À Procura de Adeline Legrand escrita por Biax


Capítulo 49
Pedidos


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!

Este capítulo está cheio de emoções :3

Boa leitura!



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— Eu agradeço imensamente a presença de todos esta noite. — Antoine disse, erguendo-se de seu lugar na mesa, sorridente. — Espero que possamos aproveitar cada momento de conversa e risos, e desejo que seja um jantar memorável. E tenho certeza que será.

Eu já estava me derretendo com suas palavras, e senti meus olhos ficando úmidos. Meu coração acelerou quando vi Oliver puxando Clarisse para o centro da sala, entre a mesa de jantar e as janelonas do cômodo. Ele parou de frente a ela, com um pequeno sorriso no rosto, enquanto Clarisse parecia confusa, e ao mesmo tempo, hesitante.

Todos os olhares foram para os dois, e um silêncio se instalou ali.

— Eu... Também queria agradecer a presença de todos — disse, olhando para cada um e se demorou um segundo a mais em mim. — E a ajuda que todos me deram, principalmente Heloise. — Todos deram uma rápida olhada para mim. — E, acho que chegou a hora de parar de enrolar. — Encarou Clarisse.

“Eu sempre senti uma admiração enorme por você, desde que eu me entendo por gente, e é por isso que não consigo me lembrar como esse sentimento se transformou em amor, só sei que quando percebi, ele já estava ali comigo, fazendo meu coração acelerar sempre que a via... A noite do baile em que dançamos juntos só reforçou ainda mais meu pensamento de que eu precisava fazer algo, ou correria o risco de perder a mulher mais linda do mundo.”

As mães já estavam fungando em seus lugares, Denise e eu estávamos abobadas, com as mãos no rosto, apenas apreciando aquelas palavras fofas.

Oliver soltou o ar pela boca. — Clarisse Riviere... — Pegou algo do bolso da calça enquanto se ajoelhava e abriu a pequena caixinha. — Gostaria de me fazer o homem mais feliz do universo e aceitar ser minha esposa?

Clarisse levou a mão até a boca, sem conseguir conter um sorriso. Ela deu risada, e notei algumas lágrimas saindo de seus olhos.

— Oliver... Aceito! Aceito!

Ele sorriu abertamente, tirou o anel da caixa e colocou no dedo dela. Se ergueu, puxando a mão dela e beijou acima da aliança, enquanto o cômodo se enchia de sons de palmas, assovios e alguns choros de felicidade. Eu estava fazendo os três.

Os dois se abraçaram e Oliver a tirou do chão, a erguendo nos braços.

Ai, gente... Vou desmaiar de tantas lágrimas saindo.

Depois de um breve beijo, todos foram até eles para abraçá-los e desejar as felicidades. Deixei os familiares irem primeiro, e aguardei de onde eu estava. E antes, que eu percebesse, os dois vieram em minha direção, e Clarisse veio me abraçar.

— Eu estou tão feliz por vocês! — disse, tentando conter mais lágrimas.

— Ah, Heloise...! — Clarisse também parecia segurar o choro. — Você é um anjo.

Oliver veio me abraçar apertado. — Obrigado, Heloise.

— Eu que agradeço — falei ao soltá-lo. — Espero que vocês sejam felizes até quando forem velhinhos rabugentos.

Eles riram. — Obrigada. — Clarisse agradeceu, apertando minha mão.

— Será que... Agora podemos jantar ou teremos mais um evento? — Remy perguntou, e eu percebi que ele olhava para Castiel, que discretamente disse algo apenas com os lábios, fazendo o mais velho rir. — Bom, vamos comer, então.

Todos ajudaram a colocar os pratos na mesa, e logo pegamos nossos lugares e começamos a comer.

O que será que Castiel vai fazer? Muito provavelmente não vai pedir Denise em casamento na frente de todos... Capaz de levá-la para o jardim, só para ninguém notar.

Jantamos ao som de conversas animadas e muitas risadas. O clima estava maravilhosamente gostoso.

