Flowers For You Grave. escrita por Any Sciuto


Capítulo 1
Flowers For Your Grave.


Notas iniciais do capítulo

Muitos dos fatos abordados brevemente aqui, serão explorados ao longo dos capítulos seguintes. O terrorista Jamal foi verdadeiramente um Unsub na segunda temporada da série. Tempo e espaço dos fatos: durante a quarta e a sexta temporada.

" Eu sou contra a violência porque parece fazer bem, mas o bem só é temporário; o mal que faz é que é permanente. -Mahatma Gandhi."



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Quando Penelope Garcia e Derek Morgan finalmente encontraram as palavras certas para declarar seu amor, parecia ser tarde demais.

Eles planejaram o casamento em segredo, queriam surpreender seus amigos. Derek não ficava muito ao redor de Penelope no escritório, os flertes aumentaram pelo telefone e eles já moravam juntos. A única clausula é que a primeira vez seria depois do casamento. Derek torcia para chegar logo. Ele a queria demais para ele.

Então em uma manhã sem caso, Derek acordou e viu Penelope na mesa, perdida em pensamentos.

— Estou vendo as engrenagens na cabeça. – Derek deu um beijo na testa dela. – No que essa deusa está pensando?

— Em casar agora. – Penelope respondeu. – Sairmos daqui, reunimos os amigos e nos casamos.

— E as flores? – Derek disse, olhando as revistas de noivas.

— E o fotografo, o vestido, a decoração. – Penelope reuniu as revistas fechadas. – Não precisamos de nada disso.

— Então o que estamos falando aqui? – Derek perguntou.

— Eu quero casar. – Ela apenas falou. – Agora. Hoje. Chamamos nossos amigos e nos casamos. Não precisamos de tudo isso. Nossos anéis estão guardados, tenho o vestido no armário, você pega seu melhor terno e nos casamos.

— Não falamos com ninguém, Baby girl. – Derek se sentou. – E se tivermos um caso?

— Podemos nos casar rápido. – Ela insistiu. – Eu apenas quero viver esse conto de fadas.

— Podemos contar sobre nós e flertar no escritório? – Derek envolveu seus braços nela.

— E muito mais. – Ela o beijou de volta. – Agora vá e ligue para nossos queridos colegas de trabalho e mande eles nos encontrarem no cartório.

— Seu desejo é uma ordem, minha Deusa. – Derek respondeu.

Depois que Derek ligou para os colegas que ficaram muito felizes pelo novo casal, ele subiu para se arrumar.

Fechando a porta do quarto na cara de Derek, Penelope soltou uma risada.

— Baby Girl. – Derek a advertiu. – Sou eu que vou levar você para o cartório lembra?

— Vou estar com o meu sobretudo, sobre todo o vestido. – Ela respondeu. – Então vai ser uma surpresa.

Colocando seu terno, Derek não parava de sorrir para a mulher ao seu lado.

Eles chegaram ao cartório e todos os seus amigos os esperavam já.

— Obrigado por nos contarem assim, em cima da hora. – Emily respondeu, fingindo tristeza. – Quando a lua de mel acabar teremos dois dias no spa para relaxar.

— Eu vou adorar. – Penelope respondeu. – Convide JJ também.

— Combinado.  – Emily respondeu. – Trate minha amiga bem, Senhor Morgan. Senão eu vou torcer seu pescoço.

— Pode deixar Emily. – Morgan disse. – Ela será tratada como minha rainha.

— Que lindo. – JJ se aproximou de amiga e a abraçou. – Seja feliz, Penelope.

— Obrigado JJ. – Penelope devolveu o abraço a amiga. – Então acho que podemos entrar e casar.

— Venha Derek. – Hotch o puxou. – Venha esperar no altar.

— Ah cara. – Derek protestou. – Eu vou a contragosto.

Penelope abriu o sobretudo e revelou o vestido para as garotas ao seu lado.

— Então? – Ela arrumou o vestido. – Como parece?

— Como uma princesa. – Emily sorriu. – Deve ter sido caro.

— Era da minha mãe. – Penelope respondeu. – Eu o arrumei para mim.

— Ela tinha bom gosto. – JJ passou os dedos através do tecido.

— Pode se dizer que sim. – Penelope respondeu. – Eles ficaram muito tempo casados até o acidente. E ela ficaria maravilhada em me ver casar.

— Aposto que sim. – Emily levou Penelope até a entrada do cartório. – Seu caminho para a felicidade começa agora.

— Quando passar por aquela porta, apenas pense em quanto tempo você e Derek tiveram para ser felizes e agora estão concretizando esse sonho. – JJ completou. – E sejam felizes.

Rossi abriu a porta e pegou Penelope sem uma única palavra.

— Eu vou levar você até o altar. – Ele apenas disse. – E te fazer a pessoa mais feliz.

Derek a esperava no altar e sufocou ao ver ela com o vestido branco. Se apegando em cada uma das curvas perfeitamente como uma luva. Ela estava em sua direção e lentamente chegava a ele.

