Eclipse-Nova Versão escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 9
Feliz Halloween!


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/PSZUwTfZgHI-Entrada triunfal da Hope.
https://youtu.be/-ArJIS7y2G8-A Treinadora pede ajuda á Hope



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P.O.V. Scott.

O baile estava terrivelmente chato, até ela chegar. E ela realmente sabe como fazer uma entrada triunfal.

Os cabelos ruivos estavam cacheados com flores brancas enfeitando, o vestido floral com detalhes em vermelho e os lábios com um gloss natural que contrastava lindamente com a pele de porcelana.

As outras foram dançar, mas ela veio direto e reto pra mim. As pessoas abriram espaço pra ela passar.

—Oi.

—Oi. Adorei o cabelo.

—Obrigado.

—Uau! Você tá uma gata. Quer dançar comigo?

Perguntou o meu irmão e as garotas fazem qualquer coisa pra estar com ele.

—Não, valeu. Eu já tenho acompanhante.

Começou a tocar uma música.

—É a minha música preferida! Vem.

Ela me agarrou pela mão e nós começamos a dançar. Mas, quando estávamos prestes a nos beijar, a música parou. Eu olhei e vi o mala do meu irmão na mesa do DJ.

Eu olhei pra ele tipo, WTF. E ela olhou desafiadoramente para o Jack e ele apertou um botão. Que fez a música tocar.

Hope não ficou incomodada, ela improvisou super bem. 

—Você é uma ótima dançarina.

—Obrigado Scott.

Nós dançamos, conversamos e comemos. E ela comeu.

—Nossa!

—Eu sei. Eu como muito.

—É diferente das outras garotas. 

—Um diferente bom?

—Diferente bom.

—Legal.

—Adorei as flores no cabelo.

—Minha mãe fez. Parte do traje do ritual da meia noite.

Foi só ela fechar a boca tocou um alarme.

—Hora de trocar de roupa.

Ela correu e voltou carregando uma mala. Ela subiu as escadas e quando desceu estava usando um vestido branco, fluído, com mangas longas e abertas. Ela parecia uma fada.

Os brincos de argola ela tinha tirado e olhando mais de perto eu pude ver as tiras da sapatilha de bailarina, os cílios estavam mais compridos e a sombra era branca também.

—Bom, vamos aproveitar o pouco tempo que ainda temos antes de eu ter que sair correndo?

Nós conversamos por mais quinze minutos até o relógio apitar.

—Hora de ir. Obrigado, pela noite incrível.

Ela me deu um beijinho na bochecha e saiu correndo. Todo mundo parou para olhar e era uma bela imagem. O vestido parecia flutuar enquanto ela corria e com o silêncio absoluto que ficou dava pra ouvir os saltos dos sapatos dela batendo no piso do salão de festas.

—Parece que a sua acompanhante te largou irmãozinho.

—Eu sabia que ela ia embora Jack. Ela tem um evento religioso pra ir hoje. Por isso a roupa branca.

—Um evento religioso? E você caiu nessa?

—Caso não tenha notado Jack, Hope é diferente. Diferente de todas as garotas. Eu vou pra casa. Não to conseguindo olhar na sua cara.

Eu fui embora e a minha mãe Mary falou:

—Mas, já voltou filho?

—É. A Hope teve que ir á um evento religioso que começava a meia-noite.

—Porque esse tom de voz?

—Você já vai saber.

Assim que o meu irmão passou pela porta eu fui pra cima dele.

—Porque tem que ser tão fominha Jack?! Uma garota. Eu consegui uma garota pra ir no baile comigo e você tinha que estragar!

—Caso não tenha notado, ela é que te largou.

—Quando começou a tocar uma música romântica e ela ia me beijar você foi lá e trocou a música! Você deu encima dela bem na minha frente! Seu babaca! Sou seu irmão.

—Você não é meu irmão. Os seus pais te chutaram!

Eu parei. Senti as lágrimas nos meus olhos. A dor no meu peito era tão grande.

—Jack!

—Scott, eu...

—Cala a boca! Você não vale nada!

Eu subi, entrei no meu quarto e bati a porta. Eu acho que chorei um rio.

P.O.V. Jack.

Que droga. Eu falo primeiro e penso depois.

—Você está de castigo Jack. E depois que a poeira baixar, você vai pedir desculpas para o seu irmão. Pro seu quarto já!

Mas, ele é o Scott. Ele vai me perdoar.

P.O.V. Scott.

Eu não vou perdoar ele. O grande Jack Turner. Sempre tem tudo o que quer, quando quer. Mimado.

Ouvi alguém bater á porta.

—Vá embora Jack!

—Sou eu filho. Abra a porta.

Eu abri a porta.

—Eu odeio ele. Odeio ele!

—Ah, não diga isso. Ele não quis dizer aquilo.

