O que eu não te digo escrita por Lillac


Capítulo 4
Ele é filho de uma escritora, o que você esperava?


Notas iniciais do capítulo

No capítulo passado eu prometi focar um pouco em Percabeth, mas acabei escrevendo sobre o o Leo e o Nico? Socorro.jpeg. Mas eu espero que gostem!



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— Achei que você tinha dito que não gostava de videogames... — Piper comentou, desconfiada, enquanto arqueava uma sobrancelha.

Bianca puxou o pente de arma de brinquedo, fazendo um sonoro clac, e mirou de novo. Era difícil ler sua expressão por causa dos enormes óculos de realidade virtual, mas, na tela onde as cenas do jogo de projetavam, ela viu meia dúzia de grotescos zumbis sendo acertados um depois do outro, e um sorrisinho vitorioso repuxou os cantos da boca da mais velha.

— E eu não gosto. Mas Nico não tinha muitos amigos quando era criança, e ele precisava de alguém para jogar quando o Percy estava ocupado, já que a Reyna é uma mala sem alça, e— ela parou a própria fala com um rosnado irritado quando um dos monstros avançou e a segurou pelos — DROGA, LEON! Se move, cara!

Eu sou uma mala sem alça? — Reyna questionou, incrédula. — Me desculpe por querer que o meu primo tivesse uma vida fora dos joguinhos e leva-lo para a academia de vez em quando.

— Desculpada — ela recarregou a arma de novo. — Argh. Quer saber, cansei.

Bianca tirou os óculos e devolveu o controle em forma de pistola para a mesa, agradecendo ao garoto sardento do outro lado que parecia apaixonado por ela, e pagando extra pela desistência. Quando estavam saindo do estande, Piper se inclinou para ler o banner do lado de fora:

Resident Evil? — ela leu. — Esse não é, tipo, o primeiro? Por que jogar um tão antigo se já têm versões melhores?

Bianca ainda estava olhando ao redor, tentando encontrar alguma coisa que chamasse sua atenção quando respondeu:

— Por que esse é o tema dessa convenção? Clássicos reinventados e tal. Aquele garoto desenvolveu esse sistema de realidade virtual usando o jogo original, e trabalhou duro pra isso. Ele não pode patentear, é claro, mas esses eventos são ótimos para as empresas descobrirem novos desenvolvedores, designers ou roteiristas — explicou. — Talvez seja por isso que aquele seu amigo quis tanto vir.

— O Leo? Não, não. Ele curte jogos, mas a parada dele é mecânica.

Bianca virou em um corredor precariamente iluminado e apertado.

— Hm. De qualquer forma, você não está errada. O primeiro Resident Evil não é um dos meus favoritos, nem falando só de jogos de monstros. É meio frustrante, até. Se fosse Dead Space, eu até... enfim. Não importa. Não é tipo de jogo que o Nico gosta.

— Não?

— Nico gosta de Life is Strange e Detroit, essas coisas. Jogos com história.

— Jogos com enrolação — Bianca suspirou audivelmente —, se eu quisesse ver um filme, eu pagaria a droga do ingresso. Onde foi que eu errei com ele? Se fosse ao menos Until Dawn ou...

— OK, vocês percebem que eu não faço ideia do que vocês estão falando, certo? — Piper fez uma expressão exasperada. — Eu só jogo Pokémon.

— É esse o tipo de pessoa que você aceita na sua casa?

Reyna a ignorou:

— Simplificando: Nico gosta de jogos com muita história e contexto, e Bianca gosta daqueles nos quais ela pode atirar e estourar miolos.

— E você? — Piper perguntou. — De que jogos você gosta?

— Eu—

— Reyna gosta de Assassins’ Creed — Bianca riu alto. — A opinião dela não é mais válida desde 2010.

 

— OK, então esse cara se casa com um holograma? Tipo a Hatsune Miku? — Leo pareceu assustado com a revelação.

