Boku No Hero Academia - Be a Hero escrita por Duki


Capítulo 16
Hou Hou Hou... Sem Presentes Para Você!


Notas iniciais do capítulo

CAPÍTULO ESPECIAL DE NATAL! (atrasado mas tá valendo, neh?)

Espero que gostem. É um capítulo simples apenas pra distrair um pouco. ^-^



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Mesmo no mundo dos heróis, ainda existem muitas coisas que não possuem explicações, como por exemplo, o porquê de um super-herói de prestígio, deixar seu posto para sair viajando pelo mundo junto de seu assistente para entregar presentes para todas as crianças pelo mundo. Mas nesse ano, com a aposentadoria de seu assistente, Noel vai precisar de um novo ajudante, caso contrário, não conseguirá fazer feliz o natal das crianças, mas quem seria o suficientemente bom para ajudar o bom velhinho nessa missão?

Boku no Hero Academia – Be a Hero

Capítulo Especial – Hou Hou Hou... Sem Presentes Para Você!

Dia 24 de Dezembro, um dia para o Natal

O enorme prédio da U.A já havia começado os preparativos para as festividades de natal, várias luzes e enfeites foram postos pelas paredes, cintilando em diversos padrões, sendo o último deles, um U e um A, lado a lado, criando o logo da escola. Professores e alunos ajudavam com os preparativos, ajudando a instalar as iluminações, colocando enfeites pelos corredores e o principal, montando a gigantesca árvore no pátio do colégio. Esse ano os primeiranistas foram escolhidos para concluir esse trabalho, e pareciam estar se dando muito bem nessa tarefa.

— Sobe mais um pouco, Hiro! – De pé em um dos campos de força do de cabelos negros, Aiko tinha uma enorme estrela branca e brilhante nas mãos. — Mais perto... Mais perto... – Pronto, consegue finalmente colocar o enfeite no topo da árvore. — Isso aí, o topo da árvore está pronto. – Grita, fazendo sinal para que a descessem.

— A estrela ficou muito boa lá. – Desde que começaram, esse foi o primeiro elogio que Zaiko fizera depois que começaram a trabalhar na árvore.

— Quem é você e o que fez com nosso Zaiko? – Teiko sorria enquanto carregava uma caixa cheia de bolas coloridas de todos os tamanhos. — Me ajuda a colocar isso aqui pelos galhos. – Pede, deixando a caixa no chão, próxima a outras mais.

— Achei que eu fosse apenas ficar olhando vocês trabalharem. – Resmunga, indo até a de cabelos roxos e pegando duas das esferas em mãos. — Só iríamos precisar de uma de cada cor. – Diz, se gabando de sua individualidade.

— Anda logo. – Helena, que estava com o uniforme do colégio, começa a desenhar em seu caderno de desenhos. — Vamos lá, sinto que precisamos de mais ajudas. – Ela sorria ao finalizar alguns desenhos. — E o que melhor para ajudar em uma árvore de natal do que gnomos? – Utilizando de sua individualidade, a garota dá vida a seus desenhos, que saem das folhas e começam a pegar os enfeites espalhados em caixas e escalam a enorme árvore, decorando-a com os enfeites.

— Mais ajuda. – Hiro comemora, quase derrubando Zaiko de um de seus campos de força.

— Tá doido, Hiroki! Quer me matar, é? – Um grito furioso vem de lá de cima da árvore, Zaiko se equilibrava para não cair.

— Me desculpe, mas nunca me canso daquilo. – O do campo de força se refere ao poder de Hel.

— Pode se animar, mas não precisa me matar. – Mais um resmungo antes de terminar de colocar a última esfera que tinha em mãos. — Agora me desde daqui vai, não quero experimentar mais um desses seus momentos de alegria. –

—Eu já pedi desculpas. –

— Agora que tem esses gnomos aí para nos ajudar, acho que não precisam mais de mim. – O ruivo se prepara para sair quando é puxado em direção a uma sombra próxima a enorme árvore. — Daria. –

— Não tão rápido amigo. – Hoje Daria estava com uma roupa mais ‘leve’. Camiseta cavada e curta, mostrando um pouco de seu abdome, e short curto com um chinelo nos pés. — O nosso trabalho é enfeitar todas as árvores em torno da U.A. – Diz, apontando em volta, mostrando os amigos que enrolavam luzes nas árvores. Luzes neutras que dariam apenas uma leve iluminada nelas durante a noite.

