Rony Weasley e a Pedra Filosofal escrita por biapurceno


Capítulo 15
O Doce Sabor da Vitória


Notas iniciais do capítulo

Finalmente chegamos ao fim dessa história. Meu coração está em pedaços e ao mesmo tempo palpitando de felicidade por ter chegado até aqui. Esse projeto é meu projeto do coração, que passei anos planejando e desenvolvendo, e a recepção foi tão boa que me animou para realmente fazer os outros livros. A câmara está garantida, e vou me esforçar pelos outros cinco!

Hoje, 17/10/2018 é meu aniversário, e de presente, fecharei com chave de ouro essa história.

Sem mais delongas, vamos ao capítulo!



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CAPÍTULO QUINZE

O Doce Sabor da Vitória

Rony abriu os olhos lentamente, a claridade fraca vinda da janela próxima de sua cama parecia mais forte do que seria normalmente. Tentou levantar e sentiu seus músculos doerem. Com dificuldade Rony sentou-se, esfregando os olhos. Lembrou-se lentamente do que aconteceu, a luta para resgatar a pedra, o jogo de xadrez vivo com Harry e Hermione, Harry machucado. Sentiu o seu estomago dar um solavanco ao lembrar-se do amigo desacordado. Na verdade, não conseguia saber se seu estômago reclamava da lembrança de Harry ou da fome que sentia. Olhou para o relógio e, para sua sorte, ainda dava tempo de pegar o café da manhã. Ia chamar Mione para ir com ele, mas a cama ao lado da sua onde ela dormia estava vazia.

— Que bom que acordou, senhor Weasley. — Madame Pomfrey se aproximou, examinando sua cabeça — Já não tem mais sinal da pancada que levou. Se quiser correr para tomar o café da manhã dá tempo, deve estar com fome.

Rony voltou para o dormitório, tomou o banho mais rápido de sua vida e foi para o salão principal. No caminho viu algumas pessoas apontarem e cochicharem enquanto passava, mas achou ser impressão. De longe já se sentia o cheiro maravilhoso da comida. O salão estava lotado e as mesas já estavam fartas das comidas deliciosas. Hermione estava em seu habitual canto comendo enquanto lia um livro. Rony foi a passos apertados na direção de Hermione e notou algumas cabeças se virarem curiosas para si.

— Posso sentar? — Rony falou baixinho no ouvido de Hermione. A garota pulou assustada, mas ao perceber que era Rony abriu um enorme sorriso.

— Achei que você não acordaria mais!

— Por que? — Rony perguntou sentando ao lado dela e enchendo o prato de tudo que podia alcançar — Dormi apenas algumas horas...

— Algumas horas? Você está dormindo desde ontem.

Rony se engasgou.

— Eu passei o dia inteiro dormindo?

— Sim. Acordei por volta do meio dia de ontem e desde então voltei à ala hospitalar várias vezes durante o dia todo mas você continuava dormindo. Madame Pomfrey não deixou que te acordassem, disse que era melhor que descansasse.

Rony apenas deu ombros, merecia descansar o quanto quisesse, afinal, tinham salvado o mundo bruxo. Voltou a dar atenção para a comida em seu prato, estava com tanta fome que achava que toda a comida da mesa não seria suficiente. Estava se esbaldando quando viu um grupo de terceiranistas passar por ele, apontando e cochichando.

— É impressão minha ou estão olhando muito para nós?

Hermione soltou um suspiro

— Assim que saí da ala hospitalar ontem fui abordada por umas cem pessoas me fazendo perguntas sobre o que aconteceu lá no terceiro andar. Não faço ideia de como descobriram o que estávamos fazendo, mas deu para perceber que as notícias voam em Hogwarts.

— Mas eles sabem de tudo mesmo que aconteceu? Quero dizer, que houve o xadrez vivo, o visgo do diabo, que era Você-Sabe-Quem que estava lá na sala com Harry...

— Eles sabem tudo até a sala das poções, a partir daí a história fica de uma maneira distorcida. Uns acham que Harry foi nocauteado pelo trasgo, outros acham que o poder da pedra filosofal era tão grande que o apagou. Ninguém está realmente ciente do estado de Harry, todos acham que a qualquer momento ele vai aparecer correndo como você o fez.

— E você também não acha que ele vai melhorar?

— Eu não sei. Madame Pomfrey disse que ele continua na mesma. Falei com o professor Dumbledore, e não me pareceu muito otimista, disse que Você-Sabe-Quem o afeta de uma maneira muito particular e não sabe o que o contato com ele pode fazer com Harry. Ele não quis dizer com todas as palavras, mas não parece estar contando com a recuperação rápida de Harry. — Hermione falou chorosa.

Rony suspirou. Gostaria de saber o que realmente havia acontecido com Harry, o que Você-Sabe-Quem tinha feito com seu amigo para que ficasse desacordado tanto tempo, para que Dumbledore ficasse preocupado. Talvez esse bruxo das trevas tenha tentado matá-lo novamente e não conseguiu, porém dessa vez obteve mais sucesso do que da primeira.

