Magic Insurgence: The Rift - Interativa escrita por Rul3r


Capítulo 6
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Notas iniciais do capítulo

Olá, olá.
Demorei um pouco mais nesse, mas na verdade é o tempo que eu costumo levar pra atualizar, então os outros que estavam rápidos.
Agora as imagens estão divididas pelos grupos atuais também, pra facilitar a visualização.

Enfim, boa leitura.



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(...)

Anne acordou com gritos, e reconheceu imediatamente a voz. Não entendeu as palavras mas sabia que era Sabrina, achou engraçado como a voz dela era doce mesmo com aqueles gritos, um último devaneio da sua mente sonolenta, antes de abrir os olhos e ver a mulher segurando Edward pela camisa, quase o levantando do chão.

— O que você estava fazendo?! — Ela balançava ele, enquanto ameaçava o atingir com um soco.

— Não tão forte... dói... — Ele tentava falar, mas seus gemidos deixavam suas palavras quase ininteligíveis.

— Você nem acredita, eu tive um sonho e estava ouvindo o Edward gemer como... Ai, merda! — Joe gritou após sentir o pé de Anne reforçado por magia atingir sua costela. Era um alvo fácil, já que estava deitado no colchão que ficava ao lado da cama dela, que já havia levantado. E como seus reflexos exigiam, já empunhava sua pistola pronta para atirar no mago inimigo.

— O que aconteceu? — Ela perguntou séria, olhando para Edward que não respondeu, sabendo que não seria ouvido.

— O espertinho aqui estava aprontando uma. Não sei o que era mas provavelmente mataria todos nós. — Sabrina contou o que havia pego o homem fazendo, perto de onde ele estava, havia uma planta emitindo um certo brilho branco. Provavelmente era aquilo que Sabrina se referia.

— Pelo amor de Deus, tenham um pouco de respeito, o cara chegou aqui hoje e já estão fu... — Joseph se levantou da cama onde dormia, a mesma de Mirai, os pés dela estavam próximos demais de seu rosto, então ele se afastou antes de prosseguir com a frase. Mas percebeu que a cena que via, não era bem a que imaginava. Então simplesmente se manteve de boca aberta, enquanto esperava o desenrolar.

Mirai também já estava acordada, e como Joseph, a cena não era bem o que pensava que seria. Felizmente, mas de Joe... ela não duvidava de nada. Para sua surpresa ele ainda estava deitado se contorcendo de dor por algo que ela não sabia. Reparou que o sol nem havia nascido ainda, já que mesmo com a janela aberta a única iluminação era a lâmpada amarela.

— Não é isso que vocês estão pensando... Eu só vi que Sabrina estava inquieta demais durante o sono, e pela oscilação do mana dela não consegui dormir. Então iria fazer algo que ajudasse a dissipar os pesadelos dela durante...

— Claro, claro. Sim, vamos deixar você fazer suas magias em paz. Tinha que ser um desgraçado da Sociedade mesmo... vocês só sabem jogar sujo! — Ela gritou, exercendo mais força sobra Edward, dessa vez prensando ele contra a parede. Deu um soco que estilhaçou o cimento a centímetros do rosto dele, que apenas fechou os olhos em reflexo. Talvez estivesse mais brava ainda porque ele estava tentando se aproveitar de algo sobre ela para fazer sua desculpa plausível.

— Me desculpe... eu não quero... — Ele tentou falar, ainda com os olhos fechados. Mas começou a soluçar antes de terminar, e em seguida, lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

— Ei, calma. — Joseph se aproximou da pequena muda reluzente de Edward e colocou as mão sobre ela. — Não parece ter realmente nada de suspeito com isso. Pela composição, ele não estava mentindo...

Sabrina olhou para Joseph, perguntando se ele tinha certeza do que falava, ele apenas confirmou balançando a cabeça. A mulher soltou o mago, que se escorou na parede atrás de si, levando uma mão a seu ferimento.

