Dragon Ball GT Kai escrita por FagnerLSantos


Capítulo 71
Lágrimas pela morte de um pai! O lamento de um lutador!




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Era um campo aberto onde havia uma árvore em que as folhas balançavam com o vento, o céu azul limpo parecia vazio de algum jeito. Embora fosse costume do povo de Uub cremar seus entes queridos que faleciam, o desejo de Arubad era ser enterrado em um prado verdejante aos pés de uma árvore, de modo que pudesse se sentir livre de suas dores até o momento de reencarnar como outro ser, já que o povo daquela região acreditava em reencarnação.
Os amigos e familiares de Uub estavam ali naquele enterro, trajados de preto em sua maioria, embora ele, a mãe e os irmãos não estivessem vestidos com dita cor, como Goku também não estava por seu jeito simples de ser. Contudo, era inegável a tristeza em seus rostos, a pequena Umay se desmanchava em lágrimas abraçada a sua mãe enquanto Hcivopops, tão triste quanto, lacrimejava em revolta.
— Eu não entendo, por que não podemos reunir as Esferas do Dragão para trazermos o papai de volta? - ele correu para perto de Uub, que em silêncio, apenas olhava para o túmulo. - Me fala, por que estamos aqui chorando irmãozão?!
Iup Iup chegou mais perto e colocou a mão na cabeça de seu irmão mais novo na tentativa de acalmá-lo:
— Foi a primeira coisa que o Uub pensou em fazer Hcivopops, só que infelizmente, as Esferas do Dragão não podem reviver pessoas que morreram de causas naturais, como o nosso pai.
— Isso não é justo! - Hcivopops esbravejou.
— Não chore irmãozinho... - Uub lhe disse em um tom sério, ainda com os olhos fixos no túmulo. - O papai está em um lugar melhor agora e não ia gostar de te ver assim, seja forte, vai ficar tudo bem Hcivopops.
— Irmãozão...
Embora estivesse morrendo por dentro, Uub queria se mostrar forte para seus irmãos. Todos ali tentavam consolar a família de alguma forma e apesar dos pêsames que recebia de seus amigos de viagem, de Buu, do #17 e dos demais, Uub mantinha-se sério ao olhar para o pé daquela árvore onde seu pai jazia enterrado, sem esboçar um choro ou um lamento sequer, com o olhar perdido no vazio. Estando ali atrás, há alguns passos apenas, Goku sabia que Uub amava muito a seu pai e não pôde deixar de lembrar que foram suas falsas ofensas a ele e a Idibab que fizeram Uub desatar seu poder através da fúria durante o 28º Torneio de Artes Marciais.
As horas foram passando, o clima foi fechando e as pessoas, uma a uma, começaram a ir embora, até que Uub acabou ficando ali sozinho, imóvel, em silêncio e com a mesma expressão vazia e inviolável. Goku tratou de acompanhar a família de Uub de volta para casa e Idibab, apesar de tentar convencer seus outros filhos do contrário, sabia que seu mais velho era o que talvez mais sofresse por tentar ser forte por seus irmãos e acreditava que se ele ficasse sozinho, Uub finalmente poderia colocar para fora o que sentia e assim o fez. Goku, que acabou retornando para ver como ele estava, o escutou dizer estas palavras enquanto chorava:
— Me perdoe pai...
— Uub?
— M-Mestre? - Uub olhou para trás e rapidamente passou o braço em seus olhos a fim de enxugar as lágrimas.
— Está tudo bem Uub, eu já deixei a sua mãe e os seus irmãos em casa. - Goku se pôs ao seu lado. - O seu pai era um bom homem e certamente o Senhor Enma Daioh o mandou para o Paraíso.
— Eu sei... - Uub voltou a olhar o túmulo de forma cabisbaixa e melancólica.
— Então por que está pedindo perdão? - Goku colocou a mão no ombro de seu discípulo. - Você também foi um bom filho para ele Uub.
— Não mestre, eu não fui.
— Não foi?
— Vendo ele aqui enterrado, eu me dei conta de que o meu pai só está morto por minha causa.
— Que papo é esse Uub? O Arubad era muito doente e foi por isso que ele faleceu, você não teve culpa e além disso, o Shen Long não poderia revivê-lo.
— Mas poderia ter curado a doença dele. - Uub olhou diretamente nos olhos de seu mestre, antes de se voltar novamente para o túmulo. - Eu estive tão preocupado nos últimos anos em treinar, em lutar e em ficar mais forte que fui negligente com a saúde dele. - Uub fechou o punho, sentindo-se frustrado consigo mesmo. - Se eu tivesse reunido as Esferas do Dragão e pedido a Shen Long que o curasse, nada disso estaria acontecendo!
