Aurora escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 2
Capítulo 126


Notas iniciais do capítulo

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Capítulo 126

Carlisle PDV

18 de outubro de 2008

Já são quase 6 horas da manhã e logo vou poder retornar para casa, reencontrar a minha esposa e ver como está nossa filha. Esme pretendia fazer com que ela tomasse seu veneno ontem e provavelmente a menina já deve estar se transformando...

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Estaciono meu carro na garagem de casa e subo as escadas velozmente indo diretamente para o quarto onde ela está. Sigo o som inconfundível de um coração sendo transformado.

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Quando eu entro no cômodo fico surpreso ao ver a minha esposa sentada numa das poltronas do quarto de nossa filha segurando um bebê no colo. Levo um milésimo de segundo para compreender que o bebê é a nossa filha Caroline.

‘Mas porque ela voltou a ser criança?’

— Esme! – exclamo admirado.

— Carlisle, querido – ela diz levantando a cabeça para olhar em minha direção. O olhar dela era tão maternal, tão sublime como eu nunca antes havia visto. Talvez foi como minha mãe olhou para mim quando nasci, se é que ela pode me ver ao menos por um instante.

— O que aconteceu? – deixo toda a perplexidade se expressar em meu rosto. Não sei se Esme vai perceber, pois meu rosto congelado não produz tanta expressão. Mas ela pode ver em meus olhos. Estamos casados há tanto tempo que aprendemos a identificar as emoções do parceiro no olhar.

Esme está feliz, tão graciosa e radiante. Infelizmente essa alegria não pode durar muito...

— Não sei meu amor. Apenas aconteceu isso. Carol voltou a ser um bebê.

— Isso não vai ser nada bom...

— Carlisle nós não iremos... – Esme não diz, mas eu sei que ela sabe o que eu faria. A luz em seus olhos se apagou e ela ficou de repente protetora. Como uma tigresa protegendo a cria, mesmo que a ameaça seja o próprio pai, ou seja, eu.

— Não, querida, é claro que não. Só que... Você sabe que os Volturi não vão gostar nada disso – imaginei por um instante nós dois vivendo como dois fugitivos. Ela me pediria isso? Será que eu negaria se ela me pedisse?

— Eles não têm de aprovar nada! Nós fazemos o que quisermos de nossas vidas, desde que não exponhamos o segredo de nossa existência. Eles não vão controlar o tamanho da nossa família – Esme se exalta, ao menos no tom de voz. Ela fica tão linda irritada, mas sabe que não pode fazer movimentos bruscos com a menina no colo. A luz em seus olhos agora é uma chama ardente de fúria.

Ela não está brava comigo, ao menos por enquanto; não devo fazer algo para essa fúria se virar contra mim. Eu nunca imaginei que ela pudesse ser tão protetora. Não é de admirar que ela proteja os filhos e faz tudo por eles. Ela inclusive se suicidou pelo primeiro filho, imagino o quanto ela adorava aquele garoto. Realmente a relação entre mãe e filho é algo que eu desconheço, mas não subestimo, eu sei que é forte. Eu não tive nem ao menos como filho com a minha própria mãe, pois ela morreu quando eu nasci e por isso não sei.

— Carlisle – ela volta a falar antes que eu. – Você ainda os respeita mesmo depois de eles terem quase nos matado sem sequer pensar em parar para nos ouvir? Sem hesitar por um instante sequer em nome da suposta amizade entre vocês? Para eles não importava se não tínhamos feito do que éramos acusados, eles apenas queriam o dom de nossos filhos e não se importariam de ter de nos destruir para conseguir o que queriam. Como se nossos filhos fossem se juntar a eles depois de eles terem nos matado. Eles iriam preferir morrer. Os Volturi não tiveram nenhuma consideração por nós, nem pela amizade que você tem com eles. Por que nós devemos ainda respeitá-los?

— Eles tinham que fazer o que fizeram. De certa forma a culpa também é minha por ter deixado Volterra daquela forma... Mas o que eles queriam eu não poderia fazer.

— Não ouse defendê-los, querido. A culpa não foi sua. Você fez o que tinha de fazer, eles é que estavam errados ao forçá-lo a fazer o que não queria. Isso que um amigo faz? Não; se Aro realmente fosse seu amigo respeitaria sua preferência alimentar e não tentaria fazê-lo beber sangue humano e ‘curá-lo’ supostamente.