— Eu não posso descansar nem por um minuto? –

— Sua intenção era fugir, rapazinho. – Alto, com cerca de dois metros, musculoso e vestindo um casaco avermelhado e calça grossa de mesma cor, assim como sua bota. — Nós heróis devemos sempre cumprir com nossas obrigações, mesmo que ela seja enfeitar árvores para o Natal. –

— E o senhor seria? – Observando o enorme homem de barbas brancas e cabeça raspada, com uma enorme cicatriz no rosto, Zaiko observa ao redor procurando uma alternativa para fugir.

— Mikhail Nikolai. – Se apresenta, deixando um ar de dúvidas nos jovens. — Mas podem me chamar de Noel. – Diz, deixando um “Hou Hou Hou” escapar depois de suas palavras.

— Papai Noel? – Aiko é a primeira a gritar, correndo até ficar em frente ao homem. — Você é mesmo ele? Digo, você é... –

— Sim, sim... Papai Noel. – O de vermelho sorria ao ver a agitação de alguns dos jovens, que o rodeava. — Oito, nove, dez... – Apontando para cada um deles, o homem começa a materializar caixas de presentes em suas mãos. — Não, não... – Repreende ao notar que iriam abrir as caixas. — Somente na noite do dia vinte e cinco. –

— O que? Porque? – Aisha com certeza não conseguiria esperar para abrir seu presente, e Mikhail sabia disso, então, desaparece com os presentes. — Você não pode fazer isso! – Resmunga com o homem, apertando os punhos.

— Achei que Noel fosse mais... – Teiko é interrompida antes de terminar.

— Bonzinho? –

— Não foi o que eu quis dizer. – A de cabelos arroxeados dá uns dois passos para o lado, ficando atrás de Hiro. — Me desculpe. – Sussurra um pouco envergonhada.

— Bem, vocês estão fazendo um ótimo trabalho aqui. – Diz em relação aos enfeites das árvores. — Esse é um dos anos em que as árvores estão mais bonitas. – Seus olhos brilhavam enquanto admirava a paisagem da U.A.

— Você adora mesmo o Natal, não é? – Yamino parecia curioso em relação ao homem. — Faz muito tempo que trabalha como Noel? –

— Eu assumi o posto de meu pai já faz muitos anos, meu rapaz. – Responde a pergunta, tentando se relembrar do momento em que recebera o gorro e as roupas de Noel. — Mas esse não é o momento para conversarmos sobre isso, vamos terminar isso e nos preparar para o Natal! – Bate palmas duas vezes e várias caixas surgem penduradas na árvore maior, caixas essas que se abrem sozinhas, revelando vários enfeites de árvores. — Espero ter ajudado um pouco, agora só precisam das luzes.

— Cara, você é demais! – Zaiko abraça o homem por rápidos três segundos. — Vocês terminam aí, eu preciso resolver umas coisas. – Mais rápido quanto o abraço dado, o ruivo corre para dentro das instalações do colégio.

— Aquele mané. – A dos desenhos resmunga pra si mesma.

—Se quiserem descansar, eu coloco as luzes. – Yamino já havia alçado voo e se direcionava até a caixa com os pisca-pisca coloridos.

— É Sério? – Liam até então não havia dito nenhuma palavra, estava muito entediado para dizer qualquer coisa, até mesmo para sua namorada. — Valeu aí, morceguinho, vamos? – Ele acena para Helena, que o segue para o colégio.