Eu, como boa ansiosa que sou, estava sempre de olho nos movimentos de Castiel, tentando prever alguma coisa. Mas apenas pegava os olhares dele para Denise, enquanto ela ria de boca cheia. Era como se ele estivesse confirmando o que faria, e como se orgulhasse da decisão que tomou.

Após a refeição, eu, Denise, Clarisse, Oliver, Castiel e Neville recolhemos a louça suja e levamos para a cozinha, enquanto Herve e Nicollas serviam mais pratos para a sobremesa. Tentei dar uma enrolada, até que finalmente fiquei sozinha na cozinha com Castiel.

— Ei, quando vai fazer o pedido? — cochichei, impaciente.

— Quando eu quiser — respondeu, fingindo estar irritado.

— Por que essa demora? Aposto que vai fazer nas escondidas.

Ele me encarou, cruzando os braços, como se perguntasse como eu sabia daquilo. — ... Talvez. Qual o problema?

— Eu sei que você não é bom em demonstrar sentimentos em público, mas não deixarei que peça Denise em casamento sem mim. Eu preciso ver isso!

— Ora, e por quê?

— Como assim por quê? Esqueceu que vão se casar porque eu tive que ir atrás de você?

Castiel cruzou os braços, desviando o olhar para as paredes. Suspirou e voltou a me olhar. — Tudo bem, mas não quero escândalos. E não fique perto, ou eu não vou conseguir dizer nada para ela. — Notei um leve rubor em suas bochechas.

Eu dei risada e bati palmas silenciosas. — Certo, certo! Então posso chamá-la? — questionei ansiosamente.

Ele passou a mão nos cabelos de forma nervosa. — Pode. Discretamente — acrescentou pausadamente.

Discrição é comigo mesma!

Voltei à sala de jantar sozinha, localizando Denise, que já estava sentada comendo a sobremesa e parei atrás dela, abaixando para sussurrar em seu ouvido.

— Pode me ajudar em uma coisa? Ali na cozinha. — Prontamente ela levantou.

Fomos à cozinha, e assim que entramos, apontei para Castiel, que estava parado no meio do cômodo, com as mãos no bolso, encarando o chão.

— O que foi? — Denise perguntou olhando nós dois.

— Ele tem uma coisa para te dizer. — Encostei o ombro no batente da porta e cruzei os braços.

— Está tudo bem? — Ela estranhou, indo para perto dele.

— Está. — Castiel a observou. — Eu quero te pedir uma coisa — disse baixo.

— Pode pedir. — Denise estava com uma cara confusa.

— Eu sei o quão complicada as coisas estavam para você, e apesar de eu ter me sentindo um inútil, não consegui agir sozinho. Precisei levar um chute para acordar e perceber que estava prestes a perder uma das coisas que sempre me fez feliz.

Castiel tirou as mãos do bolso, dando para ver uma caixa em suas mãos, então a abriu.

— Denise Pierre... Quer se casar comigo? Eu prometo que...

— Castiel, q-que brincadeira é essa? — Denise perguntou alarmada. — Por que está fazendo isso comigo...?

— Não é brincadeira, eu quero me casar com você — falou firme.

— Ei — falei e eles me olharam. Indiquei o chão e soltei um “abaixa” sem som.

Ele fechou os olhos brevemente, como se estivesse me xingando, mas se ajoelhou.

— Eu vou repetir a pergunta. Quer se casar comigo? Eu prometo que não serei um idiota e que cuidarei de você como realmente merece.

Denise o encarou, sem acreditar. — Você... me ama?

— Sim, bobona, eu te amo, ou não estaria te pedindo em casamento. — Soltou com um riso.

Finalmente, Denise riu. — Eu aceito.

Castiel colocou o anel no dedo dela, e se ergueu, a abraçando enquanto sorriam.

Assistir aqueles dois, finalmente juntos, fez com que eu me sentisse ainda mais feliz. Eu sorri igual idiota vendo aquela cena.

— Parabéns! — berrei, os assustando, enquanto batia palmas. — Finalmente isso aconteceu, obrigada, Senhor!

— Heloise! — Castiel esbravejou baixo, enquanto Denise ria.

