Photograph escrita por Anny Taisho


Capítulo 7
Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas lindas, aqui estou eu novamente, muito feliz por cada comentário que vcs me deram. Cada vez que vcs me contam o que acharam eu fico mais feliz e muito me empolga ver como está curiosas e interessadas. Espero que continuem me contando. Spoiler, capítulo que vem teremos flashback Sasusaku. Até semana que vem. kisskiss



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Sarada entrou na antessala que trabalhava e viu que estava tudo uma correria, havia uns três rapazes da área de telecomunicações correndo de um lado para o outro, Moegi estava dentro da sala do chefe, o telefone não parava de tocar. Sentou-se em sua mesa e ligou o pc começando a atender as ligações tentando acalmar aquela confusão.

Naruto passou por ela apressado dando um aceno de mão e seguido pela secretária. Os rapazes da telecomunicação saíram atrás deles e ficou apenas olhando. Que dia estranho. Depois de atender algumas ligações tirou da bolsa sua medicação. Depois do transplante de rim tinha que tomar algumas medicações.

As primeiras manifestações aconteceram quando ainda era criança com lesões na pele, a forma mais comum de Lupus que foi devidamente controlado, entretanto, anos mais tarde quando tinha por volta de 13 anos começou a ter alguns problemas de rim. E quando os exames foram feitos, tinha perdido completamente o rim esquerdo e tinha apenas 50% do funcionamento do direito e por isso teve de passar por um transplante.

E foi nessa época que descobriu que não era filha biológica de Gaara. Ele fez os exames, assim como a mãe e toda família deles para saber se havia alguém compatível e um dia mexendo em algumas pastas de seu histórico médico que a mãe mantinha no computador viu que possuía um tipo sanguíneo que impossibilitava que fossem pai e filha. A mãe é o AB positivo e ela O positivo, mas o pai era A negativo.

Já tinha tido aulas de biologia e aquilo era impossível. E foi então que finalmente soube sobre Uchiha Sasuke. Eles contaram a história de como se conheceram e o pai lhe disse que tinham decidido registrar ela em seu nome quando chegaram a Dubai para evitar maiores problemas e ele de fato já cuidava dela assim desde que havia nascido.

Foi um choque aquilo, seu mundo desabou e isso acabou piorando o estado de saúde. Aquele foi um ano complicado, mas quando terminou, Sarada acabou vendo que ela tinha a melhor família do mundo. Só que então surgiu aquele pequeno vazio, aquela sombra em toda felicidade que tinham.

Respirou fundo enquanto tomava um copo de água e coçou a nuca, estava com algumas pequenas lesões e teria de voltar com os medicamentos para o Lupus. Viu o chefe voltar a sala falando rapidamente no celular e Moegi exasperada seguindo dele.

— O que foi Moegi-san? A vídeo conferência não começa em dez minutos?

— Não vai começar se um milagre não acontecer. A Uchiha corp conseguiu a possibilidade de um contrato com um investidor chinês, mas claramente ninguém aqui fala chinês e a tradutora que conseguimos sofreu um atropelamento vindo para cá.

— Como assim? – aquilo era completamente estranho – Estamos no Japão, é mais possível estatisticamente alguém se afogar na banheira do que ser atropelado.

— Pois parece que caímos da parte improvável da estatística. E não tem ninguém que possa chegar aqui a tempo e também é um contrato grande e sigiloso, Sasuke-san não quer deixar qualquer desconhecido mediando a reunião.

— Oh kami... isso é ruim.

— Muito ruim! Eu... eu não sei o que fazer! E agora a gente tem 7 minutos!

A jovem garota pensou um minuto e ela podia ajudar.

— Talvez eu possa ajudar.

— Você conhece alguém de confiança que fala chinês fluente e que esteja aqui em seis minutos?

— Na verdade, eu falo chinês.

A secretária ficou alguns segundos a olhando sem saber como reagir.

— Você fala chinês?

— O mais correto na verdade é mandarim, e sim, eu falo. Eu nasci na China e fiquei até os quatro anos lá que foi quando meus pais voltaram aos Emirados Árabes. Meu pai trabalhava numa empresa e falava mandarim, eu aprendi porque morei um tempo na china e depois acabou que nós conversávamos para manter o idioma. Eu de fato não sou muito boa escrevendo, mas eu consigo falar muito bem.

Moegi quase caiu da cadeira, mas virou as costas chamando o chefe e falando baixinho com ele que em seguida colocou as duas mãos em sua mesa.

— Sarada-san, tem certeza que consegue fazer tradução simultânea da reunião? O investidor vai falar e você vai traduzir para nós e o contrário também, nós falamos e você traduz para ele.

— Eu sou perfeitamente capaz.

Já tinha feito algo assim ajudando a tia Temari, mas não ia contar isso a eles.

— Oh... kami, venha conosco então.

Eles saíram quase correndo para sala de conferência onde o conselho diretor estava todo presente. Naruto chamou Sasuke num canto e apesar de achar aquilo uma loucura eles não tinham muita opção. Ou colocavam a estagiária ou nada de contrato. O investidor era muito cheio de manias, só aceitou a reunião caso fosse feita em mandarim.