— Ele pensava que estava fazendo bem ao tentar curar minha aversão a nossa bebida ‘natural’ – não tenho argumentos para explicar e apenas digo o que aconteceu. Não quero brigar com a minha esposa por causa disso.

— Natural? Os animais também são parte da natureza, mais do que os humanos. Então o sangue animal é nosso alimento tão natural quanto o sangue humano... Mas seja como for o que ele fez não foi certo. Um amigo não faz isso com o outro. Você sabe muito bem que ele iria matar você sem pensar, nossa filha nos contou a visão horrível que teve de mostrar para ele desistir do confronto.

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— Muitos de nós morreríamos é claro, mas vários deles também.

— Alice disse que os três lideres iriam ser assassinados. Nada mais justo depois de tudo que fizeram inclusive matar você apenas por tentar defender nossa filha... Aqueles assassinos vigaristas! Mas eu não poderia suportar... Alice não te disse como eu fiquei quando vi você ser decapitado?

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— Sim. Eu não iria querer fazer você sofrer meu amor – digo cabisbaixo.

— Seu gesto foi muito nobre, qualquer pai - olha de relance para a filha. - ...de verdade faria o que você fez para defender a filha. Mas não foi certo terem matado você por isso.

— Eu jamais iria querer morrer, querida; eles é que me mataram naquela visão.

— Exatamente. Seu ‘amigo’ iria matar você. Que tipo de amigo é esse?

— Eles pensavam que tínhamos cometido um crime e iríamos defender Renesmee a qualquer custo. Como os vampiros antigos fizeram com as Crianças Imortais... Mas isso foi apenas uma visão de nossa filha para dissuadir Aro de nos atacar. Nada disso aconteceu, eu estou aqui com você. Sempre estaremos juntos, eu prometo – afago seus ombros.

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— Claro, mas poderia ter acontecido. Ele iria morrer também e por isso recuou.

— O importante é que todos ficamos bem e eu não morri - reafirmo.

— Por pouco, por muito pouco.

— Seja como for não podemos nos rebelar contra eles.

— Nós já vivemos de uma forma que eles não aprovam.

— Você não parece disposta a esquecer o que aconteceu não é, querida?

— Não posso, nós não podemos nos esquecer. Eles não irão deixar impune o que aconteceu naquele dia, por isso não podemos esquecer. Estamos ainda mais na corda bamba do que sempre estivemos... Mas você não está pensando em matá-la, está querido? – olha novamente para a menina em seu colo dormindo totalmente alheia ao que se passa e indefesa. Indefesa não, porque Esme a defenderá mesmo que tenha que fugir alguns dias do próprio marido.

— Não, mas...

— Você pensou nisso, não é?

— Por apenas uma fração de segundo.

— Carlisle, não podemos matá-la. Ela é o mais próximo que chegaremos de ter um filho nosso. Você não me negaria isso, negaria?

— Esme, não faça isso comigo... Não me faça ter de escolher nessa situação...

— Você não tem que escolher nada, querido apenas deixe como está e veremos se Carol vai crescer de novo.

— Mas será que ela vai crescer?

— Tenha fé, querido. Lembra que nós não tínhamos ideia do que Renesmee iria se tornar e ela acabou por ser uma garotinha linda. Criada do jeito que foi é claro que ela seria.

— Sim, querida, é verdade. Mas como acreditar nisso se ela não é uma hibrida como nossa neta?

— Mais uma vez teremos que esperar. Apenas acredite, querido. Só isso que eu peço.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

~~ Eu também não consigo esquecer essa cena. Nunca mais. Eu gostaria, mas está gravada no fundo da minha mente para sempre. Foi muito impressionante. Ainda bem que não aconteceu, foi só uma visão, mas poderia ter acontecido, pois foi visto como possibilidade futura cabendo apenas a Aro a decisão.
Que 'amigo' hein? Ele decapitaria Carlisle! :o
~~ Eu sei por experiência própria que sim, isso poderia mesmo ter acontecido, pois eu consigo arrebentar a carne congelada às vezes, então acho que os vampiros que são muito mais fortes do que nós humanos podem facilmente esquartejar com as próprias mãos.



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