Os momentos seguintes foram um pouco embaraçosos para eles, enquanto Sabrina se retirava do pequeno quarto e descia as escadas do local. O sol havia começado a brilhar, anunciando a chegada do dia, mesmo ainda estando escuro pela maior parte.

A mulher sentou-se nas mesas da cafeteria, apoiando seu queixo em suas mãos, enquanto fechava os olhos. Sempre agiu sem pensar, por impulso, sua vida toda. Então não sabia o que a estava fazendo se sentir assim, não ligava de ser rude ou bruta com as pessoas também. Então porque estava dando a miníma para aquilo? Talvez ver que Edward era bem intencionado e não havia lhe feito nada que justificasse muito suas ações. Mas por outro lado, ele era um inimigo, e até onde sabiam mesmo não sendo um bom lutador, era um oponente extremamente poderoso. Poderia se culpar por ser cuidadosa nessas situações?

Quando Susan apareceu na porta inferior, descendo do quarto também, Sabrina não conseguiu segurar a volta que seus olhos deram, sabendo que a jovem estaria vindo para lhe chamar a atenção pelo comportamento dela antes, então se preparou para iniciar uma discussão. Elas não se davam nada bem, talvez por serem completos polos opostos, e não, na vida real, os opostos não se atraem. Susan era uma pessoa responsável e séria demais para os quinze anos que tinha, enquanto Sabrina era solta e inconsequente, mesmo já com seus vinte anos feitos. Susan gostava de mandar, e Sabrina de desobedecer. A jovem sempre pensava em tudo que iria fazer, enquanto a mulher agia antes sem nunca se questionar. Não era surpresa que a relação delas fosse ser horrível, convivendo diariamente na última semana.

— Foi prudente ter cuidado com o Grande Mestre. Mesmo que os outros desaprovem suas ações, tomar decisões impopulares é necessário para manter a segurança do grupo. — Susan conhecia Sabrina, e sabia que não teria chance de falar o que pretendia se a deixasse iniciar a conversa. Estava pensando em seu papel como líder, e mesmo odiando ser contrariada, teria que aprender lidar com muitas coisas antes de realmente poder carregar aquele título que haviam jogado nela assim que sua mãe morreu. Não, não, ela não estava disposta a aceitar pessoas discordando sem boas razões, mas acreditava que podia melhorar sua relação com Sabrina quando as duas concordassem em algo.

— Nossa, você viu a Susan Lindquist por aí? — Sabrina reagiu como de costume, não com agressividade, visto que a garota veio em paz, mas o sarcasmo não podia ser controlado.

Susan pensou em dar as costas e retirar o elogio imediatamente, mas se segurou. Agora estava decidida a conversar com Sabrina, e nem mesmo toda a deselegância dela poderia mudar a convicção da jovem.

— Muito engraçado. — Susan também não gostava de falar muito. Sempre acreditou que ouvir era mais importante, pois assim podia falar somente o necessário de forma clara. Puxou uma cadeira na mesma mesa da colega, e sentou-se.

Sabrina estava surpresa, normalmente a essa altura, Susan estaria longe dela. Realmente ela estava se esforçando agora. Nenhuma das duas falava nada, e para ela, aquilo estava começando a lhe irritar, queria socar algo, mas a presença de Susan a impedia, o silêncio para ela era realmente esmagador.

— O que você quer? — Sabrina se viu obrigada a falar algo, não aguentava mais ficar em silêncio. O que resultou em palavras que soaram indelicadas, mesmo que não tenham sido a intenção dela.

— Reconhecer o seu bom julgamento naquele momento que poderia ser crucial a nossa sobrevivência. — Susan não deixou a indelicadeza de Sabrina a atingir, e falou normalmente.

— Não espera que você, de todas as pessoas, fosse ser a primeira a fazer isso.

— E eu não esperava que em algum momento você fosse fazer o julgamento certo.