— Vocês podem ir, eu fico aqui pra ajudar. – Hiroki agarra uma das pontas do fio com luzes e cria uma planície, subindo nela. — Vou prender a ponta lá em cima e você vai enrolando, tudo bem? –

Sem responder nada, o rapaz morcego voa até o topo e agarra o fio, rodeando a árvore com ele, terminando o serviço em alguns poucos minutos.

— Tudo pronto. – Diz pra Hiro, que o esperava na base da árvore, com um sorriso no rosto. — O que faremos agora? – No mesmo momento, uma mensagem chega nos aparelhos celulares de ambos.

“Nos encontrem no campo de treinamento 2-C, Noel quer falar com todos os primeiranistas.”

— O que será que ele quer falar conosco? – O garoto morcego parecia confuso, mesmo assim, guarda seu aparelho no bolso de sua jaqueta modificada para suportar suas asas e segue até o local marcado, junto de seu amigo.

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A caminhada não durou muito tempo, e nem tiveram tempo para conversar, estavam ansiosos demais pelo que Noel tinha pra falar com eles e por isso apressaram ainda mais o passo até o campo de treinamento 2-C. Ao chegar no local, encontraram os outros oito primeiranistas em fila, um ao lado do outro, todos com suas vestes de heróis já postas e dois lugares vazios, onde as roupas de Hiro e Yamino os esperavam.

— O que estão fazendo vestidos? – O do campo de forças estava parado, olhando um a um de seus amigos, tentando entender o que estava acontecendo.

— Andem logo, se vistam. – Com sua veste de herói, calça larga, camiseta branca e casaco vermelho, assim como suas botas e gorro.

— Papai Noel! – Yamino diz lentamente e com intervalos, incrédulo por estar vendo o “Bom Velhinho” pessoalmente.

— É incrível, não é? – Aiko tremia em seu lugar, suava frio e seus olhos brilhavam de emoção.

— Não demorem. – Teiko grita ao ver os dois indo em direção ao vestiário com suas vestes em mãos. — E não façam nada que eu não faria, em. – Sorri de maneira sacana para eles.

A troca não demorou nem dez minutos, já que suas vestes não são cheias de equipamentos nem nada do tipo. Retornaram para junto de seus amigos e ficaram lado a lado, na fila lateral, aguardando as ordens de Noel.

— Seus tutores me informaram que vocês são os melhores alunos desde que se tornaram professores. – O de barba branca começa a falar. — Por isso vim até aqui fazer uma proposta a vocês. – Ele caminha vagarosamente em frente aos jovens. — O que acham de serem meus ajudantes nesse natal? – Faz a proposta, que prontamente é aceita pela maioria dos jovens.

— Seria um sonho ser ajudante do Noel! – A de fogos de artifícios queria correr e abraçar o homem, porém, se segurou para não o fazer, e Teiko, que estava ao seu lado, parecia sentir o mesmo.

— Eu sei! – A com controle de água saltitava em seu lugar, olhando para Aiko ao seu lado. — Quando começamos? – Questiona, curiosa.

— Somente três de vocês irão comigo. – Explica a situação, materializando uma caixa na frente de cada um dos aspirantes a heróis. — Abram seus presentes. – Pede educadamente, tão ansioso quanto os jovens.

— Não tem nada na caixa. – Hiro parecia frustrado. – Porque não tem nada na caixa? –

— Um passo à frente para aqueles que receberam algo na caixa. – O vermelhinho pede, aguardando os jovens. Daria, Liam e Zaiko são os que se aproximam, cada um deles possuíam uma bola colorida em mãos, a de Daria é azul, a de Liam laranjada e a de Zaiko vermelha. — Cada uma dessas esferas se referem ao que terão que fazer sendo meus assistentes. Azul, você será responsável pelo transporte, Laranja irá fazer a defesa e vermelho me ajudará nas entregas. -

— E se não quisermos? – Liam tinha a cara amarrada, não parecia muito feliz por ter sido escolhido.