— Vejam só, meu irmãozinho, o mais novo herói de Hogwarts! – Fred chegou com seu habitual sorriso, vestido com o uniforme de quadribol.

— É verdade? Você venceu mesmo um jogo de xadrez vivo ou é mentira de toda a escola? – Jorge perguntou. O restante do time de quadribol parou ao lado dos gêmeos esperando a resposta.

— Bem... É verdade! – Rony falou estufando o peito. Hermione girou os olhos.

— Demais! – Fred exclamou dando um tapa particularmente forte nas costas de Rony. – Vamos, conte o que aconteceu!

— Não é hora para isso! – Olívio Wood bradou, embora também estivesse interessado – Temos que ir para o campo de quadribol para nos prepararmos.

— Espera, vai ter o jogo? Quero dizer, como terá jogo sem o Harry? Perderemos a taça de quadribol sem ele, não pode ser, esse jogo não pode acontecer. – Rony falou mais rápido do que seu cérebro processou.

— Não podemos impedir o jogo de acontecer, regras são regras. Colocamos Cátia Bell no Lugar de Harry e colocamos Josh Kalishten como artilheiro. Cátia não é uma boa apanhadora, mas de todos nós é a melhor. – Ele falou desanimado.

Olívio saiu seguido pelo time para o campo.

—Seja o que Deus quiser.

Mesmo sabendo a remota chance de vencer o jogo contra a Corvinal, a Grifinória em peso estava no campo. Era o jogo decisivo, nenhuma das duas equipes havia perdido aquele ano, quem vencesse levava a taça. Todos os professores, até mesmo Dumbledore, estavam nas arquibancadas para assistir o jogo. O professor Flitwick estava com um sorriso enorme ainda mais comparado a sua carinha pequena, ao contrário, de Mcgonagall, que era o desânimo em pessoa.

Os jogadores já estavam em seus lugares aguardando Madame Hooch lançar a goles. Cátia Bell estava um pouco acima dos outros jogadores. Jogava olhares furtivos para Angelina Johnson, sua amiga, que estava ao lado de Josh Kalishten, parecendo querer mais do que tudo voltar a jogar como artilheira.

Nos primeiro três minutos de Jogo a Corvinal já tinha marcado trinta pontos. Dava pena ver os Artilheiros da Grifinória tentando armar as jogadas em vão, sendo desarmados facilmente pela equipe adversária. Olívio Wood, o capitão, não conseguia se concentrar vendo os jogadores parecer estar perdidos em campo, consequentemente não obtinha muito sucesso no seu papel como goleiro. Somente os gêmeos conseguiam fazer sua parte, porém sozinhos não dava para levar o time.

Por sorte, ou azar, nenhum dos apanhadores haviam encontrado o pomo de ouro. Cátia Bell voava acima dos outros jogadores, mas não tinha nenhuma técnica para procurar o pomo e se distraía facilmente com as jogadas perdidas do time da Grifinória. Vez ou outra ainda gritava para os artilheiros se posicionarem, recebendo olhares reprovadores de Olívio.

— 90 x 10 para a Corvinal. – Lino Jordan anunciou a contragosto — Mas só estão vencendo porque nosso apanhador não está aqui, que fique claro.

— Jordan! — a professora Minerva gritou

Aproveitando a péssima situação da Grifinória, a Corvinal jogava com o máximo de força que tinham. Tudo parecia estar conspirando a favor da equipe da casa de Rawena Revenclaw, os jogadores estavam mais confiantes, conseguiam armar as jogadas com perfeição e marcavam pontos com muita facilidade.

—Olhem lá!

Carl Madmoum, o apanhador da Corvinal, voava rápido em direção ao pontinho dourado que voava próximo as arquibancadas do outro lado do campo. Cátia estava mais perto, e partiu voando à toda velocidade com o braço esticado. O pomo, que estava próximo ao chão, subiu como um raio para cima das arquibancadas, Cátia empinou a vassoura para cima atrás do pomo. Os outros jogadores pararam a partida para observar os dois. Carl alcançou Cátia em poucos instantes, emparelhando a vassoura com a dela. O pomo estava muito próximo dos dois, os alunos da Grifinória gritavam loucamente na esperança da garota capturar primeiro. Se Cátia apanhasse o pomo, a Grifinória ganharia além da taça, pontos para a casa, saindo do último lugar na disputa do troféu das casas. Os dois apanhadores voavam tão rápido que era difícil de acompanhá-los. O pomo desviou o caminho, descendo rapidamente para o chão. Os dois apanhadores fizeram o mesmo, descendo a toda velocidade, ambos com o braço esticado, cada vez mais próximos do chão.

— Eles vão bater!

Os dois colidiram com o chão e uma enxurrada de penas foi para o ar. Faltando centímetros para o choque, Madame Hooch conjurou diversas almofadas para amortecer a queda. Todos ficaram em silêncio, aos poucos dava para ver a silhueta disforme dos dois jogadores no meio do monte de penas. Carl e Cátia se levantaram aos tropeços e Carl levantou o braço o mais alto que pode, mostrando a bolinha dourada em sua mão.

