Dragon Ball GT Kai escrita por FagnerLSantos


Capítulo 88
Os terráqueos resistem! Os filhos dos filhos de Daimaoh entram na guerra!




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Vegeta, Gohan, Vovó Uranai, Mr. Satan, Bulma e um quarto subterrâneo na residência da mesma, uma ala hospitalar improvisada com duas camas lado a lado. Goku jazia a dormir em uma delas, tendo recebido tratamento médico convencional na falta de Sementes dos Deuses e da presença de Buu, só o que lhe restava era descansar para se recuperar. Na outra cama era Uub quem dormia, estava perfeito fisicamente desde que Buu salvou seu corpo e sua alma ao se unir a ele e sua expressão era de profunda paz, ninguém sabia quando ele iria despertar, o terráqueo sempre teve um sono pesado no final das contas, mas já era uma preocupação a menos saber que quando o fizesse, estaria bem.
— Entendo, então foi isso que aconteceu. - disse Bulma. - O Goku vai sobreviver e o Uub, bem, não reage a nenhum estímulo, nem mesmo ao que usei para acordar o Daburá, mas ele também vai ficar bem e só o que podemos fazer agora é esperar ele acordar.
— O Buu gostava muito desse garoto e se sacrificou por ele. - disse Mr. Satan cabisbaixo, antes de sorrir serenamente ao olhar para o rosto do jovem. - Vou sentir falta do Buu, mas acho que valeu a pena, ele é parte do Uub agora e sei que deve estar feliz por poder estar junto e cuidar sempre dele, exatamente como queria.
— Mesmo sendo tão jovem, o coitado do Uub sofreu muito por causa daqueles cientistas e o meu pai, nunca o tinha visto tão desesperado, só o que ele queria era ajudá-lo e não sabia como. - comentou Gohan, antes de se abaixar junto ao leito do terráqueo. - Se o meu pai estivesse bem, ele iria fazer cada um deles pagar por todo o mal que fizeram ao Uub e é isso que eu pretendo fazer, por ele, pelo Uub e pela Pan que, por gostar muito dele, ficaria furiosa se soubesse tudo o que ele passou.
— Talvez você não precise lutar por ele Gohan... - comentou Uranai. - Agora que o Buu se uniu a ele, sinto que o Uub está pronto. Esse garoto está destinado a coisas ainda maiores do que as que já fez...
— Como sabe disso? - perguntou Satan.
— Porque eu sou uma vidente, ora bolas! O Uub segue os passos do Goku e eu vejo em seu futuro que ele se tornará tão grande quanto o seu mestre...
— Não duvido, o meu pai sempre dizia que o Uub era especial... Se ele vai mesmo acordar logo para lutar por si mesmo, então vou continuar lutando pelo meu pai e pelo Senhor Piccolo. - Gohan se voltou para Uranai. - O Mestre Karin e o Yajirobe estão seguros, não é?
— Sim, eu pude localizá-los com minha bola de cristal, estão abrigados com a Tribo Karinga.
— Que bom, fico mais tranquilo para me concentrar em proteger a Terra! Você vem Senhor Vegeta?
— Não posso, se aqueles miseráveis descobrirem que conseguimos salvar o Uub e o Kakarotto e que os trouxemos para cá, mandarão os mais fortes para dar cabo deles.
— Entendo, o senhor é o único aqui que está em um nível semelhante ao do meu pai e que poderia enfrentar um oponente que só ele seria capaz de enfrentar. Por favor, cuidem bem do meu pai e do Uub.
— Eles estarão seguros aqui, não se preocupe Gohan! - disse Bulma. - Enquanto isso, irei continuar trabalhando na recuperação do Daburá para que ele também possa ajudar vocês!
— Certo, boa sorte!
— Para você também!
Gohan se retirou com pressa, pois não havia um minuto a perder.