— Sejam felizes. – Rossi entregou Garcia e Derek. – E se machucar ela, Derek eu não vou ter pena em te machucar.

— Sim senhor. – Derek disse.

Rossi era um protetor de Penelope. Era algo natural para Rossi. Afinal ela não tinha pais e seus irmão eram uns cretinos assumidos.

Virando para o juiz que iria oficializar a relação dos dois, Derek sentiu um amor grande por sua Penelope. Era tudo o que ele precisava no momento.

Alguém os observara na entrada, de um carro prata. Tirando fotos apenas de Penelope com as outras pessoas ele sabia que sua escolha feita a dois meses era a certa para ele.

Gerard nunca foi conhecido pela descrição, porém agora ele estava fazendo o necessário para ficar no escuro do anonimato.

Desde seu encontro com Penelope em uma cafeteria ele a desejava como um prêmio. Ela seria sua. Porém ele descobriu que ela estava noiva. Ele não a queria com outro homem.

Ele buscava o nome dela incansavelmente na internet. Mantinha uma pasta cheia de fotos e matérias sobre ela em seu computador pessoal e os favoritos de matérias sobre ela. Ele descobriu sobre o emprego dela e sobre seu noivo.

Ela era a garota que ele precisava. Ele a teria mesmo que ela o bloqueasse em qualquer lugar. Corra e busque seu prêmio. Era o que ele repetia toda hora.

Parado na porta do cartório, ele a seguiu desde a casa dela que ela dividia com Derek.

Derek assinou seu nome na folha e agora eles estavam casados. Havia uma surpresa para Derek mantida em segredo. Ela mostrou o novo documento, chegado no dia anterior e que motivou esse casamento relâmpago.

— Derek. – Penelope o chamou. – Agora eu sou Penelope Morgan.

Ela mostrou seu documento e Derek a pegou no colo. A beijando até ouvir de Reid para que pegasse um quarto logo, ele a soltou, relutante. Todos saíram pela porta do cartório felizes e rindo, o que deixou o espreitador muito irritado.

Batendo a mão no volante, evitando habilidosamente a buzina, Gerard amaldiçoou Derek por ter tirado dele a mulher. Ele não sabia se saia do carro e batia em Morgan até se sentir vingado ou se sequestrava Penelope ali mesmo, na frente de todos.

Em vez disso, ele ligou o carro e dirigiu para uma zona qualquer, em busca de uma vítima perfeita. Ele precisava de algo para atrair a equipe e ter sua garota. Ela seria dele logo, mesmo que significasse esperar três meses.

Penelope sentiu um frio na espinha quando o carro deu partida e o motorista a olhou com um desejo digno de psicopatas. Ela não contou para Derek. Tudo que ela não queria era Derek preso por causa dela. Não agora. Ela pensou que o homem a olhou por causa da festa que a equipe fazia para os recém-casados e como isso era visto.

— Então senhorita. – Derek a puxou para seus braços. – Pronta para as nossas núpcias?

— Sempre. – Ela beijou Derek, sentindo o hálito suave dele. – Porque demoramos tanto?

— Porque fomos teimosos. – Ele respondeu, levando ela para o carro. – Temos a tarde de folga então eu quero realizar um desejo.

— Vamos fazer amor agora. – Ela declarou. – Eu realmente preciso de você.

3 Meses depois...

— Sr Morgan? -  investigador o tirou de seu devaneio. – Está tudo correto?

— Hã. Claro. – Derek reviu sua declaração. – Você tem uma caneta?

— Claro. – O investigador passou a caneta para Derek. – Apenas avise se você precisar de roupas para o bebê.

— Não temos um bebe. – Derek corrigiu.

— Há uma gaveta cheia delas. – O investigador respondeu.

— Pen estava com vontade de comprar as roupinhas. – Derek disse. – Ela disse que as achava fofas.

— Há também alguns exames de gravidez nela. – O investigador passou os papéis. – Desculpe estragar a surpresa.

— O que quer dizer? – Derek olhou para os papéis. – Ela estava planejando me contar algo amanhã. – Derek sentou no chão. – Esse doente me deu três meses felizes antes de levar minha menina e meu bebê com ele.

— Chefe. – Um jovem entrou correndo. – Houve um incêndio em uma casa há quatro quarteirões daqui. Eles confirmaram que a esposa do agente Morgan estava lá dentro.

Derek começou a chorar abertamente agora.

— Nós prendemos o homem. – O iniciante continuou. – Ele disse que o agente Morgan nunca vai encontrar ela. Em outras palavras, ela ainda está viva, em algum lugar, porém ele nunca vai dizer onde ela está.

— Ele tem que dizer. – Derek começou. – Eu preciso dela de volta.

— Ele está morto, agente Morgan. – O jovem respondeu. – Ele se matou com uma caneta na cela.

— Nós faremos de tudo para achar Penelope, Derek. – Hotch se aproximou.

— Assim como você prometeu para Haley que iria pegar Foyet e ela está morta? – Derek gritou. – Eu não posso ficar sem ela. Não agora.