O grito dos alunos da Corvinal pôde ser ouvido de longe. Uma grande bandeira com a imponente águia símbolo da casa foi estendida no ar em meio a festa azul e branca. A taça de quadribol foi entregue nas mãos de professor Flitwick que, embora meio desajeitado, já que a taça era maior que ele, segurou-a com orgulho, cercado pelos jogadores.

— Não teve jeito, perdemos a nossa única chance de a Grifinória se salvar da última colocação das casas. E pensar que foi por minha culpa... – Hermione lamentou.

Rony e Hermione estavam no salão comunal da Grifinória, sentados na poltrona próxima da lareira. O clima estava melancólico, com a perda no quadribol e a lanterna na taça das casas, os grifinórios estavam tão chateados que nem parecia faltar apenas três dias para as férias.

— Nossa culpa... – Neville apareceu com o sapo Trevo na mão, sentando-se ao lado de Hermione. – Se não tivéssemos perdido todos aqueles pontos... E nem mesmo a Corvinal ganhando a taça de quadribol ultrapassou a Sonserina. Faltou tão pouco... Pena não termos Harry para ganhar o jogo.

— Er por falar nisso, Neville... – Hermione falou sem jeito – Me desculpe por utilizar o feitiço do corpo preso em você, sinto muito.

— Não esquenta! – ele falou sorrindo, suas bochechas parecendo ainda maiores – Foi por uma boa causa.

Os três permaneceram em silêncio, ouvindo apenas o crepitar da lareira e algumas poucas conversas pelo salão comunal.

— Como está ele? – Neville perguntou. – Harry eu digo.

— Não sabemos, não nos deixam vê-lo, e são evasivos quando perguntamos algo...

Mais cedo Rony e Hermione tentaram visitar Harry na enfermaria, porém Madame Pomfrey não deixou que entrassem para vê-lo. Também não quis dizer como ele estava, mas deixou transparecer preocupação.

— Deve ter sido bem forte a pancada, não é?

— O que? – Hermione exclamou – Que pancada? Do que você está falando?

— Do gigante! Fiquei sabendo que quando vocês foram resgatar a pedra, além do xadrez que Rony venceu e do enigma que Hermione desvendou havia um gigante de uns três metros de altura que Harry teve de enfrentar sozinho, e que acabou por nocauteá-lo, obviamente. Segundo disseram, o gigante foi trazido pelo professor Quirrell, que ficou tão assustado com o que houve que foi embora.

Rony e Hermione se entreolharam assustados. Para falar a verdade até o momento não sabiam de nada sobre o que houve com Harry. Que não era um gigante estava claro, mas não sabiam se era realmente Você-Sabe-Quem que havia deixado Harry desacordado, já que Dumbledore não foi claro em sua explicação.

— Você disse que o professor Quirrell foi embora? – Hermione perguntou.

— Sim, parece que não vai mais voltar. Só não sei para onde ele foi. – ele se levantou – Vou levar Trevo para cima. Melhor não arriscar perdê-lo novamente.

Neville foi para o dormitório, deixando Rony e Hermione sozinhos. Hermione mordeu o lábio inferior, com o queixo apoiado na mão, olhando fixo para a janela.

— Fala logo.

— O que? – ela perguntou assustada.

— Você está com aquela expressão de quando está pensando em algo que te intriga.

— Não é nada, eu só... – ela coçou a cabeça – Não acha estranho o professor Quirrell ter ido embora logo agora que aconteceram todas essas coisas? Quero dizer, ele é o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, ele deveria estar à frente de tudo!

— O professor Quirrell é o cara mais medroso que eu já conheci, não me admira que tenha fugido.

— E quanto a Snape? Passamos o ano inteiro desconfiando que ele estivesse querendo a pedra e no final ele aparece como o grande herói que passou o ano inteiro defendendo Harry. Não é estranho? – Hermione falou febril

— Talvez... Mas Dumbledore confia no Snape, isso é alguma coisa.

— Não sei.

Hermione claramente não estava convencida, talvez ela tivesse mesmo razão, entretanto, já haviam solucionado o caso e Dumbledore já estava com a pedra, talvez fosse melhor não se preocuparem com isso por hora. Mas sabia que ela não iria desistir.

— Acho melhor irmos dormir. Amanhã após o café da manhã vamos procurar Dumbledore, precisamos saber a verdade, com Harry, com Quirrell, com Snape e seja lá com o que mais estejam escondendo de nós. Não levante tarde.

Ela saiu andando, porém vendo que Rony não se mexeu, voltou e agarrou o garoto pelas vestes, levando-o para frente das escadas. – Disse que é melhor dormirmos, não ouviu?

— Me solta, Hermione. Você não é minha mãe! – Ele se desvencilhou da garota – Amanhã eu estarei aqui cedo, não precisa me forçar.

— Espero mesmo, não quero perder tempo. – E dizendo isso subiu a passos firmes para o dormitório feminino.

Rony ficou parado olhando para as escadas onde Hermione subiu sem entender. Garotas eram realmente estranhas.