Muita coisa havia acontecido no meio tempo em que Piccolo Daimaoh havia destruído a Torre Karin, se apossado do título de Kami-Sama e também da Plataforma Celeste, com o intuito de minar os recursos de sobrevivência dos guerreiros e também assegurar que nenhum deles tivesse acesso à entrada para o Abismo. Seus filhos, Tambourine, Cymbal e Drum, tinham se espalhado como havia ordenado, expelindo ovos e se reproduzido. Os namekuseijins demônios oriundos desses ovos eram ainda mais grotescos do que os que Piccolo Daimaoh paria normalmente, pois eram filhos de seus filhos, que já eram namekuseijins demônios com anomalias genéticas, a reprodução deles só era possível por causa da experiência do Doutor Gero e do Doutor Myuu feitas no corpo de Piccolo Daimaoh, a qual pôde então lhes outorgar essa capacidade mesmo sendo originalmente estéreis. Esses novos híbridos não eram tão poderosos quanto os três filhos do namekuseijin demônio, mas ainda eram mais fortes do que os Saibamen e as Máquinas Mutantes e ao se espalharem como uma praga, até mesmo o Exército de Rejick começou a sofrer baixas. O jogo parecia a favor novamente dos cientistas, que continuavam a admirar o caos no topo daquele mesmo prédio na Capital Central enquanto portal continuava a cuspir mais e mais Máquinas Mutantes de maneira infindável.

Na fria Capital do Norte, havia um deles a causar destruição. Tinha aparência de um namekuseijin comum, mas sua pele era de um verde escuro avioletado e as marcas em seus braços, pernas e peito eram de um roxo mais claro. Em seus olhos, a marca de cruz característica dos Androides Mutantes e o olhar impiedoso de quem então criou algumas esferas de energia a flutuar ao seu redor, arremessando-as uma a uma contra os prédios.
O guerreiro que era capaz de quebrar a Quarta Parede, trazido novamente do Outro Mundo pela Vovó Uranai, caminhava despreocupado no meio do caos.
— Ah, a Capital do Norte... Foram poucas as vezes em que estive aqui enquanto era vivo, mesmo essa cidade sendo mais próxima de Parsley do que a Capital do Sul e parece que muita coisa mudou por aqui depois de mais de quatrocentos anos. - Brave Yuki olhou para o céu, onde se podia ver algumas estrelas, dada a baixa incidência do Sol naquele horário e época do ano. - O ruim é que daqui não dá para ver a constelação de Octans, se bem que mesmo lá no sul é difícil de enxergá-la e por isso os navegantes preferem usar a Cruzeiro do Sul para se orientar, mesmo a Sigma Octantis sendo a verdadeira Estrela Polar do Sul. É o destino dessa estrela ser ofuscada e só o que dá para ver daqui é a droga da constelação de Ursa Menor. - as sete estrelas da dita constelação jaziam a brilhar, dispostas como uma interrogação no céu e eis que Brave então percebeu o brilho de uma oitava estrela junta à constelação. - Espera aí, por que diabos eu estou vendo a Estrela da Morte? Dizem que quem a vê morre em menos de um ano, mas eu já estou morto... - ele riu ao desviar os olhos para a auréola acima da sua cabeça e depois tomou um semblante mais sério. - Tá bom, chega de palhaçada, deve ter muita gente precisando de ajuda por aqui.
Foi então que ele sentiu a presença do namekuseijin ali perto. Um garotinho pequeno usando um par de óculos de aviação na cabeça estava sozinho em meio à destruição enquanto a criatura caminhava até ele por trás.
— Papai! Mamãe! Irmãzinha! - o menino estava desesperado a olhar para os lados para ver se os via, sem perceber a grande mão do namekuseijin que iria agarrá-lo, a qual no último instante apalpou o nada para sua surpresa, pois a criança havia sido salva por Brave Yuki, que a deitou segura no chão enquanto seu cachecol branco esvoaçava ao vento.
— Vejo que é bem rápido. Quem é você?
— Eu? - Brave perguntou de volta ao se levantar e encarar o inimigo de braços cruzados. - Sou só um cara que é herói por diversão.
