O mestre pokémon absorve os resultados das sensações, colocando-me num tal estado que o impende de enxergar, senão para a líder de ginásio. Quando ela o levou de volta, pensou que poderia ter durado mais, reclamar não era opção, pois o desejo de permanecer no mar foi impedido por o enjoo, se antes pensara que a comida era a coisa mais importante do mundo, talvez estava enganado. Todavia, após chegarem no cais, Misty pegou em sua mão e encorajou a acariciar o pokémon dragão, como se fosse um cavalheiro domando uma fera terrível, vias das dúvidas, ele deu um passo para trás ao realizar tal ato.

— Viu ele não é tão ruim. — disse a ruiva. Vendo-o acariciar com a palma da mão acima dos olhos de Gyarados, o corpo de seu amigo quase dentro da enorme boca.

— Tirando as mandíbulas, o temperamento, a boca, seu tamanho… É um tipo de pokémon que eu gostaria de ter. — afirmou, sorrindo. Depois voltou-se para a amiga, qual guardou o pokémon na pokébola. — Mas o Onix é melhor. — Não era uma provocação, no entanto Misty entendeu como uma.

— Gyarados é mil vezes melhor que o Onix. — contrabateu, fechando os olhos e cruzando os braços com indiferença. O seu rosto abre em um sorriso provocador. Adorava vê-la assim, com raiva, a mesma emoção durante o tempo que viajaram juntos, arrebatado pela da amargura e doçura desarmadora, nunca se sabe quando ele vai explodir de raiva, às vezes sucediam de tapas na bochecha, aquilo o irritava profundamente, não tinha fetiche e nem era masoquista, longe disso, apenas gosta de se divertir.

Após conversarem mais um pouco, e seguidamente Ash vomitar algumas vezes em um balde de lixo, os dois mestres pokémon situava-se no ginásio de Ishino. Enquanto Misty preparava-se para o show, o adolescente de Pallet falava com Brock, usando seu celular no recurso de vídeo chamado. Ambos conversando alegremente, sobre as viagens, novos pokémons e por fim a respeito da líder de ginásio.

Tal assunto concedeu a Brock, interroga-lo, gostaria de concluir que o amigo havia contando para ela, pois tanto tempo escondendo os sentimentos, vivendo uma mentira interna, o tornaria corajoso, contundo, percebeu a ilusão de suas expectativas, às vezes pensava como o garoto podia ser tão burro. Jamais foi difícil confessar seu amor as enfermeiras Joy ou as oficiais Jenny, entretanto cada vez que uma garota retribuía, como a Lucy ou Holly, e até a professora Ivy, essa qual odiava falar, sempre uma dor súbita o atravessava, como reagir? Como sentir? Talvez era o que Ash estava passando.

O Show de Misty começou com a mesma apresentado-me como sereia em um trampolim, seu cabelo estava solto e com aplique, tornando-o até a cintura, a cauda falsa é de cor verde azul, com uma pequena estrela amarela destacando-se.

Ash a viu pular da plataforma e cair dentro do tanque de água, de relance notou como as pessoas, sentadas nas arquibancadas, animava-se com cada giro e volta que ela fazia, para matar a curiosidade de Brock, o jovem virou o celular para a direção da amiga, no mesmo instante, qual Pikachu e Azurill, vibram segurado leques com a bandeira do Japão estampada, contrapartida Psyduck se mantém quieto, com o olhar imóvel.

— Misty está incrível. — comentou Brock.

— Ela é incrível. — sua voz saiu com admiração. Ele se incomoda ao revelar por revelar demais o tom da fala. Todavia Brock não o escuta. Encara com ciúmes dois homens, ao seu lado direito, exprimindo facínio pela apresentação. — Idiotas… — disse baixinho, voltando-se para Misty.

Na ocasião em que a performance terminou, os dois reencontraram-se, o mestre manteve o celular ligado, para assim a líder de ginásio falar com Brock, esse muito feliz por vê-la. Seguidamente sucederam para a cozinha do centro de treinamento, já que Ishino deixara os dois usarem a cozinha, e para desagrado de Ash, a ruiva se pôs a cozinhar.

— Isso vai ser divertido. — afirmou ela. Buscando nas prateleiras ingredientes.

