Rony Weasley e a Pedra Filosofal escrita por biapurceno


Capítulo 14
O Caminho de Volta


Notas iniciais do capítulo

Oieee!!

Chegamos ao penúltimo capítulo do meu projeto do coração. Já estou com saudades! Espero que vocês gostem!

Boa leitura!



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CAPÍTULO CATORZE

O Caminho de Volta

Rony estava confortável, um travesseiro macio estava sob sua cabeça e uma mão acariciava seu cabelo enquanto um calor agradável ia e vinha percorrendo seu corpo. Não queria levantar dali, talvez estivesse sonhando. Ouvia de longe alguém chamar seu nome, mas não fazia ideia de quem era ou o que queria. Para falar a verdade não queria saber. Mais uma vez o calor gostoso percorreu seu corpo como em ondas, e ele aconchegou-se ainda mais naquela sensação. A voz que o chamava estava ficando mais alta, e aquela insistência estava incomodando-o. Não queria acordar, será que não percebia? Queria brigar com a pessoa, mas ao tentar, percebeu que não tinha voz. Tentou se mexer, se levantar, mas também não era capaz. Aí ficou preocupado, e então tentou perceber ver de onde vinha aquela voz, mas estava muito escuro. O calor confortável voltou a percorrer seu corpo e ele sentiu-se um pouco mais forte.  “Rony” a voz chamou, e finalmente ele reconheceu sua dona: era Hermione.

— Mione! — ele chamou, ainda sem conseguir vê-la, e sua voz saiu mole de sua boca, como se estivesse sonolento.

— Enervate! — ele ouviu a garota pronunciar, e uma luz forte quase o cegou no momento em que abriu os olhos.

— Até que enfim! — Sentiu um corpo se debruçar sobre si e um emaranhado de cabelos castanhos cair sobre seu rosto. — Você está bem? Por Deus Rony você não queria acordar de jeito nenhum, fiquei tão assustada. Sua cabeça estava sangrando e tem um galo enorme.

Estava deitado ao lado do tabuleiro de xadrez vivo. Agora estava lembrando. A rainha tinha lhe golpeado durante o jogo. Rony girou a cabeça e na mesma hora sentiu uma dor intensa no lugar em que foi atingido. Só então Rony percebeu que estava com a cabeça apoiada na capa de Hermione, que chorava copiosamente abraçada a ele no chão.

— Está tudo bem... – Ele falou sem graça, dando tapinhas nas costas da menina – Onde está Harry?

— Harry entrou sozinho na última sala, somente um de nós poderia prosseguir. Temos que enviar uma coruja ao professor Dumbledore o quanto antes. Se Snape estiver mesmo lá dentro não sei por quanto tempo Harry conseguirá segurá-lo, não podemos perder tempo!

Rony se levantou em um salto e pôs-se a correr com Hermione. A dor na cabeça era dilacerante, mas não tinha tempo para isso. Ela tinha razão, cada segundo era precioso, não poderiam se dar ao luxo de perder. Snape era um bruxo muito poderoso e a essa altura já poderia ter acontecido o pior.

Entraram na sala seguinte com pressa e já iam direto para o corredor úmido e escuro que antecedia a sala dos visgos e o alçapão, quando Rony teve uma ideia. Ao invés da porta, dirigiu-se à parede.

— O que você está fazendo? — Mione bradou — Não podemos perder tempo, senão... O quê?

Rony, sem dar atenção aos protestos de Hermione, pegou duas vassouras das que usaram para apanhar a chave e estendeu uma à garota.

— Não há como alcançar o alçapão, é alto demais. Teremos que voar.

— Mas voar? — ela perguntou esganiçada — Talvez haja uma corda...

— Corta essa, Mione! — Rony empurrou a vassoura nos braços dela — Você consegue. Conseguiu nos ajudar na hora de pegar a chave, vai conseguir subir.

Ela mordeu o lábio inferior, nervosa.

— Não estou segura — ela choramingou, olhando a vassoura como se fosse algo assustador.

Saiu correndo na frente, bufando, sendo seguido pela garota que resmungava baixinho. Já conheciam o caminho, e o corredor que levariam pelo menos vinte minutos para atravessar, correndo fizeram a metade do tempo. Logo encontraram os Visgos do diabo, e Hermione tornou a fazer o fogo aparecer para que eles se escondessem.

