— Marshmallow é vegano? — A voz de Ruby se projetou alta por cima da música que estava tocando. 

— Não, acho que não. — Yang sorriu para isso e depois se virou para Weiss que estava a seu lado e não havia soltado sua mão. — Desculpe por isso. 

— Tá tudo bem, eu estou bem com isso. — Weiss pegou o pote de doce que a irmã ômega de Yang lhe ofereceu, tinha biscoitos, chocolate quente e marshmallows.

— Espero que goste! Fui eu que fiz! — Ruby se gabou. 

Elas estavam na varanda que dava para o jardim que foi todo decorado para a festa, a tenda transparente que cobria o lugar estava cheia de luzes e havia mesas para os convidados nas laterais e até uma pequena pista de dança. Foi com ternura que Weiss observou as duas mulheres recém casadas dançando ali, estava tocando uma música do Elton John, lenta e romântica, Summer estava com a cabeça encostada no peito de Raven e as duas se moviam com naturalidade e conforto de quem se amavam e passaram uma vida juntas. 

— É bonito, não é? Não faz você ter inveja? — Yang falou. 

Weiss virou seu rosto para a alfa loira a seu lado, Yang estava olhando para suas mães. Havia algo de estranho na voz dela, Weiss notou, mas não sabia dizer o que era. 

— Inveja? — A ômega indagou, ela olhou para o lado e percebeu que Ruby se afastou para conversar com uma outra ômega ruiva que usava um vestido verde. — O que isso significa? 

Yang olhou para ela e Weiss percebeu que a alfa ia lhe dizer algo, mas mudou de ideia no último instante. 

— Elas parecem que saíram de um filme de romance, acho que todo mundo já se imaginou tendo um final feliz assim, não é? 

A ômega cantora conseguiu captar um certo nervosismo da lutadora alfa. 

— É eu acho que sim. 

— Você… — Yang começou, mas ao ver Raven e Summer se aproximando a alfa parou e se voltou para suas mães sorrindo. — Ei, mãe, mamãe, tem uma pessoa que eu queria apresentar para vocês. Essa é Weiss Schnee! Weiss, essas são minhas mães, Raven e Summer!

Weiss sentiu a mão quente de Yang pousar em suas costas, era uma presença reconfortante. 

— Oh, sim, estávamos esperando por isso. — Summer falou sorrindo, Weiss sentiu o cheiro ela, floral intenso, era muito tranquilo e agradável. 

— Mas quem não conhece? — Raven falou e realmente não parecia está de mau humor, o que era diferente do jeito que a alfa mais velha costumava ser encontrada. 

— Bem, sim, é um prazer conhecê-las, enfim. A Yang fala muito de sua família. — Weiss estendeu a mão, Summer apertou primeiro e depois foi a vez de Raven. 

— Fico tão feliz de vê-las juntas, Yang está tão feliz. — Summer disse. 

— Ho! — Yang tossiu de repente. — O que ela quis dizer é que…. você sabe, recentemente, quero dizer… 

De repente ficou um silêncio estranho entre elas. 

— Claro, é isso… — Summer disse, mas uma nova música começou a tocar e de repente a ômega pulou e sua expressão ficou excitada. — Oh meu Deus, eu amo essa música. Vamos! — Ela agarrou a mão de Raven a puxou de volta para a pista, a alfa resmungou algo, mas tinha um sorriso feliz no rosto. 

Quando Weiss se virou para Yang, a alfa agarrou sua mão com entusiasmo. 

— Vamos também? 

Weiss acabou sorrindo. 

— Sim. 

Yang a puxou na direção da pista e a música mais do que animada estava em todos os lugares. As duas começaram a dançar balançando seus corpos sem se preocupar em coreografia ou qualquer outro tipo de ordem específica. 

— Qual é de todas essas músicas do anos 80? — Weiss perguntou sorrindo quando Yang a fazia rodopiar. 

— Mamãe saiu dos anos 80, mas os anos 80 não saíram dela! 

Weiss riu alto e olhou feliz Yang sorrindo também, de repente a alfa começou a cantar junto com a música. 