— Não para minha barriga. — desiludiu ele. Colocando as duas mãos sobre o estômago, resultando sua mente ao gosto horrível da possível refeição.

— Para de ser dramático, você vai adorar quando provar minha deliciosa sopa de legumes. — Com dificuldade colocou inúmeros ingredientes na mesa, vendo o amigo sentando na a frente em uma cadeira, o Pikachu em seu colo.

— Deliciosa para quem? Lembra-se da última vez que tentou cozinhar? — pausou a voz para continuar: — Mais de 47 ingredientes, incluindo sal e açúcar, meu paladar não ficou animado com aquilo. — Um arrepio surgiu em seu corpo, relembrando-se do fatídico dia.

— A equipe Rocket gostou. — Ela olha para ele zangada.

— A Jessy gostou, e vamos dizer que eles comem qualquer porcaria. — A provocou com um sorriso zombador.

— Está chamado minha comida de porcaria?! — Ela se irrita por revelar demais no tom da fala. Sente os olhos dele atravessando-a. Aproxima o rosto ao dele, sem nunca deixar de encarar seus olhos castanhos, tendo-o com um olhar desafiador.

— Talvez. O rosto dele se abre num sorriso largo, sarcástico.

— Desculpe senhor Pallet, se minha comida não é do seu bom gosto. — o respondeu com indiferença. — Se quiser colocar um toque de seu tempero, fique a vontade. — Ela dá um tapinha das costas do garoto, seguidamente o puxa para seu lado. — Vamos fazer Ramen.

— Tudo bem, só não exagere nos legumes.

Começaram escolhendo os tipos de legumes, como batata, abóbora, rabanete, feijão e alho, e outros ingredientes complementares. Enquanto água ferva em um panela, aproveitaram para lavar os segmentos , de vez em tempo, Ash espirrava um pouco de água em Misty, na qual não importava-se com a brincadeira, repitindo seu gesto. Foi cinco minutos, até a líder de ginásio depositar o macarrão no líquido fervente, e mais alguns minutos até escorrer em uma caçarola.

Em todo processo, os dois mestres, entreolhavam-se aprofundamento seus pensamentos, em certo momento, Misty ficou atrás de suas costas, não era preciso, mas fez, afim de ajudá-lo a cortar as batatas, ele sente a pele de seu rosto esquentar. Não é que nunca tenha sido tocado nas mãos, contundo o que vê na amiga é algo diferente, uma simpatia. Teve a sensação, de querer virar a face, e vê-la diretamente, tentar imaginar os seus pensamentos, todavia manteve-se firme.

Os dois expiram profundamente, sentido a o cheiro da sopa de legumes e macarrão, um aroma convidativo, sentaram-se em duas cadeiras de madeira, Misty com ajuda de um concha, colocou para ele, e também para os três pokémons, Azurill, Psyduck e Pikachu. Por fim começaram a saborear a refeição.

Durante o tempo que levavam o hashi a boca, de relance encaravam-se. Ash pergunta-se com frequência o que aconteceria se ela voltasse a viajar com ele, mas esse pensamento é obscurecido pela razão de que ela é uma líder de ginásio, possui responsabilidades como uma, prefere guardar esse convite para sempre. Tal hipnotizado por essa possibilidade, não notou o exato momento qual Pikachu, jogou em sua sopa uma grande quantidade de Ketchup, e antes que pudesse detê-lo era tarde de mais, mesmo assim tentou pegar o frasco de suas patinhas, espirrando o líquido avermelhado no rosto de Misty.

— Desculpe Misty. — disse ele, envergonhado de seus atos.

Pikachu aproveitou a distração do treinador e escapou com o garrafa de plástico, sentando-se no chão da cozinha, e com grande entusiasmo usar a pequena língua rosa para saborear o Ketchup. Azurill curiosamente foi até o pokémon amarelo, esforça-se para querer provar também, sem sucesso, e com frustração usa a cauda para golpear o objeto, cortando-o no meio; vendo o líquido vermelho no piso, Pikachu, não conteve as lágrimas e depois de retomar o semblante sério, tentou atacar Azurill, esse correu para o colo de Misty, depois para as patilheiras, onde foi seguido, por Pikachu, que pulou nas costas de Misty, fazendo-a bater a cabeça na sopa quente.