— O alçapão está ali. — Rony apontou para cima, subindo na vassoura. — Vamos, vá você primeiro!

Hermione tremia. Ela subiu em sua vassoura e deu impulso para cima. A subida foi devagar, ela estava insegura demais, e a vassoura que ela usava sabia disso. Não ia dar certo.

— Volta pra baixo, Mione. — Rony ordenou, e ela claramente se sentiu grata.

— Talvez eu possa tentar alguma magia para nos fazer subir, eu acho que...

— Não temos tempo para testes — ele a cortou — Vamos, suba na minha vassoura.

— M-mas Rony...

— Vai ser mais rápido se eu te levar. Monta aqui, anda.

Ela hesitou, mas não ia discutir, pois sabia que ele tinha razão. Subiu, e agarrou sua cintura com toda força que tinha.

— Certo, vou voar. — ele anunciou, desconfortável com a força que Hermione o abraçava. — Para entrar no alçapão vou inclinar a vassoura o máximo que eu conseguir, não me solte por nada.

Ela assentiu e ele levantou vôo. Rony deitou o tronco por cima do cabo da vassoura, e sentiu Hermione fazer o mesmo nas suas costas. Empunhando o máximo de velocidade que foi capaz, adentrou de uma vez só no buraco escuro que os levaria para a câmara em que Fofo se encontrava. Por sorte, Mione não havia fechado a passagem quando pulou, e Rony irrompeu como uma bala porta acima.

Se Rony não tivesse atento, certamente teria acontecido uma tragédia. No momento em que desacelerou a vassoura, um dos focinhos enormes de Fofo apareceu em sua frente. Rony e Hermione gritaram desesperados, e o garoto manobrou no reflexo para o fundo da câmara, sendo seguido pela criatura. Fofo corria e saltava com toda ferocidade, e não faltava muito para conseguir pegá-los. Ele alcançava o teto em altura, e para Rony só perdia em velocidade. Pensou em voar porta a fora, mas esta sim estava fechada, e não daria tempo de abri-la antes de sair, o animal os alcançaria e comeria os dois como jantar.

Só tinham uma alternativa. Ele apontou a vassoura para a entrada do alçapão, onde a flauta de Harry estava jogada. Precisava alcançá-la e subir de volta o mais rápido que conseguisse. Não tinha a habilidade de Harry de frear pouco antes do chão, e as chances de cair, ainda mais com outra pessoa em cima da vassoura fazendo mais peso, eram enormes. Mas que alternativa tinham?

— Mione, vou tentar alcançar a flauta. Segura firme

— O que?! Isso é loucura, a gente não... Ahhhhhh

Rony disparou feito uma bala em direção ao chão, com Fofo em seu enlaço. Hermione apertava tanto os braços ao redor de sua cintura que as juntas de seus dedos estavam brancas. A velocidade foi maior que a de Fofo, e Rony esticou o braço, já a centímetros da flauta; mas aí aconteceu o que temia. Sua mão não alcançou o objeto musical, e ao tentar fazer o desvio, perdeu o controle da direção. A vassoura sacolejou bruscamente, atirando Rony e Hermione para longe. Nem sequer viu para onde sua amiga foi arremessada, pois foi jogado com violência direto na parede do fundo da câmara. Agora além da dor agoniante na cabeça, suas costelas também doíam.

Tentou levantar-se, mas ao virar para frente caiu sentado no mesmo lugar. As três cabeças de Fofo olhavam para ele a centímetros de distância, os focinhos enrugados, expondo longas presas de onde caíam baba. Os rosnados eram altos, e àquela altura já não tinha muito o que fazer além de fechar os olhos e esperar pelo pior.

Porém a mordida não veio, e os rosnados pararam. No lugar de latidos de ataques, pôde ouvir uma melodia desentoada e aguda, e no mesmo instante Fofo desmontou sobre as patas, caindo no sono.

Rony precisou de alguns segundos para enxergar Hermione já na entrada da caverna, fazendo sinal desesperada para que saísse de onde estava. Ainda desnorteado tanto pela dor que sentia quanto pelo susto que levou, juntou-se a ela e os dois correram a toda velocidade corredor à dentro. Já estava amanhecendo e só então Rony se deu conta de quanto tempo ficaram à procura da Pedra. Por ser muito cedo, não havia nenhum aluno nem funcionário nos corredores, o que facilitou muito para os dois. Não poderiam se dar ao luxo de perder tempo dando explicações para Filch ou tendo que fugir das peraltices de Pirraça. Precisavam chegar ao corujal, que ficava do outro lado do castelo o quanto antes.

