Pandora escrita por Virgo
Notas iniciais do capítulo
Vamos devagar, não quero assustar ninguém como em outras fics hehehe
A porta foi derrubada com um forte estrondo gerado pelos corpos que foram atirados sem a mínima dó ou remorso. Os corpos de armadura ainda derraparam alguns metros, manchando a pedra do aposento com os rastros do seu sangue vermelho.
A mulher se jogou no chão e tateou o corpo mais próximo em desespero, encontrando um punhal no cinturão do morto e o brandiu na direção da porta ao se levantar. Tomou alguma distância dos homens que iam entrando, correndo o risco de ser encurralada contra alguma das paredes, mas evitando o perigo de ser flanqueada.
O cômodo foi invadido por várias figuras sombrias, vários homens com armaduras que nunca tinha visto antes, feitas com um material jamais imaginado, negros como a noite sem lua, empunhando armas de poder e singularidade inigualável. Seus olhos eram a parte mais perturbadora, vermelhos e brilhantes como rubis de sangue.
— Ei! Não seja estúpida! - bradou um dos homens. - Solte isso!
Virou o punhal contra si e viu os homens avançarem para lhe segurarem ou tentarem arrancar a lâmina de suas mãos, estava cansada daquilo e não iria passar por aquilo nunca mais. Está era sua determinação pessoal, mas não seu destino.
— PARE!!
— SEGUREM-NA!!
A faca foi arrancada de sua mão sem nenhuma dificuldade e seu corpo logo foi atirado ao chão com um murro forte, tão forte que sangue começou a escorrer de sua boca e nariz. Tentou se levantar, mas sentiu mãos grandes empurrarem seu rosto e corpo contra o chão, fazendo-a sentir cada ossinho doer pela pressão desmedida. Os dentes pareciam moles e o ouvido apitava, o ar lhe faltava de uma forma que nunca sentiu antes e todos os ligamentos ardiam.
— CORRENTES, AGORA!! - gritou o homem que lhe rendeu com tamanha brutalidade. - VAMOS LEVAR ELA VIVA!!
Sabia o que viria, estava cansada de viver as mesmas situações mais dia menos dia. Não era a primeira vez que via a guerra de perto, devastando cidades e matando soldados, sempre era presa em correntes ou cordas e então era levada de um lado para o outro como um mero objeto, não passava de um troféu. Geralmente era sua beleza que iniciava as guerras, tão bela e desgraçada, não havia rei no mundo que não quisesse abusar de um presente dos deuses imortais. Acorrentada e humilhada, lhe restava apenas viver outra vez seu ciclo pessoal de desgraça.
O soluço escalou sua garganta e anunciou não apenas sua derrota, mas sua rendição à amargura da vida e do destino.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Dente mole por porrada, só quem caiu de cara sabe como é horrível XP