Flowers For You Grave. escrita por Any Sciuto


Capítulo 2
When The Sky Falls.


Notas iniciais do capítulo

" Uma das coisas importantes da não violência é que não busca destruir a pessoa, mas transformá-la. - Martin Luther King."



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Derek não conseguia ficar calmo. O investigador tentou explicar a confissão outra vez para tentar de algum jeito convencer o agente a sua frente que sua esposa estava morta.

Porém Derek soube que era mentira logo que ele perguntou sobre o bebe.

—Ele não mencionou nenhum bebe, Agente Morgan. – O investigador finalmente admitiu. – Ele disse que com a ajuda do Sr. Gerard sequestrou sua esposa, a levando para uma casa no subúrbio. Alegou ter tido relações carnais com ela e a enterrou em uma cova aberta. 

— Eu trabalho com criminosos para viver, investigador. – Derek pegou sua cópia. – Isso não é verdadeiro. Ele está mentindo.

— O que ele ganharia? – O investigador olhou para a aliança no dedo de Derek. – Talvez seu sofrimento?

— Alguém mentiu dizendo que ela está morta. – Derek disse. – Tenho alguns inimigos de anos, que eu poderia gentilmente citar. Nenhum sabia que Penelope e eu iriamos nos casar.

— Posso te perguntar algo? – O investigador olhou para Derek. – Você não está convencido que ela está morta, não é?

— Está tão na cara assim? – Derek perguntou. – Ela é a melhor coisa que já aconteceu comigo. Não posso simplesmente aceitar e seguir em frente.

— Acho que é exatamente o que você deveria fazer, Agente Morgan. – O investigador olhou nos olhos de Derek. – Talvez namorar alguém, construir uma família.

— Se não for a Penelope eu nem quero viver. – Derek disse, em derrota evidente. – Apenas se eu ver seu corpo, sem vida nenhuma vai me fazer desistir dela.

Derek saiu da delegacia e foi para o cemitério. A lápide de Penelope era o lembrete que ele iria achar sua esposa viva. O bebê nem deveria existir, uma dura realidade de que alguém queria muito atingir Derek.

Ele tinha certeza que ela estava viva. Onde ele não sabia. Ele iria encontrá-la. Nem que para isso precisasse de uma viagem para um ugar extremamente distante.

Teerã, Irã.

Uma maltratada, porém, viva Penelope Morgan estava atada a uma parede no porão de alguma casa no subúrbio de Teerã. Ela era a menor sombra do que costumava ser antes. Ela não havia sido estuprada, um dos poucos atos de misericórdia de Jamal se ela pudesse chamar assim.

El comia o suficiente, bebia o necessário, porém, não era a sempre brilhante Garcia. O último golpe de Jamal foi trazer uma reportagem sobre o enterro dela, trazendo a foto de um abalado Derek Morgan na capa.

Ele deixou o jornal por lá, e agora ele estava perdendo suas cores. A reportagem mal aparecia, porém, ver a foto de Derek a fazia confiante. Ela chegou aqui grávida, porém o sempre covarde Jamal, a fez abortar a criança.

Ela não podia ver o sol, porém a data no jornal a fez chorar. Seis meses nesse inferno, sem ver seus amigos.

— Acorda vagabunda. – Jamal jogou um balde de água fria nela. – Vá se trocar.

— Eu não quero sair com você. – Penelope gritou, apesar de sua voz mal sair. – Eu quero meus amigos, meu marido.

— Você vai se arrepender se não fizer o que eu mando. – Ele fechou os dentes. – Eu vou matar seu maridinho.

— Não toque nele. – Penelope tentou ficar de pé, porém seu pé quebrado a fez cair.

— Vou levar para ver esse pé. – Jamal levou ela nos braços. – Sou malvado, mas não desumano.

— Fico comovida. – Ela respondeu.

— Achei que você teria aprendido a essa hora. – Jamal a colocou na cama. – Sem ironias.

— Você nunca fez sexo comigo. – Penelope jogou. – Você não devia ser bruto? Me jogue na cama e arranque minhas roupas?

— A vida não se resume a apenas sexo. – Jamal abriu a blusa dela e colocou uma limpa. – Eu só levei você porque você foi uma peça vital para me deixar preso.

— Você é impotente. – Penelope concluiu. – Então vai achar alguém que faça o serviço por você.

— És mais que um serviço, Penelope Garcia. – Jamal implicou. – És algo que deve ser eternizado. Seis meses num lugar como esse e nenhum grito de liberdade.

— Você não me deu a opção de escolher. – Ela respondeu. – Sempre injeta essa merda em mim, me fazendo ter longos sonhos.

— Talvez você não aguente a dor. – Ele a carregou para o carro a amarrando na parte de trás.

— Talvez eu queira ir para casa. – Ela falou, antes de sentir o carro em movimento. – Talvez eu devesse ter lutado mais.

Jamal nem respondeu. Ele não estava levando para um médico. Ele a estava mudando de casa, de cativeiro para outro na mesma região.

Ela voltou sua mente para o dia em que descobriu que estava esperando um bebe de Derek. E parecia a coisa certa a se fazer.

Sete meses antes...

— Eu acho esse macacãozinho fofo demais. – Ela parou na frente da loja para bebês. – Acho que deveríamos dar uma olhada nessa loja.

— Está tudo bem? – Derek perguntou. – Nós não temos bebes nascidos.

— Sempre é bom ter guardado. – Ela respondeu. – Afinal pode acontecer feito aquela garota da televisão. Ela estava grávida e nem sabia até precisar urgente de hospital e sair com um bebê.

— Está certo. – Derek a seguiu na loja de bebes. – Afinal se um bebe geneticamente perfeito nosso está sendo preparado, seria bom ter.

— Ela ou ele não deve ser preparado, Derek. – Penelope o beijou. – Ele está crescendo.

Ele não entendeu ou fingiu que não entendeu. Eles compraram várias roupinhas naquela loja. Amarelas, rosas e azuis. Um berço também. Derek achava que seria uma surpresa para o mês seguinte e não tocou no assunto.

Agora...

— Ela está na parte de trás. – Jamal falou com alguém. – Ela é esposa de um agente federal.

— Relaxa, Jamal. – Ari respondeu. – Já lidei com federais antes.

— Eles quase me descobriram antes. – Jamal resmungou. – Mantenha ela de boca calada.

— Não me diga como agir no meu próprio jogo, Jamal. – Ari o advertiu. – Não meço esforços para conseguir o que eu quero.

Jamal saiu, deixando Penelope com Ari. Ele a pegou no colo e a colocou na cama, com algumas algemas nos braços e pernas. A deixando deitada lá, ele se sentou na frente dela e começou a se dar alivio com a mão. Ela era uma visão para ele, algo que Ari adorava ver.

Derek sabia que Penelope estava em perigo, seu coração começou a pulsar dentro do peito e ele viu a chuva começar. Era como se o céu literalmente caísse naquele momento, lavando pensamentos estúpidos e o forçando a sair daquele lugar, onde ela definitivamente não estava.  


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Notas finais do capítulo

"A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora. - Benedetto Croce"



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