— Hum? É só isso? É só o que tem para me contar? Não vai nem me dizer o seu nome?
— Foi mal, é que eu estou tentando achar um monólogo mais curto. - ele disse sem jeito, deixando o namekuseijin mutante irritado.
— Como se atreve a vir com esse papo de monólogo?! Está achando que tudo isso é uma piada? Eu sou Violin, filho de Tambourine e neto do terrível Piccolo Daimaoh! - seus olhos se tornaram demoníacos, seus dentes mais afiados e dois chifres como os de um mamute surgiram em sua face. - Sou um ser da Família do Mal que nasceu para eliminar cada ser humano da face da Terra e nenhum de vocês pode se comparar a mim! - quanto mais ele falava, maior e mais monstruoso ele ficava. - Sou um ser superior e meu objetivo é cumprir os planos de meu avô, do Doutor Gero e do Doutor Myuu de limparem este planeta para nós, seres superiores... Sou um Androide Mutante e todo o universo será nosso!
Brave Yuki o olhava com cara de aborrecido a essa altura, mesmo o inimigo estando gigantesco e ameaçador diante dele:
— (Nossa, esse monstro fala demais para um simples inimigo aleatório...) - focando seu ki internamente em seu punho direito, o guerreiro desferiu um soco fulminante que partiu a criatura em pedaços, deixando o punho a esfumaçar. - Ah, qual é? Bastou só um soco! Aaaaaah! Eu pensei que esses tempos haviam acabado... Mas tudo bem, pelo menos não precisei ficar careca para ter o poder que tenho e vivo em um mundo que é cheio de guerreiros de grande poder. Mesmo não podendo mais viver aqui, não posso deixar que esse mundo seja destruído, lutarei até o fim ao lado dos heróis desta época para protegê-lo!
— Muito obrigado senhor. - disse o garotinho ao se aproximar dele timidamente.
— Não foi nada! - disse Yuki ao acariciar a cabeça do menino. - Eu salvei um casal e a filha deles ainda há pouco que acho que são os seus pais e a sua irmã mais nova, eles estão em um abrigo perto daqui naquela direção, pode ir tranquilo que o caminho está limpo.
— É sério? Obrigado mesmo senhor!
— Pode me chamar de Yuki, Brave Yuki.
— Obrigado Senhor Brave Yuki! – o menino levou as mãos aos óculos de aviação que carregava na cabeça com uma faixa branca e os retirou. – Como um presente, quero que fique com os meus óculos, tomara que eles sejam muito úteis!
— Seus óculos? – ele indagou enquanto o menino os entregava em mãos, antes de se retirar correndo.
— Mais uma vez obrigado Senhor Brave Yuki, você é meu herói!
O menino se foi, deixando o guerreiro de cabelos vermelhos a observá-lo com um sorriso sereno enquanto vestia a faixa sob sua testa, com os óculos junto a ela.

Em outro lugar do planeta, um guerreiro solitário vagava a caminhar pelo deserto como nos velhos tempos. De cabelos lisos em um rabo de cavalo e trajando um gi laranja com o símbolo da tartaruga, sua única companhia era um pequeno humano de tipo animal que o seguia flutuando além de suas costas. Dali Pual assistia Yamcha deixar pedaços de algumas Máquinas Mutantes pelo caminho, as quais pareciam detectá-lo, mesmo que o guerreiro não estivesse chamando a atenção. Eis que a dupla enfim chega ao lugar para onde estavam indo, uma rocha alta com alguns kanjis entalhados há muito tempo, quase ilegíveis depois de tantos anos, uma rocha com um esconderijo a se poder entrar através de uma caverna no topo, o qual trazia para ambos boas lembranças do passado.
— Faz tanto tempo que não vínhamos aqui...
— Sim Pual e é aqui que nós nos separamos, você vai ficar seguro em nosso velho esconderijo até eu voltar.
— Mas Yamcha, é muito perigoso! Fique aqui, por favor!