Enquanto as duas conversavam, acabaram facilmente percebendo que no fim não eram tão diferentes. As duas acabavam sendo honestas demais com facilidade, e do mesmo jeito que aquilo era uma qualidade admirável, era um defeito na mesma medida. Sabrina deixou um pouco da sua antipatia com Susan de lado por um momento, por mais que ela fosse chata com as ordens, não era difícil perceber as boas intenções dela. Sem contar que mais de uma vez ela se feriu protegendo a equipe, deixando claro que lutava muito mais por eles que por ela. Em tempo, ela poderia se tornar uma líder ideal, mesmo com muito a aprender.

Naquele momento, Anne e Joe desciam as escadas, com Kamau logo atrás deles. A mulher suspirou, fechando os olhos por um segundo. Não era comum que andasse armada, mas estava naquele momento.

— Foi estupidez trazer ele pra cá. Eu não acredito que essa ideia foi minha. — Anne levou a mão até a testa, enquanto criticava suas próprias ações. — Maya nunca vai aceitar ceder o objeto... a Sociedade não perderia uma luta assim.

— Pra começar, não poderíamos nem estar agindo assim sem supervisão. Se já ferramos tudo, qual o problema de ferrar um pouco mais pra tentar consertar? — Joe não parecia muito preocupado, como de costume, mas Anne o conhecia muito bem. Quando mais estivesse tentando disfarçar seu medo, mais aparente para ela o sentimento ficava.

— De qualquer jeito, como vocês mesmo disseram, o líder de vocês chega hoje. — Kamau podia ver também que nenhum dos dois estava bem, e ele além de se sentir culpado, odiava ver seus parceiros naquele estado. Tecnicamente, ele nem estava mais a trabalho, mas sempre se identificou muito mais com os insurgentes que seu próprio grupo. Apenas era um caçador porquê foi recomendado, já que nunca havia trabalhado para a Sociedade. — Não poderíamos fugir sem levar Edward. Pelo que sei de Maya, ela nunca nos deixaria escapar por ter ferido ele. Na verdade eu acho que o único motivo pelo qual não estamos mortos é que o irmão dele está conosco, e isso a deixa um pouco menos violenta.

Kamau tinha razão. O único motivo que havia feito a Sociedade aceitar uma negociação era a decisão que Anne fez naquele momento, e isso certamente a fez aceitar melhor sua escolha. Conseguiu perceber que ela parecia mais aliviado, e isso fez Kamau se sentir bem também, não conseguia esconder que em seu melhor lado, o que mais queria era ver as pessoas ao seu redor felizes.

No quarto ainda permaneciam Mirai, Joseph e Edward sentado no chão agora. Não havia parado de trabalhar na planta que preparava para Sabrina, embora não estivesse conseguindo se concentrar em fazê-la crescer, mas após certo tempo tentando sem sucesso, acabou a deixando de lado.

— Você está bem...? — Joseph podia sentir que Edward estava triste. Era naturalmente mais sensível as emoções alheias que o comum para um mago da natureza. O que achava estranho naquela situação, já que raiva deveria ser predominante.

— Um pouco melhor, meu ferimento já está... — Edward começou a responder, mas percebeu que Joseph não estava falando do machucado. — Ah... eu entendo a reação dela... a Sociedade cometeu muitas atrocidades, e aceitou muitas outras...

— Pra falar a verdade, eu nunca fui vítima disso, sou insurgente apenas pelos ideais. Mas, todas as histórias que ouvi nesse ano que passei na Insurgência... é de se imaginar que nem todos aprovem as ações da Sociedade. — Joseph falou enquanto se sentava ao lado de Edward, escorando-se na parede também. Parecia que ele precisava de alguém para conversar naquele momento, e provavelmente o garoto era quem menos odiava a Sociedade do grupo inteiro.