— Não se preocupe, Roniquinho. Com o tempo piora. – Jorge colocou a mão em seu ombro. — Se aos onze anos ela já te arrasta dessa maneira, imagina aos dezoito?

— Ela tem doze. – Rony corrigiu – E ela não faz essas coisas geralmente, as vezes ela é esquisita.

— Mulheres e seus períodos... – Jorge suspirou – Em breve você vai entender.

Rony apenas deu ombros e foi para o dormitório. Era melhor não entender mesmo, às vezes até esquecia que Hermione era uma garota. Ela andava sempre com ele e Harry; não era vaidosa, não ficava se preocupando se estava de batom ou se o cabelo estava arrumado, ela era simples e autêntica. E era exatamente isso que ele gostava nela, que fazia dela sua melhor amiga.

Rony acordou em um pulo no dia seguinte. Acabou dormindo demais e por pouco não perdeu o café da manhã, o que deixou Hermione muito irritada.

— Francamente, Rony! – Ela bradou – Não posso confiar em você!

Os dois comeram rapidamente e saíram em disparada pelo castelo.

— Você sabe onde fica a sala de Dumbledore? – Rony perguntou assim que saíram do salão principal.

— Não faço ideia... – Ela falou desanimada – Temos que dar um jeito de achar, talvez devêssemos perguntar a um dos fantasmas, eles devem saber onde fica.

— Onde vocês estão querendo ir, posso saber?

A professora Mcgonagall apareceu parada atrás deles de braços cruzados. Depois do que houve, ela passou a vigiá-los de perto para que não tentassem “proteger” mais nada.

— Queremos ver o professor Dumbledore. – Hermione falou com firmeza

— De novo com essa história? Até onde eu sei foram vocês que salvaram a Pedra Filosofal, será que não dá para ficar longe de encrenca nos últimos dias que restam em Hogwarts?

— Não é isso professora, nós só queremos saber como está Harry, mas queremos a verdade. Acho que temos o direito de saber. – Rony falou de uma vez.

— Se esse é o caso, não precisam procurar o Professor Dumbledore. Ele esteve com o senhor Potter ainda agora, assim que ele acordou.

— O que?! – Rony e Hermione perguntaram juntos.

— Ele acordou hoje mais cedo, mas creio que a madame Pomfrey não vai deixar que o visitem agora...

Porém Rony e Hermione não ouviram mais nada. Saíram as pressas para a enfermaria para ver como Harry estava. Precisava vê-lo de perto, acordado, para acreditar. Foi uma grande tortura não saber se ele sobreviveria. Contudo, a professora Mcgonagall tinha razão; Madame Pomfrey não iria deixar que entrassem na enfermaria tão facilmente.

— Já disse que não! – Ela falou taxativa, na frente da porta – O sr Potter precisa descansar, ele mal acordou e já recebeu uma visita, agora chega.

— Mas somos seus melhores amigos! – Hermione argumentou

— Não importa! – Madame Pomfrey exclamou

— Quem está aí? – ouviu-se a voz de Harry ao longe dentro da enfermaria.

— Somos nós! — Rony gritou — Rony e Hermione!

— Legal! — Harry exclamou — Deixe que eles entrem!

— De jeito nenhum. — Ela falou cruzando os braços — Vocês vão deixá-lo mais agitado que ele já está. Melhor os dois irem embora.

— Por favor! — Harry suplicou — Só cinco minutos...

— Absolutamente não.

— A senhora deixou o Professor Dumbledore entrar.

— Bom, é claro, ele é o diretor, é muito diferente. Você precisa descansar.

Estou descansando, olhe, deitado e tudo. Ah, por favor, Madame Pomfrey.

— Ah, muito bem. Mas só cinco minutos. Se ele se agitar ponho os dois para fora! — Ela sussurrou para Rony e Hermione.

— Harry! — Gritaram, Madame Pomfrey balançou a cabeça.

O garoto estava com a aparência abatida e um pouco mais magro, porém não parecia estar nada mal. Ao lado de seu leito havia uma pilha de doces e presentes que todos na escola mandaram para quando melhorasse.

— Ah, Harry, nós achamos que você ia... — Hermione pigarreou — Dumbledore estava tão preocupado...

— A escola inteira não fala em outra coisa – disse Rony, era um grande alívio ver que o amigo estava bem de verdade – Mas, afinal, o que foi que aconteceu?

— Vocês não vão acreditar! – Harry se ajeitou na cama – Quando atravessei a parede de fogo após tomar a poção, minha cicatriz doía como se estivesse em brasa. Estava certo que encontraria Voldemort, mas me enganei. Quem estava lá era o professor Quirrell, em frente ao espelho de Ojesed.

— Já li sobre o espelho de Ojesed, — Hermione assumiu o ar “sabe tudo” – Ele mostra o desejo mais íntimo que uma pessoa possui...

— Já sabemos! – Rony a cortou – O que Quirrell estava fazendo lá?