— Ela não é um holograma! — Nico grunhiu, frustrado, pelo que pareceu a décima vez naqueles vinte minutos — Ela é um androide, tem consciência, ações próprias...

— Livre arbítrio? — Frank questionou.

— Questionável — o garoto encolheu os ombros. — Esse é um dos maiores temas do livro, aliás. A nossa tecnologia realmente evoluiu o suficiente para que o homem consiga criar outros seres humanos em laboratório? E ela pode realmente ser considerada um ser humano?

— Não — Percy respondeu.

— Sim — Annabeth disse, ao mesmo tempo. Os dois se encararam. Ela pestanejou: — Como assim não?

— Como assim, sim?! — ele gralhou. — É um robô, Annabeth!

— Um androide — corrigiu. — A maioria das nossas AIs* já são evoluídas o suficiente para lidarem e reproduzirem o comportamento humano em um nível minimalista. Você usufrui disso toda vez que usa uma ferramenta de pesquisa na internet, qual é a diferença?

— A diferença é que o cara está casando com a ferramenta de pesquisa, loira — Leo franziu o cenho, intrigado — isso não é meio cruel?

— Para quem?

— Pra ele! — Percy chiou. — Você está privando ele de ter uma relação humana de verdade. Ele podia encontrar um cara ou uma garota legal um dia.

— Eu não estou privando ele de nada — ela ergueu as mãos com as palmas viradas para frente — foi uma decisão dele. Aliás, é você mesmo quem está falando: é um robô. Ele não está fazendo mal à ninguém, só um pedaço de metal.

— OK, mas considerando que esse pedaço de metal tem sentimentos, você não está dizendo que nós estamos esfumaçando a linha entre a conduta humana moral para com outros seres vivos, e para com objetos? Desse ponto de vista, uma pessoa tem o direito de fazer qualquer coisa com um androide porque não é uma pessoa de verdade?

Annabeth abriu a boca, e a fechou. Então abriu de novo. Percy olhou intensamente para a namorada.

— Eu nunca devia ter deixado você fazer aquela aula de ética — resmungou.

— Eu sou filho de uma escritora — Percy se defendeu. — O que você esperava?

— Reyna é menos chata do que você — ela justificou.

— Mas é exatamente isso! — Nico parecia entusiasmado com o prospecto de ter conseguido começar um debate filosófico. — Essa é a ideia do livro! Não a chatice do Percy, claro. Uma grande parte é dedicada às reações da sociedade para com esse casamento, e que tipo de implicações ele tem. Considerando que Idoru foi escrito há tantos anos, é impressionante que ainda se aplique à nossa realidade!

— Não tanto — Leo deu de ombros — A gente sempre soube que um dia íamos dar de encontro com o questionamento moral da criação de robôs. Tem até aquele filme com o Will Smith.

— Você escolheu Eu, Robô ao invés de Matrix para ilustrar o seu comentário — Annabeth parecia igualmente incrédula e ofendida.

Mas, ao invés de ter tempo para responder, Leo foi interrompido por Nico:

— E você, Frank? Você não disse nada até agora.

O garoto pareceu encolher sob todos os olhares direcionados à ele. Em uma voz minúscula, disse:

— Eu... não gosto de ficção científica...

Nico pareceu engasgar com uma maçã inteira. Ele soou tão genuinamente machucado quando falou, que Leo quase perguntou se ele queria um pouco de água.

— Como assim?

— Eu sou mais fã de literatura clássica? — tentou. — Clássica de verdade. Safo, Byron. Um pouco de Charlotte Pekins de vez em quando.

— Literatura chata — Nico completou.

Annabeth acertou o cunhado (cunhado?) atrás da cabeça.

— Respeita o garoto.

Alguém pigarreou atrás deles, irritado:

— Vocês vão ficar conversando a tarde toda, ou vão andar?

Leo olhou para frente, só então notando que haviam alcançado o começo da fila.

