Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 49
Score Suite


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, bom dia, boa tarde e boa noite!!!! (alguém tá assistindo só um pouquinho de Diva Depressão, kkkkk)

MUITO OBRIGADA PELO CARINHO DE VCS E PELAS MENSAGENS ❤❤❤

Olha quem conseguiu trazer capítulo rápido (ñ tão rápido quanto eu gostaria, pq era pra eu ter postado esse capítulo no domingo - q inclusive já foi postado em outro plataforma de publicação de fanfics - mas é q eu não estava conseguindo entrar na minha conta do Nyah, ñ sei pq, mas consegui finalmente trazer a atualização hoje)!!!!

Sem mais delongas, vamos ao capítulo >>>>>>>>



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Era uma vez uma garota que não sabia exatamente o que queria, mas ela sabia exatamente o que NÃO queria: seguir o caminho trilhado por seus pais.

 

Sakura acordou em cima de uma espécie de cama improvisada, completamente desorientada; sua visão estava turva e seu corpo todo dolorido.

— Como se sente? – perguntou uma voz suave. Sakura reconheceu como da Fada Madrinha.

— Sinto como se uma pedra enorme tivesse sido arremessada em mim e que essa pedra ainda está aqui – respondeu com a garganta rouca.

O que tinha acontecido mesmo?

— É melhor você descansar mais – disse a Fada com um suspiro. – Você e eu precisamos conversar sério depois que acordar.

Sakura podia não se lembrar exatamente o que tinha acontecido antes de apagar, mas lembrava sim que precisava conversar com a Fada Madrinha, por isso virou a cabeça para o outro lado e pegou rapidamente no sono sem se importar em postergar ainda mais o assunto.

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— E então? – Shizune perguntou assim que Tsunade entrou no cômodo. O rei Fera e o príncipe mais novo estavam lá.

O cômodo era uma pequena sala na entrada das masmorras onde normalmente os guardas ficavam de plantão, havia telas de monitoramento em uma parede, telas essas que mostravam cada cela e os arredores das masmorras, para ver quem se aproximava; havia também uma mesa, algumas poucas cadeiras e uma porta que dava para um banheiro.

— Aparentemente ela está estabilizada – foi o que a Fada Madrinha respondeu antes de se sentar em uma cadeira de frente para o rei.

— Aparentemente? – o rei arqueou uma das sobrancelhas não muito certo daquilo.

— O fogo parou, não?! – devolveu ela com a voz desgastada.

— Você precisa descansar – avisou Shizune lhe entregando um copo de água.

— Eu estou bem – respondeu Tsunade com descaso, mas aceitando o copo.

— Como pode estar? Ela absorveu sua magia! Eu nunca vi nada como aquilo – disse Shizune ainda surpresa pelo ocorrido.

— Ela vai ficar bem? – Sasuke era o único que não havia se mexido de seu lugar, os olhos ainda fixos na tela que mostrava a filha da Malévola dormindo.

— Vai sim – respondeu Tsunade. – Sakura só é mais forte do eu esperava.

— Ótimo – o rei resmungou se levantando e ajeitando o traje abarrotado. – Assim que ela se recuperar será mandada de volta para a Ilha.

— Não – Sasuke se levantou de seu lugar para enfrentar o pai.

— Não ouse me desafiar Sasuke, você mesmo ouviu a confissão dela e ela pode muito bem ter cometido muitos outros crimes mais que não sabemos.

— Ela merece um julgamento como qualquer cidadão de Konoha!

— E ela terá – concordou o pai. – O mais rápido possível. E aí ela será mandada de volta para a Ilha, o quanto antes você aceitar isso, melhor será para você.

Sasuke ia responder o pai quando a Fada Madrinha apertou seu ombro o impedindo.

— Estamos com os nervos exaltados demais hoje, já é quase meia noite e amanhã é um novo dia. Descansem – ela mandou.

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Quando Sakura acordou novamente se sentia mais descansada. Seu corpo já não pesava tanto, apesar de se sentir com uma energia extra dentro de si, só não entendia o porquê. Tinha apagado no dia anterior, pelo menos imaginava que era o dia anterior, depois de confessar a Fada Madrinha, o rei, a rainha e ao próprio Sasuke sobre a tentativa de roubo da varinha e a poção do amor que dera ao príncipe.

Voltou sua atenção para uma bandeja com comida e água no chão depois de seu estômago reclamar de fome e então se alimentou.

Ouviu passos descendo uma enorme escadaria, pelo que conseguiu contar. Era a Fada Madrinha.

— Bom dia – Sakura desejou a ela.

Tsunade colocou as mãos em ambas as têmporas, sinal claro de cansaço e desgaste.

— O que eu faço com você Sakura?