— Foi o que perguntei, e ele estava lá justamente para conseguir a Pedra. Não era o mesmo Quirrell que conhecemos, estava diferente, suas palavras eram firmes, não gaguejava, ele sabia muito bem o que estava fazendo, ele sempre soube. Como sabia quando tentou me matar no jogo de quadribol.

— Tentou te matar?! – Hermione exclamou – Nós vimos Snape azarar sua vassoura...

— Nós vimos Snape tentando contra-azarar. Você o empurrou quando pôs fogo em suas vestes. O professor Snape estava tentando me defender de Quirrell o tempo todo! Ele sabia as intenções de Quirrell e o ameaçava para tentar pará-lo. Foi Quirrell também que deixou entrar o trasgo no dia das bruxas para ir ao terceiro andar. – Harry falou febril. Rony e Hermione se entreolharam incrédulos.

— É impossível...

— Não é não, Hermione! – Harry exclamou alucinado – Era ele, o professor Quirrell. Ele estava lá, tentando pegar a Pedra para entregar a seu mestre. Assim que entrei, ele conjurou cordas para me prender começou a falar sozinho, pelo menos eu achei que estava falando sozinho, mas Quirrell estava falando com ele, ele estava com Quirrell o tempo todo. E ele sabia que só quem poderia pegar a Pedra, que Dumbledore enfeitiçou para que ficasse dentro do espelho, era alguém que não tivesse a intenção de usá-la e resolveu me usar para isso, e deu certo. Eu fiquei de frente para o espelho e de alguma forma a pedra veio parar no meu bolso. Tentei esconder que havia conseguido a Pedra, mas ele era mais esperto que eu.

— Eu não consigo entender, de quem você está falando? Quirrell não estava sozinho? – Hermione perguntou

— Não, ele não estava sozinho, o tempo todo ele esteve acompanhado e é por isso que toda vez que eu chegava perto dele minha cicatriz doía. Debaixo daquele turbante não tinha montes de alho como diziam, debaixo daquele turbante Quirrell tinha outra face, e essa face, essa pessoa que dividia o corpo com Quirrell era Voldemort.

Rony tomou um susto tão grande que chegou a recuar alguns passos, Hermione não conseguiu segurar um grito, que por sorte não foi ouvido por Madame Pomfrey.

— Não diga o nome dele! – Rony bradou – Como isso é possível?

— Ele falou comigo cara a cara. Disse-me que havia se transformado em apenas uma sombra, que para ter forma precisava que alguém o deixasse entrar em sua mente e coração. Tendo a Pedra ele seria capaz de ter seu próprio corpo, por isso ele a queria tanto. Recusei-me a entregar obviamente e ele ficou revoltado, obrigou Quirrell a tirá-la de mim, porém para minha surpresa, Quirrell não podia me tocar. Cada vez que me tocava sua pele ardia como se estivesse em chamas, ficando vermelha e em carne viva. Em contrapartida, cada vez que eu o tocava minha cicatriz doía como se minha testa tivesse partindo ao meio. No fim das contas, ele me jogou no chão e ao tentar me encurralar eu o segurei com todas as minhas forças e ele caiu sobre mim, então eu apaguei.

— Mas o que aconteceu com Quirrell e Você-Sabe-Quem? – Hermione perguntou curiosa.

— O professor Dumbledore esteve aqui mais cedo e me contou que tirou Quirrell de cima de mim antes que acontecesse o pior. Quirrell não resistiu às queimaduras e acabou morrendo, Voldemort o abandonou pouco antes que morresse.

— Quer parar de dizer o nome dele! – Rony falou arrepiado – Então ele ainda está vivo?

— De certa forma sim. – Harry falou sombrio – Aguardando outro servo que esteja disposto a dividir o corpo com ele.

— Isso é Horrível! Um dos maiores bruxos das trevas da história a solta por aí, parasitando. Não há como impedi-lo?

— Creio que não... — Harry falou triste — Não sabemos onde pode estar, uma vez que não tem forma definida ele pode estar em qualquer lugar.

— E a Pedra? – Hermione perguntou – Dumbledore a pegou?

— O professor Dumbledore conversou com Nicolau Flamel e eles decidiram que era melhor destruir a Pedra de uma vez por todas.

— Então a Pedra acabou? — perguntou Rony ainda tentando colocar toda a história em ordem na sua cabeça — Flamel simplesmente vai morrer?

— Foi o que perguntei, mas Dumbledore acha que... Como foi mesmo?... Que para a mente bem estruturada a morte é a grande aventura seguinte.

— Eu sempre disse que ele era biruta — disse Rony impressionado.

— Então o que aconteceu com vocês dois? — perguntou Harry.

— Bom, eu voltei da última sala que nós vimos sem problemas — disse Hermione — Fiz Rony voltar a si, isso levou algum tempo; também tivemos alguns problemas para passar por Fofo, mas conseguimos e já estávamos correndo para o corujal para nos comunicar com Dumbledore quando o encontramos no saguão de entrada, ele já sabia, e só disse “Harry foi atrás dele, não foi?", e saiu desabalado para o terceiro andar.