— Eu sei disso... eu vi muitas dessas atrocidades, droga, nas reuniões de nosso grupo eu mesmo concordei com muitas delas. Mas queria me levantar e discordar, infelizmente só eu demonstrava insatisfação com aquela situação. Nunca teria o poder pra mudar as coisas sozinho.

Mirai estava apenas ouvindo a conversa deles, se sentiu um pouco tocada pelo que Edward disse. Parecia sincero, ao menos pelos padrões da Sociedade. Ela encontrou uma semelhança entre eles, ambos eram sonhadores, queriam mudar o mundo e a forma como ele funcionava. Não podia deixar aquele sonho enfraquecer, mesmo com seu ódio pela Sociedade.

— Pense nisso. Se você sonha com algo, você pode tornar realidade. — Ela falou em referência a tatuagem que tinha em seu ombro para nunca se esquecer daquela frase.

— Você pode se juntar a Insurgência, se estiver disposto a enfrentar os problemas que vai ter sendo um Grande Mestre... mas não seria o primeiro. — Joseph deu a sugestão ao homem, que apenas olhava para o chão. — E se fizer isso, sabe que pode contar com todos nós para te ajudar. Talvez pense que nós somos ruins pela forma que te tratamos...

— Mas eu estou do lado contrário. Eu sei. — Edward terminou a frase de Joseph. Mal podia acreditar que estavam lhe fazendo aquele convite. A Insurgência era bem diferente do que ele sabia, do que lhe contavam. Mas ele nunca poderia fazer parte daquele grupo, tanto por sua irmã quanto o resto de sua família, além de que não era exatamente daquela forma que pretendia lutar. — Eu agradeço que estejam me dando essa oportunidade, mas não posso aceitar. Não odeio a Insurgência, mas amo minha irmã como ela me ama. Somos tudo que restou um ao outro. E a culpa disso é da Insurgência, não importa se foi apenas uma resposta a uma ação da Sociedade. Mas o que o grupo de vocês fez... minha mãe estava tão feliz porque fui apontado ao posto de Grande Mestre, meu pai orgulhoso. Maya e seu marido vieram até nossa casa para comemorar, meu sobrinho tinha apenas quatro anos e eu o amava também. Naquela noite eu briguei com minha família, meu pai me bateu porquê descobriu algo sobre minha sexualidade, e eu saí de casa naquela noite. Maya nunca aprovou também, e não era segredo, mas ela foi atrás de mim. Deixou seu marido e filho com nossos pais e me buscou onde eu estava. Disse que nunca mais deixaria alguém me ferir, que sempre estaria ao meu lado. Provavelmente ela discutiria com meus pais quando chegássemos em casa. Mas quando estávamos chegando, eu senti a presença de muitos outros magos e ela me mandou ficar escondido até ela retornar. Durante a manhã, horas depois fui procurá-la, estava deitada entre uma quantia enorme de corpos na entrada de nosso castelo. Corri ajudá-la, mas assim que me aproximei ela tentou me impedir com uma barreira, mas estava fraca demais. Quando vi nossos pais mortos ao seu lado, com seu marido e até a criança do outro, eu mesmo desmaiei. Hoje eu sei que daria minha vida pra ter mais um minuto com eles, nem que fosse apenas para meu pai me bater uma outra vez, ou ver minha mãe chorando por minha causa. Só pra ter eles comigo novamente. Se não tivesse saído naquela noite, Maya estaria lá e teríamos sido capazes de nos defender. Ela trocou seu marido e filho, nossos pais, por mim.

Edward terminou de contar sua história e não conseguiu segurar suas lágrimas. Dessa vez diferente das que derramou antes, era pura tristeza que sentia. Começou a soluçar enquanto enterrava seu rosto em seus braços, escondendo sua face de Mirai e Joseph, não conseguia controlar seus altos soluços mesmo tentando se segurar. Os dois que estavam com ele não conseguiam dizer nada para consolar Edward, e nada do que dissessem o consolaria de qualquer jeito, então apenas permaneceram em silêncio pelos dois minutos que Edward levou para se recuperar, limpando seu rosto com a camisa.

