Flowers For You Grave. escrita por Any Sciuto


Capítulo 19
Beliver.


Notas iniciais do capítulo

" Se uma pessoa não possui ambições neste mundo, ele sofre inconscientemente. Se uma pessoa possui ambições, ela sofre conscientemente, mas muito lentamente. - Alan Lightman."



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Silêncio.

Respiração.

Batidas.

Era as únicas coisas que Penelope podia fazer agora. Ela não tinha certeza do que havia acontecido agora. Se Derek ou qualquer outro colega havia sido baleado.

As batidas e o ruído da fiação atingida pelas balas eram as únicas coisas que ela podia ouvir.

Sentir.

Respirar.

Chorar.

Três coisas simples o suficiente que ela temia em fazer. Ela podia sentir algo molhando o chão embaixo dela. Sangue, água ou qualquer outra coisa. Sua respiração rápida, dava sinais de uma ansiedade e uma sensação muito horrível. Ela começou a chorar de medo.

— Penelope? – Ela ouviu alguém a chamando. – Está tudo bem.

Ela estava de algum jeito sendo erguida por braços fortes. Ela não conseguia parar de tremer. Ela estava medo. Não era a voz de Derek. Então onde ele estava?

— Vamos te ajudar, certo? – Rossi estava acima dela. – Fique calma por favor.

— Ela está acordada? – Hotch apareceu ao lado dele.

— Acho que ela está em choque. – Reid também estava bem. – Deixe ela deitada e mais imóvel que você conseguir.

Ela podia ouvir, mas agora seu choro havia parado e ela estava de olhos fechados. Seu corpo reclamou e ela começou a convulsionar.

— Baby Girl. – Derek parecia estar bem. – Fique calma. Apenas relaxe.

Hotch e Rossi a seguraram e a ajudaram enquanto ela tremia.

— Coloquem ela de lado. – Reid instruiu.

— Onde está Emily? – Hotch perguntou.

— Checando os mortos. – Derek ajudou Rossi a colocar Penelope de lado.

— Afrouxem as roupas dela. – Reid continuou. – Um pano na boca dela para evitar que ela se machuque.

Derek continuou segurando a mão de Penelope, vendo a esposa se debater.

— Ela está bem, Derek. – Rossi explicou. – Ela está em choque. Precisamos levar ela a um hospital o quanto antes.

— Ela está sangrando. – Derek gritou freneticamente depois de virar Garcia. – De onde vem esse sangue?

Emily ajudou Derek a procurar qualquer sinal de machucado e um tiro de raspão no ombro dela chamou a atenção.

— Quando ela foi baleada? – Reid se perguntou. – Você estava protegendo ela.

— As primeiras balas. – Rossi disse. – Talvez tenha sido ali.

Garcia ainda convulsionava. Já faziam três minutos e então ela finalmente se acalmou.

— Relaxa Baby Girl. – Derek se ajoelhou na frente dela. – Vamos te levar para o hospital. – Ele olhou para fora. – Eles estão mortos?

— Sim. – Emily respondeu. – Todos.

— Fizemos um bom trabalho. – Derek respondeu.

Pegando Penelope os braços, Derek a levou para fora da casa. Finalmente entrando em mais claridade. O tiro felizmente foi só de raspão e provavelmente o sangue era de algum dos bandidos mortos próximo a ela.

Ela estava relando agora. Derek sabia que ela precisava de um descanso, porém ele decidiu que um hospital não era mais adequado para ela. Ele a levou para a casa deles. A contragosto de Hotch e Rossi, ele a deitou na cama e ficou ao lado dela.

Não iria ficar mais fácil, porém ela estava em casa e se ele pudesse dizer, segura. Haley chegou com JJ que a colocou perto de seus pais. Ela havia dormindo algumas horas atrás e ainda fazia isso.

— Não vai ficar mais fácil, não é? – Derek perguntou.

— Não. – JJ falou a verdade. – Mas ela vai curar algum dia e será capaz e viver com isso.

— Eu deveria levar ela para um hospital. – Derek começou. – Não acho que ela aguente mais aquilo.

