Photograph escrita por Anny Taisho


Capítulo 15
Quando os mundo colidem


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!! Mais uma sexta feira, mais um dia de postagem!!! Eu novamente só tenho que agradecer ao carinho de vocês, essa fic só está sendo continuada porque vocês me incentivam sempre a continuar!! Muito obrigada!!!
Hoje eu tenho um obrigada especial para Ana Maria, ela deixou de ser leitora fantasma para comentar e ainda fez uma recomendação!! Nossa senhora protetora das ficwriters, eu nem lembrava mais como era ganhar uma recomendação!!!
Kisskiss



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Naquela manhã ocorreria o Grande Prêmio de Fórmula 1 em Tóquio. Um grande evento que estava mobilizando grande parte da imprensa para cobrir tanto a corrida quanto os camarins visto que muita gente importante estaria lá. Incluindo os membros da família Sabaku, uma das grandes petroleiras dos Emirados Árabes que tinha fechado recentemente um grande patrocínio com a Ferrari e tinham sido pessoalmente convidados pelo presidente da associação de F1.

Sinceramente, Temari não queria participar do evento, estava no Japão para ver o filho, a cunhada e a sobrinha, mas como todos da família gostavam do esporte era até uma coisa boa. E encontrar algumas pessoas importantes era sempre bom para manter boas relações de negócios. Shikadai, Sarada e Kankuro mal chegaram ao autódromo e foram para os boxes da Ferrari, se bem conhecia o filho, ele foi apenas porque gostava mais de estar lá do que na festa chata que acontecia no camarote.

Estava de braços dados com o marido, já fazia muitos anos que não vinha ao Japão e desde que o filho não eram mais uma criança que não praticava muito o japonês que tinha aprendido. Estava enferrujada, o que era uma droga, porque foi complicado se comunicar com os sogros decentemente.

Sakura estava perto deles conversando levemente, ela parecia imensamente melhor do que quando foi embora quase 3 anos atrás. Finalmente ela estava saindo do luto. O que era uma coisa boa, queria a cunhada fosse feliz, a vida não precisava ter acabado porque ficou viúva.

— Nossa, faz anos que eu não venho num evento social desse porte, eu quase tinha me esquecido. – disse a médica tomando um pouco de champanhe.

— Pois eu estava em uma semana passada, são todos iguais. – a loira respondeu –

Sakura logo após se casar demorou um tempo para se habituar com a vida ultra luxuosa que o marido tinha. Mesmo tendo namorado Sasuke na adolescência, eles nunca frequentaram muito qualquer coisa relacionada a família dele e sem dizer que a família Uchiha era importante, mas não se aproximava minimamente do nível de ostentação que era ser um Sabaku.

Entretanto, após algum tempo e com ajuda da cunhada, a médica tomou seu lugar como esposa do CEO da SUNA & CO e o acompanhava em quase todos os eventos sociais. Passando a ser uma figura bem marcante, as pessoas gostavam de Sakura, ela era mais que um rosto bonito pendurada no braço do marido. Gaara costumava brincar que as vezes as pessoas só lembravam dele depois de terem conversado com ela.

Olhou em volta e Temari tinha do razão, aquelas festas eram todas iguais, fazia anos que não ia em uma e podia dizer era que a única diferença era que as pessoas falavam japonês ao invés de árabe ao seu redor. O presidente da comissão de F1, um homem de cabelos muito escuros e óculos veio falar com eles com um inglês bastante interessante.

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Sasuke chegou no evento perto das duas horas da tarde com a mãe. Não gostava muito dessas festas, mas eventos sociais eram necessários para fazer networking e queria expandir mais o alcance da Uchiha corp. Entregou a chave de seu esportivo ao manobrista e ajudou a mãe a subir as escadas.

Dona Mikoto andava estranha fazia uns dias, parecia que estava tramando algo, mas nem imaginava o que poderia ser.

— Karin disse que sobrou um ingresso para a festa.

— Sim, ela ofereceu a Sarada, mas ela já tinha compromisso com a família, acho que ela deu a Bolt. Mas como Naruto viajou com a família para casa dos pais dele acho que ele não vem.

— Ah sim...

Mikoto não tirava da cabeça que aquela estagiaria estava tentando se dar bem. Duvidava que ela fizesse um trabalho tão bom assim sendo tão jovem, tinha tentado sondar Karin, mas a ruiva era extremamente discreta sobre qualquer coisa que soubesse. Era bom mesmo que ela soubesse seu lugar e não viesse nesse evento.