— Ih, foi mal. — eles se direcionaram para o estande — mas Nico, cara. Você leva isso um pouco à sério demais. Literatura é legal, mas você não prefere ver as coisas com seus próprios olhos?

— Nós ainda não construímos sociedades utópicas movidas à energia matriz e habitada por androides então eu não acho que—

Leo segurou o garoto mais novo pela parte de trás da cabeça, fazendo-o olhar para o nano-robô que aguardava para ser apresentado. Era uma coisinha ainda nos seus estados de protótipos, porém, quando a moça do outro lado começou a mexer no controle, esticou-se no formato de um X, mostrando que era, na verdade, dezenas de pequenos ímãs escuros.

— É tudo baseado em eletromagnetismo. Tem seis pontos de controle, em extremidades diferentes, o que permite que eu possa controlar os ímãs até certo ponto. Ainda estou trabalhando na calibração, mas se funcionar, posso aplicar o mesmo princípio para construir máquinas para trabalharem dentro de motores e coisas assim, lugares pequenos e perigosos demais para os seres humanos, sabe?

Ele estava ouvindo atentamente, mas os outros estavam vidrados no robozinho que se movia ao comando da inventora. Annabeth ouviu alguém fungar, e se virou para olhar o namorado. Percy estava completamente hipnotizado.

— Tão lindo... eu poderia casar com esse robozinho. Sério.

— E o que que você estava falando sobre os androides, mesmo? — ela provocou, com um sorrisinho.

Leo ainda estava meio chateado com Piper por ter saído daquele jeito, mas achou que não fora de todo ruim. Afinal, aquele grupo não era nem de longe tão chato quanto ele esperava, e talvez ele até pudesse ensinar Nico uma coisa ou duas sobre robótica de verdade.

 

 

— Eu me enganei — Reyna suspirou, em uma voz vencida — não estão dando autógrafos. O autor nem está aqui.

Piper girou a tampa da garrafinha entre os dedos da mão esquerda.

— Não, mas é um sebo — Bianca tentou ser otimista — talvez você encontre algum fóssil da primeira edição de Duna, e o Percy vai até esquecer sobre o autografo.

— Eu achei que isso fosse uma convenção de robótica? Por que tem livros aqui? Deuses, esse lugar fica cada vez mais estranho — mas ninguém estava dando ouvidos à ela.

Reyna olhou para a fila, não muito animada, mas assentiu. Piper a seguiu de perto. As duas ficaram atrás de uma garotinha com cabelo curto, que segurava uma mochila que parecia ser grande demais para ela. Ao contrário da fila onde havia deixado Leo, aquela se movia muito mais rapidamente. Piper supôs que as pessoas não estivessem tão interessadas em livros quando haviam robozinhos e videogames por todo o lado.

Quando o espaço lá dentro esvaziou um pouco, o guarda abriu a faixa para que a menina da vez entrasse. Foi quando elas ouviram um turbilhão de passos pesados correndo pelo corredor, e seis garotos apareceram, quase derrapando quando pararam em torno dela. Piper sentiu o estômago revirando. Ela conhecia aquela cena.

— Foi mal, foi mal — um deles, alto e loiro, com uma Jersey vermelha disse, rindo. — A gente foi naquele estande do joguinho de zumbi. CHATO PRA CACETE!

— Não acredito que aquele mané chorou quando você disse que não pagar — um dos outros meninos riu, ainda vermelho da corrida. — Mas e aí, nossa vez já chegou.

Em uma voz que não era mais que um sussurro, a menina respondeu:

— ... sim.

— Pô, valeu por segurar as minhas coisas — o primeiro voltou a falar. Ele pegou a mochila dela com um movimento brusco e avançou — quero ver se encontro aquele livro com o título de um ano, sei lá. Minha namorada tá enchendo o saco.

— 1984? — Bianca sugeriu, em uma voz rasteira.