— Vocês não tem escolha. – Revela, deixando o rapaz ainda mais desconfortável com a situação. — Minha individualidade é criar presentes, mas não apenas presentes simples como quaisquer outros. Meus presentes são aquilo que as pessoas mais deseja, ou o que realmente precisam fazer para serem melhores. – Começa a explicar, dando informações sobre o seu poder. — Acredito que cada um de vocês possuam algo que os impeçam de evoluir em suas tarefas como heróis... Por isso irão comigo. – Termina, dando as costas eles. — Me encontrem as dez da noite na entrada do colégio. –

— Espera, e porque tivemos que vestir nossas roupas de herói? – A pergunta veio de Aisha. — Não vamos lutar uns contra os outros? –

— Não. – Responde rapidamente, já chegando próximo a porta de saída do campo de treinamento. — Só pedi para se vestirem porque adoro ver as vestimentas de heróis. – Explica acenando para eles.

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A noite chegou mais rápido do que esperavam, os três escolhidos pelo senhor Noel não pareciam muito animados com a ideia de terem que ajudá-lo na entrega dos presentes de Natal para crianças do mundo todo. Vestidos com seus trajes e sonolentos, eles aguardam o herói do natal próximos ao enorme portão do colégio.

— Aquele velho. – Cheater resmungava enquanto olhava ao redor, procurando por Noel. — Quem ele pensa que é pra demorar tanto assim? –

— Papai Noel, pelo que parece. – Volcano revira os olhos, tentando ignorar tudo o que estava acontecendo. — Porque é que um cara que faz entrega de presentes pelo mundo precisa de um guarda-costas?? –

— Existem vilões de todos os tipos, meu jovem. – Antes que pudessem encontrar uma resposta por conta própria, Noel chega caminhando por trás dos jovens. — Estão prontos? –

Sim, todos estavam prontos, vestindo suas vestes de heróis e apenas esperavam pelo homem de barba branca para partirem.

— Dark, não é mesmo? – Questiona, lendo uma das três fixas que tinham em mãos. — Individualidade, tele transporte pelas sombras. – Encara a garota que agora tinha sua espada presa de uma forma mais fácil de se empunhar. — Sabe usar essa espada? –

— Sim, senhor. – Ela responde, tentando entender o porquê da pergunta, já que ela ficaria encarregada do transporte do grupo.

— Cheater e Volcano. – Sua atenção vai para os rapazes agora. — Cópia e Fogo. – Sorri pra si mesmo. — Escolhi muito bem meus ajudantes esse ano. – Guarda os papéis em uma pochete vermelha na sua cintura. — Vamos? –

— Deixa eu só entender uma coisa? – Dark não queria ser deselegante nem nada do tipo, mas tinha uma séria pergunta pra fazer. — Você quer que eu tele transporte nós quatro pelo mundo todo? – O velho se segura, porém cai na gargalhada.

— Qual a graça? – O loiro com poderes de fogo questiona, já estava ficando irritado.

— Eu sei sobre as ‘falhas’ em suas individualidades, por isso decidi usar meu transporte. – Com um estalo ele materializa uma enorme caixa de presentes de listras vermelhas e verdes, que se abre logo em seguida, revelando um trenó vermelho muito brilhante.

— O trenó. – Até então, nada havia chamado a atenção dos jovens, mas com a aparição do trenó, o trio fica boquiaberto. — Ele é real. –

— É claro que é, como acha que chego nas casas de todas as crianças do mundo? – Em passos lentos, o homem sobe no veículo. — Subam logo. –

— Mas como que isso voa? Cadê as renas? – Dark se acomoda ao lado o velho. — Não precisa delas pra voar? –

— Já ouviu falar em motor? – O rapaz do fogo a questiona, estava sentado atrás da garota e ao lado de Cheater.