Sentia um pouco de falta da vida social que tinha quando o marido era o presidente da corporação, desde de muito jovem sempre esteve muito presente nas rodas sociais e tinha muito apreço por isso. Mas com todas as idiotices feitas por Fugaku a única alternativa foi se afastarem para que os erros dele não respingassem mais na reputação da empresa.

Sasuke tinha feito um grande trabalho reerguendo a empresa e agora a expandindo. Por incrível que pareça ele tinha bastante tino para os negócios que ficou escondido durante muitos anos. Entraram no evento e muitos flashs bateram sobre eles, na manhã seguinte estariam em todos os jornais.

— Soube que seu tio-avô esteve na cidade, querido? – Mikoto disse baixo enquanto andavam por entre as pessoas –

— Karin me disse que ele foi a Uchiha Corp, mas não foi para falar comigo, então nem imagino o que ele queria. Você sabe?

— Hum, não faço ideia. Sabe que Madara só faz o que ele quer e quando quer, mas foi estranho, faz uns trinta anos que ele não vem a Tóquio.

Mikoto tinha uma relação muito próxima com o tio quando jovem, mas isso logo acabou depois de seu casamento com Fugaku. Madara tentou alertá-la sobre o tipo de homem que ele era e depois tentou afastá-lo da família quando o primeiro escândalo sobre a infidelidade dele veio a tona, mas Mikoto não quis ajuda. Soube muito bem que havia cometido um erro, mas depois de casada tudo o que podia fazer era levar aquilo o melhor possível. Havia sido sua escolha o casamento e tinha que arcar com as consequências, naqueles tempos divórcio era algo muito mal visto e não queria ter que viver com essa sombra. Hoje via que deveria ter aceitado a ajuda do tio para afastar Fugaku deles para sempre, poderia ela ter administrado a Uchiha Corp, mas era muito jovem e muito tola.

— Seja o que for, saberemos logo, porque ele se encontrou com advogado e fez mudanças no testamento.

— Como sabe disso?

— Karin conhece muita gente, não conseguiu os detalhes, mas ele fez uma alteração no testamento.

— É a cara do Madara deserdar a todos nós.

Depois que houve a grande ruptura entre Madara e a sobrinha, ele separou sua fortuna da Uchiha Corp e passou para outros investimentos. O que havia hoje da empresa era o que sobrou da parte de Mikoto que um dia pertenceu ao seu pai.

— Eu não preciso da herança dele.

O assunto terminou quando Sasuke parou em uma roda de pessoas e cumprimentou uma conhecida. Ayumi Kobashi, ela era a presidente da empresa diretamente concorrente da Uchiha Corp no ramo de assistência tecnológica para grandes empresas. Os dois eram conhecidos pela rivalidade em público, mas na verdade eles eram bons amigos e um pouco mais.

— Uchiha, quanto tempo, achei que não viria.

— É importante estar nos eventos, Kobashi.

A mulher sorriu.

— Bem, vai ser ótimo que possa me ver entrando em contato com a presidente da SUNA & CO, porque eu pretendo conseguir fechar o contrato de assistência de TI deles.

— Eu não acho que deva ficar contando seus planos.

As pessoas incluindo Ayumi riram e Sasuke correu os olhos pelo salão procurando os Sabakus. Imaginou que talvez fosse encontrar algum esteriótipo de árabe, mas infelizmente todos pareciam muito normais. Excetuando um grupo pequeno perto das grandes janelas que davam para o autódromo. Havia duas mulheres, uma loira e uma de cabelos ruivos bem claros, junto de um homem que parecia Shikamaru... E parando para olhar aquele era o Nara.

Ficou confuso alguns segundos, sabia que ele era casado com uma estrangeira que conheceu no intercâmbio durante a graduação, se ela era árabe, ele podia muito bem prestar assessoria jurídica a empresa de petróleo.

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Sarada tinha ficado quase todo tempo no box da Ferrari acompanhando a corrida com o engenheiro chefe de equipe e o tio, mas apesar de querer ficar mais, eles receberam uma mensagem de Temaria exigindo a presença deles na festa. Provavelmente para uma foto de família que estamparia as revistas pelo mundo. Pediu um minuto e foi colocar uma roupa adequada a festa, visto que estava de roupas mais confortáveis para estar na garagem.