— Eu não posso, tenho meu orgulho de lutador e fugir da luta seria o mesmo que traí-lo. Além disso, mais do que caçar a todos os humanos, essas máquinas estão caçando os mais fortes e me consideram uma ameaça, o que significa que seria mais perigoso para você se eu ficasse aqui.
— Yamcha...
— Não se preocupe comigo Pual, é o meu momento e eu vou provar o meu valor ao lutar para proteger a Terra!
Foi então que dois seres descenderam diante deles em uma aterrissagem forçada de levantar poeira, eram dois dos filhos de Cymbal cujo olhar era marcado por uma cruz. O primeiro tinha pele escamosa verde escura e asas e chifres de demônio e o segundo parecia um ogro verde boca escancarada, corpo magro, porém robusto e corcunda.
— Yamcha!
— Vá para o esconderijo Pual, depressa! - ordenou Yamcha, estendendo a mão para que o mesmo se afastasse e então voltou a encarar os inimigos em sua frente.
— Pensou que poderia se esconder de nós nesse deserto ocultando o seu ki? - disse o namekuseijin demônio mutante de chifres e asas.
— Na verdade, eu estava esperando por oponentes mais decentes, já que aqueles robôs que eu destruí no caminho não eram de nada. - ele provocou com um sorriso confiante enquanto estalava os dedos de seu punho fechado na palma da mão canhota.
— Como é atrevido, vamos acabar com esse sujeito! - disse o namekuseijin demônio mutante com a aparência de ogro antes de se lançarem em conjunto contra o terráqueo, que se colocou em sua posição de combate com as mãos feito as presas de um lobo.
Yamcha desferiu um chute contra o demônio, o afastando e avançando contra o ogro com o cotovelo, atingindo-o no estômago.
— Shin Rogafufuken! - Yamcha exclamou no uivo de um lobo, dando início a uma combinação de golpes em extrema velocidade com as mãos em forma de garra, arrancando pedaços do corpo do inimigo que bradava em agonia até o momento do golpe final, uma estocada com as mãos juntas como num Kamehameha que partiu o que restava de seu corpo ao meio.
O outrora confiante namekuseijin com aparência de demônio, se viu assustado ao se recuperar do chute que recebeu, dando passos para trás diante do verdadeiro demônio daquele deserto coberto pelo sangue de seu companheiro.
— Não pode ser! - quando Yamcha desviou o olhar para sua direção, seu único desejo foi fugir voando sem olhar para trás.
— Você não vai escapar! - Yamcha desapareceu em um movimento rápido, reaparecendo a barrar o inimigo com um golpe de mãos em forma de xis, o mandando de volta para baixo e já posicionando as mãos como concha do lado direito do corpo. - Kamehameha!
O disparo foi certeiro e o namekuseijin terminou pulverizado enquanto gritava em desespero. Da entrada da caverna, Pual viu que seu amigo estava decidido e por mais que muitas vezes o considerassem uma piada, a verdade é que Yamcha era e sempre foi um dos terráqueos mais fortes. O guerreiro sorriu ao olhar para ele e Pual sorriu de volta, antes de vê-lo partir voando rumo a Capital Central.
— Por favor Yamcha, não morra...

De gi laranja com o símbolo da tartaruga, careca e com as sobrancelhas apresentando um leve grisalho, Kuririn já estava no centro da ação da Capital Central, apoiando as mãos no chão em saltos mortais para trás a fim de evitar a horda de inimigos que se colocou em sua frente.
— Droga, ter vindo aqui sozinho não foi uma boa ideia... Onde estão o Goku, o Vegeta, o #17 e o Gohan? Pelo que a Bulma contou por telefone, eles foram os primeiros a saber, já deveriam estar aqui! - cercado por um grupo misto de Máquinas Mutantes, Saibamen Mutantes e filhos dos filhos de Piccolo Daimaoh, Kuririn levou as palmas abertas em frente ao rosto e invocou, saltando na direção da luz do Sol. - Hyakubai Taiyoken!
