Level Up: Almas Entrelaçadas (Interativa) escrita por Mast


Capítulo 11
Artigos Mágicos


Notas iniciais do capítulo

Alôe! Mais um capitulo saindo do forno meus queridos! Espero que gostem desse daqui porque eu achei bem bacaninha!
Eu queria que tivesse sido um pouco menor já que o último foi grande mas HASHASHAHS acabou ficando 3k ainda. ME PERDOEM
BY THE WAY, EU DESENHEI A ALIRE, OLHA ELA AI
(desculpe se ficou tosco, eu desenho pixel art no computador pelo Aseprite com um mouse)
A personagem nova desse capítulo pertence à Caçadora Literária.
Até o próximo galerinha!



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Os dois jovens sobem o túnel, ambos usando suas forças para dar suporte ao outro e impedir que ambos caiam. Tanto Siegfried quanto Alire estão sangrando e feridos. O paladino para por um momento para tossir, mas quando ele balança a cabeça levemente, a sua amiga sabe que ele está bem.

Norman, Miro e Kairon vêem os dois subindo e voltando ao nível principal da mina, e relaxam. Porém, a preocupação volta aos olhos dos três quando eles percebem o estado dos dois.

Norman e Miro ajudam os dois a sentarem no chão e descansarem. Os dois dão o melhor de si para evitarem de olhar para os cadáveres no chão perto de si.

Siegfried olha para o chão, com uma mistura de frustração e decepção, enquanto Alire põe uma mão em seu rosto, triste.

“Pelo visto não foi bonito lá em baixo.”, Kairon diz. “Tiveram que matar ela?”

Eles olham para o tiefling. Não há resposta, mas os seus olhos diziam tudo.

Os dois estavam abalados.

“Ela não queria nos escutar…”, a clériga diz, balançando a cabeça.

“Esqueçam.”

Ambos levantam os olhos para Norman, que examinava os cadáveres no chão com indiferença.

“O...o quê?”

“Esqueçam.”, ele repete, sem notar a ira crescente em Siegfried.

“Como que você pode dizer uma coisa dessas?! Nós nunca matamos ninguém antes!”

“É a vida de aventureiro. Ia acontecer uma hora.”, Norman fala, estudando um osso quebrado.

“Sim, mas…”

“Veja o que ela fez com todos os outros aqui, Siegfried. Ela merecia morrer, não acha?”, ele gesticula para os cadáveres desfigurados.

“.....eu….eu não sei. Eu só queria que as pessoas não se matassem por tão pouco.”, ele abaixa a cabeça.

Norman se levanta.

“Bem, pessoas se matam por coisas efêmeras como ouro, riquezas e seus prazeres distorcidos. Se me perguntar, acho que fizemos um bom trabalho aqui.”

“Mas e todas essas pessoas? Não temos como salvar nem uma delas.”, Alire diz, ainda deprimida com o fato de que sujara suas mãos de sangue.

Miro não comenta. Ele não entende bem dessas coisas, e violência entre humanóides o deixava um pouco triste, mas não havia muito mais o que fazer. Ele usa de sua magia para curar os dois.

Norman dá de ombros.

“Não conhecemos essas pessoas. Não tem motivo para perder tempo sentindo pena deles.”

“Nem eu sou tão indelicado.”, Kairon diz, rindo um pouco.

“Estou sendo realista.”, o mago fala, andando para fora do túnel.

Siegfried se levanta e o segue.

Do lado de fora, Norman acende o seu cachimbo e a fumaça escapa de suas narinas. O paladino se aproxima.

“O que está acontecendo? Por quê você é tão frio?”

O adulto se vira, colocando uma mão no ombro do jovem.

“Escute, Sieg. A morte é algo natural. Não é algo fácil de aceitar, mas mais cedo ou mais tarde, ela acontece.”, ele fala, um brilho um tanto melancólico em seus olhos, para a confusão do garoto. “Nós dois estamos nessa aventura, mas um dia ela vai terminar. E pode ser que nem todos os nossos amigos cheguem até o final conosco, entende? O Kairon, o Miro, e até a Alire. Nada nos assegura de que eles não possam morrer.”