— Por isso que eu quero mudar as coisas, e não continuar o ciclo de morte e violência. Infelizmente, a Insurgência não é o local que eu tenho em mente para fazer isso, e nunca poderia olhar para o rosto de Maya se a traísse dessa forma. Eu não quero fazer parte do ciclo, eu quero acabar com ele, e sem ferir ninguém. Quando tiver influência o suficiente, vou me separar da Sociedade, e criar minha própria organização com esse objetivo. Acabar com todo esse derramamento de sangue desnecessário. — O homem terminou de falar, normalmente Edward parecia frágil ou fraco a todo momento, mas naquele, era quase irreconhecível. Estava com uma convicção forte, e Joseph podia sentir isso na aura dele, que seu desejo por mudança era tão forte quanto a tristeza que sentia antes. Fazia Mirai e Joseph acreditarem que se alguém um dia seria capaz de fazer aquilo, esse alguém seria Edward.

*  *  *

Maya Nigetlam, Christen Pendragon e Zacharias Vlad III na mesma sala. Era algo incomum mais de dois Grandes Mestres se reunirem longe de uma base fortificada da Sociedade, mas ali estavam os três num esconderijo compartilhado entre Caçadores e magos da Sociedade. E ainda mais agravante aos costumes deles, muito mais gente estava dentro daquela sala.

Enquanto os três magos conversavam sentados a enorme mesa que sempre havia nos locais da Sociedade, Daedalus e Liadam permaneciam de pé, em frente a eles, sem dizer uma palavra, com as mãos cruzadas atrás das costas.

Sylvana, Gabriel e Adrien estavam perto da porta, mas na mesma sala, apenas observando os jovens reportarem os acontecimentos. Um clima pesado ocupava o local pela presença dos Mestres, mas eles não ficaram por muito mais tempo. Após a conclusão do relatório dos jovens, os três Mestres se retiraram rapidamente sem falar nada.

— Não vou mentir, é um alívio quando eles não estão na sala. Um só deles tudo bem, mas quando têm dois... — Gabriel já havia feito muitos trabalhos, principalmente com Maya e Christen que eram os que mais costumavam fazer missões de campo, mas nunca com ambos juntos, ou esteve numa sala com tantos assim. Não era alguém que se impressiona fácil, mas a simples presença dos magos deixava uma impressão nele.

— Eles são os Grandes Mestres afinal. E ao que parece, a situação está bem crítica. — Sylvana também estava impressionada com a presença deles. Já havia trabalhado com Naviel, Maya e Christen, mas era a primeira vez que via Zacharias Vlad pessoalmente.

— Vocês se impressionam muito. — Adrien comentou, como guarda-costas e secretário dos Nigetlam, era comum que ele acabasse em contato com outros Mestres. Até se admirou que a negociação não foi passada para ele e secretários dos outros dois, já que Maya reconhecia sua habilidade para negociações como sendo melhor que a dela. Vlad III só botava as mãos no assunto quando algo podia lhe atingir, e Adrien, após todo aquele tempo, sabia o que era. O único mago capaz de fazer oposição a ele dentro da Sociedade era Maya, já que Christen não ligava para as políticas dentro da organização, Edward era muito jovem e alheio a política para se interessar e Naviel poderia ser fácilmente retirado de sua posição com algumas jogadas sujas e ninguém o defenderia. Mas Maya era uma ameaça completa ao domínio de Vlad, e certamente se ele não intercedesse por Edward, ela seria um problema muito maior futuramente, provavelmente era só por isso que Vlad estava cogitando fazer aquela negociação do objeto que o líder dos Insurgentes queria. A Sociedade não admitia derrota nem recuava, parte disso por apenas entrar em batalhas que podiam vencer. E naturalmente podiam vencer aquela, se os sentimentos de Maya não estivessem no caminho agora, mas Adrien não se importava muito com isso. Para ele era até melhor que Maya continuasse mostrando seu poder lá dentro, para a família dele ver que a mulher que os destronou não havia enfraquecido nem um pouco nos últimos vinte anos.

