Flowers For You Grave. escrita por Any Sciuto
Notas iniciais do capítulo
" Se uma pessoa não possui ambições neste mundo, ele sofre inconscientemente. Se uma pessoa possui ambições, ela sofre conscientemente, mas muito lentamente. - Alan Lightman."
Silêncio.
Respiração.
Batidas.
Era as únicas coisas que Penelope podia fazer agora. Ela não tinha certeza do que havia acontecido agora. Se Derek ou qualquer outro colega havia sido baleado.
As batidas e o ruído da fiação atingida pelas balas eram as únicas coisas que ela podia ouvir.
Sentir.
Respirar.
Chorar.
Três coisas simples o suficiente que ela temia em fazer. Ela podia sentir algo molhando o chão embaixo dela. Sangue, água ou qualquer outra coisa. Sua respiração rápida, dava sinais de uma ansiedade e uma sensação muito horrível. Ela começou a chorar de medo.
— Penelope? – Ela ouviu alguém a chamando. – Está tudo bem.
Ela estava de algum jeito sendo erguida por braços fortes. Ela não conseguia parar de tremer. Ela estava medo. Não era a voz de Derek. Então onde ele estava?
— Vamos te ajudar, certo? – Rossi estava acima dela. – Fique calma por favor.
— Ela está acordada? – Hotch apareceu ao lado dele.
— Acho que ela está em choque. – Reid também estava bem. – Deixe ela deitada e mais imóvel que você conseguir.
Ela podia ouvir, mas agora seu choro havia parado e ela estava de olhos fechados. Seu corpo reclamou e ela começou a convulsionar.
— Baby Girl. – Derek parecia estar bem. – Fique calma. Apenas relaxe.
Hotch e Rossi a seguraram e a ajudaram enquanto ela tremia.
— Coloquem ela de lado. – Reid instruiu.
— Onde está Emily? – Hotch perguntou.
— Checando os mortos. – Derek ajudou Rossi a colocar Penelope de lado.
— Afrouxem as roupas dela. – Reid continuou. – Um pano na boca dela para evitar que ela se machuque.
Derek continuou segurando a mão de Penelope, vendo a esposa se debater.
— Ela está bem, Derek. – Rossi explicou. – Ela está em choque. Precisamos levar ela a um hospital o quanto antes.
— Ela está sangrando. – Derek gritou freneticamente depois de virar Garcia. – De onde vem esse sangue?
Emily ajudou Derek a procurar qualquer sinal de machucado e um tiro de raspão no ombro dela chamou a atenção.
— Quando ela foi baleada? – Reid se perguntou. – Você estava protegendo ela.
— As primeiras balas. – Rossi disse. – Talvez tenha sido ali.
Garcia ainda convulsionava. Já faziam três minutos e então ela finalmente se acalmou.
— Relaxa Baby Girl. – Derek se ajoelhou na frente dela. – Vamos te levar para o hospital. – Ele olhou para fora. – Eles estão mortos?
— Sim. – Emily respondeu. – Todos.
— Fizemos um bom trabalho. – Derek respondeu.
Pegando Penelope os braços, Derek a levou para fora da casa. Finalmente entrando em mais claridade. O tiro felizmente foi só de raspão e provavelmente o sangue era de algum dos bandidos mortos próximo a ela.
Ela estava relando agora. Derek sabia que ela precisava de um descanso, porém ele decidiu que um hospital não era mais adequado para ela. Ele a levou para a casa deles. A contragosto de Hotch e Rossi, ele a deitou na cama e ficou ao lado dela.
Não iria ficar mais fácil, porém ela estava em casa e se ele pudesse dizer, segura. Haley chegou com JJ que a colocou perto de seus pais. Ela havia dormindo algumas horas atrás e ainda fazia isso.
— Não vai ficar mais fácil, não é? – Derek perguntou.
— Não. – JJ falou a verdade. – Mas ela vai curar algum dia e será capaz e viver com isso.
— Eu deveria levar ela para um hospital. – Derek começou. – Não acho que ela aguente mais aquilo.