— Você deveria ter mais respeito, meu jovem. É quase Natal, demonstre um pouco mais de compaixão e sentimentos. – Noel o encara por alguns segundos. — Mas sim, o trenó possui um motor, as renas foram criação de um dos ajudantes de papai Noel, que tinha a individualidade de criar animais mágicos. – Ele baixa a cabeça. — Infelizmente o último descendente da família desse primeiro ajudante foi morto há alguns anos por um vilão que nos atacou durante nossa missão de entrega. –

— Então existem mesmo vilões que querem acabar com o Natal. –

— Estava duvidando de mim? –

— Sim. – O ruivo responde. — Acredito que vilões tenham mais o que fazer ao invés de perseguir o papai Noel. –

— Um homem com o poder de criar aquilo que você mais deseja. – O de roupas vermelhas começa dizendo. — Precisa de mais algum motivo para quererem me caçar? –

— Vamos logo embora daqui, acabar com isso pra eu poder ir para casa e dormir. –

— Se segurem então. – Diz, o motor do veículo é ligado e em pouco tempo já estão voando, partindo rumo a primeira cidade.

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A viagem foi cansativa, cheias de dificuldades devido ao frio extremo ou o calor insuportável, alguns cães ou animais de estimação ferozes e até mesmo chaminés pequenas e janelas com grades. Mas nada com o que os heróis não pudessem dar conta, já que estavam com Daria, que podia usar de seus poderes para entrar e sair rapidamente das casas.

— Faltam quantas cidades mais? – Com os olhos avermelhados devido ao sono, Dark tentava se acomodar no trenó de metal.

— Só mais uma. – Noel olhava para um mapa em seu navegador portátil do trenó. — A cidade da U.A. –

— Me deixa na minha casa, por favor. – Volcano estava com os pés sobre o bando da frente, quase acertando a cabeça de Dark.

— Se puder fazer o mesmo por mim, agradeço. – O ruivo só não estava como seu amigo, pois Noel era grande o suficiente para não deixar espaço para seus pés no encosto do banco.

— Depois das entregas, quem sabe. – O de barba solta um auto “Hou Hou Hou”, gargalhando logo em seguida.

Não demorou muito para sobrevoarem a cidade, dando voltas e mais voltas, fazendo pausas nos telhados alheios e ‘invadindo’ residências para fazer as entregas.

— Última parada, Colégio U.A. – Finalmente as palavras tão esperadas pelos jovens. Já se passavam das duas da manhã e ainda não haviam parado para descansar e muito menos comer algo.

— Finalmente! – Dando um salto para fora do veículo, Volcano passa a usar sua individualidade para planar até o solo, caindo de frente com o prédio principal do colégio. — Posso ir pro meu quarto agora? –

— Olha só o que encontrei. –

Antes que conseguisse chegar até a porta principal, uma voz grave e calma chama a atenção do loiro.

— Está perdido, herói? –

Se virando para ver quem é, Volcano se depara com outro enorme homem, tão grande quanto Noel, porém, magro, quase com seus ossos amostras, cabelos longos até os pés e uma bandana com um par de chifres amarrada na cabeça. Sua roupa era um manto negro, todo rasgado e botas de mesma cor. Olhando bem, podia ver a semelhança com o papai Noel.

— Quem é você? –

— Se afaste, Kramp! – Caindo de cima do telhado, o de vermelho se põe ao lado do rapaz. — É melhor deixar esse trabalho pra mim. – Diz ao mais novo, vestindo suas luvas vermelhas.

— Como é? Nem vem, eu sou o guarda costas. – O com poderes de fogo passa um de seus braços para frente do homem. — Me deixe fazer meu serviço! –

— Vamos ajudar também. – Os outros dois que ainda estavam no trenó descem através de uma sombra.

Noel encara os três e desvia o olhar para o vilão. — Tudo bem, mas se eu perceber que não dão conta, eu acabo com tudo. –

— Não se preocupe, será rápido! –

— Qual a individualidade dele? – Dark pergunta, queria tentar bolar um plano para vencerem, porém, nem precisou esperar a resposta, o tal Kramp lançou uma esfera de energia negra contra os três aspirantes a heróis, que desviaram graças a Volcano, que bloqueou o ataque com seu fogo. — Energia negra. – Encarou seus dois parceiros. — Preparados? –

— Mais do que nunca. – Cheater começa a multiplicar algumas bombas de monóxido de carbono, lançando-as contra o vilão. – Técnica secreta em grupo! – Correndo pro meio da nuvem de fumaça criada por suas bombas, o ruivo cobre o rosto com uma máscara médica, porém modificada com cores vibrantes.

