Flowers For You Grave. escrita por Any Sciuto


Capítulo 22
My Baby.


Notas iniciais do capítulo

"Ninguém consegue fugir do seu coração. Por isso, é melhor escutar o que ele fala. Para que jamais venha um golpe que você não espera. - Paulo Coelho."



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— O que quer dizer com eles ainda estão caçando ela? – Derek gritou na sala. – Porque eles fariam isso?

— Derek. – Hotch exigiu. – Acalme-se por favor.

— Ela está por aí Hotch. – Derek afundou na cadeira ao lado dele. – Haley não pode ficar indo e vindo por aqui.

— No momento eu suponho que Haley deveria ficar protegida aqui. – Hotch observou. – Sua sala é o suficiente para vocês dois.

— Porque ficaríamos por aqui? – Derek estava acabado.

— Por que eles viram atrás da sua filha para pegar Garcia. – Rossi respondeu à pergunta. – Eles sabem o quanto Penelope ama a filha dela. Eles não vão hesitar.

— No momento, Haley é a única coisa além de você ou da gente que eles sabem que ela se sacrificaria. – Hotch colocou. – Quero que todos tragam seus parentes aqui, sem discussão. Garcia tem um apego a Henry e Will. Assim como por Diana e Jack. Se ficarmos aqui podemos arranjar acomodações.

— E quanto a Garcia? – JJ chorou. – Ela não deve ficar sozinha.

Hotch começou a falar algo.

— Desculpe agente Hotchner. – Anderson falou. – Há alguns agentes querendo falar com você.

— Mande-os entrar. – Hotch instruiu.

A porta se abriu. Três homens, acompanhados de uma mulher entraram na sala, mostrando os crachás.

— Pessoal. – Hotch deu um passo à frente. – Eu apresento Donald Ressler, Harold Cooper, Samar Navabi e Aram Mojtabai. Que bom que chegaram. Agente Hotchner.

— Prazer agente Hotchner. – Cooper deu um passo à frente. – Harold Cooper. Pronto a ajudar.

— Donald Ressler. – Ele apertou a mão de Hotch. – Pronto a ajudar.

— Eu também estou pronta a ajudar. – Samar deu um passo. – Samar Navabi.

Todos olharam para o agente Mojtabai, com os olhos vidrados na tela do computador.

— Linux classe A. – Aram exclamou. – É um sistema customizado. Maravilhoso.

Ele parou e sorriu.

— Aram Mojtabai. – Ele apertou a mão de Hotch. – Posso lidar com o problema informático.

— Será de grande ajuda Agente Mojtabai. – Hotch sorriu. – Esses são os agentes Jareau, Reid, Rossi, Morgan E eu obviamente. A agente Prentiss virá de volta daqui há dois dias para ajudar.

— Obrigado. – Aram entrou na pequena sala de Garcia, feliz com os computadores. – Lugar incrível.

— É o lar da Deusa. – Derek disse naturalmente. – A minha Deusa.

— Vou trazer ela de volta. – Aram disse. – O senhor Reddington é um homem muito legal. Ele vai tomar conta dela.

— Reddington? – Derek disse, reconhecendo o nome. – Como em Raymond Reddington? O concierge do crime? O cara que mata sem desculpas ou meias palavras?

— Acredite. – Aram pegou seu arquivo. – Quando você trabalha com ele você vê que metade das histórias são diferentes.

— Porque ele protegeria Penelope? – Derek não entendia.

— O senhor Reddington tem uma filha. – Aram começou. – Há dois meses, ela e seu marido foram atacados em casa. Tom morreu no hospital. Ele simplesmente não aceitou morrer sem uma boa luta. Elizabeth levou a pior. Caiu no chão com uma batida na cabeça grave.

Derek estava escutando tudo o que o agente estava contando.

— Ele invadiu o apartamento e matou todos os assassinos deles. - Aram voltou a contar. – Ele os levou para o hospital e ele apenas saiu do lado dela quando foi buscar sua esposa.

— Então ele não é tão mal quanto dizem? – Derek perguntou

— Ele é mau apenas com quem merece. – Aram disse. – E os faz pagar.

— Porque acha que eles estão atrás dela? – Derek se sentou ao lado de Aram. – Digo, temos outros analistas técnicos.

— De todos os que tem por aqui. – Aram começou. – Penelope tem a maior taxa de solução de crimes. Ela é capaz de encontrar uma agulha no palheiro. Laurel e Peter querem algo dela, isso é um fato. – Aram o olhou preocupado. – Eles atacaram minha amiga um tempo atrás. A forçaram a fugir também.

— Eu não sabia. – Morgan confessou. – Ela viveu dias horríveis nas mãos deles.

— E o governo sabia disso? – Morgan perguntou. – Porque eles não foram expulsos?

— Dinheiro e poder.  – Aram respondeu. – Na época Peter fugiu e voltou com uma história absurda que o diretor da CIA acreditou. Todos têm sede de poder e dinheiro. Todos têm um pequeno podre com eles. Julgam as pessoas boas e as mandam para uma forca.