— Você acha que ele queria que você fizesse aquilo? Mandou a capa do seu pai e tudo o mais? – Rony não tinha pensado nessa possibilidade até o momento.

— Bom! – Hermione falou irritada – Se ele fez isso... Quero dizer... Isso é horrível... Você podia ter sido morto.

— Não, não é horrível – disse Harry – Ele é um homem engraçado, o Dumbledore. Acho que meio que queria me dar uma chance. Acho que sabe mais ou menos tudo o que acontece por aqui, sabe? Imagino que tivesse uma boa ideia do que íamos tentar fazer e em lugar de nos impedir, ele simplesmente ensinou o suficiente para nos ajudar. Não acho que tenha sido por acaso que me deixou descobrir como o espelho funcionava. Era quase como se pensasse que eu tinha o direito de enfrentar Voldemort se pudesse...

— É, a marca de Dumbledore, com certeza – disse Rony, cada dia o admirava mais – Olhe, você precisa estar bom para a festa de fim de ano, amanhã. Os pontos já foram todos computados e Sonserina ganhou, é claro. Você faltou ao último jogo de Quadribol, fomos estraçalhados por Corvinal sem você. Mas a comida vai ser legal.

Nesse instante, Madame Pomfrey irrompeu no quarto.

— Vocês já estão aí há quinze minutos, agora FORA! — disse com firmeza.

Rony e Hermione se despediram de Harry e saíram da enfermaria intrigados com a história, porém aliviados por saber que o amigo estava bem. O pior disso tudo era saber que Você-Sabe-Quem ainda estava vivo, que ainda representava perigo e que estava atrás de Harry.

— Algo me diz que isso foi só o começo... – Rony suspirou.

À noite no dia seguinte, Rony e Hermione se dirigiram para o salão principal para a festa de encerramento, que já estava decorado com as cores verde e prata da Sonserina, campeã das casas, e já estavam cansados de contar a história da aventura com a Pedra Filosofal para vários alunos curiosos em ouvir a verdadeira história. Nenhum deles soube que era Quirrell e Você-Sabe-Quem que estavam envolvidos e Rony e Hermione preferiram deixar assim. Em pouco tempo o salão estava lotado apenas aguardando Dumbledore entrar para anunciar o vencedor.

— Harry não virá mesmo? – Hermione perguntou

— O professor Dumbledore disse que ele viria – Rony falou brincando com o prato vazio na mesa – Ele disse mais cedo que queria que nós três estivéssemos aqui para a contagem dos pontos. – Ele olhou para as bandeiras da Sonserina – Humilhante, não?

Hermione deu ombros no momento em que Harry apareceu no salão principal. Todos pararam de falar no momento em que o garoto entrou, poucos segundos depois todos começaram a falar alto e ao mesmo tempo, apontando e fazendo comentários. Harry sentou-se entre Rony e Hermione, sem graça, e instantes depois Dumbledore apareceu, cessando a bagunça.

— Mais um ano que passou! — disse Dumbledore alegremente. — E preciso incomodar vocês com a falação asmática de um velho antes de cairmos de boca nesse delicioso banquete. E que ano tivemos! Espero que as suas cabeças estejam um pouquinho menos ocas do que antes... Vocês têm o verão inteiro para esvaziá-las muito bem, antes do próximo ano letivo. Agora, pelo que entendi, a Taça das Casas deve ser entregue e a contagem de pontos é a seguinte: em quarto lugar Grifinória com trezentos e doze pontos, em terceiro, Lufa-Lufa, com trezentos e cinqüenta e dois pontos, Corvinal, com quatrocentos e vinte e seis, e Sonserina com quatrocentos e setenta e dois pontos.

A mesa da Sonserina explodiu com gritos e vivas de todos os alunos. Malfoy fez um irônico aceno de cabeça para Rony.

— Sim, senhores, Sonserina está de parabéns. No entanto, temos de levarem conta os recentes acontecimentos.

Todos se calaram instantaneamente.

— Tenho alguns pontos de última hora para conferir. Vejamos. Sim... Primeiro: ao Senhor Ronald Weasley... — Rony teve a ligeira impressão que seu coração iria sair pela boca e que seu rosto iria explodir quando todos no salão principal olharam ao mesmo tempo para ele. — Pelo melhor jogo de xadrez presenciado por Hogwarts em muitos anos, eu confiro à Grifinória cinquenta pontos.

Rony sequer teve tempo de notar os gritos ensurdecedores vindos da mesa da Grifinória, uma vez que uma chuva de mãos e braços apareceram ao seu redor, abraçando e afagando sua cabeça em agradecimento. Rony sempre se sentiu inferior e ofuscado por seus irmãos e finalmente pôde experimentou como era estar em destaque. Fred e Jorge gritavam enlouquecidos, apontando para ele, e pôde ouvir até mesmo Percy falando aos quatro ventos: "É o meu irmão, sabem! O meu irmão caçula! Venceu uma partida no jogo vivo de xadrez de McGonagall!”

Finalmente voltaram a fazer silêncio.