Concentrando uma grande quantidade de energia, a luz de seu Taiyoken x100 iluminou por várias quadras das ruas da cidade, os sensores das Máquinas Mutantes entraram em curto e o resto não podia enxergar mais nada e nem sentir o ki do monge careca que concentrou energia em suas mãos e disparou para o céu em uma curva de parábola, onde a mesma se desfez em meteoros de energia que bombardearam o campo de batalha. Aquele movimento deu conta de cerca da metade da horda, alguns Saibamen Mutantes e a maioria dos namekuseijins demônios haviam sobrevivido e os poucos que haviam se recuperado da cegueira partiram contra Kuririn no momento em que os pés do mesmo tocaram o chão novamente. Porém, antes mesmo que eles pudessem chegar perto do guerreiro, um Kamehameha vindo da direita os varreu até a colisão com um prédio. Era o bom o velho Mestre Kame em sua forma ascendida e tendo disparado com uma única mão.
— Mestre Kame!
— Parece que o meu discípulo está precisando de ajuda. - disse o velho trajado de regata longa preta com um "K" estampado na frente, bandana vermelha, bermuda e tênis ao voltar para a musculatura normal e se colocar costa a costa com Kuririn. - Onde estão os outros?
— Não sei, eu ia te perguntar a mesma coisa. - ele sorriu. - Já é de praxe o Goku fazer a gente segurar as pontas até que ele chegue.
— Então é melhor você ficar firme porque acho que o Goku vai demorar um pouco mais desta vez.
— O que? Como assim? Eu pensei que o Goku estava aqui na Terra, a Bulma disse que tinha sido ele próprio a avisá-los dessa invasão!
— É verdade, mas o Goku e o discípulo dele, o Uub, caíram em uma armadilha e ficaram presos em outra dimensão, no lugar onde sua alma esteve quando você foi morto pelo Tambourine, para ser mais exato.
— Ai não... Isso é sério?
— Sim, infelizmente. Me parece que o inimigo queria neutralizá-los para que eles não estivessem presentes nessa guerra, mas a minha irmã já estava a par disso e tem um plano para salvá-los. O que nos resta agora é esperar.
— Mas e quanto ao Vegeta? E o Gohan e o #17?
— Eu não sei deles, talvez estejam trabalhando agora com a minha irmã para salvar o Goku e o Uub ou talvez estejam por aí, lutando como nós. O inimigo foi muito astuto e nos atacou sem que tivéssemos tempo de nos organizarmos. Eventualmente, acredito que todos virão até aqui, na fonte do problema e até lá, só o que podemos fazer é aguardar lutando como artistas marciais que somos.
— É mestre, se não tem outro jeito... Aaaaah! - Kuririn se lançou contra o grupo que vinha em sua direção.
Do lado oposto, Kame continuou aguardando calmamente em posição de combate, vendo um namekuseijin de Namekusei que fora transformado em Máquina Mutante se aproximar bem adiante de sua horda. Grandalhão, forte, de tronco desnudo, olhos de fundo verde marcados em cruz, dispositivos auriculares, pele verde alaranjada e calça de malha colante preta com braçadeiras e perneiras cinza, o namekuseijin desferiu o soco que afundou no chão, com o mestre a saltar para trás no momento da evasão. Puxando seu punho enterrado, ele liberou o seu ki ao gritar, afastando o velho de vez para longe a deslizar os pés no asfalto.
— Esse aí vai dar trabalho... - Kame começou a fazer movimentos estranhos com as mãos, usando seu ki para sugar a atenção de seu oponente. - ♪ Nana neném, que a Cuca vem pegar... ♪ - a canção de ninar e os movimentos das mãos do velho pareciam estar acalmando a fera que, hipnotizada, foi caindo no sono aos poucos, desfazendo a aura de ki que a envolvia e depois tombando de bruços no chão. - Pronto, isso deve segurá-lo por um tempo.