O mago tira o cachimbo da boca com a mão e deixa a fumaça escapar para o lado.

“Todas as pessoas que conhecemos vão morrer um dia. Não adianta nos apegarmos.”

Siegfried retira a mão de seu ombro.

“Que filosofia de perdedor é essa?”, ele pergunta. “Não quero saber. Eu vou proteger todo mundo, custe o que custar.”

O homem revira os olhos.

“Tudo bem, tudo bem. Como quiser.”

“E vamos esperar por aqui. Preciso enterrar aquelas pessoas.”

Norman pensa em discordar, mas no final acha melhor não. Eles precisam de um descanso.

 

“Você parece estar muito bem, Miro. Como?”, Kairon diz, notando a quase ausência de ferimentos no druida.

Alire se levanta e começa a andar para longe do acampamento, que se localiza na estrada, não tanto depois da mina abandonada aos pés da montanha.

“Ah, eu ainda estou meio gelado, graças àquela desgraça azulada lá.”, ele diz, mostrando umas queimaduras leves em seus braços.

“Sim, mas você ficou no meio daquela explosão. Como ainda está tão...saudável?”, Kairon diz, se recostando devido ao cansaço e aos ferimentos.

“Ah, quando me transformo em animais, qualquer ferimento que recebo lá não é transferido para o meu corpo normal a não ser que seja bem grande. Tipo aquele ataque do bicho feio. Eu ainda estou meio ferido.”

O ladino levanta uma sobrancelha, deixando seu olho, uma mistura de amarelo e vermelho, olhar bem para o druida.

“Huh. Que habilidade útil. Você pode se transformar em qualquer coisa?”

O gentinha enfia um pão na boca.

“Sh-im.”, ele responde.

“Se transforma naquela bonitona que nos ajudou a matar a mantícora, então.”

Miro engasga e começa a tossir, muito para a felicidade de Kairon, que ri alto, sua cauda balançando um pouco. Ele logo engole.

“Eu não consigo me transformar em outras pessoas, seu tonto! Só em animais que eu já tenha visto! E nada que seja monstruoso demais, também.”

O ladino limpa uma lágrima de seu olho, pouco a pouco parando de rir. Mas então, ele pára para pensar. Talvez uma magia que o transformasse em outra pessoa fosse útil.

Ele vira os seus olhos infernais para o mago que estava um pouco distante. Norman estava praticando suas magias. Ele parecia estar se esforçando muito, e se frustrando bastante.

“Qual é a dele?”, Almiro pergunta. “É normal, isso?”

“Não. Acho que não.”

Relâmpagos se formam das mãos do adulto, e um vento soprava forte. Ele tenta dar forma a algo em suas mãos, mas simplesmente não consegue. Algo era para estar acontecendo, mas a falta de qualquer resultado enfurecia o homem e atiçava a curiosidade dos outros dois.

O formato vago de uma espada larga surge em suas mãos por meio segundo, mas some logo depois, numa nuvem de fumaça.

“Acho que era pra estar acontecendo alguma coisa, mas ele não consegue terminar.”

“Hm. Não conheço tanto sobre magia quanto vocês dois.”, Kairon afirma. “O que significa isso?”

“Olha…”, Miro diz, franzindo as sobrancelhas. “...normalmente feitiços falham quando você sabe como conjurá-los mas não tem energia mágica o suficiente sobrando.”

“Mas o Norman está descansando faz um bom tempo, não? Ele deveria estar recuperado.”

“....huh. É, eu acho que sim.”

“Então por quê ele não consegue conjurar um feitiço que ele já aprendeu?”

Almiro olha bem para o ladino.

“Sei lá.”

“Ah.”

Kairon se vira um pouco e olha para a direção em que Alire foi. Parte dele queria ter ajudado mas...ele concordava com o que Norman tinha dito, de certa forma. Por mais que ele odiasse ver coisas como aquelas, não tinha necessidade de perder muito tempo nisso. E nenhuma dessas pessoas teria se importado de fazer o mesmo por ele, então por quê se dar o trabalho?

“Você acha que os dois vão ficar bem?”, ele pergunta a Miro.

“O moleque e a menininha? Ah, acho que sim. Eles vão superar, eu acho.”, o druida diz, mastigando uma batata e logo depois uma frutinha.