A filha da Malévola sabia o que viria a seguir, então não pôde se conter em questionar:

— Você sabia que eu havia tentado roubar a varinha falsa do museu, desde a minha tentativa fracassada – apontou. – Por que ficou quieta?

— Qualquer tentativa de crime por parte de uma pessoa acarreta a punição de ir para a Ilha, mas eu devo dizer, você tem lábia, conseguiu se sair muito bem da situação, mas devo dizer que você não pode me enganar, eu sou uma das fadas mais velhas que existem atualmente. E por isso, eu estou cansada, só... quero passar dessa vida para outra e ter meu merecido descanso.

Isso não respondia à pergunta de Sakura, mas a garota preferiu ficar quieta.

— Além da sua tentativa fracassada de roubar minha varinha e da poção do amor que deu para o príncipe Sasuke, há algo mais que queria relatar?

— Toda e qualquer criança que venha da Ilha... e que tenha magia... – acrescentou para não correr o risco de os amigos serem incriminados também. – Vai tentar roubar sua varinha para tirar a barreira em volta da Ilha. Quando eu soube de uma tradição pelo próprio príncipe Sasuke de que tanto a namorada dele quanto a do irmão poderiam ficar ao lado deles na primeira fileira da coroação, eu vi minha oportunidade. Fiz a poção do amor, uma porção de quatro cookies e usei dois deles para enfeitiçar outras pessoas, eu não queria correr o risco de prejudicar Sasuke, ele foi uma das primeiras pessoas a serem gentis comigo.

— Em quem você usou?

— Na professora Rin e no professor Obito. E deu certo – respondeu dando de ombros. – Um dos cookies eu dei a Sasuke e o último foi roubado de meu quarto na Academia.

Tsunade tirou um cookie do bolso e mostrou para a filha da Malévola.

— Izumi tinha ordens do pai dela de dar esse cookie a Itachi, mas nem ela mesma sabe como ele foi tirado de seu quarto.

Era realmente o cookie que tinha feito e que tinha sido roubado, Sakura ficou surpresa por aquilo.

— Eu tentei rastrear, mas não consegui, não tinha traço de energia nenhuma – comentou.

Isso também preocupava a Fada Madrinha, mas ela não falou nada.

— A questão é: como você aprendeu a fazer uma poção do amor? Não existem livros na biblioteca da Academia que pudessem lhe ensinar isso.

Sakura mordeu os lábios, teria que responder com a verdade, mas tinha medo de que a revelação prejudicasse Ino de alguma forma.

— Eu estou com o livro de poções da Rainha Má – falou com sinceridade enfim.

— Era o que eu temia –suspirou a Fada. – Você se arrepende de alguma coisa?

Arrependimento? Claro que tinha, mas não falou nada para ela, apenas olhou em seus olhos.

— Ficará presa aqui até seu próximo julgamento, a coroação é logo mais e você não poderá participar – disse Tsunade antes de se afastar.

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Mais tarde, naquele mesmo dia...

— Sakura – a voz de Sasuke reverberou pelo cômodo.

A filha da Malévola se virou surpresa para ele.

O príncipe estava em roupas de dormir, então devia ser noite, mas pela falta de qualquer janela ou luz natural externa nas masmorras, Sakura não tinha certeza.

— O que você está fazendo aqui Sasuke? – não conseguia olhar nos olhos dele, não depois de tudo.

— Eu vim te ver – ele respondeu simplesmente.

— Por quê? – ela não entendia.

Sakura não viu, mas ele apertou as barras da cela e engoliu fortemente, como se para controlar a emoção que queria explodir para fora.

— Porque eu estava preocupado, não é óbvio? – ele sorriu minimamente.

— Eu estou bem, pode ir – se virou de costas.

— Você não pode simplesmente me mandar embora como se eu não fosse nada – a voz dele estava quebrada –, como se o que vivemos não tivesse significado alguma coisa.

Sakura engoliu a seco, ainda de costas para ele. Ignorou a dor no peito quando respondeu:

— Você vai superar, seja lá o que for isso que diz sentir por mim, não é verdade.

— Não fala assim, por favor – ele implorou. – Eu te amo.

— Para! – dessa vez foi ela quem implorou ao sentir as mãos formigarem com a chama verde, apertou as mãos fortemente uma contra a outra tentando se acalmar. – Não sou garota para você e logo você vai se dar conta disso. Agora vai embora, por favor.

— Olho nos meus olhos e me diga que não sente nada por mim – ele implorou.

Como faria isso? Não conseguiria, jamais conseguiria, tinha sim sentimentos por ele, sentimentos esses que a assustavam, por isso apenas respondeu:

— Vai embora Sasuke.

Houve apenas silêncio depois disso.

— Sasuke, vá – a voz do príncipe Itachi se aproximou.

Sakura nem percebeu que ele também estava ali.