— Abraço Quentinho das Sombras! –

Aconteceu tudo muito rápido. Cheater correu pra trás do vilão sem que ele percebesse, colocou um sinalizador e foi tele portado por Dark, que o trouxe de volta para seu lado. No mesmo momento, Volcano lançou uma forte rajada de fogo, que ao entrar em contato com o monóxido de carbono, criou uma grande explosão, essa que só não tomou conta de todo o lugar por conta da garota das sombras, que, devido a noite, tinha a sua disposição, vários pontos de sombra, esses que usou para atrair as chamas que tentavam se espalhar.

— Incrível como a U.A está treinando os novos alunos. – Noel estava boquiaberto com o trabalho em equipe dos jovens. Mesmo depois de uma longa viagem onde não fizeram nenhuma pausa para descansar e nem se alimentaram para recarregar as energias, mesmo assim possuíam força de vontade para conseguir protege-lo e se livrar de qualquer mal que entrasse em seu caminho.

— Foi uma boa tentativa. –

Por mais que a explosão tenha surtido um efeito muito grande no local, Kramp parecia não ter sofrido nenhum arranhão.

— Mas não se pode vencer o demônio do Natal! – A criatura diz, começando a mudar de forma, seus braços e pernas se alongando, assim como uma enorme cauda que surge ao mesmo tempo em que a bandana em sua cabeça cai, revelando verdadeiros chifres. — Acho que agora é minha vez de atacar. – Seus olhos fundos e negros começam a brilhar uma luz escura, e seu rosto começa a mudar, tomando a forma de um crânio anima, talvez de cavalo, ou antílope. Ele lança duas esferas contra os jovens.

— Ele não sofreu nenhum arranhão depois daquela explosão? – Dark usa sua espada para cortar a esfera de energia em duas, a fazendo desaparecer.

— Impossível! – Agora foi Cheater quem bloqueia a segunda esfera, usando uma de suas bombas de energia luminosa para isso.

— Posso acabar com isso então? – Noel questiona, já estalando os dedos para seguir para a batalha.

— NÃO! – Os três respondem ao mesmo tempo.

— Você vai ter que usar aquela técnica secreta. – Volcano diz a garota.

— Mas ainda não dominamos ela. – Responde depois de desviar de mais uma esfera de energia.

— Sem contar que a Cinez não está aqui. Sem ela é meio impossível fazer aquilo sem ela. – O de longos cabelos ruivos encara a criatura em sua frente.

— Mas você já copiou a individualidade dela, não se lembra como é? –

— Copiar é uma coisa, relembrar é... –

— Você consegue, Cheater! – Dark começa a se tele portar pelas sombras. — E SE NÃO CONSEGUIR EU TE MATO! – O efeito das sombra começa a se revelar na jovem. — TÉCNICA SECRETA! – Ela grita, surgindo atrás da criatura.

No mesmo momento, Cheater fecha os olhos e começa a se concentrar em Cinez, relembrando do dia em que copiou a individualidade da amiga. — Vamos lá! – Diz a si mesmo, sentindo que podia fazer aquilo.

— Técnica Secreta, Trevas Eternas! – Os dois dizem, enquanto que o solo próximo deles começa a se levantar, criando uma espécie de cápsula gigante, prendendo Dark junto do vilão dentro dela.

— Está pronto pra enfrentar seus medos mais profundos? – O corpo de Dark era a única coisa iluminada na parte de dentro do casulo de pedras. E usando sua individualidade, ela se mantem flutuando, utilizando sua técnica de gravidade para não cair em nenhuma das sombras, fazendo o mesmo com o vilão, porém, ao contrário, fazendo-o ser jogado de sombra para sombra.