— O que que... — Remy apareceu falando, sendo seguido por todo mundo. Ele viu sua filha e Castiel de mãos dadas e abriu um sorriso. — Ora, então mais um casamento se concretizou?!

— O quê?! — Franceline exclamou com os olhos arregalados. — Eu perdi minha filha sendo pedida em casamento?!

— Parabéns, pombinhos! — Clarisse foi a primeira a ir abraçá-los.

Então a bagunça começou, com todos indo abraçar e falar com o novo casal. Eu saí de fininho depois de receber um olhar fuzilante do novo noivo, e fui para a mesa me servir de sobremesa, me sentindo uma criança que aprontou. Depois de uns minutos, todos resolveram voltar para seus lugares, e aí que a conversa não parou mais. Era tanta felicidade que as famílias, agora praticamente uma só, não aguentavam.

Não que eu estivesse me aguentando. Poderia até soltar fogos se tivesse alguns.

Observei Denise, com as bochechas vermelhas pela atenção que estava recebendo, mas o que era melhor, era que ela estava sendo ela mesma. Rindo de boca cheia, falando besteiras e achando graças das coisas que Castiel dizia, como sempre. Só que tudo isso com muito mais brilho e felicidade do que antes.

A noite seguiu sem perder um pingo do ânimo. Todos estavam extremamente felizes e pareciam não se cansar. Já eu, apesar de também estar feliz, estava começando a ficar cansada.

Já passavam das onze horas e eu só conseguia imaginar minha cama confortável e quentinha me chamando.

Afastei minha cadeira e me levantei, recebendo alguns olhares curiosos.

— Eu acho que já vou indo — anunciei com um sorrisinho, fazendo o restante me olhar. — Queria muito ficar a madrugada toda comemorando com vocês, mas estou extremamente cansada.

— Tudo bem, Heloise — disse Denise, levantando. — Você deve estar mesmo exausta. Eu te acompanho.

— Não precisa...

— Precisa sim! — Deu a volta na mesa rapidamente. — Eu não me incomodo.

Acho que ela quer conversar comigo...

— Tudo bem. — Me dei por vencida, rindo. — Obrigada pelo jantar. Tenham uma boa noite.

— Igualmente, Heloise! — disseram quase todos em uníssono.

Denise cruzou seu braço com o meu e caminhamos para a cozinha.

— O que você quer me dizer? — Já me adiantei e ela riu.

— Sou tão previsível assim?

— Não, mas eu imaginei. — Dei risada.

— Helô, eu ainda não consigo acreditar. — Esticou a mão para frente, admirando seu anel. — E você sabia de tudo!

— É claro. A história é muito mais longa do que você imagina.

— Como assim? — Abriu a boca, surpresa.

Sorri. — Por que não pede a Castiel que lhe conte? Caso esteja curiosa demais. Se quiser esperar, posso te contar, mas em um outro momento.

Ela considerou. — Provavelmente ele não vai contar com muito detalhes, então mesmo estando muito curiosa, prefiro ouvir de sua boca.

— Boa escolha.

Paramos no corredor lateral da casa. — Pode me deixar aqui, eu sei que é muito longe, mas te prometo que chegarei bem — brinquei.

Denise riu alto. — Sua boba! Tudo bem, te deixarei ir sozinha, mas tome cuidado.

— Tomarei.

— E obrigada por tudo. — Nos abraçamos.

— Fiz com muito prazer.

— Droga, não quero chorar de novo. — Se afastou, passando as mãos nos olhos.

— Melhor soltar do que guardar. — Sorri, afagando seu ombro. — Aproveita a festança. Nos falamos amanhã.

— Tudo bem. Boa noite!

— Boa noite.

Sai andando, olhando rapidamente para trás no meio do caminho, e vi Denise voltando para casa. Subi para meu quarto, tomei um banho rápido e caí na cama, dormindo rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Aahhhh! ♥

Se esse não foi um dos capítulos mais fofos, eu não sei de mais nada!

Quem aí morreu mas passa bem? xD

Espero que tenham gostado tanto quanto eu!

Nos vemos quarta o/



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