Hotch olhou para Morgan. Ele sabia o que o agente queria dizer.

— Ela está grávida, Aaron. – Morgan falou. – Está esperando um bebê meu e eu nem sei onde ela está.

— Eu prometo trazer ela de volta, Morgan. – Hotch nem se irritou com a menção a Foyet. – E Derek. Eu prometi a Haley que ninguém iria machucar Jack e eu cumpri essa parte.

— Eu sinto muito por falar sobre Foyet, Aaron. – Derek tentou sorrir. – Você fez um bom trabalho matando aquele bastardo.

— Eu sei. – Hotch respondeu. Saindo do quarto onde agora era uma cena de crime, Hotch discou para um número diferente. – Preciso limpar minhas cortinas.

— Duas horas Aaron. – A mulher apenas respondeu antes de desligar.

Hotch entrou em um bar qualquer da região menos rica de Washington e sentou-se a espera. Sentindo-se mal, traindo o amigo por não contar a verdade sobre o sequestro de Penelope, Hotch ouviu a sineta da porta soar.

— Sabe Gisele. – Hotch começou. – Se me dissesse que Gerard iria sequestrar uma agente minha, eu teria dado mais que um tiro.

— Pouca gente sabe o que aconteceu em Guantánamo Bay e porque ele a levou. – Gisele respondeu. – Aquele homem pagou muito dinheiro para se vingar dela.

— Foi na época de Gideon e ela e Morgan ainda não eram um casal. – Hotch implicou. – E Gerard passar de advogado de terrorista para sequestrador de mulheres não era natural. No mínimo eu o colocaria como um lavador de dinheiro.

— E como ele descobriu sobre ela? – Gisele esperou a moça do café colocar a xicara na sua frente. – Obrigado. – Ela disse a moça que se afastou. – Ela nunca fez uma primeira aparição.

— As provas do caso a mencionam. – Hotch respondeu. – Reli cada pedaço daquele relatório detalhado malditamente e ela é citada como a principal fonte de informações.

— Jamal Abaza está morto, Aaron. – Gisele confidenciou. – Ha dois anos, ele teve um ataque do coração e morreu. Foi mandado de volta para o lugar onde sua família estava. Cortesia do advogado.

— Verificaram o corpo? – Hotch bateu a mão na mesa frustrado.

— Não acho que ele suportaria uma sonda de fígado. – Gisele riu. – As tradições dele não permitem qualquer procedimento depois da morte. O coração estava parado e o enviamos de volta.

— E se ele estivesse vivo? – Hotch percebe. – Toxinas de paralisação.

— Estamos falando de Guantánamo Bay, Aaron. – Gisele colocou o adoçante de volta. – Eles levam a segurança a sério.

— Então quem pode ter levado ela? – Hotch estava nervoso. – Sabia que ela está grávida?

— Derek me contou. – Gisele respondeu. – Liguei e ofereci meus serviços oficialmente.

— Então vai se unir ao povo do andar debaixo? – Hotch brincou. – Estaremos esperando por você.

— Tem algo errado? – Gisele perguntou. – Tomei um drink com Gerard quando nos vimos depois do caso de Guantánamo Bay e ele parecia determinado em provar a inocência de Jamal.

— E porque perguntar se tem algo errado? – Hotch perguntou. – Eu deveria perguntar isso.

— Não sei. – Gisele respondeu. – Veja isso. Uma analista técnica do FBI que nunca teve envolvimento com criminalidade a não ser os casos de trabalho da unidade é sequestrada em casa por um terrorista aparentemente morto, facilitado pelo seu advogado e ele aparece morto.

— Você acha que o terrorista está vivo e levou Penelope para se vingar da gente? – Hotch olhou pela janela. – Aquele carro está aqui desde que eu cheguei nessa lanchonete.

Hotch se levantou, arma em punho e distintivo. Gisele sacou a própria arma e seguiu Hotch.

— FBI. – Hotch gritou. – Saia com as mãos para cima e ande na minha direção.

O carro acelerou e fugiu. Hotch deu dois tiros nos pneus e o carro derrapou e bateu no poste. Um tiro foi ouvido. Hotch chegou perto a tempo de ouvir um rádio no lado do passageiro.

É muito tarde, agente Hotchner.— A voz de Jamal foi ouvida. - Nunca chegará a tempo de salvar sua agente.

Seis meses depois...

Morgan se sentou ao lado de um túmulo fresco. Depois que a investigação foi oficialmente fechada, uma informação de que Penelope Morgan estava morta e enterrada em um cemitério foi ouvida por todo o prédio da BAU.

Hotch organizou uma cerimônia de despedida, uma lápide sem data de morte pois era impossível determinar e o nome de Penelope com o sobrenome de Morgan.

Derek se recusou a participar alegando que ela não estava morta. Hotch gritou com o agente por estar sendo difícil sobre isso.

— Eu vou provar que você está viva, Penelope. – Derek jurou ao lado do túmulo. – E te trazer junto a mim.


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Notas finais do capítulo

"A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano. - João Paulo II."



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