Flowers For You Grave. escrita por Any Sciuto


Capítulo 28
Last Gasp


Notas iniciais do capítulo

"O amor que ainda não se definiu é como uma melodia do desenho incerto: deixa o coração a um tempo alegre e perturbado e tem o encanto fugidio e misterioso de uma música ao longe. - Érico Veríssimo."



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Ressler se viu em câmera lenta. Ele não registrou que foi ele quem deu o tiro fatal.

Olhando a arma recém disparada, a garota chorando no chão ao seu lado, ele finalmente teve a consciência do que acabara de acontecer aqui.

Ele matou sua maior rival. E de um jeito justo. Ela tinha uma refém em seu poder. Nada era mais justo que matar ela.

Ele não parecia feliz de qualquer jeito.

Ressler havia tirado uma vida, então ele deveria estar sofrendo, tendo flashes de tristeza, mas tudo que ele sentia era alivio. Ele sentiria depois os podres da consciência.

— Donald. – Raymond se aproximou do agente e tirou sua arma. – Vamos relaxar agora.

Ele apenas o olhou.  Ele abaixou a arma, é claro.

— Que tal respirar Donald? – Raymond ofereceu.

— Ela está morta? – Donald perguntou e depois viu o buraco da bala na cabeça da mulher.

— Eu diria que sim. – Hotch falou. – A bala na cabeça prova.

— Eu tenho que entregar minha arma para você. – Donald a passou para ele. – Precisa fazer a perícia.

— Você está bem, Ressler? – Hotch estava preocupado com o agente.

— Esperei algum tempo para isso. – Donald confessou. – Eu pensei que ficaria feliz por matar ela, porém agora eu tenho medo.

— É por isso que você é bom agente, Ressler. – Raymond começou. – Alguns não teriam remorso em matar e o fariam sem pensar duas vezes, porém você, mesmo com o que ela fez, ainda teve peso de consciência.

Hotch levou Ressler para o SUV e o deixou esperando lá. Dembe checou a garota que foi feita refém para ver se ela estava bem.

— Você está bem, moça? – Dembe a ajudou a se levantar. – Deixa eu te ajudar.

— Eu vou ficar. – Ela sorriu para Dembe. – Obrigada.

— Você tem olhos bonitos. – Dembe a elogiou.

— Gentil. – Ela o olhou com admiração. – Qual o seu nome?

— Dembe. – Ele respondeu. – Estou com o homem do chapéu. – Dembe apontou para Raymond. – Essa mulher ali tentou matar uma amiga nossa.

— Ela é a tal da Laurel Hitchin, não é? – A mulher perguntou.

— Laurel Hitchin. – Dembe confirmou. – A verdade é que estamos ajudando o FBI a derrubar o Cabal.

— Isso é extraordinário. – Ela deu um sorriso sedutor para ele. – É bom ver que alguém gentil como você não está do lado diferente da lei.

— Obrigado. – Dembe estava lisonjeado.

— Dembe! – Raymond chamou o amigo. – Traga a moça para cá.

Eles andaram até Raymond.

— Você é.... – A garota o olhou de cima a baixo. – Raymond Reddington.

— Nem todas as histórias são verdade. – Raymond apertou a mão dela. – Estou ajudando o FBI a derrubar o Cabal.

— Legal. – A garota estava como se tivesse ganhado na loteria. – Meu nome é Vina. Vina Sanchez.

— Aqui. – Hotch a puxou e começou a examinar. – Está tudo bem?

— Tenho um pequeno corte na cabeça, mas de resto estou bem. – Ela respondeu. – Ela bateu forte.

— Vamos levar você ao PS e depois tomar seu depoimento. – Donald assumiu o lugar. – Fique tranquila. Alguém vai levar seu carro.

— Trate Wannie como se fosse sua filha. – Vina gritou. – Ela é sagrada.

— Sabemos dessa coisa de sagrado. – Hotch respondeu. – Nossa amiga tem um Cadillac clássico. Ela quase arrancou meu pescoço uma vez.

Vina riu. Possessão era uma coisa contagiosa.

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Penelope saiu da cirurgia. ela havia sido colocada em um suprimento de drogas. Seu corpo precisava de um descanso no momento.

Derek se levantou ao ver o médico. Haley estava segura com Aram e Reid na BAU.

