendo muito de armas “maninho” – ele deu ênfase na última palavra para irrita-lo.

Lestrade? – Sherlock o ignorou e foi direto ao ponto.

Bala explosiva – o policial começou – ainda estamos buscando no banco de dados a arma pertencente, mas está difícil.

Espingarda de ar comprimido – Mycroft disse como se fosse obvio – ou carabina como quiser chamar.

São poderosas e consistentes no disparo tiro-tiro – Sherlock acrescentou pois já tinha ouvido falar – é um equipamento ideal para quem procura desenvolver as suas capacidades de atirador.

Esse tipo de arma proporciona um maior conforto ao atirador, com menos vibração e recuo – o Holmes mais velho olhou o relógio – proporcionando um aumento da precisão e se me lembro bem só há um homem que fabrica armas assim para vender em sigilo.

Arma única e admirável, silenciosa e poderosa – Sherlock olhou para o irmão – temos um nome desse fabricante de armas?

Von Herder mecânico Alemão, cego e que bem sei trabalhava arduamente para...- Mycroft foi interrompido.

Moriarty – Sherlock completou – precisamos ir até este homem.

Muito bem – Lestrade assistia ao diálogo atônito tentando não perder nem um detalhe – onde vamos?

Para sorte de meu caro irmão o Sr. Herder está sob custódia a alguns meses – Mycroft começou a andar em direção a saída – eu falarei com ele e você deve voltar para Baker Street para ver a senhorita Hooper.

Espero por informações – Sherlock disse e saiu da sala indo para o lado oposto do irmão.

Então e isso – Lestrade ficou sozinho na sala sendo ignorado pelos dois Holmes – até mais tarde – suspirou.

—x-

Jane estava sentada na mesa olhando para o livro que John estava lendo, na verdade ela tentava desvendar o que se passava pela cabeça dele ao ler sobre distúrbios do sono. Ela olhou para o sofá e Kate/Molly estava sentada lá enquanto folheava sem vontade uma revista, aquilo tudo era uma tolice, deixar uma mulher algemada a todo instante, mas a decisão não era sua. Ouviu passos na escada e levantou-se em alerta.

Sou eu – Sherlock disse e logo observou Kate/Molly por um tempo – vejo que tudo está ocorrendo nos conformes.

Tudo perfeitamente bem – John disse guardando o livro que estava a ler.

Alguma novidade? – Jane perguntou.

Mycroft foi atrás de uma pista em potencial – ele disse e fez sinal que não deveriam falar sobre o assunto na frente de Kate/Molly.

Por favor – a legista chamou – eu juro que não vou fugir é que está doendo – ela apontou para o pulso.

Os três se entreolharam desconfiados se deveriam dar aquele voto de confiança a ela ou se a ignorariam. Ela por sua vez revirou os olhos, de fato estava com dor e nem sequer sabia como sair dali então só queria ficar um tempo sem estar algemada. Os três assentiram e Sherlock foi atrás da chave e então tirou as algemas dela.

Obrigada – Kate/Molly massageou o pulso aliviada.

De nada – o Holmes a encarou por um tempo.

Alguém gostaria de uma visitinha? – Sra. Hudson entrou no apartamento juntamente com Rose andando tranquilamente.

John olhou para Sherlock que logo tratou de encarar Molly captando todas as reações dela. Molly viu a garotinha e estreitou os olhos para olha-la melhor, sua cabeça deu uma pontada forte e ela levou uma das mãos ao local enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. Então as lembranças vieram...

 

Essa ficou boa? – Sra. Hudson mostrou a câmera para Molly depois que tirou uma foto dos Watson com a bebê.

Deixa eu ver – Molly pegou a câmera e olhou as fotos.

Tão linda – Sra. Hudson sorriu.

Tenta de novo – Molly entregou a câmera a ela.

Qual vai ser o nome? – Sra. Hudson perguntou.

Katherine – John disse.

Já passamos por isso – a mulher loira disse.