— Naruto, isso é uma loucura! Colocar uma estagiária de 18 anos para mediar uma reunião que pode valer um contrato de milhões de dólares... Mas inferno, ou é isso, ou nada de contrato. Eu realmente espero que essa garota consiga falar direito.

Sasuke respirou fundo e foi para sua posição na ponta da mesa. Trinta segundos depois a reunião começou e apesar de todas as possibilidades de dar merda a reunião foi um sucesso.

A Estagiária tinha feito perfeitamente seu trabalho como tradutora.

Aquilo só podia ser algum tipo de milagre.

Foi conversar com um dos acionistas e acabou que ela já tinha ido embora para faculdade antes que pudesse falar com ela. Sasuke era um homem muito rígido, mas sabia perfeitamente reconhecer um trabalho bem feito e aquela mocinha tinha salvado o pescoço deles.

— Eu nem quero saber porque essa garota fala mandarim, mas agora ela é minha estagiária.

— O que?? Deixe de ser recalcado!!

— Eu preciso de gente assim trabalhando para mim, e não quero ouvir reclamações, eu sou um engenheiro de Sowftware que pode muito bem ensinar muito a ela então apenas mande fazer a papelada.

— Você é um bastardo mesmo, nenhum estagiário dura trabalhando com você.

— Pois bem, essa é a prova de fogo da Sabaku-san, se ela se sair bem comigo terá um emprego garantido na Uchiha Corp quando se formar.

— Ela só tem 18 anos, Sasuke, eu acho que ela não precisa dessa pressão na cabeça.

— Se não der certo ela volta para seu departamento, mas eu reconheço um talento quando vejo e eu quero os melhores trabalhando para mim.

Naruto suspirou cansado, Sasuke ia sugar a alma da pobre garota. Talvez tivesse sido melhor deixar ela escondida em sua antessala. Bem, na pior das hipóteses ela voltava para o departamento. Droga, logo agora que tinha tudo organizado ia perder um funcionário.

— A gente pelo menos pode levar ela para almoçar um dia desses para agradecer, certo? Afinal não era obrigação dela fazer nada disso.

— Que seja, marque um dia para eu, você, ela e Moegi irmos comer em algum lugar. Você é muito intimista com os funcionários.

— E você um cretino, as pessoas trabalham melhor com o incentivo certo.

— Eu já disse que tudo bem, agora eu tenho que me juntar com o jurídico para criar o contrato. Segunda feira ela trabalha para mim.

O uchiha disse dando as costas.

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Hinata estava andando com a filha mais nova Himawari pelo shopping, precisava comprar um presente para o pai, ia ser aniversário dele no final de semana. Era terceira vez que tentava comprar alguma coisa, mas agradar o velho Hiashi Hyuuga era muito difícil. Daquela vez tinha trazido a filha mais nova a tira colo e Bolt ia encontra-las na praça de alimentação.

— Quem sabe uma gravata bem bonita, mama-chan. – a adolescente disse vestida com seu uniforme tradicional do colégio –

— Seu avô deve ter umas três gavetas só de gravatas, Hima... Oh isso é tão difícil...

Elas estavam caminhando de braços dados quando passaram na frente uma grande joalheria. Havia uma mulher parada olhando as peças e com o celular no ouvido. Era alguém bastante elegante, usava sapatos altos e uma calça branca de corte reto junto de uma camisa de seda azul e os cabelos ruivos penteados para trás. E quando ela virou o rosto levemente Hinata soube exatamente quem era ela.

— Oh Kami, eu não acredito!

— O que foi, mama? Achou um presente para o vovô?

— Não, mas aquela mulher é uma velha amiga minha.

A Uzumaki não fazia o tipo que incomodava  as pessoas, na verdade, era exatamente o contrário. Gostava de incomodar o menos possível. Entretanto depois de ver aquelas fotos da faculdade Haruno Sakura tinha voltado aos seus pensamentos.

Se aproximaram e com delicadeza chamou o nome dela que parou de falar ao celular e a encarou. Ela precisou piscar algumas vezes e depois desligou o telefone abrindo um grande sorriso.

— Hyuuga Hinata? Eu não posso acreditar!

— Sou eu quem não pode acreditar! Eu achei umas fotos esses dias e estava exatamente pensando em você, quanto tempo!!

As duas se abraçaram e a filha da Uzumaki ficou meio sem entender nada. Ela tinha visto as fotos da mãe e reconheceu a mulher, mas ela estava bem diferente. A garota das fotos usava jeans, baby look e allstar, enquanto aquela a frente delas era um elegante e extravagante mulher.

— Tóquio desse tamanho e nós nos cruzando assim! Eu realmente não posso acreditar! O que está fazendo aqui?

— Comprar um presente para o meu pai, e essa garota aqui é minha filha mais nova, Himawari Uzumaki.

Sakura estendeu a mão e apertou a da menina sorrindo. Ela era muito simpática.

— Uzumaki? Oh... eu não creio, você se casou com Naruto?

— No ano da formatura... uma longa história. Mas e você? Eu não tive notícias suas nunca mais.