Enquanto pensava, Christen Pendragon retornava do lado de fora acompanhado de Maya, que chamou Daedalus e Liadam para se aproximarem dos caçadores e seu guarda-costas.

— Um grupo vai recuperar Edward e outro levar o objeto. — Christen não parecia interessado em discutir seu plano de batalha, então apenas falou aquelas palavras esperando que todos soubessem o que fazer. Ele não estava nem com sua espada ou armadura naquele momento.

— E quem está em cada grupo...? — Não era costume alguém questionar os Mestres depois que concluíam de apresentar seus planos, e Maya provavelmente explicaria mais depois. Mas Gabriel não dava a mínima para os costumes da Sociedade.

— Você não... — Christen visivelmente não gostou da ação e começou a falar, aumentando seu tom com cada palavra, prestes a gritar, mas Maya o interrompeu.

— A verdade é que serão três grupos. Mas o Arthur aqui não está num bom modo, já que tiraram seus brinquedos dele. Você não acha que deveria dar uma olhada lá fora?

Maya falou enquanto abria a porta usando sua magia. Christen abriu a boca para responder, mas não falou nada, apenas dando as costas para o grupo e se retirando.

— Agora que podemos discutir nosso plano de forma civilizada. A garota e Adrien vão ficar encarregados de levar o objeto que eles tanto querem. Tenham cuidado pois ele é real, já que não corremos o risco de eles perceberem que é falso e ferirem Edward. Enquanto isso, eu e o novato vamos recuperar meu irmão em outro local.

— Certo... então a gente faz o quê? — Gabriel mais uma vez interrompeu um Mestre falando, já que ela havia parecido concluir seu plano e não lhe disse qual seria seu trabalho, por coisas assim preferia que apenas lhe dissessem o que fazer e então pudesse trabalhar sozinho.

— Não me interrompa. Chegarei lá, a próxima vez que isso acontecer, você será punido adequadamente. — Ela respondeu séria, enquanto olhava para Gabriel. Mesmo ambos tendo quarenta anos já, não entendia porquê ela parecia tão mais velha quando o assunto era se impor. Normalmente ele teria iniciado uma briga ali mesmo, mas era com Maya que estava falando, e achou que seria mais adequado relevar naquele momento. — Enquanto eles retornam com o objeto, Liadam e Adrien vão usar uma runa para sinalizar que a troca foi concluída, e vamos responder com outra quando recuperarmos Edward. Nesse momento, os Caçadores acompanhados de Arthur, vão estar no local onde Daedalus nos informou como esconderijo deles. Assim que eles chegarem, ele vai sinalizar também, e os jovens, junto comigo e Adrien vão avançar na direção deles. O final acaba com todos eles mortos e nós com Edward e o objeto em nossas mãos.

A mulher terminou de falar seu plano, e então deixou eles perguntarem o que ainda tinham dúvidas, mas sua explicação estava boa o suficiente para não haver nenhuma questão. Não era nada difícil para a Sociedade realizar esse tipo de coisa, e não ter nenhum membro acostumado a fazer negociações no lado inimigo facilitava muito, já que provavelmente não seriam capazes de se preparar para as jogadas da Sociedade.


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Notas finais do capítulo

Então gente, é isso. Tívemos mais da história e relação de Edward e Maya, aprofundamos um pouco mais algumas relações. Está tudo indo bem, vamos ver como as coisas seguem kkkk nos próximos capítulos estarei começando a mudar um pouco a formação dos grupos, dividindo mais eles, e dando mais atenção a personagens que estão merecendo, pelos seus autores.

Enfim, vejo vocês nos comentários e nos próximos capítulos, até mais.



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