— Espero que ela fique bem. – Derek disse, triste. – Eu a amo muito.

— Ela vai ficar bem. – Aram garantiu.

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Penelope olhava pela janela. Raymond não tinha televisão e ela não tinha seu celular. Ela deixou sua mente vagar pelo tempo. Desde aquela viagem para a França ela e Derek viveram uma eterna lua de mel junto com Haley.

Dois anos antes...

Era o aniversário de dois anos e Haley. Penelope segurava a garotinha em seus braços. Haley era apegada a mãe como se sua vida dependesse disso.

— Apague as velinhas, meu anjo. – Penelope instruiu a pequena. – E faça um pedido.

— Olhem para cá. – Rossi chamou. – Diga XYZ.

— XYZ. – Os três falaram quando um flash apareceu.

Derek beijou a esposa. Ele deu um sorriso grande. A equipe do NCIS foi em peso para a festa. Abby brincava com Haley, ensinando truques de mágica junto com Reid. Eles estavam se vendo nos últimos tempos.

Gibbs sorriu ao ver Haley crescida correndo pelo espaço, dois minutos depois. Ela deu um salto para Penelope que a pegou e a girou, fazendo a menina gargalhar. Ele era assim com a dele também antes de tudo dar errado.

McGee agora tinha gêmeos. Delilah estava com Jhonny e Morgan em seu colo. Morgan, a garotinha, par de Jhonny dormia como se não tivesse escolha e de vez enquanto balbuciava. Jhonny ficou sempre quieto.

Abby Brincava com Haley, Spencer e agora JJ.

No final das contas, ambas as equipes estavam felizes juntas.

Agora...

— Penelope? – Raymond colocou uma mão suave no ombro dela. – Está tudo bem?

— Sim. – Ela secou as lágrimas. – Apenas lembranças felizes.

— Com sua filha? – Raymond entendeu o olhar. – Também sinto falta da minha.

— Como você aguenta? – Penelope estava curiosa. – Ficar longe da sua filha, sendo um criminoso? Você precisa estar no hospital com ela, porém está aqui comigo.

— Minha filha está em coma. – Raymond começou. – Em grande parte por minha culpa. Eu deixei as coisas saírem de controle. Eu deixo Dembe com ela as vezes. Eles são amigos desde o começo. Deixo um dos meus homens com ela porque sei que o homem estará de volta algum dia.

— Como você aguenta fugir por 25 anos? – Penelope insistiu. – Faz quase um mês e meio e eu já estou surtando.

— Você ainda não pode voltar. – Raymond a advertiu. – O FBI livrou você das acusações, entretanto Laurel e Peter continuar a busca com você.

— Porque eles me querem tanto? – Penelope não entendeu. – Eu faço análises técnicas. Não sou uma agente de campo. Não posso simplesmente ter algum valor para eles.

— Na verdade tem a ver com seus sistemas de informação. – Raymond viu como ela ficou derrotada. – Eles te querem porque você pode dar a eles o acesso ao programa confidencial de armas nucleares. O FBI tem lugares escondidos e armas nucleares em todos os países e se eles lançarem farão com que uma guerra comece.  

— Isso é um absurdo. – Penelope acreditou em todas as palavras. – É um absurdo começar uma guerra nova.

— Veja esse ponto. – Raymond alcançou um pequeno dispositivo. – Esse dispositivo se chama Fulcro. Um dispositivo com todos os nomes da organização Cabal pelo mundo. Cada nome tem um papel de destaque.

— Onde conseguiu isso? – Penelope estranhou. – Parece algo dos anos 60 ou 70.

 - Quanto menos souber mais seguro será para você. – Raymond aconselhou. – Precisamos apenas acabar com alguns e fazer outros caírem aos pés e pedirem perdão.

A porta se abriu abruptamente, fazendo Raymond empurrar Penelope para um lugar protegido. Erguendo a arma, Aram apareceu.

— Eu poderia ter te matado. – Raymond respirou fundo. – O que está fazendo aqui?

— Alguém quer ver Penelope. – Aram respirou depois que Raymond abaixou a arma.

Penelope saiu de seu esconderijo e começou a ficar ansiosa. Derek surgiu por trás de Aram com um buque de rosas.

— Eu apenas precisava ver você. – Derek esperou. – Eu sinto sua falta, Baby Girl.

Penelope correu para Derek o abraçando. Ambos choraram cada um nos braços do outro.

— Eu senti sua falta também Derek. – Penelope o olhou e depois o beijou. – Nunca mais me abandone. Eu não vou suportar.

— Eu vou precisar voltar para Haley. – Derek disse. – Ela virá algum dia. Eu prometo.

Derek a abraçou mais forte. Eles estavam em lágrimas escorrendo e Raymond e Aram saíram.

Eles precisavam de um tempo.


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Notas finais do capítulo

"Permanecer parado nunca é uma boa opção. Nem no ringue, nem na vida... Quando você para de se mexer, você está acabado. - Georges St. Pierre."



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