Ao adentrar num corredor, notou que os passos de Hermione ficaram para trás. Quando virou, deparou-se com a garota apoiada na parede, a mão no peito, respirando pesado.

— Vamos, Mione. Precisamos nos apressar. – Rony ofegou, voltando para ela – Já estamos próximos do saguão de entrada, não falta muito para chegarmos ao corujal.

— Não... consigo... mais... correr...  – Hermione falou com dificuldade.

Rony segurou a mão de Hermione e correu, forçando a garota se mexer.

— Espera, Rony! – Ela suplicou, mas Rony não podia parar.

Ela se esforçou para acompanhar, sua velocidade, mesmo que obrigada. Ao chegarem no saguão de entrada, Rony notou que a porta se movimentava, puxou Hermione para o lado oposto, na tentativa de se esconder. Porem quem estava entrando foi mais rápido, e Rony quase pulou de alegria ao ver de quem se tratava.

— PROFESSOR DUMBLEDORE! – Rony e Hermione gritaram juntos.

O diretor correu na direção dos alunos, parecendo ansioso, seu oclinhos meia-lua um pouco torto no rosto.

— Harry foi atrás dele, não foi? – ele perguntou ofegante.

Rony e Hermione assentiram e Dumbledore correu desabalado em direção ao terceiro andar.

— Não acredito que o encontramos... — Hermione suspirou. Seu rosto estava completamente vermelho pela corrida, e só agora Rony notou, tinha um corte na bochecha.

— Foi sorte o encontrarmos. Espero que chegue a tempo de salvar Harry das garras de Snape... Ai! — Ele levou a mão à cabeça ao sentir uma pontada no lugar da pancada que levou da Rainha branca. Só de tocar sentia o tamanho do galo que estava ali. Agora sem ter a preocupação de avisar Dumbledore, as dores começaram a incomodar de verdade.

— Melhor irmos ver madame Pomfrey. — Hermione falou, examinando-o — Isso está feio.

Rony assentiu e seguiu junto de Hermione sem reclamar. A incerteza das consequências do que haviam feito não paravam de rondar sua cabeça. Poderiam ser expulsos, poderiam ter sido mortos. Não sabiam sequer se Harry estava vivo ainda, ou se a pedra foi salva. Hermione acompanhou Rony até a ala hospitalar, a menina estava estranhamente quieta e ele sabia que ela também estava com medo do que poderia acontecer a eles e a Harry. Pelo menos Dumbledore estava na escola e já tinha ido atrás dele, uma coisa a menos na lista. Ao chegarem à enfermaria, para surpresa dos dois, o professor Snape estava parado em frente à porta, com sua usual roupa preta e de cara amarrada.

— O que vocês têm na cabeça? — Ele bradou com os olhos arregalados. Rony e Hermione se entreolharam surpresos. Se Snape estava ali, quem estava com Harry? — São abusados e inconsequentes como Potter, vocês podiam ter morrido! Por causa da influência daquele menino vocês desobedeceram às ordens e resolveram bancar heróis. Vou tratar pessoalmente com o professor Dumbledore da expulsão de vocês três.

— Não fomos influenciados, fomos com Harry porque queríamos proteger a Pedra Filosofal tanto quanto ele. – Rony respondeu corajoso.

— Sem educação como seus irmãos mais velhos. — Snape falou entre os dentes. — Como ousa a me responder depois de tudo que fez? Vou descontar...

— O que está acontecendo aqui? — Madame Pomfrey apareceu, salvando-o de perder mais pontos para a Grifinória — Eu ouvi vozes e... Senhor Weasley?! — A enfermeira o puxou pelo braço para dentro da enfermaria, fazendo-o sentar em uma das camas, examinando com atenção sua cabeça. — o que aconteceu com você? Isso está horrível!

— É que... Nós estávamos... — ele olhou para Hermione, esperando que ela inventasse algo, mas Snape respondeu por eles.

— Eles acharam que um bando de primeiranistas poderiam proteger melhor a Pedra Filosofal do que um pacote de feitiços feitos por nós, obviamente se machucaram.