Em um de seus treinamentos, Daria descobriu que quanto mais vezes ela passasse pelas sombras, mais seus poderes ficariam fortes, porém, também ficariam mais difíceis de controlar, então, decidiu criar uma técnica secreta onde aumentaria tanto a individualidade de seu oponente, que ele não aguentaria controla-la e entraria em colapso.

Cheater desfaz a esfera de pedras, revelando parceira de equipe, que cai no chão devido ao esforço feito. — Está tudo bem? – Questiona.

— Melhor impossível! –

— Não pode ser. – Atrás da de cabelos negros, com seus olhos profundos e chifres longos, Kramp aparece, intacto e com um sorriso no rosto, ou algo parecido com um sorriso.

— Não são de todo ruim, bocós. – A criatura começa a criar uma grande esfera de energia negra. — Mas agora está na hora de vocês morrerem. – Ele lança a esfera contra os jovens.

— O que faremos agora? – O ruivo carregava Dark na tentativa de fugir do ataque.

— Não se mecham. – A ordem veio de Volcano, que se manteve parado, aguardando a energia das trevas o atingir.

— Não seja idiota, você vai morrer se ficar parado. – A moça começa a gritar, tentando usar sua individualidade para puxar o loiro, mas não consegue devido ao cansaço.

Cheater e Dark conseguem sair do alcance da esfera negra, porém, Volcano é atingido em cheio. Um grito veio da garota e um momento de tensão aconteceu, esperando que o rapaz tenha conseguido escapar.

— EU PASSEI A NOITE INTEIRA ESPERANDO POR UMA BOA LUTA E VOCÊS FAZEM ISSO!? –

Um grito vem de onde aconteceu a explosão. Uma massa negra caminhava em direção a dupla mais distante.

— Liam? –

— Aqueles idiotas estão nos fazendo de trouxa. – Resmunga apontando para uma moita um pouco longe de onde estão. — E aposto que ele sabia disso desde o início. – Limpando o rosto com uma das mãos, o rapaz encara Noel, que começa a rir.

— Uma brincadeirinha de Natal pra terminar bem a noite. – O velho de vermelho explica.

— Brincadeirinha? –

— Não se estressem. – Carregando um de seus cadernos de desenho, Helena se aproxima do trio, seguida pelo restante de seus amigos primeiranistas. — Foi só uma brincadeira pra testar o trabalho em equipe de vocês. – Diz com um sorriso no rosto.

— Testar o trabalho em equipe? Demos nosso sangue nessa batalha e vocês dizem que é apenas uma maneira de treinar nosso trabalho em equipe? –

A discussão continuou por mais algumas horas, o trio furioso com os amigos pela brincadeira de mal gosto e o grupo brincalhão rindo e tentando acalmá-los. Noel apenas observava de longe enquanto materializava novamente os presentes dos dez jovens aspirantes a heróis. Quando a discussão finalmente terminou, Noel já havia ido embora, deixando apenas os presentes com os nomes de cada um deles e um bilhete agradecendo a ajuda de cada um.

No fim, os presentes que receberam não eram nada mais do que quadros com uma foto de seus entes mais queridos, esses de quem sentiam grande saudade e vontade de estar juntos no natal, mas devido aos treinos e missões de heróis, não conseguiriam encontra-los tão cedo. E dentro de cada caixa, mais um bilhete de Noel.

“Meus caros jovens aspirantes a heróis,

Peço desculpa por ter dado tanto trabalho a vocês, mas foi preciso. No tempo em que estamos hoje, o mundo está muito perigoso e vocês precisam entender que independente do que escolherem ou de onde forem, sempre existirão dificuldades e vilões querendo derrotar vocês.

Mas acima de tudo, quero que procurem tirar um tempo para suas famílias, eles que sempre estão dispostos a ajuda-los e fazem o possível e o impossível para ajuda-los, mesmo em dificuldades. Por isso os quadros, algo que os farão lembrar sempre daqueles que estarão do seu lado, lutando para protege-los, mesmo vocês sendo os heróis.

Desejo um Feliz Natal a todos vocês, e vejo um grande futuro heroico a todos.

Noel”


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem... Eu gostei de escrever o capítulo.