— Uub...
— Eu me lembro da história que me contou sobre seu avô Gohan, de como um monstro o matou e de como o senhor descobriu anos depois que era o próprio monstro. O senhor se culpou, mas não tinha razão para isso, porque o monstro o qual o senhor se tornou era destrutivo e irracional, incapaz de responder por si mesmo. Eu no entanto, tinha tudo para salvar o meu pai e simplesmente não fiz porque estava ocupado sendo egoísta em querer ficar mais forte! O senhor entende agora? - Uub olhou para Goku novamente. - É como se eu mesmo o tivesse matado em plena consciência dos meus próprios atos! - o barulho de um trovão ressonou naquele momento de silêncio em que Goku não tinha palavras para confortá-lo, a chuva por fim começou a cair depois daquelas palavras. Uub então se voltou outra vez para o túmulo e continuou. - Foi por isso que eu tomei uma decisão.
— Decisão?
— Eu não vou mais ser um lutador.
— O que?! - Goku ficou estarrecido.
— A partir de hoje, eu não vou mais lutar e vou apenas cuidar da minha família.
— Mas Uub...
— Peço que me perdoe mestre, mas não posso mais cumprir a promessa que fiz com você de ficarmos cada vez mais fortes juntos. - Uub retirou seu inseparável Bastão Mágico das costas e o colocou nas mãos de Goku. - A partir de hoje, não serei mais seu aluno.
— Uub, você vai mesmo...
— Obrigado por tudo... Senhor Goku. - Uub fechou os olhos e colocando os dedos na testa ameaçou se teleportar.
— Uub, espere! - Goku gritou inutilmente, antes de ver seu pupilo sumir em um instante, deixando para trás em suas mãos o bastão que um dia foi seu. - Uub...

Enquanto isso, em Nova Namekusei, os passos de Dr. Myuu ao seguir Dr. Gero pelo corredor daquele laboratório eram ecoantes. Ao passar pela pequena janela a sua esquerda, o auto-renegado tsufurujin conseguiu ver uma construção destruída que ficava no topo de um planalto esguio que estava há poucos metros dali. Parando por um momento, o cientista sorriu malignamente, retomando a lembrança do dia em que chegou naquele planeta.

HÁ MESES ATRÁS...

Havia se passado pouco mais de duas semanas desde que Goku e seus amigos estiveram em Nova Namekusei após o combate contra Baby. Naquela ocasião, o saiyajin tinha gentilmente solicitado utilizar as Esferas do Dragão a fim de restaurar a Terra, algo que os namekuseijins não puderam lhe negar, dada a gratidão de Son Goku tê-los salvado duas vezes. Entretanto, Porunga não tinha poder suficiente para dispersar a energia negativa deixada pelas Esferas do Dragão de Estrelas Negras a fim de poder reconstruir o planeta que a mesma destruiu, obrigando Goku a recorrer às Super Esferas do Dragão. Isso deixou Moori, o Patriarca de Namekusei, triste por não poder ajudar da forma que Goku gostaria, ainda que o mesmo tenha podido usar as esferas para reviver as pessoas que morreram. Foi pensando nisso que Moori tinha as sete esferas petrificadas em sua frente, além do recipiente de vidro fechado que continha uma miniatura de pedra de Porunga sob a qual derramou um líquido que a fez brilhar, em seguida começou a meditar em pé mesmo diante das esferas com as mãos estendidas para frente. Ao falar algumas palavras na língua nativa dos namekuseijins, um brilho envolveu seu corpo e partiu de suas mãos até alcançar as Esferas do Dragão, fazendo-o sentir uma dor latejante que o fez gemer por alguns instantes, até que aquela energia cessou e o corpo do velho namekuseijin ameaçou ir ao chão, mas um jovem namekuseijin que também estava ali, o segurou a tempo.
— Grande Patriarca, o senhor está bem?
— Estou sim Esca, obrigado.
Esca, o jovem namekuseijin que fora o último sobrevivente na época do ataque de Moro à Nova Namekusei, agora estava mais velho e levemente mais alto, mas ainda aspirando ser o próximo Patriarca. As Esferas do Dragão lentamente começaram a despetrificarem-se, ressonando juntas com seu brilho laranja, o que chamou a atenção do jovem namekuseijin.
— As Esferas do Dragão... O que o senhor fez?
— Eu sei, não faz nem vinte dias desde que Son Goku esteve aqui e normalmente elas só poderiam ser usadas novamente depois de cento e trinta. Porém, no meu ato de dar mais poder para elas, as mesmas acabaram se reativando mais cedo desta vez.