“Eu espero que sim. O lerdo do cavaleirinho está lá faz horas, ao invés de descansar.”, o tiefling fala, se deitando sobre a grama e fechando os olhos.

“Ah, deixa o rapaz. Acho que isso vai lhe dar uma paz.”

Kai abre os olhos. Pouco a pouco, ele começa a entender que algumas coisas devem ser feitas para se obter paz, por mais dolorosas que sejam.

Longe dali, Siegfried solta um grunhido de cansaço e raiva. Ele atinge o solo com uma pá. Ainda haviam cinco corpos sobrando, e eles precisavam de descanso.

O garoto limpa os seus olhos avermelhados, enxugando lágrimas de seu rosto adoentado e o sujando de terra, poeira e um pouco do sangue que cobria suas mãos. Sete covas estavam preenchidas. Muitas delas pertenciam a cadáveres incompletos, que o deixaram enjoado, mas ele tinha que os dar um lugar para descansar. Qualquer autoridade que fosse mandada aqui para resgatar os corpos não chegariam a tempo, e os animais selvagens seriam mais rápidos. Obviamente, o paladino planejava reportar as mortes, mas não iria simplesmente deixá-los lá.

Ele chorou. A tarefa de cavar covas de quase dois metros de profundidade para sete corpos, muitos dos quais estavam desfigurados, era algo que o enchia de terror, e o deixava doente tanto física quanto mentalmente. Mas ele tinha que ir até o final, mesmo que seus ossos rangessem e que seu corpo implorasse por descanso.

O jovem está tão cansado que não percebe os passos de uma pessoa que se aproxima até que eles estejam logo do seu lado. Ele se vira e vê Alire lá, sorrindo para ele.

Ambos estavam tristes e terrivelmente abalados. Mas ela sorria, apesar de tudo. Ela tinha que sorrir, pois como mostrar aos outros esperança e segurança se ela não sorrisse?

Na verdade, Alire tinha um pouco de medo. Mas ela sorriria até que afogasse o próprio medo e o dos outros.

Ela traz um pano molhado e enxuga o rosto do paladino gentilmente, limpando a sujeira e o sangue de sua cara. A água do pano passa para a sua face e logo se mistura com novas lágrimas, que descem de seus olhos.

Os Siegfried tem os seus pés dentro de uma cova um pouco já cavada, e por isso seu rosto está vinte centímetros abaixo do dela. O garoto a abraça, descansando a cabeça em seu peito, e Alire acaricia os seus cabelos. Ele soluça um pouco mais. Ela o entende.

Siegfried ainda era muito jovem.

Cinco minutos depois, os dois cavam a oitava cova juntos.

Quando a madrugada chegou, doze covas, com flores em cima delas, se encontram no meio de uma floresta.

 

Quatro dias se passaram.

Oden é uma cidade grande. A maior de toda Lore.

Pessoas andam pela cidade movimentada, do lado do quartel da guarda da cidade. Siegfried e Alire saem do local, se encontrando com o tiefling do lado de fora.

“Ah, pensei que vocês nunca sairiam de lá, sinceramente.”, ele diz, sorrindo.

“Demoramos um pouco mais porque haviam algumas pessoas lá.”, Sieg diz. “Parece que outras pessoas estão tendo problemas com mortos-vivos por aqui.”

“Quantas?”, Kairon pergunta.

“Muitas.”, a meia-elfa responde, com um tom preocupado.

“Bem, pelo menos significa que estamos perto de…..o que for que o Norman tem em mente. E o dinheiro pelo dente da mantícora?”

O humano sorri e levanta um saco de dinheiro que recebera dos oficiais pelo bom serviço.

“O que você acha que ele vai fazer quando terminarmos por aqui?”, Siegfried pergunta.

“Como que vou saber? Quem deveria estar informado disso é você.”, o ladino responde.

“Também estou um pouco curiosa. Será que ele ainda vai precisar de ajuda em alguma coisa?”, a clériga fala.

“Hm. Não sei. Por quê?”, diz o garoto, olhando com curiosidade para os outros dois. Ele não tinha considerado para onde iriam todos depois que essa aventura terminasse.