— Segundo: a Senhorita Hermione Granger... Pelo uso de lógica inabalável diante do fogo, concedo à Grifinória cinquenta pontos.

Mais uma vez os alunos gritaram a todos pulmões de alegria. Hermione escondeu o rosto nos braços e Rony deu tapinhas nas suas costas. Tinha certeza que ela caíra no choro, emocionada.

— Terceiro: ao Senhor Harry Potter — Todos se calaram instantaneamente. O rosto de Harry ficou vermelho como um pimentão — Pela frieza e excepcional coragem, concedo à Grifinória sessenta pontos.

Certamente os alunos da Grifinória iriam acabar roucos no final do dia. Todos gritavam entusiasmados, afinal tinham subido cento e sessenta pontos. E, segundo os que conseguiam somar rapidamente durante a gritaria, estavam empatados com a Sonserina. Nunca ouvira falar em empate na disputa das casas na história. Será que teriam de fazer algum tipo de tarefa extra para desempatar?

Dumbledore ergueu a mão. A sala se aquietou.

— Existe todo tipo de coragem — disse Dumbledore sorrindo. — É preciso muita audácia para enfrentarmos os nossos inimigos, mas igual audácia para defendermos os nossos amigos.  Portanto, concedo dez pontos ao Sr. Neville Longbottom.

Rony tinha certeza que o teto do salão principal saíra do lugar tamanha foi a explosão de gritos e vivas vindos da mesa da Grifinória. Os alunos, incluindo Rony, Harry e Hermione se levantaram aos pulos, num entusiasmo que não lembrava-se de ter experimentado. Alunos de todos os anos vinham cumprimentá-lo, ganhou abraços e tapinhas nas costas de alunos que nunca tinha visto, e até um beijo na bochecha de Lilá Brown. Em outro momento ficaria envergonhado, mas diante de tudo que estava acontecendo, ficou até agradecido. Já Neville, que nunca havia ganhado sequer um único ponto para a Grifinória, permaneceu sentado, a boca aberta, como se tivesse preso no feitiço de Hermione novamente, quase submerso no mar de pessoas que iam parabeniza-lo. Alguém que estivesse do lado de fora do salão principal poderia ter pensado que ocorrera uma explosão de tão alta que estava a bagunça entre os alunos. Rony sentiu Harry cutucá-lo nas costelas, apontando um Malfoy estupefato, com a boca entreaberta de horror mediante a comemoração da Grifinória pela taça das casas. Rony lhe fez um sarcástico aceno de cabeça, tirando-o do transe, e pela expressão de ódio que fez, tinha certeza que se não tivessem todos da escola ali, Malfoy teria lhe lançado um feitiço.

— O que significa — continuou Dumbledore procurando se sobrepor aos gritos, porque até Corvinal e Lufa-Lufa estavam comemorando a derrota de Sonserina — que precisamos fazer uma pequena mudança na decoração.

E, dizendo isto, bateu palmas, e no mesmo instante os panos verdes se tornaram vermelhos e, os prateados, dourados, a grande serpente de Sonserina desapareceu e o imponente leão da Grifinória tomou o seu lugar, e Snape apertou a mão da Professora Minerva, com um horrível sorriso amarelo.

Rony nunca havia se sentido tão feliz na vida. A Grifinória em festa, a taça das casas em mãos e tudo isso graças a eles. Jamais esqueceria de seu primeiro ano.

Na manhã seguinte as notas dos exames chegaram e para surpresa de Rony, todas as suas notas foram muito boas, com exceção de História da Magia, que tirara “trasgo” e Poções, que tirou um “aceitável”. Harry ficou no mesmo nível de Rony, já Hermione, como era de se esperar, foi considerada a melhor aluna do ano.

Rápido como uma piscadela, todos os seus pertences foram guardados e todos os alunos de Hogwarts encaminhados para o trem que os levaria de volta para a plataforma 9 ¾, de volta para casa. Depois de tudo o que aconteceu naquele ano, de todas as aventuras, voltar para casa era no mínimo estranho. Antes que pudessem perceber, já estavam saltando do trem, em Londres.

Levou um bom tempo para todos desembarcarem na plataforma. Um guarda muito velho estava postado na saída e os deixava passar em grupos de dois e três para não chamarem atenção ao irromper todos ao mesmo tempo do lado de forma da plataforma 9 ¾ e acabarem assustando os trouxas.

— Vocês precisam vir passar uns dias conosco — Rony a Harry e Hermione — Os dois. Vou mandar uma coruja para vocês.

— Obrigado — disse Harry, desanimado — Preciso ter alguma coisa por que esperar.

Todos que passavam pelo trio a espera de sua vez para voltar ao mundo dos trouxas faziam questão de cumprimenta-los, principalmente Harry.

— Continua famoso — comentou Rony, cutucando o amigo.

— Não aonde eu vou, posso lhe garantir.

O trio passou junto pelo portão.

— Olha lá ele, mamãe, olha lá ele, olha! – Rony pode ouvir a voz de sua irmãzinha, Gina, gritando. – Harry Potter! Olhe, mamãe! Estou vendo...