— Eu quero conversar sozinho com ela – ele informou.

O príncipe mais velho só tornou a falar quando os passos de seu irmão já estavam bem distantes.

— Filha de Malévola – a voz dele reverberou pela cela.

Sakura se virou para ele.

— Pois não?

— Enquanto eu não for rei, não posso te livrar de ir para a Ilha, que é algo que meu pai tem concordado terminantemente junto ao conselheiro real.

Sakura não entendeu onde ele queria chegar com aquilo.

— Tudo o que estou podendo fazer é postergar essa decisão – ele a informou.

— E por que é que faria isso? – ela arqueou uma das sobrancelhas, em sinal claro de dúvida.

— Primeiro porque confio no julgamento da Fada Madrinha, ela acha que você seria uma boa representante para a Floresta Proibida e é de meu desejo a paz entre os reinos.

De novo aquele assunto de representante.

— Olha – começou a dizer a ele –, só porque minha mãe foi a representante antes de ser mandada para a Ilha, isso não quer dizer que Floresta Proibida vai me aceitar como representante deles.

— Algo me diz que eles vão sim – respondeu o príncipe estendendo uma noz por entre as barras da cela para que ela pudesse ver melhor.

— O que significa isso?

— Significa que o príncipe Utakata Lirium dos Moors intercedeu ao seu favor.

Sakura ficou surpresa, não esperava por aquilo.

— Eu não deveria estar te informando sobre isso – ele guardou a noz em um dos bolsos do casaco que estava usando. – Mas é o que leva ao meu segundo motivo por também interceder ao seu favor: o sentimento que meu irmão mais novo desenvolveu por você.

Sakura ignorou a dor no peito. Ia retrucar quando ele ergueu a mão a impedindo.

— Você pode não acreditar, eu não me importo na verdade, mas eu sei o quão doloroso seria se meu irmão nunca mais te visse se fosse mandada de volta para a Ilha, então mesmo que não corresponda a ele, quero que ele saiba que você não está naquele lugar. Eu só tenho uma pergunta a fazer e você não precisa me responder agora se não quiser: está disposta a seguir todas as regras que a Fada Madrinha lhe opuser e ser a nova representante da Floresta Proibida?

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Sakura contou as rachaduras da cela em que estava. Mais uma vez. Qualquer outra pessoa já estaria maluca por estar confinada há três dias naquele lugar, ou três longos períodos de sono. Mas não ela. Ela não era qualquer pessoa. Era a filha de Malévola e se tinha uma coisa em que ela era boa em fazer era olhar para o nada por um longo tempo, só existindo.

A única diferença é que na Ilha ficava olhando para a barreira,sentindo o vento pelo corpo e ouvindo as ondas do mar, já ali... olhava as rachaduras no teto e nas paredes, não tinha vento ou qualquer barulho sequer e a única iluminação vinha do fogo das tochas nas paredes.

Gostaria de dizer que estava entediada, mas não estava.

Tudo o que sentia era um vazio, uma incerteza.

“Você seria uma boa representante para nós”, as palavras do príncipe dos Moors ecoaram por sua cabeça.“Está disposta a seguir todas as regras que a Fada Madrinha lhe opuser e ser a nova representante da Floresta Proibida?”, as palavras do príncipe Itachi ecoaram em seguida. “Eu te amo” a voz de Sasuke era a que ecoava mais forte.

Suspirou ouvindo passos repercutiram do lado de fora da cela, esperava que não fosse Sasuke.

Não resistiu olhar quando ouviu a tranca de sua cela ser aberta, a Fada Madrinha tinha sido clara ao dizer que não deveria sair a menos que fosse ela mesma quem abrisse. E que ninguém estava permitido a entrar, apenas falar com ela do lado de fora das barras.

Qual não foi sua surpresa ao ver quem havia acabado de abrir sua cela.

— Rainha Má? – perguntou com incerteza. Estava sonhando?

— Ande – ordenou ela. – Saia desse lugar.

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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!!!

Notas:
♦ A música score suite foi escolhida por ser um instrumental e eu acho que é bem um momento de transição já que:
♦ ESTAMOS NA SEGUNDA FASE DA FANFIC!!!
♦ Sakura está cheia de dúvidas e dilemas e nesse momento vai levar um choque e que choque!!!
♦ ESPERAVAM POR ESSE FINAL???
♦ E Q FINAL!!!
♦ Rainha Má está entre nós e eu já vou logo soltar um spoleir: ELA NÃO É A ÚNICA!!!
♦ Já estamos nos momentos finais do primeiro filme de Descendentes e eu já vou logo engatar alguns acontecimentos do segundo...
♦ Socorro, essa fic já tá enorme e eu não tenho previsão de terminar!!!!

Bom, é isso, beijinhos e até o próximo capítulo ❤❤❤



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