— Eu colei grau especial para sair com os médicos sem fronteiras, foi tudo muito rápido e acabou que eu nunca mais voltei ao Japão até dois anos atrás.

— Eu soube por alto disso e que se casou, morava nos Emirados, certo?

— Exatamente. – sorriu – Sabaku no Sakura agora, nossa Hinata tanta coisa aconteceu, eu realmente sinto muito por ter sumido daquela forma. Mas eu precisava me afastar e  quando eu dei por mim a vida foi acontecendo e me levando por caminhos que me afastaram do Japão.

— Eu entendo, mas eu senti sua falta. Então, por que não tomamos um café? Eu realmente gostaria de conversar um pouco com você.

A médica olhou em seu relógio de ouro rose e pensou um momento. Pegou o celular e fez uma ligação desmarcando um compromisso.

— Prontinho, eu acho que te devo um café, não é mesmo?

— Himawari, querida. – Hinata pegou a carteira e o cartão de crédito – Eu deixo na sua mão e na do Bolt comprar um presente para seu avô, e para não dizer que eu estou escravizando vocês eu deixo cada um de vocês comprar um presentinho. Mas o cartão fica na sua mão e não deixe seu irmão comprar aquelas calças rasgadas horrorosas.

— Hm... – a menina pensou em reclamar, Bolt ia pular fora do Shopping assim que soubesse que a mãe não ia estar com eles e então ia poder comprar tudo sozinha – Certo, mama!

— Eu vou estar na cafeteria perto da Prada, se terminarem antes de mim me encontrem lá.

— Okay!! – a menina sorriu e cumprimentou Sakura antes de sair –

— Ela parece uma graça.

— E é, Hima é uma gracinha. Bolt é um pouco mais difícil, mas os dois juntos dá vontade de morder. E você? Tem filhos?

— Sim, uma filha. Sara-chan está  na faculdade.

— Wow,,, eu quero ouvir a história toda. E tenho tanta coisa para contar...

As duas foram conversando para a cafeteria, era como se tantos anos não tivessem passado. Hinata foi uma das melhores amigas que teve na faculdade. Sentiu bastante falta dela ao longo dos anos, mas parecia que a vida estava lhe dando uma nova chance.

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Bolt encontrou a irmã tomando um sorvete sentada na praça de alimentação e sorriu. Ele gostava muito da irmã. Eles tinham uma relação muito boa.

— Cadê a mãe?

— Achou uma amiga dela da faculdade e foram fofocar!

Moveu a sobrancelha meio confuso.

— E o presente do Jiji?

— Ficou por nossa conta. – a garota sorriu e mostrou o cartão preto da mãe – E ela deixou que comprássemos alguma coisa para gente também.

— Isso sim é uma boa notícia. – disse rindo e se sentando com ela – Então, o que vamos comprar?

— Eu pensei que ia embora quando soubesse que a mamãe não vai junto.

— Hey, está me mandando embora irmãzinha? Eu achei que gostasse da minha companhia.

— Não, não... – abraçou ele – Eu não faço ideia do que comprar para o vovô.

— Hm... Eu também não, vamos dar uma volta e ver.

— A gente podia ir naquele lugar que tem um monte de cama eslástica antes, sabe, para ter umas ideias.

O garoto riu, ele não iria num lugar assim por nada, mas se a irmã queria ir podia ser divertido. Já tinha ouvido as pessoas falarem dessa febre.

— Vamos lá e depois compramos um presente.

Levantou com as mãos nos bolsos e pegou a mochila pesada da irmã para carregar. O rapaz era um bom garoto, mas achava que o pai trabalhava demais e dava atenção a eles de menos. E por isso eles tinham alguns problemas.

Mas tirando isso e o fato dele andar de moto, para o horror da Dona Hinata, ele só tinha cara de mau. E tinha as roupas também, a mãe vivia falando que ele parecia um mulambo.

— Então, nii-chan, e aquela garota da faculdade? Falou com ela?

— Que garota, Hima?

— No dia que você me buscou na escola e passou na faculdade para pegar alguma coisa com seus amigos, tinha uma garota lá que eles ficaram falando que você gostava dela.

— Ah, a Sarada? – deu uma gargalhada – Eu não gosto dela, Hima, ela é estranha toda cheia de manias! A gente pega umas aulas juntos. Os caras estavam de zoeira porque a gente discutiu durante um trabalho de grupo.

— Você parecia bem interessado nela, nii-chan!

— Impressão sua Hima, eu não quero sair com uma garota mandona e sisuda.

— Ah tá... achei que ia ser agora que você ia desencalhar. – ela fez um beicinho – Eu achei ela tãooo bonita e elegante!

— Ela parece que tem uns trinta anos com aquelas roupas.

— Você não entende nada de moda mesmo, ela é tipo uma princesa moderna. Eu quero ser daquele jeito na faculdade!

— Credo Hima, você é mais bonita que isso! Olha ali suas camas elásticas!!

Ele sorriu quando ela saiu correndo na frente. Sarada era meio estranha e ele não tinha nenhum interesse nela.

Continua...


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