— I'm still standing yeah yeah yeah! I'm still standing yeah yeah yeah! Don't you know I'm still standing better than I ever did. Looking like a true survivor, feeling like a little kid. I'm still standing after all this time. Picking up the pieces of my life without you on my mind.

Weiss sentiu uma emoção diferente naquele momento, não existia mais nada, a não ser aquele sentimento de pura alegria que estava enchendo seu peito. Então ela cantou também. 

— I'm still standing yeah yeah yeah! I'm still standing yeah yeah yeah! 

Yang fez uma cara de surpresa por um segundo, depois sorriu encantada e as duas cantaram a última estrofe da música juntas:

— I'm still standing yeah yeah yeah! I'm still standing yeah yeah yeah! I'm still standing yeah yeah yeah! I'm still standing yeah yeah yeah! 

Weiss se inclinou no momento que a música foi acabando, Yang a recebeu em seus braços fortes e quentes. 

— Eu não me divertia assim há muito tempo. — A ômega suspirou e depois inalou profundamente aproveitando o cheiro agradável de Yang, como o cheiro de todo alfa, era forte e amadeirado, mas o odor particular dela tinha um fundo de lavanda e um toque cítrico também. 

Weiss pensou que era o melhor cheiro de alfa que ela já havia sentido. 

— Posso dizer o mesmo, estou feliz que você veio. — A alfa inclinou a cabeça encostando seu nariz no cabelo platinado de Weiss e apreciando o cheiro dela. 

— Hmmm…. — Weiss sentiu um gosto amargo na boca ao lembrar um dos motivos que a fez decidir ir na festa de casamento das mães de Yang. 

— Agora é o momento perfeito para tocar uma música lenta e romântica… — Yang dizia sem dar indícios que ia se afastar de Weiss. 

A ômega riu daquilo, para contrariar Yang, uma outra música animada e dançante começou a tocar. Weiss riu novamente quando a alfa soltou um resmungo divertido, pelo canto de olho ela viu Summer puxar Raven para dançar novamente, a ômega mais velha toda feliz, era contagiante. 

— Na vida real as coisas não acontecem de forma tão espontânea. — Yang se afastou, mas ainda estava sorrindo. 

— Suponho que sim, inclusive… — Weiss tinha a voz suave. — Posso usar seu banheiro? 

A alfa pareceu ser pega de surpresa com o pedido. 

— Claro, deixa que eu mostro o caminho. 

— Ei! Yang? Vem aqui! — A voz de Qrow chamou acima do barulho da festa. 

Yang pareceu ficar indecisa olhando entre o tio e Weiss. 

— Tudo bem, eu posso ir sozinha. 

— Tem certeza? — Ela parecia insegura, então Weiss lhe deu seu melhor sorriso confiante. 

— Não se preocupe comigo, eu volto logo. 

~**~

Weiss terminou de lavar as mãos e se olhou no espelho, ela suspirou, mal podia acreditar que estava fazendo aquilo, e se for um erro? E se Yang for um erro? 

Mas e se não for? Aquele momento em que estava dançando com a alfa, ela se sentiu tão bem, tão certo. 

Ela lembrou-se do cheiro, o cheiro de Yang, só aquele pensamento fez seu coração inchar com aquele sentimento que Weiss não tinha coragem de nomear. 

Mas tinha aquilo, ela precisava contar para Yang aquilo. 

Weiss saiu do lavabo para voltar para a festa, mas ao passar pela sala ela parou quando uma parede decorada chamou sua atenção. Havia muitos quadros de pintura, alguns eram paisagens, outros eram bem diferentes, com estilos diversos. Certamente era caótico e não seria aprovado por nenhum decorador. 

— Foi a mamãe que pintou eles! 

Ela tomou um susto e se virou rápido para reconhecer Ruby vindo de outro cômodo da casa, a outra ômega tinha um copo grande cheio de um líquido vermelho que ela bebericava. 

— Ela diz que se ela pode fazer, não precisamos comprar. — Ruby riu.

— Yang comentou que a mãe era artística plástica. — lembrou Weiss. 