O garoto a olhou por cima do ombro por um momento.

— Deve ser. Aê, tio, dá licença.

O guarda tentou ser firme:

— Vocês não podem todos entrar. Alguns vão ficar para aguardar a vez.

O menino com a jaqueta ficou em silencio por um momento. E então riu. E quando ele riu, os outros riram também. Até a menina, embora seu rosto estivesse tremendo, e não fosse de humor.

— E quem é que vai me impedir? Você? Eu não faria isso.

— Ele não vai precisar — Reyna disse, soando cansada e aborrecida, o que não parecia uma combinação boa naquela voz dela. — Porque nenhum de vocês vai entrar.

O garoto rolou os olhos.

— Ai, lá vem...

— Só a garota estava na fila — ela apontou. — Só ela entra. Depois nós. E depois quem estiver atrás.

— Não enche meu saco, garota — ele grunhiu. — Que eu não tô com paciência.

— E isso é problema dela? — Bianca questionou.

De repente, com seus um metro e cinquenta e seis e músculos de quem só praticava o único esporte de levantamento de gibis, sentiu-se bem deslocada ali. Ela tentou dar um passo para trás, mas algo nas posturas de Reyna e Bianca a fez pensar duas vezes. Um dos outros garotos avançou.

— Ainda não — ele disse, em uma voz baixa. — Mas se vocês não calarem a boca, isso aqui vai virar um senhor problema.

— Isso é uma ameaça? — Bianca perguntou. Ela olhou para a prima: — Isso conta como ameaça?

— Eu não sei o Código Penal de cor e salteado, Bianca — Reyna rolou os olhos.

Não era necessário. A menina da voz miúda tentou dizer:

— Gente, vocês não precisam... —

E, no momento seguinte, levou um empurrão no ombro do garoto loiro. Ela soltou um guincho dolorido, caindo de bunda no chão, e ele grunhiu:

— Cala a boca antes que eu perca paciência com você também, estúpida.

Piper não viu, mas Bianca e Reyna trocaram um olhar definitivo. A mais velha enfiou a mão no bolso da frente do seu moletom com estampa de exército e tirou um taser. Os olhos do garoto se esbulharam, mas ele engoliu em seco, evidenciando o pomo de adão, e riu com escarnio:

— E você vai usar isso em todos nós?

— Eu não preciso. Só quem tem que apanhar e você. O resto vai fugir depois.

Em um grupo de valentões, você dá conta do líder primeiro. O resto fica com medo e se espalha. Eles são ovelhas assustadas, mas o lobo mau é só um... Piper já tinha ouvido aquilo antes. Mas ela não sabia dizer de quem.  

E ele avançou. Bianca desviou com tanta facilidade que parecia estar brincando. A fila atrás deles se dispersou. Alguém gritou pelos seguranças, e Piper rezou que eles chegassem logo. O garoto socou o ar com raiva, mas nenhum dos seus golpes conseguia acertá-la. Bianca dançava em círculos em torno dele, apertando o botãozinho do aparelho, intimidando-o. Com um passo e falso, ele deslizou e trombou em Piper, mandando-a para trás. Ela caiu da mesma forma que a menina, porém mais dolorosamente. Sentiu a palma da mão ralando no piso, e uma dor aguda no pulso.

Os passos dos seguranças se aproximaram, e o menino rugiu de frustração, dando um último golpe desesperado em Reyna, que o segurou pelo punho fechado, girou, e torceu sem braço para trás. Dolorido, ele caiu de joelhos bem na hora em que ouviram gritar:

— Segurança! O que está acontecendo aqui?

Depois das explicações dadas, Bianca segurou pelo colarinho da camisa a menina que estava tentando escapulir despercebida. Com um sorriso que Piper só conseguia descrever como maternal, ela perguntou:

— Você não quer ficar aqui com a gente?