—Quis sim! Mas, se ele não é meu irmão... eu também não sou irmão dele.

P.O.V. Mary.

Desta vez Scott ficou profundamente magoado. Ele ficou com raiva e eu conheço o meu filho, os meus dois filhos como a palma da minha mão. Scott não é de ficar com raiva. Mas, quando ele fica com raiva, ele fica possesso.

—Porque ele não podia me deixar ficar com essa garota. Só uma. Fominha. Metido!

—Tenha calma filho. Respire fundo.

—Quer saber, se ele não é meu irmão, eu também não sou irmão dele.

Ele estava com o rosto inchado e vermelho o que significava que tinha chorado. Meu Deus!

P.O.V. Jack.

Amanheceu e o Scott fez o café. Ele sempre foi bom cozinheiro.

Faz os melhores Waffles do mundo. Ele fez Waffles com mel e calda.

—Delícia, deu pra sentir o cheiro lá do meu quarto.

Ele colocou dois pratos na mesa e ele só fez Waffles o suficiente para duas pessoas.

—E a mãe?

—Uhm, o cheiro está uma delícia filho.

—Bom dia mãe. Eu fiz o café.

Ele serviu pra ela e para si mesmo.

—Ei, e eu? Qual é mano?

—O Jack Turner não tem irmão. Ele é filho único.

—Os Waffles estão uma delícia filho.

—Sério Scott?

Ele me ignorou completamente como se eu nem estivesse lá. Isso nunca tinha acontecido antes. O Scott nunca tinha reagido assim á uma briga. Não a uma briga nossa.

—Jack, podemos conversar?

—Tá.

A minha mãe me levou para longe e falou:

—Desta vez você foi longe demais. Falar do incidente com os pais biológicos do Scott e ainda mais daquele jeito. Você sabe que aquilo ainda magoa ele. Desta vez ele ficou profundamente magoado. Você sabe como ele reagiu quando os pais biológicos dele disseram que não se importavam e que não queriam conhecê-lo. Tivemos que levá-lo na terapia por meses e os pesadelos, as crises de choro, os ataques de pânico. Fiquei chocada ao te ouvir praticamente jogar aquilo na cara dele ontem. Eu esperava mais de você Jack. E não se esqueça que está de castigo. Nada de festas. Da escola pra casa e de casa pra escola.

—Tudo bem mãe.

Eu vi a decepção nos olhos da minha mãe.

—Quer saber? Ontem o Scott disse que você era mimado e talvez seja. Talvez, você deva fazer serviço comunitário. Pra ver o quanto você é afortunado. Eu tenho um contato. Vou ligar pra ela e você vai fazer serviço comunitário.

—Serviço comunitário?

—Sim! Como parte do seu castigo. E eu vou ficar sabendo se as acusações de você ter... tentado ficar com a menina que estava com o seu irmão no baile são verdadeiras. E se forem, eu não sei com quem você aprendeu isso porque comigo é que não foi. 

E eu tive que fazer serviço comunitário trabalhando com crianças de um bairro pobre.

P.O.V. Scott.

Eu cheguei na escola na segunda e a Hope veio falar comigo.

—Oi! Ah, tá magoado. Fui eu não fui? Pegou mal eu ter saído correndo do baile sábado.

—Não foi você.

—Jack. Não acredito que ele disse essas coisas terríveis pra você. Eu achava que ele era um conquistador barato, um menininho cruel e mimado, mas parece que ele é muito, muito mais que isso.

—Porque tá vestida de líder de torcida?

—Eu fui selecionada! Eu sei, é loucura. A treinadora gostou dos meus passos. Isso porque ela nunca me viu pulando corda dupla.

—O seu ritual da meia noite foi bom?

—Foi. A noite de Halloween tem uma energia especial. Extremamente poderosa. Vai ter treino aberto hoje, você podia ir. Prometo que vai ser divertido.

—Como você sabia que eu tava magoado e que era culpa do Jack?

—Eu sou uma pessoa muito sensitiva.

—Sei.

—Você vai? Assistir o treino?

—Claro.

—Se precisar de alguém pra conversar. Estarei aqui.

—Me fala da sua família.

—Meu pai é italiano, o... a família dele mora na Itália. No Castelo de São Marcus. Nós não nos damos muito bem.

P.O.V. Jack.

Eu e o time viemos assistir o treino das líderes de torcida.

—Ah, o amor. As almas gêmeas. Que droga.

—Quem é você?

—Sou a Tessa.

—Você é uma gata.

—Eu to morta filho, ou pelo menos eu tava. Eu tava do outro lado, mas agora eu to desse lado, considerando que um mero mortal não sobrenatural pode me ver.

—Você é louca.

—Não. Eu sou uma bruxa.

—E o que tem as almas gêmeas?