— Dar mais poder para as esferas? Como assim Senhor Moori?
— Como deve saber, as Esferas do Dragão de Namekusei são originalmente mais poderosas do que as que os terráqueos possuem na Terra, mas assim como elas, as nossas também estão limitadas pelo poder do guardião do planeta em exercício e foi por causa disso que Son Goku não conseguiu restaurar o seu planeta naquela ocasião. No entanto, é possível para o Patriarca fortalecer seu vínculo com o dragão através desta água sagrada e também aumentar o poder das esferas em troca de sua energia vital.
— É, mas isso é muito perigoso Senhor Moori, não se esqueça que seu tempo de vida acaba sendo reduzido na mesma proporção do quanto de poder a mais o senhor adiciona às esferas!
— É verdade, mas acho que é algo necessário a se fazer depois delas não poderem ser úteis para ajudar a restaurar o Planeta Terra daquela vez. Além disso, eu já estou velho mesmo e em breve você será o meu sucessor, então não tenho com o que me preocupar.
— O senhor é mesmo muito bom Grande Patriarca. - Esca disse sorrindo e Moori então se soltou do braço dele que o apoiava, já podendo ficar em pé por si mesmo.
— Vamos Esca, me ajude a recolher as esferas, temos que separá-las e mandá-las de volta para os vilarejos.
— Sim!
Moori já havia pegado uma delas e Esca correu para pegar mais duas, porém quando ameaçaram entrar na morada do Patriarca que ficava ali, no alto do planalto em que estavam, uma esfera de energia atingiu a construção.
— O que é isso? - Moori questionou enquanto tentava proteger o rosto da explosão.
No que tudo foi se acalmando, Esca olhou para trás, no céu e enxergou o responsável por aquilo, um homem robusto de pele azul que misturava amarelo e verde em seu colete de ombreiras metálicas, capacete, braceletes, e tornozeleiras.
— Quem é você? - perguntou Esca, que viu Rild descer ao solo e atirar o corpo morto de um namekuseijin guerreiro diante deles, o qual jazia com o peito perfurado, as pupilas viradas e sangue roxo escorrendo pela boca e pelo local da perfuração.
— Não... - Moori ficou em choque.
— Você é o Grande Patriarca, não é mesmo? Esse é o seu guardião? - perguntou o general. - Que decepção, confesso que esperava mais de vocês namekuseijins.
— Olha só Rild, parece que finalmente as encontramos, todas as sete reunidas. - disse o Dr. Myuu ao sair de trás de Rild e se aproximar caminhando calmamente com as mãos nas costas.
— Sim Doutor Myuu, não há dúvida. São maiores e as estrelas são de outra cor, mas com certeza são as Esferas do Dragão.
— Eu já devia supor. - disse o Patriarca. - Não tenho ideia de quem vocês são, mas já se vê que são gente que não merecem as esferas!
— Que raça mais irritante em resistir! O Rild teve de matar uma porção de vocês até chegarmos aqui, já que não sabem cooperar em dar informações!
— O que é uma pena, pois acredito que esses namekuseijins guerreiros poderiam se tornar Máquinas Mutantes com um poder de luta decente. Você não acha Doutor Myuu?
— Claro, apesar de que o que me interessa mesmo são as Esferas do Dragão e portanto, acho melhor que as entreguem para mim se quiserem viver.
— Pode esquecer, nós não vamos entregá-las pra vocês! - exclamou Esca.
— Foi o que pensei... Rild?
— Com prazer Doutor Myuu.
O general estendeu sua mão esquerda formando uma esfera de energia púrpura que foi lançada contra os namekuseijins, causando uma nova explosão.
— Rild, não exagere! - exortou Myuu. - Lembre-se de que vamos precisar de um deles vivo para poder decifrar a língua nativa dos namekuseijins e invocar o dragão, além de que se o Patriarca morrer, as Esferas do Dragão vão deixar de existir.
— Eu sei, não lancei um ataque para matar desta vez! - Rild retrucou com desgosto, logo a poeira abaixou e tanto Esca como Moori ainda estavam vivos, porém, muito feridos. Nisso, Myuu juntou todas as esferas enquanto Rild foi até o Patriarca, o erguendo do chão. - Levanta velho!
— Não... Grande Patriarca... - de bruços e com a voz fraca, Esca tentou inutilmente alcançá-lo estendendo a mão.
Rild jogou Moori de joelhos ao lado do Dr. Myuu e diante das esferas, para o cientista então pressionar a lateral do dispositivo ocular azul que ocultava seus olhos, o que fez sua mão direita ficar envolta em faíscas.