Ajeitou o relógio de ouro maciço no pulso e o colar que tinha ganhado da mãe sobre o vestido azul marinho. Sinceramente, quando Karin a convidou para a corrida, não imaginou que a Uchiha Corp recebeu ingressos para o baile da alta cúpula da F1. Naquela festa estava o prefeito da cidade de Tóquio e outras personalidades importante, havia outros camarotes um pouco menos ‘vips’ por assim dizer e imaginou que era lá que a Uchiha corp estaria.

Estava tranquilamente conversando com o primo e com o tipo enquanto iam para a festa e assim que encontrou a mãe ficou perto dela. E como o esperado, eles tiraram uma foto da importante família Sabaku. Aquela era provavelmente a primeira foto pública deles juntos após a morte do pai três anos antes. Respirou fundo e passou  a mão na nuca, fazia alguns dias que vinha se sentindo cansada.

— Tudo bem, Sara-chan? – Sakura perguntou –

— Sim, mama, eu só estou cansada. E está bem quente hoje.

— De fato está quente, tem certeza que é só isso?

— Claro, eu vou pegar algo gelado para beber e volto em um minuto. – piscou um olho

Sarada estava acostumada com aquele tipo de evento, era algo recorrente em sua família. Atravessou a grande sala e pegou um copo pink lemonade e olhou ao redor, nos eventos em Dubai conhecia muitas das pessoas presentes, mas ali no Japão estava levando com a mãe uma vida bem mais simples e tranquila.

Respirou fundo e quando estava voltando para perto da família esbarrou em alguém quase derrubando seu copo de suco. Já virou o rosto se desculpando quando notou quem era.

— Sarada? – Sasuke moveu as sobrancelhas –

A Garota ficou branca da cor de uma parede e engoliu a saliva grossa. Se a mãe a visse falando com ele ou se ele a visse com a mãe e reconhecesse as duas estaria em uma grande problema. Droga!!

— Sasuke-san, que surpresa.

— Você não disse que ia estar com sua família?

— Oh... sim... – estava um pouco confusa, tinha que pensar em uma resposta rápida – Eu... Eu estou. Minha família também foi convidada...

Sasuke ficou um segundo em silencio até que as informações se juntaram em sua mente. Todos naquele lugar só falavam da presença ilustre da família Sabaku que detinha 75% da petroleira SUNA & CO e Sarada era Sarada no Sabaku, cuja família estava presente. Arregalou os olhos fazendo uma expressão muito surpresa, coisa rara e olhou a garota.

— Você é da família Sabaku? Os Sabakus da SUNA & CO?

A menina sentiu um pequeno ataque de pânico, por sorte estava afastada o suficiente para não ser vista pela mãe.

— Oh sim. – disse sem jeito, era melhor usar isso para conseguir sair dali – Meu pai era Sabaku no Gaara, o presidente, mas eu não gosto muito de ficar falando isso. Eu não queria nenhum tratamento especial quando fui trabalhar.

Foi um monte de informação jogada na cabeça do moreno que ficou perturbado. Alguma coisa ali não estava fazendo sentido, por que uma garota herdeira de um império petroleiro estava trabalhando com estagiária para ele? E como não tinha notado nada, assim que o burburinho sobre a presença dos Sabakus na cidade surgiu? Era tão óbvio.  Se sentiu um idiota.

— Hm... bem, me desculpe, Sasuke-san, mas eu tenho que voltar. Minha tia estava conversando com o prefeito e ela queria companhia.

Aquela desculpa era horrível, mas seria o suficiente para sumir dali o mais rápido que pudesse. Estava muito perto de acontecer uma grande tragédia ali. Depois daria outras desculpas quando fosse de novo ao trabalho. Estava sentindo o coração acelerado quase numa arritmia.

Sasuke olhou a garota e foi quando viu aquele colar no pescoço dela. Foi como ativar as memórias afetivas mais antigas dele. Mikoto usou um colar igual aquele durante toda infância e adolescência, era uma marca assinada da senhora Uchiha. Aquele colar foi um presente da avó dela e que ela deu a Sasuke para ele presenteasse alguém muito importante. Na época a Uchiha queria que ele desse a uma possível esposa provavelmente, só que ele deu a Sakura.

Podia quase ver a imagem da Haruno usando o colar se formar em suas memórias. Foi um impulso involuntário segurar o braço da menina que virou para ele com os olhos arregalados.

— Sasuke-san...

Antes que pudesse continuar, Mikoto apareceu ao lado do filho para perguntar o motivo dele ter demorado tanto e quando viu a garota seu semblante mudou. E para a senhora Uchiha o colar no pescoço dela saltou os olhos. Fazia mais de vinte anos que não via aquela peça, tinha dado ela a Sasuke e nunca soube o que foi que ele fez do colar.