A garota hesitou, em silêncio, e olhou para as mãos que ainda seguravam a mochila. Com uma inspiração profunda, derrubou o objeto no chão, que fez um ruído de algo quebrando, e disse:

— Não. Eu acho que quero ir pra casa.

O sorriso de Bianca ficou um pouco mais triste, mas ela assentiu e lhe disse tchau. Depois, caminhou até onde Reyna estava, pressionando um pouco de gelo na parte inchada do braço do Piper. A prima estava ajoelhada na frente dela, sentada no único banco avulso das proximidades, e o rosto de Piper parecia dolorido.

— E você? Tá bem?

— Doendo. Eu acho que fraturou — ela choramingou.

Bianca a observou melhor, incrédula.

— Para de drama, garota — ela riu. — Você no máximo torceu. Eu vou pegar o pessoal e nós podemos dirigir pro hospital mais próximo. Dá pra aguentar até lá?

Piper não respondeu. Olhando para o próprio pulso, foi acometida por um triste pensamento: estava tão acostumada a exagerar as coisas para conseguir a atenção do pai, que não havia percebido que começara a fazer aquilo tão inconscientemente. Ela quis dizer para Reyna que podia levantar, mas ficou calada. Bianca partiu, e as duas ficaram sozinhas.

— Você está bem mesmo? Eu também acho que deve ter sido só uma contusão, mas você parecia bem dolorida.

Piper recolheu a mão para si. Com o outro braço, flexionou de brincadeira, completando com um comentário irônico:

— Ah, é. Eu sou bem forte.

Mas Reyna não sorriu.

— Você surfa.

— Oi?

— Você surfa, não é? Eu li na sua história — Piper quase abriu a boca para dizer não era uma narrativa pessoal! Embora fosse, sim, agora que ela parava para pensar sobre isso, mas Reyna continuou: — e você comentou com a minha mãe.

— Ok, e daí?

— Já pensou em fazer algum esporte? — os olhos de Reyna brilharam daquela forma que só os das pessoas saudáveis e não sedentárias (ao contrário dela) brilhavam. — Pode começar com uma caminhada.

— Olha, eu já sou vegetariana. Eu não—

— Alimentação saudável é importante, mas não é tudo — Piper quis protestar de novo, mas Reyna pegou a mão boa dela entre as suas e apertou. O rosto de Piper ficou da temperatura de um forno de pizza. — Você tem aula com a minha mãe amanhã não é? Vamos. Você só precisa colocar um tênis e me ajudar a levar os garotos pra passear.

— E você está falando dos seus cachorros, ou do Nico e do Percy?

Reyna riu. Piper realmente queria dizer não — ela detestava exercício, detestava suar, detestava o barulho dos parques e a verdade é que ela só gostava de surfe por causa de uma das suas (várias) memórias de infância com o pai que significavam muito mais para ela do que provavelmente deveriam para qualquer criança que passasse uma quantidade normal de tempo com os pais — mas Reyna ainda estava ajoelhada na sua frente, segura sua mão, e...

... E, uau, era muito difícil dizer não para aqueles olhos castanhos.

Com um grunhido de frustração e um rolar de olhos, ela concordou:

— Está bem. Mas! Eu não vou tomar nenhum energético nem entrar em nenhuma dieta louca, ou ir pra academia, ou... —

Mas Reyna ainda estava sorrindo. E, embora Piper já conseguisse se sentir ficando arrependida com aquela decisão, ela pensou que poderia aproveitar aquele momento ali.


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Notas finais do capítulo

*IAs: Inteligências Artificiais.
As obras citadas são:
Resident Evil, Dead Space, Until Dawn (jogos de terror/horror).Detroit: Become Human e Life is Strange (jogos de ficção/narrativa). Assassins' Creed (aventura).

Idoru: livro de ficção científica de William Gibson, Trilogia Bridge.
Duna: livro de ficção científica de Frank Herbert.

Espero que tenham gostado! Comentários são sempre apreciados e até a próxima.



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