— Se servir de conselho, um hospital não é o lugar que ela precisa agora. – JJ se sentou na cama. – Ela precisa e conforto e um hospital dá tudo menos isso.
— Posso ter uma daquelas enfermeiras que ficam nas casas. – Derek pegou um cartão. – Ou levar ela a casa de Rossi. Acredito que ele ainda tenha a aparelhagem em algum lugar.
— Eu soube do tiroteio. – JJ começou. – Quem atirou primeiro?
— Um dos homens desse cara. – Derek se culpava. – Como ele começou a fabricar uma guerra que nem tinha sido feita?
— Porque ele atiraria contra as ordens dos chefes? – JJ questionou de volta.
— Ele fugiu durante o tiroteio e nem notamos. – Derek estava cada vez mais chateado. – Era como se ele contasse com cada passo nosso.
— Pode ser. – JJ olhava para a amiga. – Mais uma vez nessa dança esquisita.
— Vou levar Haley e Pen para uma viagem. – Derek começou. – Quaro semanas em Paris, relaxando e vendo pontos turísticos. Quase uma ordem de Rossi e de minha mãe.
— Leva-a para fazer compras. – JJ instruiu. – Comprar coisas para a bebê.
— Já se passaram três meses e ela é simplesmente perfeita. – Derek olhou para a bebê com Penelope. – Depois de tudo que as duas passaram antes... – Derek deu um suspiro. – Ela tem sorte de ser uma pequena garotinha.
— Spence disse o mesmo. – JJ começou. – Ele vai dar uma de coruja em Haley agora. Acho que ele está querendo os seus agora.
— Aww. – Derek fez o som. – Acho que os filhos dele seriam maravilhosos se você me perguntar.
— Sorte da garota que os tiver. – JJ olhou para as garotas. – Eu sinto que eu devo proteger os dois.
— Eu sinto que devo proteger todos os meus. – Derek ponderou. – Eu atiraria no primeiro que encostasse em qualquer um.
— Mas Penelope e Haley são mais especiais. – JJ completou inocente. – Afinal família é algo importante.
— Assim como amigos. – Derek disse. – Se você me perguntar, aqueles seis meses não param de sair da minha cabeça ainda.
— Derek. – JJ mudou o assunto. – Está ciente que Spencer vai ver Willian a cada quatro semanas na prisão em Nevada?
Era óbvio que JJ estava envergonhada por contar.
— Porque? – Derek parecia estar sem saber. – Porque ele iria ver um homem que sequestrou Penelope?
— Ele deixou subentendido que ele quer respostas dele. – JJ falou. – Eu não tenho detalhes do que ele faz por lá. Tudo que eu sei é que eles conversam por duas horas a cada quatro semanas.
— Ele está tentando descobrir algo. – Derek juntou. – Talvez ele ache que o filho dele fosse inocente.
— Não acho que seja isso. – JJ ponderou. – Willian mandou uma carta para Spencer há dois dias. Um pouco antes do sequestro. Spencer passou a ficar perto de Penelope mais depois daquela carta.
— E dois dias depois eles foram raptados. – Derek juntou. A realização o atingiu. – Acha que Willian é um informante de Spencer em Nevada?
— Mas porque ele saberia desse plano? – JJ viu Haley ensaiar um choro.
Como se adivinhasse, Penelope virou para a filha e a trouxe ainda mais perto dela. A garotinha se acalmou na hora. Ambas caíram em um sono tranquilo.
— Elas realmente estão conectadas. – JJ observou, esquecendo o assunto anterior. – Penelope parece saber como acalmar essa princesa.
— Acho que são almas passadas. – Derek percebeu o que falou e sorriu. – Penelope acredita nisso.
— Eles dizem que almas conectadas em um passado podem voltar e se tornarem qualquer coisa. – JJ continuou o pensamento de Derek. Almas Gêmeas sempre acham um caminho para casa.
Derek sorriu. Depois de tudo o que eles passaram, ele poderia apostar seu salário que eles eram almas unidas.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura. - Friedrich Nietzsche."