— Fique quieta, Gina, é falta de educação apontar.

Molly se adiantou sorrindo maternalmente para o trio e puxando Rony para um abraço antes que ele pudesse fugir.

— Muito trabalho este ano? – Ela perguntou ao soltar Rony.

— Muito – respondeu Harry. – Obrigado pelas barrinhas de chocolate e pelo suéter, Sra. Weasley.

— Ah, de nada, querido.

Um homem gordo, com um bigode enorme, o rosto vermelho e quase sem pescoço, seguido de mais duas pessoas se aproximou com certo receio do grupo de bruxos.

— Está pronto? — Perguntou a Harry. Aquele devia ser o famoso tio Válter. Logo atrás dele havia uma mulher magrela com o rosto comprido e um menino tão gordo quanto o tio de Harry. Provavelmente Petúnia e Duda Dursley. Esses trouxas eram realmente assustadores, e claramente não queriam estar ali no meio deles. Rony mirou Duda Dursley com curiosidade, que ao notar que estava sendo observado, guinchou como um porco e se escondeu, ou tentou, atrás da mãe.

— Vocês devem ser a família de Harry! — Molly perguntou docemente e Valter Dursley deu dois passos para trás.

— Por assim dizer — respondeu secamente — Ande logo, menino, não temos o dia inteiro. – E se afastou ligeiro.

Harry girou os olhos.

— Vejo vocês durante as ferias, então. – Falou esperançoso. Só de ver os tios deles e toda sua indiferença com Harry por poucos instantes, teve certeza levaria Harry para passar as férias em sua casa nem que tivesse que tirá-lo à força dos trouxas.

— Espero que você tenha... Há... Umas boas férias — disse Hermione, olhando com desgosto para o tio de Harry.

— Ah, claro que sim — respondeu Harry sorrindo maliciosamente. — Eles não sabem que não podemos fazer magia em casa. Vou me divertir à beça com o Duda este verão...

Os três riram e Harry se apressou para acompanhar o tio.

— Com tantas famílias dispostas a adotar o menino que sobreviveu, Harry é destinado a morar com essas pessoas horríveis... – Hermione falou chorosa e Rony concordou com a cabeça, assistindo o amigo se afastar.

— Ah! Finalmente conheci pessoalmente a famosa Hermione que Rony sempre citava nas cartas. – Molly falou se aproximando dos dois e Rony sentiu seu rosto esquentar.

— Muito prazer, Senhora Weasley! – Hermione cumprimentou simpática – Foi muita bondade da senhora me enviar um suéter de natal, é realmente lindo.

— Não há de quê, querida. — Disse, e saiu para recepcionar os outros filhos.

— Meus pais estão me esperando no carro lá fora. — ela falou a Rony — Então, nos falamos durante as férias.

Ela estendeu a mão e ele apertou. O gesto teria durado mais que um segundo, mas ao ver que Gina os observava, ele logo a soltou, e ela foi depressa em direção à saída, sumindo entre os trouxas.

Rony voltou para perto de sua mãe, seus irmãos já tinham chegado.

— Rony, — Gina chamou — é verdade que você é o herói de Hogwarts?

Rony olhou confuso para Gina.

— Você tem muitas coisas para me explicar, mocinho. — Molly colocando a mão na cintura — Lutando com trasgos, se metendo em confusões com dragões, sim, seu irmão me contou, arriscando a vida comandando um jogo de xadrez de bruxo montado pela Mcgonagall...

— Como a senhora sabe disso tudo?

— Você acha que depois de causar tantas confusões o professor Dumbledore não iria nos notificar? — Ela queria parecer brava, mas Rony notou que ela estava orgulhosa, e ele gostou de se ver em destaque pra variar — Foi muito corajoso de sua parte, mas você se arriscou demais.

— Eu não fiz de propósito, é como se essas coisas viessem a nós, especialmente a Harry. Tentei apenas fazer a coisa certa.

— Sei que sim. — Molly falou sem estar convencida — Só espero que no segundo ano você controle seus instintos de herói e foque somente nos estudos, pois é para isso que você está lá. Nada mais de confusão.

Rony assentiu apenas para não deixar a mãe preocupada, embora tivesse plena certeza de que com Harry por perto ele nunca ficaria longe de confusão.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer à minha amiga e companheira de todas as horas @pkn1208. Iasmin, sem você me dando forças essa história não seria possível, provavelmente não teria postado e ela continuaria na gaveta. Obrigada por sempre acreditar em mim, te amo demais!!

Obrigada a todos vocês que acompanharam até agora, que acreditaram e me incentivaram a continuar. O apoio de vocês foi imprescindível, e eu agradeço de coração por todas as palavras de carinho. Obrigada mesmo, vocês foram muito importantes para mim!

Quanto ao próximo livro, pretendo começar a postar em meados de novembro, por enquanto quero dar atenção ao meu outro projeto, de Naruto. Vou voltar aqui para avisar assim que postar, e espero ver todos vocês lá ^^

Bjs e até a próxima!



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