— Se servir de conselho, um hospital não é o lugar que ela precisa agora. – JJ se sentou na cama. – Ela precisa e conforto e um hospital dá tudo menos isso.

— Posso ter uma daquelas enfermeiras que ficam nas casas. – Derek pegou um cartão. – Ou levar ela a casa de Rossi. Acredito que ele ainda tenha a aparelhagem em algum lugar.

— Eu soube do tiroteio. – JJ começou. – Quem atirou primeiro?

— Um dos homens desse cara. – Derek se culpava. – Como ele começou a fabricar uma guerra que nem tinha sido feita?

— Porque ele atiraria contra as ordens dos chefes? – JJ questionou de volta.

— Ele fugiu durante o tiroteio e nem notamos. – Derek estava cada vez mais chateado. – Era como se ele contasse com cada passo nosso.

— Pode ser. – JJ olhava para a amiga. – Mais uma vez nessa dança esquisita.

— Vou levar Haley e Pen para uma viagem. – Derek começou. – Quaro semanas em Paris, relaxando e vendo pontos turísticos. Quase uma ordem de Rossi e de minha mãe.

— Leva-a para fazer compras. – JJ instruiu. – Comprar coisas para a bebê.

— Já se passaram três meses e ela é simplesmente perfeita. – Derek olhou para a bebê com Penelope. – Depois de tudo que as duas passaram antes... – Derek deu um suspiro. – Ela tem sorte de ser uma pequena garotinha.

— Spence disse o mesmo. – JJ começou. – Ele vai dar uma de coruja em Haley agora. Acho que ele está querendo os seus agora.

— Aww. – Derek fez o som. – Acho que os filhos dele seriam maravilhosos se você me perguntar.

— Sorte da garota que os tiver. – JJ olhou para as garotas. – Eu sinto que eu devo proteger os dois.

— Eu sinto que devo proteger todos os meus. – Derek ponderou. – Eu atiraria no primeiro que encostasse em qualquer um.

— Mas Penelope e Haley são mais especiais. – JJ completou inocente. – Afinal família é algo importante.

— Assim como amigos. – Derek disse. – Se você me perguntar, aqueles seis meses não param de sair da minha cabeça ainda.

— Derek. – JJ mudou o assunto. – Está ciente que Spencer vai ver Willian a cada quatro semanas na prisão em Nevada?

Era óbvio que JJ estava envergonhada por contar.

— Porque? – Derek parecia estar sem saber. – Porque ele iria ver um homem que sequestrou Penelope?

— Ele deixou subentendido que ele quer respostas dele. – JJ falou. – Eu não tenho detalhes do que ele faz por lá. Tudo que eu sei é que eles conversam por duas horas a cada quatro semanas.

— Ele está tentando descobrir algo. – Derek juntou. – Talvez ele ache que o filho dele fosse inocente.

— Não acho que seja isso. – JJ ponderou. – Willian mandou uma carta para Spencer há dois dias. Um pouco antes do sequestro. Spencer passou a ficar perto de Penelope mais depois daquela carta.

— E dois dias depois eles foram raptados. – Derek juntou. A realização o atingiu. – Acha que Willian é um informante de Spencer em Nevada?

— Mas porque ele saberia desse plano? – JJ viu Haley ensaiar um choro.

Como se adivinhasse, Penelope virou para a filha e a trouxe ainda mais perto dela. A garotinha se acalmou na hora. Ambas caíram em um sono tranquilo.

— Elas realmente estão conectadas. – JJ observou, esquecendo o assunto anterior. – Penelope parece saber como acalmar essa princesa.

— Acho que são almas passadas. – Derek percebeu o que falou e sorriu. – Penelope acredita nisso.

— Eles dizem que almas conectadas em um passado podem voltar e se tornarem qualquer coisa. – JJ continuou o pensamento de Derek. Almas Gêmeas sempre acham um caminho para casa.

Derek sorriu. Depois de tudo o que eles passaram, ele poderia apostar seu salário que eles eram almas unidas.


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Notas finais do capítulo

"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura. - Friedrich Nietzsche."



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