— Sim, ela fez arte na faculdade. — Ruby se aproximou e parou ao lado dela olhando para as pinturas. — Ela não é super famosa, mas sempre consegue vender seus quadros. 

Weiss assentiu olhando os desenhos. 

— São bem diferentes. 

— Ela odeia ficar presa em uma técnica, então tá sempre fazendo coisas diferentes. 

A ômega cantora assentiu de novo. 

— Aquele corvo, é… — Deixou a pergunta no ar e Ruby riu. 

— Sim, é Raven. — Ela ficou em silêncio por alguns instantes. — Mamãe, o papai e a Raven tinham um relacionamento a três. 

— Sério? Que coisa moderna. — Weiss se surpreendeu. 

— Nossa família nunca foi certinha, não é mesmo. — Ruby bebeu um grande gole de sua bebida. — Mas depois que a Yang nasceu a Raven foi embora, ela só voltou depois que papai morreu. 

— Yang ainda é ressentida com isso. — com tristeza Weiss constatou. 

— Sim, ela teve um período bem difícil, na verdade parece que a vida dela são sucessões de períodos difíceis. 

— Mesmo? — A ômega de cabelo branco ficou curiosa. 

— Sim, sim, eu lembro na adolescência quando Yang ficou toda neurótica porque todos os alfas da escola estavam se desenvolvendo e ela aparecia atrasada, aí ela ficou obcecada por… — Ruby se interrompeu de repente. 

— Pelo que? 

— Aaah nada! Ninguém não! Esquece isso! — Ruby começou a andar para trás enquanto seus olhos corriam de um lado para o outro como se procurasse desesperadamente uma rota de fuga. — Nós não tivemos essa conversa. 

Weiss piscou e a ômega ruiva sumiu da sala. Aquilo foi estranho. 

— Ei, Weiss? 

Ela virou para ver Yang entrando pela sala, a alfa sorriu quando percebeu que Weiss estava diante da paredes de quadros.

— Foi a Summer que pintou eles. — falou soando orgulhosa.

— Ruby me contou. — Weiss sorriu para isso.

— Oh, agora vocês são amigas, tinha esquecido disso.

— Com ciúmes? — A ômega provocou.

— Da minha própria irmã? Nunca. — Yang fez uma cara de ofendida. — Eu poderia dividir você com ela, sem problemas.

— Jura?

— Sim, mas não vai acontecer, porque Ruby é assexual do tipo que não se apaixona.

— Uau! Por essa eu não esperava, por isso ela ainda mora com os pais?

O sorriso de Yang azedou e seus músculos claramente se tencionaram.

— Me desculpe, eu não queria… Yang… — Weiss começou nervosamente.

— Não, tá tudo bem. — A alfa passou a mão no próprio cabelo parecendo desconfortável. — Não é como se eu não quisesse casar e sair de casa, eu só… acho que só estou esperando a pessoa certa.

Yang lhe olhou, o lavanda de seus olhos brilhando esperançosos e Weiss sentiu seu coração parar por um segundo. Ela teve de engolir a seco e respirar fundo.

— Yang, tem algum lugar em particular que podemos conversar?

A alfa lutadora se mexeu desconfortável, estava claramente nervosa.

— Hmm… pode vir comigo.

Weiss seguiu ela até a porta da frente, Yang a abriu e havia um amplo jardim que estava bem deserto. 

— Eu devo me preocupar? — A alfa perguntou. 

Ela balançou a cabeça em negativo e caminhou pela varanda da frente até se sentar em um banco de madeira simpático que havia ali. Na primavera e no verão deveria ser muito agradável se sentar ali e passar uma tarde observando o jardim e aproveitar o calor do sol. 

Se sentindo a vontade sem um convite verbal, Yang se sentou a ao lado da ômega. 

— Então, sobre o que você queria me falar? — A alfa perguntou ainda hesitante. 

Weiss ficou em silêncio olhando para frente. 

— Esse lugar é bonito, parece ótimo para ter uma família, seu irmão vai ser muito feliz quando nascer. 

Yang se encostou no banco relaxando só um pouco. 

— Sim, ele vai ter uma família perfeita, Raven quer dar a ele tudo que ela não deu a mim. 