Já? – John retrucou.

Já – Mary sorriu.

Bom já sabem o que eu penso – Sherlock disse sem tirar os olhos do telefone.

Não é um nome de menino – Mary e John disseram juntos.

Molly e Sra. Hudson adoraríamos se fossem as madrinhas – John disse animado.

É sério? – Molly disse tão alegre que sentiu seu coração se aquecer com a notícia.

Eu adoraria – Sra. Hudson disse.

Molly se aproximou e viu aquele pequeno ser que daquele dia em diante seria de sua responsabilidade também.

 

A respiração da legista estava ficando ofegante e seu coração batia tão acelerado que ela acreditava que cairia dura no chão a qualquer instante.

 

Molly olhou para o celular que estava nas mãos de Sherlock enquanto o padre dizia as palavras para abençoar a água do batismo de Rose. O padre perguntou o nome da criança e Mary disse.

Rosamund? – Sherlock disse e olhou por um breve segundo em direção à Mary.

Significa rosa do mundo – Molly sorriu – Rose é apelido – o sorriso se desfez – não viu a mensagem do John?

Não – Sherlock continuava a olhar para o celular – apago as mensagens dele, apago todas as mensagens que comecem com Oi.

Molly revirou os olhos nem se surpreendia mais com ele.

Por que será que todo mundo acha que você é incapaz de ter emoções humanas? – a legista estava irritada e Sra. Hudson praguejou – desculpa – Molly disse a ela – desliga – olhou para Sherlock com um olhar ameaçador.

Ele por sua vez apenas colocou o celular para trás e continuou a digitar.

Madrinhas e padrinho – o padre disse com a pequena Rose no colo – estão prontos para ajudar os pais dessa criança em seus deveres como cristãos?

Estamos – Molly e Sra. Hudson disseram e Sherlock ficou em silêncio recebendo uma cotovelada de Molly e um olhar.

Desculpe não entendi o que disse por favor repita a pergunta – uma voz computadorizada claramente vinda do celular do Holmes ecoou e deixou Mary furiosa.

 

Ela se levantou do sofá e todos a olharam, Sherlock fez um sinal negativo para que ninguém interrompesse a concretização do estímulo, alguma memória estava fluindo.

 

Oi – Molly disse enquanto segurava Rose no colo.

Eu só – Sherlock disse – queria saber como estão as coisas e se eu posso fazer algo para ajudar.

É – Molly tirou um papel do bolso – é do John – entregou ao detetive.

Sei – Sherlock estava visivelmente triste e pegou o papel.

Não precisa ler agora – a legista disse e ele a encarou – eu sinto muito Sherlock, ele disse, o John disse que se você aparecesse – ela respirou fundo – perguntando dele e oferecendo ajuda – ela hesitou.

Sim? – ele a encarava com seus profundos olhos azuis.

Ele disse que – ela deu uma pausa – que aceita ajuda de qualquer um menos a sua, qualquer um.

Molly sentiu algo ao ver a face do detetive ao ouvir a frase e sentiu pena dele, mas não podia se pôr no meio daquilo, ela desviou o olhar e entrou na casa com Rose.

 

O peito dela ia se apertando ainda mais, John e Jane se entreolharam e para o Watson era nítido o que aquela lembrança significava.

 

Molly se aproximou e viu o corpo de Mary sem vida naquele caixão, o mundo era injusto e ela prometeu que seria a melhor madrinha de todas por ela e por Rose.

 

Mary...- o nome saiu cheio de emoção embargado pelo choro da legista que caiu de joelhos no chão, como se tivesse voltado ao dia que sua melhor amiga e confidente morrera.

Sra. Hudson tire Rose daqui – John disse e beijou a testa da filha, a mulher concordou e desceu para o andar de baixo com a menina.

Deu certo – Jane sussurrou para o Watson que estava lagrimando no momento – está tudo bem – ela o abraçou e John sentiu conforto nos braços dela.