— Sua esposa saiu da cirurgia. – O médico ainda sentia um pouco de raiva. – Ela precisa descansar agora.

— Posso me sentar com ela? – Derek perguntou, meio nervoso.

— Pode. – O médico respondeu. – Mas se a fizer desmaiar de novo, eu te jogo fora desse hospital.

Derek assentiu. Ele recebeu a ligação antes de entrar no quarto. Dando dois passos de volta, ele atendeu no corredor.

— Morgan. – Ele estava observando Penelope dormindo. – Repita isso de novo?

— Exatamente isso, Derek. – Hotch gritou em meio as sirenes. – Ela está morta.

— Graças a deus. – Derek falou com um suspiro. – Estamos seguros?

— Peter não estava na cena. – Hotch falou. – Aram o rastreou até uma casa em Manhattan, porém ele não estava lá.

— O plano continua em curso? – Derek sentiu-se tonto.

— Estamos atrás dele, Derek. – Hotch falou. – No momento Reid e Haley estão protegidos no FBI com Aram e você e rossi ficarão com Penelope no hospital. Samar e Cooper estão indo para lá agora em buscas de pistas. Emily e JJ estão manejando todos os nossos parentes.

— Como está Anya? – Derek se ouviu perguntando.

— Emily a enviou com a mãe dela na embaixada. – Hotch falou. – Acho que se alguém tentar machucar Anya vai sentir a fúria da embaixadora Prentiss.

— Que bom. – Derek disse. – Eles têm outro parceiro, sabe disso, né?

—  Matias Solomon. – Hotch informou. – Ex soldado da guerra da Eritréia. Era um disfarce da CIA e agora, trabalha com sequestro e atentados para o Cabal.

— Uma evolução no serviço. – Derek ironizou. – Acredito que é a evolução que o fez maluco desse jeito.

 - De qualquer forma, Derek...  – Hotch começou. – Não saia do hospital. Achamos que ele está fora do radar agora.

— Acha que ele está vindo para cá? – Derek começou a olhar pelos corredores. – Devo avisar a segurança?

— Avise discretamente. – Hotch disse. – Estamos indo para aí.

— Sim senhor. – Ressler falou ao lado dele. – Há uma situação de ameaça real contra uma agente analista do FBI. É crucial que o hospital vigie cada pessoa que entra ou sai dele. Mande a foto de Peter e Solomon para todos os seguranças e faça um perímetro de 100 metros do hospital.

— Derek. – Hotch chamou o amigo. – Verifique as identidades de cada um que entra ou sai do quarto de Penelope. no momento temos que supor que eles têm cumplices.

— E se uma enfermeira quiser dar medicação a ela? – Derek ficou nervoso. – Sabe que pode ser veneno ou coisa assim.

— Você precisa confiar na medicação. – Hotch bateu no volante. – Chame Reid em videoconferência e informe e mostre qualquer medicamento com ele.

— Ele vai me dar uma palestra Hotch. – Derek avisou.

— diga e ele para ser objetivo. – Hotch gritou. – Olha Derek, tenho que desligar. Lembre-se: proteja Penelope e mantenha o diretor longe. Ele vai fazer qualquer coisa agora.

Derek desligou e entrou no quarto de recuperação. Ele se sentou ao lado de sua esposa. Arma em espera na cabeceira da cama, pronta para atirar e matar. Ele não iria deixar ninguém mexer com sua Baby Girl.

Então o impensável aconteceu. Uma enfermeira autorizada entrou no quarto e Derek sabia que era hora do remédio. Era o antibiótico para as feridas do fogo. Ele precisava confiar.

A moça olhou para Derek como se pedisse desculpas e saiu. Ele não entendeu. Ele se encostou na cadeira e em um momento próximo, as máquinas de Penelope começaram a enlouquecer.

Derek entendeu o olhar. Aquela moça deve ter sido ameaçada para fazer isso. Ele não podia pensar nisso agora.

Penelope estava sufocando apesar do canulo óculos no nariz, trazendo oxigênio.

Derek tentou fazer o melhor para manter ela viva até que os médicos chegaram. Quando Derek se virou, as linhas no monitor ficaram planas.

Ele se virou. Penelope estava morta e apesar de todas as tentativas de ressuscitação, ela não voltou. Ela estava morta. 


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Notas finais do capítulo

"Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar. - Friedrich Nietzsche."



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