— Isso te incomoda? — A ômega não se virou para ver a expressão da alfa. 

— Fico feliz por ele, na verdade. Mas acho que uma parte de mim sempre vai sentir essa mágoa dela. — Yang deu um sorriso amarelo. — Tenho de aceitar isso, é a coisa certa a se fazer e não ficar tentando descontar isso na Raven e quando meu irmãozinho nascer, eu vou amá-lo muito.

— Eu não sou terapeuta, mas acho que isso é bom. — Weiss se aproximou da alfa. — Estava pensando naquela vez, na chuva, você lembra? 

O sorriso que apareceu no rosto de Yang foi genuíno e repleto de felicidade. 

— Sim, claro que lembro. 

Weiss encostou sua cabeça no ombro da alfa. 

— Acho que foi ali que comecei a ter sentimentos por você. 

O coração de Yang inchou de alegria. 

— Eu… — A alfa se interrompeu

Ela ia dizer que tinha sentimentos por Weiss à muito tempo, tanto que não sabia precisar quando começaram, mas lembrou que se dissesse isso, Weiss pensaria que ela era uma perseguidora sem caráter que tem uma estranha obsessão por ela desde a adolescência e que usou o amigo dela para conquistá-la. Claramente uma péssima ideia. Yang odiava mentir para Weiss, mas isso era melhor do que perdê-la. 

— Hmm? — A ômega inclinou a cabeça curiosa. 

— Eu ia dizer que… Acho que gosto de você a um pouco mais de tempo do que isso. — disse meio sem graça. 

— Desconfiei. 

Yang conseguiu rir enquanto Weiss se aconchegava mais contra ela. A alfa passou um braço ao redor dos ombros da cantora a puxando para mais perto e a deixando mais confortável. As duas aproveitaram a presença e o calor uma da outra por alguns minutos, esquecendo de todo o resto. 

— Tem algo que preciso te dizer. — Weiss falou de repente, mas nenhuma das duas abriram seus olhos. 

— Hmm… 

— Antes de darmos qualquer passo adiante. — A contra gosto, a ômega se afastou apenas o suficiente para poder olhar no rosto de Yang. 

A loira se ajeitou para prestar total atenção a ela. 

— Em amanhã eu irei viajar para fora. 

O entendimento passou pelo rosto de Yang. 

— Oh… Quanto tempo você ficará fora? — perguntou soando séria.

— Alguns meses. 

— Meses?! 

— Eu aceitei esse papel e é algo importante para mim, as gravações começarão logo. 

— Eu entendo, é o seu trabalho, sei que você vai se sair muito bem! — Yang apertou sua mão. — Tem todo o meu apoio e podemos continuar nos falando por telefone, não é? 

Weiss ficou surpresa por um segundo, até perceber que seu medo pela reação de Yang era idiota, a alfa lutadora não ia rejeitá-la por causa disso. 

— Eu ainda não sei exatamente o que eu quero com você ou o que sinto. — A ômega disse. — Está tudo bem para você? 

— Weiss. — Yang sorriu e colocou uma mão no rosto dela, Weiss intuitivamente se inclinou na direção na mão da alfa. — Eu nunca iria de pressionar por nada, muito menos depois de tudo que você me contou sobre seu ex, e depois de tudo que eu aprendi com meus próprios relacionamentos passados. — Ela deslizou os dedos para colocar uma mecha do cabelo branco da ômega atrás da orelha. — Eu quero que você seja feliz, se… Se eu estiver ao seu lado, melhor ainda.

A alfa percebeu que seus olhos estavam cheios de lágrimas, por que ela tinha de ser tão emocionada? Ao menos Weiss não se importava de Yang ser uma alfa tão "mole". 

— Isso foi tão bom de ouvir, sendo sincera, parece boa a ideia de ter você ao meu lado. — Os olhos dela também estavam úmidos, ela se aproximou mais e deixou seu nariz tocar no de Yang. — Hoje… eu não bebi. 

A alfa riu suavemente. 

— Notei. — Ela roçou o nariz contra o de Weiss sentindo seu cheiro tão agradável e atraente. 