Não Mary! – Molly/Kate se esquivou do toque do Holmes que tentava confortá-la.

Molly está tudo bem – ele repetia sem parar e se ajoelhou em frente dela finalmente conseguindo abraça-la – eu estou aqui com você.

Não – ela disse quase sem forças se agarrando ao corpo do Holmes – ele me enganou, ele acabou comigo...

—x-

Mycroft estava entrando na cela do homem cego que fabricara as armas mais letais do país, tudo parecia calmo demais por lá e ele estava acompanhado de um agente pessoal apenas. Parou em frente a cela do homem e o viu deitado na cama imóvel.

Sr. Herder? – o homem o chamou – sou Mycroft Holmes e gostaria de sua colaboração nas minhas perguntas sobre sua fabricação de armas.

Holmes? – o homem estava velho e tossiu algumas vezes e bem devagar sentou na casa – pensei que seria o outro que viria.

Espingarda de ar comprimido – Mycroft ignorou o comentário do homem – para quem vendeu essas armas?

Muitos clientes – ele respondeu cinicamente.

Deixe-me ser mais claro – o Holmes mais velho não estava com tempo para jogos – para quem da gangue de Moriarty que era do exército e um atirador de elite você vendeu?

Oh não – o homem levantou desesperado – ele sabe que você está aqui!

O que? – Mycroft estava curioso.

Eu vou morrer! – o homem se apavorou e começou a correr pela sela desesperado.

Mycroft olhou a cena incrédulo em que ponto a loucura poderia cegar a um só homem. Von Herder estava desnorteado e como não enxergava bateu contra a cela. O som da explosão foi ouvido por toda a prisão de segurança máxima. Mycroft fora jogado para longe batendo forte com a cabeça contra a parede e desmaiou no mesmo instante.

—x-

Sherlock estava com Kate/Molly em seus braços ainda. Ela estava muito abalada com a lembrança que acabara de recuperar. O detetive estava feliz pois haviam feito algum progresso mesmo que fosse mínimo aquilo era um passo muito grande. Ouviram um burburinho vindo do andar de baixo e logo passos urgentes na escada. Sherlock se colocou em alerta e deixou Kate/Molly com Jane enquanto ele e John se posicionaram em frente a porta.

Achei vocês – Lestrade disse entrando apressado.

O que houve? – John estava aliviado por não serem invasores.

Atacaram Mycroft na prisão onde Von Herder estava – Lestrade mostrou o vídeo – explosivos na barra da cela é o que acreditamos.

Uma surpresa – Sherlock fechou os olhos – como não consegui pensar nessa possibilidade...

Não tinha como – Kate/Molly disse atraindo a atenção de todos – o dispositivo não estava na cela, mas sim no Von Herder, explodiria no momento que meu empregador apertasse o botão.

Um explosivo dentro de um cara? – John parecia não acreditar.

Precisamos ir ver Mycroft – Sherlock estava preocupado com o irmão – Lestrade leve Molly com você sim?

Claro – o policial concordou.

Espera – Kate/Molly disse e fechou os olhos suspirando – as lembranças eram reais eu senti em cada célula do meu corpo.

Está tudo bem Molly – John disse tentando conforta-la.

Não está! – era visível que ela estava furiosa e frágil, mas já se sentia mais confortável sendo chamada de Molly e não de Kate.

Molly fechou os olhos e inspirou o ar com dificuldade e o soltou pesadamente. Ela sabia que era Molly Hooper e não Kate, mesmo ainda não tendo lembrado de tudo.

Moran – ela disse.

Todos ficaram atentos aquelas palavras. Sherlock captou o que estava acontecendo, ela estava entregando ele, o seu empregador.

Coronel Sebastian Moran – ela disse com o olhar indecifrável, mas Sherlock sabia bem que ela estava decidida a acabar com aquele homem.

 

Coronel Sebastian Moran

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Revelado o nome do ser mais odioso. E então o que acharam?
Estou ansiosa pelos comentários gente ^^
Bjos
TinaS