“Bem, acho que ainda vamos encontrar mais pessoas que precisam de ajuda se seguirmos o Norman, não acha? Eu gostaria de...ser útil e poder salvar mais inocentes.”

Sieg mantém o olhar nela e sorri, contente com a atitude dela. A garota fica um pouco corada e olha de volta para ele.

“Ah, desculpe...eu disse algo bobo, não foi?”

“Não, não, acho que disse algo bem legal, na verdade.”

Kairon revira os olhos.

“Infelizmente, alguma hora todos nós iremos seguir nossos próprios caminhos, tenho certeza.”

“Por quê? Não podemos continuar nos aventurando como um grupo? É bem legal, não acha?”

“Ehhhh….acho que é um pouco legal sim.”, o tiefling afirma hesitante, olhando para o lado.

“Parecemos um grupo de mercenários.”,  a menina ri.

“Ei, estamos mais para heróis. Precisamos de um nome para nossa equipe, não acha?”, Sieg diz, rindo consigo mesmo.

“Ah, sério? E que nome seria esse?”, Kai responde, sorrindo um pouco.

O paladino pensa por algum tempo.

“Que tal...equipe ‘Level Up’?”

Todos param de andar, e pensam por um momento.

“Não.”, os três dizem, em uníssono.

“É muito idiota pra ser um nome de equipe.”, Kairon responde, e os outros dois concordam, balançando levemente a cabeça.

Alguns minutos depois, eles se encontram com Norman, que os esperava à porta de uma loja um tanto estranha. O local era velho e a rua era um tanto sinistra. A placa era antiga e erodida, e algumas teias de aranha estavam nas janelas.

O Olho da Tempestade, era o seu nome.

“Esse é o lugar?”, Kairon pergunta.

O mago faz que sim com a cabeça, abrindo a porta e os convidando a entrar.

Depois que eles entram, o local simplesmente muda de atmosfera. A entrada velha e acabada era uma fachada para uma loja de artigos mágicos cuidada com muita atenção.

Norman respira fundo, quando todos percebem Miro se empanturrando de comida numa mesa. Uma senhora velha sorri para ele, colocando um pouco mais de comida na mesa, que ele come com alegria.

“Você não tem jeito.”, ele diz, entrando na sala. “Olá, Yuna."

A velhinha sorri para o mago.

“Olá, Norman. Vejo que está jovem como sempre.”

Os outros trocam olhares entre si e depois olham para o homem, mas antes que alguém pergunte algo, Miro fala.

“Vocês tem que provar isso! Tá muito bom!”, ele diz, enquanto coloca mais um pouco de comida na boca.

É algum tipo de torta, com legumes assados do lado, além de coisas que parecem ser provenientes de uma pastelaria.

“Espero que esteja gostando.”, a senhora sorri. “Eu coloquei um pouco de pó de fada nesses.”

Todas as pessoas na sala, exceto Norman, que começa a rir, viram o rosto para olhar para a velha.

“Uh….tudo bem, eu acho.”, o druida fala, continuando a comer, sem querer perguntar mais nada.

“Onde estão os itens que pedi?”, o mago pergunta, e Yuna lhe oferece um pequeno pacote em troca do cálice prateado que eles tinham.

“Obrigado. Acho que essas poções devem ajudar a gente.”

“Claro, Norman. Eu que lhe agradeço. Você é um cliente muito fiel.”, ela diz, rindo fracamente.

“Mhm.", ele responde vagamente, olhando para os outros integrantes do grupo, que observavam itens mágicos postos dentro de prateleiras.

“E quem são esses docinhos, querido?”

“Ah. São meus amigos. O Miro você já conhece, mas esses são Kairon, Siegfried e Alire.”

Os dois rapazes simplesmente fazem que sim com a cabeça, mas a clériga acena leve e timidamente, com uma mão.

Uma cortina na sala se abre repentinamente.

“Mãe! Quem é esse povo?!”, uma menina diz, saindo de trás dela. Não havia nada atrás da cortina, curiosamente. Mas todos tinham certeza de que ela não estava lá antes.

“Calma, Aura.”, Yuna diz. “São apenas visitantes. E o Norman, que você conhece.”, ela gesticula para o homem, que sorri levemente para a garota.