A enfermeira ficou impressionada. Ela foi até o fundo do local e voltou com uma poção em um frasco, fazendo sinal para que Rony bebesse. Tinha um gosto horroroso, mas de imediato sentiu a dor aliviar.

— Isso não foi muito inteligente... E como vocês souberam da Pedra?

— Potter junto com esses garotos sondaram Hagrid até fazê-lo contar. — Snape rosnou — Eu avisei que não poderia confiar nele.

— Ainda assim não foi inteligente da parte de vocês enfrentarem tudo aquilo para proteger a Pedra, deviam ter avisado a algum adulto. — ela repreendeu-os — Como se lesionou dessa maneira, senhor Weasley?

— Eu... — Ele olhou de esguelha para Snape, com medo de contar o que houve. Porém àquela altura não tinha porque esconder mais nada. — Eu comandei o jogo de xadrez vivo que estava no caminho para chegar à pedra. Para vencermos, tive que me sacrificar.

— Que imprudência! — a enfermeira bradou — As peças batiam para matar! O senhor precisa deitar e esperar a poção que lhe dei fazer efeito, então veremos os danos causados. O senhor poderia estar em estado grave, uma coisa assim não...

Mas nunca souberam o que a enfermeira diria, uma vez que Dumbledore irrompeu pela enfermaria trazendo Harry desacordado nos braços.

— Harry! – Rony e Hermione gritaram juntos.

— O que aconteceu? – Perguntou Madame Pomfrey analisando o garoto. Ele estava pálido, seus lábios roxos e seus braços pendiam para o lado, moles.

— Vou explicar posteriormente, Papoula. Apenas faça o melhor para que ele volte a si, não está nada bem... — Dumbledore falou em tom de preocupação — Vejo que o senhor Weasley e a Senhorita Granger estão machucados. Já os medicou? Gostaria de conversar com os dois.

Rony sentiu um arrepio na espinha ao ver Dumbledore falar daquela maneira. Com certeza iria expulsá-los depois de quebrarem tantas regras. Porém naquele momento aquela não era sua maior preocupação. Se Dumbledore estava preocupado com Harry, isso significa que algo ruim havia acontecido.

Com um floreio da varinha Madame Pomfrey levou a cama que Dumbledore acomodou Harry para o fundo da enfermaria.

— Pode falar com eles, mas o senhor Weasley precisa descansar por conta da pancada forte que levou. — disse a enfermeira — Acabei de dar uma poção à ele para aliviar o inchaço e a dor. Já o corte da senhorita Granger é superficial, venho examiná-la depois que terminar com o senhor Potter.

Dumbledore sentou-se na cama ao lado de Rony e fez sinal para Hermione sentar-se do outro lado. Rony virou-se para Snape. O professor se aproximou dos alunos, mas não sentou. Ele olhava o tempo todo para o local onde a enfermeira havia levado Harry, e parecia desconfortável com a situação crítica do garoto.

— Por favor, me contem o que aconteceu. — o diretor pediu.

Rony começou a falar. Contou tudo sobre como passaram por Fofo e sobre o jogo de Xadrez que liderou. Hermione contou que ela e Harry chegaram a uma etapa onde teriam que tomar poções para prosseguir mediante a resolução de um enigma que ela conseguiu decifrar (e ao contar essa parte, recebeu um olhar feio de Snape, que foi o autor dessa parte), e depois por tudo que passaram no retorno. Eles contaram, inclusive, a desconfiança que tinham do professor de poções, que resmungou irritado. Dumbledore prestava muita atenção no que diziam, mas por outro lado parecia saber exatamente o que acontecera.

— Não existe motivo para desconfiarem do professor Snape, ele está do nosso lado. – Dumbledore falou calmamente – Os senhores correram um grande risco enfrentando todos os obstáculos que os professores colocaram para proteger a pedra. Não foi muito sensato se arriscarem quebrando regras dessa maneira. – Rony e Hermione abaixaram a cabeça, envergonhados.

— Porém — Dumbledore continuou — Se não fosse pela ousadia e coragem de vocês três, hoje poderíamos ter tido de volta um perigoso bruxo das trevas.”

Rony e Hermione se entreolharam assustados.

— Então a pedra está a salvo? — Rony perguntou e Dumbledore assentiu.

— O senhor não vai nos expulsar? — Hermione perguntou.