—Eu estive do outro lado por dois mil anos. E tinha uma coisa pior do que estar morta e ver o cara que eu amava resistir á cura, século após século, após século eu vi versões do Silas e da Amara se encontrarem como imãs. Sempre a mesma história. Conquistando tudo, se apaixonando. Eu aprendi a identificar almas gêmeas. Como o seu irmão e a garota ruiva. Somos a mesma coisa você e eu Jack. Somos o obstáculo que se interpõe entre dois destinos, Silas tem seu verdadeiro amor de volta e Scott tem Hope, nós somos meramente o conflito que torna a história interessante. Porque essa história é dele, não sua. Dele. Você não achou mesmo que era o protagonista não é?

Ela riu.

—O destino sempre dá um jeito de unir as almas gêmeas, desde sempre.

—Você é louca.

—Enquanto Scott estiver no caminho você jamais ficará com Hope. Acredite na experiência de uma mulher que assistiu isso de camarote por dois mil anos. Qetsyiah Bennett.

—Você...

Eu olhei e ela não estava mais lá.

—Eu ein.

Hope era uma excelente dançarina. Quando o treino finalmente acabou eu fui falar com ela.

—Ei Hope.

—O que é?

—Você por acaso já ouviu falar de Qetsyiah Bennett?

Ela olhou pra mim imediatamente.

—Onde ouviu esse nome?

—Isso é um nome? Tinha uma mulher na arquibancada, ela ficava falando de outro lado e disse que tava morta.

—E onde ela estava exatamente?

—Na arquibancada.

—Seja mais específico!

—Ela tava sentada aqui.

—Sim. Filha da puta! Vaso ruim não quebra fácil.

Hope sacou o celular e começou a discar.

—Porque não manda mensagem?

—Uma bomba dessa, a gente não manda por mensagem.

Ela andava nervosamente de um lado para o outro.

—Atende o celular Silas. Vamos Silas, atende.

—Silas? Quem é Silas?

—Um parente meu. Ele é grego. Droga! 

—Ei Hope, porque você não mostra uns passos pra nós?

—Claro treinadora.

Os passos dela eram incríveis.

—Vai capitã, rebola ai.

—O que?

—Rebola! Mexe esses quadris. 

Ela pegou na cintura da Savanah e fez ela mexer.

—Quadris, quadris, quadris e bumbum.

—Isso é tão... errado.

—Porque?

—É errado.

—Vamos lá garota, mexe como se tivesse vindo de Memphis.

O meu irmão veio falar comigo.

—Fica longe da Hope! Ela é minha! Deixa de ser fominha.

—Tem alguma coisa errada com ela, Scott.

—Não! Tem alguma coisa errada com você. Porque uma garota bonita não pode gostar de mim?

—Qual é, ela é boa demais, bonita demais, perfeita demais. Ela só tira nota A, ela é ótima atleta, ótima dançarina e tem rituais esquisitos á meia noite no Halloween.

—Você tá querendo colocar coisa na minha cabeça.

P.O.V. Scott.

E ele conseguiu. Ele conseguiu colocar coisa na minha cabeça.

A Hope tem características diferentes. As mãos dela são frias demais, ela sente cheiro de tudo e não pode com sangue.

—Droga Jack!

Eu pesquisei na internet.

—Pele fria, não pode com sangue, raramente sai no sol.

E adivinha o que saiu?

—Vampiro. Imortal, bebe sangue.

Então eu pesquisei outra coisa.

—Volturi Itália.

Saiu uma foto de um quadro e eu reconheci uma pessoa.

—É o irmão da Hope. Ele vem pegar ela na escola ás vezes.

Eu desci e havia identificação.

—Caius, Aro, Marcus, Jane, Alec. Alec. É o nome do irmão da Hope. E se ele não é irmão da Hope? Mas, a Hope sai no sol. É impossível. Mas, a semelhança é demais. E a pintura é da época vitoriana.

Eu continuei fuçando e mais coisa aparecia. Sempre as mesmas pessoas, apesar de mudar as roupas eram eles mesmos. Eu comecei a ler a história.

E algumas das palavras saltavam do texto. Me chamavam mais a atenção.

—Vampiros, realeza. Castelo de São Marcus. Pessoas que foram lá e sumiram. Monstros. Lindos como o sonho do paraíso, bestas.

Então eu me lembrei da coisa que o meu irmão falou. Silas e Amara.

—O pecado Original. Duplicatas, Doppleggangers, eu-sombras. Primeiros imortais.

Haviam vários retratos de várias épocas diferentes. 

—Versões humanas dos imortais. Bruxas, feitiço de imortalidade. Efeito cascata.

Mandei imprimir os retratos das duplicatas e dos Volturi. Amanhã ela vai me responder o que eu quero saber ou me matar.


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