“Ah, tudo bem, então!”, ela diz, logo então vendo o Miro e soltando um suspiro. O druida se vira para olhar para ela, tanto confuso quanto ameaçado.

“A comida! Mãe!! O que você fez?!”, ela diz, correndo e tentando arrancar um grande pedaço de pão da boca do druida, que luta para manter ele lá. “Tira isso da sua boca, seu porco!”

“AH! Para, para!”

A garota é uma meia elfa, com cabelos ruivos ondulados e pele bem clara. Seu rosto está com uma expressão de raiva, que não desfaz o charme de seus olhos verdes e suas sardas.

Kairon olha bem para Yuna e percebe que ela não é uma elfa.

“Obrigado pela hospitalidade para com os seus clientes.”, ele diz, rindo.

A garota para o que está fazendo e olha para ele, então para o druida de novo, que coça a cabeça um pouco dolorida.

“Espera, então ele não é um mendigo que você está alimentando?”

“Se formos pensar bem, acho que o Miro é um sem-teto mesmo.”, Kai responde, rindo.

“Oh. Nesse caso me desculpe. Quem são vocês?”

Após meio minuto se apresentando, Alire começa a falar.

“Então você é filha dela?”

“Sou, claro.”, Aura responde. “O que vocês estão fazendo aqui?”

“Estamos numa missão para cuidar de mortos-vivos por Lore. Eles parecem estar se concentrando aqui.”, Siegfried diz.

“Huh. Bem, boa sorte nisso.”

Nesse momento, a idosa começa a tossir. Aura corre para socorrê-la, a trazendo um copo de água.

“Mãe….beba.”

A senhora para de tossir por um pouco e começa a beber a água, logo devolvendo o copo e voltando a tossir.

“Ela está muito fraca recentemente.”, a garota diz. “Estou lutando para nos sustentar, mas não muitas pessoas compram itens mágicos aqui na capital. E não consigo encontrar outras oportunidades de emprego aqui.”

Norman olha bem para ela e então para a senhora.

“Você sabe magia, não é? Sendo filha da Yuna, acho que é óbvio.”

“Sim, por quê?”, ela levanta uma sobrancelha para o mago. Sua mãe faz o mesmo.

“Por quê você não nos ajuda? Eu lhe pago, e você consegue ganhar experiência como feiticeira.”, ele sugere, e um brilho surge nos olhos da jovem.

A idosa rapidamente se põe entre eles.

“Norman, não!”, ela diz. “Ela não está pronta! E a magia dela é muito instável! Seria um perigo para ela mesma e para vocês!”

“Mas, mãe…”

“Eu posso ensinar ela a ser melhor. Todo mundo sairia ganhando.”

“Mas e as ameaças à vida dela? O que vai acontecer se eu perdê-la?”

“Mãe..”

“Não vai acontecer. Eu sou cuidadoso.”

“Não posso aceitar isso! Você está querendo usá-la, Norman! Não pense que eu não lhe conheço!”

“Mãe!”

Todos se calam, e Aura olha para ambos.

“Eu vou.”

Yuna abre a boca para falar, mas a garota é mais rápida.

“Ele está certo. Dependendo de quanto ele me pague, eu posso ajudar tanto a você quanto a mim mesma. Se você precisar de ajuda com algo, você pode chamar a vizinha.”

Ela olha nos olhos da própria mãe.

“Não vou demorar muito, okay? Eu volto, e vamos poder descansar um pouco mais.”

A idosa aceita isso com desgosto. Ela anda até uma adaga em uma das prateleiras e a empurra nas mãos de Norman.

“Cuide da minha filha. Senão eu lhe faço em pedaços.”, ela diz, logo então andando para a cortina e atravessando a parede, que é uma ilusão.

Aura suspira fundo e sorri para os outros.

“Desculpe-me. Ela é assim às vezes. Espero que possamos trabalhar juntos e cuidar desses problemas com os mortos-vivos.”

O mago olha para a adaga e a passa para Kairon.

“Bem vinda ao time.”


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Lembrem de deixar aquele comentário bem caloroso ein??
Vejo vocês no próximo, abraços!