— Yang? — A ômega já estava com seus olhos fechados e sua voz saiu um pouco trêmula. 

Yang prendeu o fôlego, uma vida esperando por aquele momento e ela mal podia acreditar. Mas se fosse um sonho, ela ia aproveitar cada instante. A alfa se inclinou para que seus lábios se encontrarem, Yang sentiu a maciez e o hálito fresco que a ômega tinha, se fosse por ela, teria feito aquele momento durar para sempre, mas Weiss se inclinou para frente ao mesmo tempo que levava suas mãos a nuca da alfa e puxava para que suas bocas se conectarem em completude.

Weiss moveu seus lábios a beijando, Yang demorou ainda meio segundo para retribuir porque seu cérebro entrou em choque não conseguindo acreditar que aquilo era real, mas era e assim que voltou a si, a alfa levou sua mão para o rosto da ômega sentindo a suavidade da pele dela contra seus dedos calejados enquanto movia sua boca contra a de Weiss em um encaixe perfeito.

Sua mente foi completamente tomada por uma sensação de felicidade e Weiss se sentiu mais certa do que tudo, um arrepio prazeroso correu por sua pele quando sentiu a mão de Yang em sua nuca a puxando para mais perto, seu coração inchou e ela suspirou no beijo.

Quanto tempo se passou? Um minuto? Uma hora? Uma vida? Os três, Yang sentiu como se fosse muito rápido e muito demorado ao mesmo tempo, assim que puxou seu rosto para respirar, imediatamente ela se sentiu fria e vazia, como se precisasse do beijo de Weiss para voltar a ser feliz.

Yang não duvidava que fosse verdade aquilo, apesar de ela saber que era perturbador, ela precisava de Weiss tanto que doía estar só alguns centímetros longe da ômega. Puxou a cantora para beijá-la com mais avidez, era como se tivesse fome, Weiss pareceu tão faminta quanto a alfa, a ômega chegou a revirar os olhos de tanto que era bom beijar Yang, estava arrependida de não ter feito aquilo antes.

As mãos da ômega apertaram os ombros da loira por cima da camiseta e soltou um pequeno e quase inaudível gemido, sem perceber quando aconteceu, Weiss deixou seus hormônios levarem a melhor sobre si e agora ela estava quente de uma forma perigosa.

Yang escutou bem o gemido de Weiss e aquilo rapidamente afetou a alfa que pareceu se incendiar na hora, ela se afastou com um rosnado de formando no fundo de sua garganta.

— Me desculpe. — Yang disse sem fôlego. — A culpa foi minha…

— Não, não foi. — Weiss estava igualmente sem fôlego. — Gostaria de ter mais tempo para aproveitar isso. 

— Weiss… 

— Desculpe.

— Não se desculpe por causa do seu trabalho. — A alfa parecia já estar voltando a si. — Não se preocupe com isso.

— Sua idiota! — Weiss ralhou fazendo Yang recuar um pouco, depois a ômega desfez a carranca e riu suavemente. — Eu também quero isso, acha que também não tenho desejo por sexo?

Yang riu se afastando um pouco mais se sentindo novamente confortável.

— Claro, é uma pena, eu acho.

Houve um silêncio reconfortante enquanto as duas se olhavam com carinho, de repente Weiss tirou o celular do bolso e verificou algo na tela.

 — Chegou minha hora, vou chamar o Klein. — Ela digitou algo no smartphone e depois voltou a olhar para Yang agora com uma cara de desânimo, mas ainda tentou imprimir um sorriso. — Eu realmente sinto por não termos mais tempo.

Yang colocou seu melhor sorriso otimista para ela.

— Ainda temos alguns minutos, quer abraçar? — A alfa passou um braço ao redor dos ombros da ômega.

Weiss riu disso e com alegria aceitou o convite se inclinando contra o peito de Yang e deixando sua cabeça descansar no ombro da alfa enquanto sentia o cheiro que vinha no corpo dela, Yang por sua vez deixou seu nariz encostar no cabelo da ômega e assim ficaram pelos quinze minutos seguintes só aproveitando a companhia uma da outra, o calor e cheiro que a outra tinha.