Os dois pokémons começaram a correr pela cozinha, derrubando tudo pela frente, enquanto a treinadora de pokémons aquáticos gritava de dor e o amigo tentava ajuda-la, Psyduck não esboçou nenhuma reação, pois continuou a comer o seu Ramen.

De repente Ash conseguiu deter Pikachu, o segurando no colo, Azurill por sua vez assustado, escondeu-se nas patilheiras, sua cauda azul bateu em um saco de farinha, o levando a certa altura, até espalha-se nos dois treinadores.

Ela ergueu a cabeça e o fitou com olhar azul frio, um monstro de raiva surgindo dentro de si. Seu cabelo ruivo grudava-lhe na testa; a face coberta de farinha, Ketchup e macarrão, assim como suas roupas. Olhar tão intenso que chegava arder. O adolescente não tinha coragem de aproximar-se, Pikachu livrou-se do aperto do amigo, jutando-se a Psyduck.

— Foi um acidente. — afirmou, quase como um sussurro. Estava preparado para receber um tapa no rosto ou até mesmo vários xingamentos, no entanto o que ela fez o supreendeu. Uma risada. — Misty? — preocupou-se. Foi até ela, as duas mãos em seus ombros, procurando qualquer sinal de loucura. — Ei, você está bem? Precisa de um médico?

— Estou. — respondeu em meio as gargalhadas. — Eu não sei por que estou rindo. — pausou a voz e o viu diretamente. — Seu rosto está branco! Totalmente branco! — Riu mais alto.

Com um suspiro, Ash sentou-se no chão, sem nunca deixar de observa-la. Quanto tempo não escutava essa risada? Nunca foi tão bonita, ainda assim, acostumou-se com ela, o modo como sua fisionomia se iluminava, um brilho translúcido, acustumaria-se novamente com isso. A viu sentar-se a sua frente, esgotando as últimas risadas.

Os dois ficam em silêncio por um tempo, um tipo de silêncio confortante.

— Essa Misty é diferente. — comentou em um tom vago. Rogando a singular atenção a ele. E continuou: — Pensei que iria acabar comigo. — riu levemente.

— Não foi sua culpa. — pausou a voz. — A metade.

Foram interrompidos por Psyduck, qual trouxe para ambos um rolo de papel toalha. Limparam a face, e seguiram na conversa, sem antes Misty agradecer o pokémon.

— Antigamente você me mataria. — ele acusou.

— As pessoas mudam Ketchum, mas isso não significa uma mudança radical.

— Então se eu queimasse sua bicicleta sem querer…

— Isso é diferente. — interrompeu seriamente. — Espera, você não… — Assustou-se com o semblante de culpa do amigo e ali soube. — Você destruiu minha bicicleta?! — gritou.

— Foi sem querer Misty, eu estava tendo uma batalha com um treinador, quando o Pikachu acertou sua bicicleta, depois o ninho de Beedrill com choque de trovão… Desculpe! — Apressou-se na fala, as duas mãos levatandas.

— Eu deveria ter matar! — ela respirou, contando até três. — Certo. Então destruir propriedade alheia é o seu critério para conhecer pessoas? — o questionou. Seu tom de voz desta vez é calmo, com uma pintada de sarcasmo.

— Não. — respondeu com vergonha, abaixando a cabeça. Quando ergueu observou sua bochecha suja de ketchup, sem pensar, pegou um pedaço de papel toalha, antes de tentar limpar a região pediu autorização, a ruiva deu de ombros.

Limpando vagarosamente, deixou-se admira-la, ela manteve-se em silêncio, fechando as pálpebras, tal ato, o fez sorrir. Teve a sensação de satisfação, gostaria de tirar as luvas para aprofundar o toque, como não poderia, usou os dedos para acariciar sua pele, a jovem abriu os olhos vagorasomente, pousando a sua própria mão na dele, gostando do afeto.

Antes que pudesse aconchegar-se nela, a luz da cozinha apagou-se, fazendo os dois baterem as testas uma na outra.

— O que foi isso? — perguntou Misty.

— Perdão, eu deveria ter indo para esquerda. — respondeu, referindo-se ao quase beijo.

— Não, quem apagou a luz?