Aquela era uma joia de família, muito mais que isso, era algo que significava muito para ela. Não era para estar no pescoço de uma garotinha oportunista. E naquele momento, apesar de toda sua boa e refinada educação, a mulher perdeu a calma. Tinha aturado muitas coisas na vida, mas jurou a si mesma que nunca mais ia engolir sapo para nenhuma golpista, ainda mais uma usando o SEU colar.

— O que ela está fazendo com o meu colar, Sasuke? Ficou louco!

O moreno sem soltar a Sarada olhou a mãe, então Mikoto também tinha reconhecido o colar.

— O... O que? Esse colar é meu! Foi minha mãe quem deu! – Sarada disse segurando o pingente com a mão livre – Me solte, Sasuke-san!! Acho que está havendo alguma confusão aqui!

— Oh... não se faça de idiota, garotinha, esse colar está na minha família há mais de 60 anos! Não tem como sua mãe ter lhe dado, eu não sei o que meu filho estava pensando quando te deu isso, mas devolva agora!!

— O que?? – Sarada tirou o braço da mão de Sasuke – A senhora está enganada, deve ser um colar parecido. Eu vou sair daqui!

— Não vai não!! – segurou a garota pelo braço – Olha aqui Sasuke, eu não sei o tipo de coisa que essa pirralha tem feito para você, mas eu não vou deixar a gente levar outro golpe porque como seu pai você não consegue pensar quando tem uma garota bonita no seu colo! Me Devolva esse colar, garota!!

Todo o acontecido estava acontecendo a voz baixa, mas ainda sim chamou atenção de todos ao redor. Sasuke estava completamente confuso e viu todos ao redor olhando eles, a garota assustada tentando sair, infernos!!

— Eu não dei nada a ela.

— Oh claro, claro...

— Me solte, senhora, Uchiha! Eu não sei o que está acontecendo, mas eu ganhei esse colar da minha mãe, e como se atreve a me acusar de ter... ohh eu não consigo nem falar isso! Seu filho tem idade para ser meu pai!!

E aquela frase da Sabaku não podia ser mais verdade. Antes que Mikoto replicasse, Sakura se aproximou depois de procurar Sarada e encontra-la no meio daquela pequena confusão. Demorou um momento para reconhecer a mãe de Sasuke, e o moreno reconheceu fácil, ele não tinha mudado tanto assim.

— Será que eu posso saber o que está acontecendo aqui?

Mikoto não reconheceu Sakura, e só soltou a garota dando-se conta finalmente do vexame que estava dando em público.

— Nada que lhe interesse.

— Sarada, o que está acontecendo? – virou para filha com os olhos verdes firmes.

A morena soluçou, o kami-sama!! Aquilo era um pesadelo dos mais terríveis. Não podia estar acontecendo, não podia estar acontecendo!

— Eu não sei, Mama, essa senhora está dizendo que esse colar é dela.

Sakura olhou para o colar e olhou para os Uchihas. Oh merda! Naquele momento a Haruno não se deu conta que Sarada já os conhecia, para ela pareceu apenas que eles tinham se encontrado e abordado Sarada por conta do colar.

— Não se faça de sonsa, garotinha, pode fazer o Sasuke de idiota, mas eu não. Devolva o meu colar.

Sakura juntou as sobrancelhas quando ouviu aquela frase. Como aquela mulher ousava falar assim com sua filha? E que história era aquela de Sarada fazer Sasuke de idiota?

— Baixe o tom, Uchiha Mikoto, o colar no pescoço da minha filha é dela. Se um dia ele foi seu, entenda-se com seu filho, pois foi ele quem me deu quando a gente namorava. – virou o rosto e esticou a mão – Me dê esse colar agora, Sarada!!

A menina segurou um soluço e sua vontade de chorar. A mãe ia acabar com ela depois. Estava meio sem reação e só fez o que a mãe mandou.

— Eu acho que a senhora deveria tomar cuidado com as palavras que usa antes de ficar falando asneiras em público, mas se é esse colar que quer, pegue! Nós não precisamos dele.

Mikoto pegou o colar irritada.

— Devia cuidar melhor dessa sua... filha.

— Eu vou fingir que não ouvi esse tom, senhora Uchiha, eu não estou entendendo qual a relação da minha filha com vocês, mas seja o que for vai terminar bem aqui!

Antes de qualquer outra coisa acontecer, o mundo de Sarada ficou escuro e a menina desmaiou caindo no chão.


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