Calmo com as mãos nas costas, Mestre Kame viu que a horda mista já se acercava e estendendo a mão direita, os chamou para o combate enquanto tinha um sorriso no rosto.

Dr. Myuu e Dr. Gero se mantinham a apreciar a guerra na cobertura do prédio já há um bom tempo, satisfeitos com o andamento da mesma.
— Hehehehehehaha! - ria o Dr. Myuu. - Isso é ótimo! Se Piccolo Daimaoh já espalhou seu exército de descendentes, isso significa que a terceira fase do plano foi concluída, já não há mais Sementes dos Deuses, temos o controle das Esferas do Dragão da Terra e o único caminho para o Abismo está guardado pelo próprio Piccolo Daimaoh, que tinha ordens para fechá-lo assim que usurpasse o título de Kami-Sama. Sem Uub, sem Son Goku e sem seus recursos de sobrevivência, é só uma questão de tempo até que tenhamos o controle desse planeta.
— É verdade. - concordou o Dr. Gero. - No entanto, precisamos completar as duas últimas fases do nosso plano para que isso se concretize e a quarta fase já estava em andamento antes mesmo do momento em que mandamos o Androide Mutante #17 para cá como um espião.
— Apesar de eu ter feito parte do projeto do início ao fim, você tem me ocultado algumas coisas com respeito ao Androide Mutante #17... Não está pensando em trair minha confiança, está Doutor Gero?
— Me ofende que pense isso de mim Doutor Myuu, eu sou leal para com aqueles que apoiam minhas pesquisas, não foi à toa que servi à Red Ribbon por tantos anos. Mais do que isso, você compartilha comigo o desejo comum de criar armas, androides cada vez mais fortes e capazes dominar toda a existência, não teríamos construído nada do que estamos vendo sem o apoio um do outro.
— Tem razão, seria idiotice nos voltarmos um contra o outro agora. No entanto, eu ainda me pergunto qual foi a razão de você ter me pedido que mandasse Máquinas Mutantes para espionar a procura alguns planetas específicos e atacá-los há cerca de um mês atrás e o que isso tem a ver com o Androide Mutante #17.
— Digamos que minha intenção era atrair alguém para cá, alguém que deveria ter sido revivido comigo e com todos os outros, mas que não foi, o que significa que ele está vivo. A verdade é que desde aquela época, eu já estava me preparando se acaso a conclusão da primeira fase do nosso plano, que era unir o Androide Mutante #17 ao #17 original, falhasse.
— Quer dizer que fazê-lo lutar com esse alguém faz parte da preparação para que o ato de completar o Androide Mutante #17 não falhe na segunda vez, assim como foi ao fazê-lo lutar contra Vegeta?
— Exatamente e se eu fiz tudo certo, não deve demorar para que ele apareça.

No espaço, uma nave redonda como um disco e gigante como uma cúpula rumava ao Planeta Terra. Dentro dela, jazia um ser humanoide de bioarmadura branca com cristais roxos nos ombros, peito e cabeça a admirar a paisagem. Eis que um alien baixinho amarelo, cabeçudo e de antenas na cabeça chamado Kikono, acompanhado de outra alien baixa de pele azul, cabelos chanel brancos e rugas no rosto cujo nome era Berryblue, adentrou aos seus aposentos e disse:
— Grande Freeza, como pode ver, chegaremos à Terra dentro de alguns minutos.
— Ótimo. Ainda não sei por que esses Doutor Gero e Doutor Myuu estão no planeta do Son Goku e do Vegeta, mas de uma coisa eu tenho certeza... - ao chicotear sua cauda no chão, ele se levantou enquanto tinha um sorriso malévolo. - Ninguém que ameaça o Exército de Freeza fica impune de um doloroso castigo!
O Imperador do Universo 7, Freeza, há muito tempo sem dar as caras, estava prestes a se envolver no conflito enquanto Uub e Goku continuavam adormecidos, sem sinais de que iriam acordar tão cedo.


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