— Como poderia expulsa-los depois de ajudar a impedir um inimigo poderoso de se reerguer? — disse ele — Acho que é hora dos senhores descansarem, o sol já nasceu e vocês não dormiram a noite inteira.

Hermione sorria radiante. Apesar do alívio por não ser expulso, Rony não conseguiu ficar tão feliz quanto ela.

— Professor Dumbledore... – chamou – Era mesmo Você-Sabe-Quem que estava lá na última câmara com Harry?

Dumbledore ficou sério.

— De certa forma sim.

— Mas o que aconteceu? Ele tentou matar Harry novamente? – Hermione perguntou assustada.

— Melhor não falarmos nisso por enquanto. — ele falou, manso, porém num tom que deixou claro que não queria mais perguntas sobre o que aconteceu lá dentro.

— Ele vai ficar bem?

— Ainda não sabemos, o modo que ele foi afetado... Ainda não sei como seu corpo reagirá ao que passou hoje, mas tenho fé que ele é forte e sobreviverá. – Ele deu um profundo suspiro – Peço aos senhores que não contem o que aconteceu aos outros estudantes. Melhor que fique entre nós. Agora descansem, vocês viveram aventuras demais para bruxos tão jovens.

Dumbledore saiu em direção a Harry no canto da enfermaria. Rony e Hermione ajeitaram-se em suas camas. Estava preocupado, Harry estava em uma situação complicada e nem mesmo Dumbledore sabia se ele iria ficar bem.

— Não sei se consigo dormir... – Rony suspirou — mas em todo caso, boa noite.

— Bom dia... – Hermione falou, divertida, apontando o tímido raio de sol que adentrava pela janela, iluminando o local. — Nem acredito que conseguimos.

— Você acha que o Harry vai sair dessa? – Rony perguntou – Quero dizer, até mesmo o professor Dumbledore ficou preocupado com o estado dele...

— Tenho certeza que ele vai ficar bem. Harry é um bruxo extraordinário, mesmo que quem tenha o atacado seja Você-Sabe-Quem, sei que sobreviverá a ele mais uma vez. — Hermione falou com firmeza

Rony se sentiu um pouco desconfortável ao ouvir Hermione falar de Harry daquela maneira. Queria que seu amigo saísse dessa o mais rápido possível, é claro. Não que estivesse com ciúme, não tinha nada a ver com isso, mas não se lembrava de Hermione elogiando-o com tanto entusiasmo.

— Pode ser... – falou um pouco mais baixo do que desejava.

— Sabe Rony... — ela falou — Quando você se sacrificou no jogo eu fiquei muito brava. Tive medo que a rainha te machucasse seriamente, ou que acontecesse algo ainda pior. Não devia ter feito aquilo. Você é o melhor jogador de xadrez que já conheci, tenho certeza que conseguiria pensar em outra solução.

Rony ignorou o elogio que recebeu e sentiu a raiva crescer dentro de si, rosnando impaciente.

— Claro. Harry você tem certeza que vai sobreviver ao bruxo que matou centenas de pessoas, inclusive seus pais. Mas eu sobreviver a um jogo de xadrez? Foi sorte, obviamente. — falou irônico.

— Não foi isso que eu quis dizer! — ela defendeu-se — qual é o seu problema?

— Não tenho problema nenhum. Esquece. — Ele ajeitou-se na cama, virando para o outro lado. Estava irritado, muito irritado. Era tão difícil acreditar que era capaz? Ela estava lá, viu o jogo.

A enfermaria estava silenciosa, a única coisa que se ouvia era a movimentação na cabine ao fundo, onde Harry estava sendo tratado. Agora, pensando melhor, não devia ter falado com Hermione daquela maneira. Ela estava apenas preocupada, porém sempre acabava subestimando-o, e isso o tirava do sério. Virou-se de volta para ela, mas a garota já tinha dormido.

Bom, paciência. O melhor agora era seguir seu exemplo e descansar. Agora, com a adrenalina por conta de toda aventura que viveu durante a noite baixando, seu corpo começou a pesar. Ver Hermione ressonando na cama do lado também contribuiu para que percebesse o quanto estava cansado e no quanto precisava dormir; e no momento em que fechou os olhos, adormeceu instantaneamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido! Semana que vem, 17/10, é o último capítulo e coincidentemente MEU ANIVERSÁRIO! Mal posso esperar! ^^

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