— Vai doer um pouco, mas não é nada diferente do que os seus conterrâneos que encontramos no caminho sentiram, vai compartilhar da dor deles e ao mesmo tempo me ajudará na conquista do universo. Não vai ser bom para todo mundo Grande Patriarca? Hehehehehehaha! - Myuu levou sua mão à cabeça do velho Moori, que virou as pupilas ao gritar de dor enquanto as faíscas penetravam seu corpo através da cabeça. Não demorou muito para símbolos incompreensíveis surgirem na lente do cientista. - Sim, a língua nativa dos namekuseijins... Finalmente poderei invocar o deus dragão e realizar o meu desejo!
— Não... - assistindo a tudo aquilo sem poder fazer nada, Esca não teve como não recordar o que houve quando Moro praticamente exterminou sua raça no passado e como Raspberry controlou sua mente para desejar a Porunga que o mago recuperasse seus poderes mágicos por completo. - De novo não...
— Deixe-me ver, as palavras para invocar Porunga são... Pacarato po Poronga pirito para!
As esferas começaram a brilhar, o céu também logo escureceu e eis que como um raio subindo, o deus dragão de Namekusei se ergueu imponente com seu físico semi-humanoide.
— Aqueles que reuniram as Esferas do Dragão que digam quais são seus desejos. - Porunga falou com sua voz imponente. - Posso realizar qualquer desejo dentro de minhas possibilidades, mas só posso realizar três.
— Três desejos serão mais do que suficiente. - afirmou Myuu. - Eu esperei muito por esse momento e agora finalmente... Finalmente darei início em meu plano de conquistar todo o universo!
— E o que pensa em pedir Doutor Myuu? - indagou Rild. - Sem Baby e sem o Planeta M-2, não há como seguir com o plano original.
— Eu sei e por mais que pudesse reviver Baby com o primeiro desejo, talvez eu não conseguisse controlá-lo para que ele me desse escravos dispostos a se submeterem à evolução para Máquinas Mutantes devido a possibilidade dos genes do Rei Elderu serem capazes de influenciar em sua personalidade e assim o forçarem a seguir com plano para o qual os tsufurujins o projetaram, me dei conta disso enquanto estava trancado no laboratório da nave. Além do mais, não acho que seria inteligente seguir com o plano original enquanto aquele terráqueo desgraçado e seus amigos saiyajins existirem para impedi-lo.
— Aquele orgânico maldito chamado Uub... Ele terá de pagar a humilhação que me fez passar ao se mostrar mais forte do que eu, o general das Máquinas Mutantes, obrigando a me unir com o próprio Planeta M-2 para poder vencê-lo!
— E você vai fazê-lo pagar Rild, no momento certo. No entanto, temos de ser realistas e admitirmos que nem eu e nem você somos capazes disso sozinhos no momento.
— Então o que planeja fazer?
— Estive pensando que talvez nós não tenhamos sido os únicos que tiveram seus planos frustrados pelos saiyajins e pelos terráqueos. Já imaginou quantos inimigos eles podem ter tido que compartilham o mesmo sentimento de ódio que nós e que não tiveram a mesma sorte em terem escapado vivos?
— Aonde quer chegar?
— Observe... - Myuu largou Moori, que permaneceu inerte e se aproximou de Esca, que ainda estava no chão. - Me diga pequeno namekuseijin, ainda há pouco você disse "De novo não...", não é mesmo?
— Tch... Seu...
— Muito bem, vamos ver o que você esconde. - ao abaixar-se, o cientista levou sua mão faiscante à cabeça de Esca, que gritou alto ao sentir seu cérebro sendo penetrado, não demorou muito para que as imagens do passado do namekuseijin viessem ao dispositivo ocular de Myuu. - Como eu suspeitava...
— O que você viu Doutor Myuu? - perguntou o general ao ver seu criador soltar Esca, que terminou desacordado.
— Há dez anos, este planeta foi atacado por um grupo de prisioneiros que fugiram da Prisão Galática, liderados por um mago muito poderoso chamado Moro.
— E?
— E então que eles acabaram derrotados.
— Não me diga que foi com a ajuda dos saiyajins e dos terráqueos?
— Exatamente.
— Como sabia que esse namekuseijin falava de um conflito em que os saiyajins estiveram envolvidos?
— Eu não sabia Rild, apenas deduzi, até porque um saiyajin também esteve envolvido na batalha que destruiu Namekusei há vinte e oito anos atrás, pelo que pude averiguar. Essa raça tem sido uma verdadeira praga na história do universo e os terráqueos têm se mostrado não serem diferentes!
— Acho que estou entendendo, mas mesmo assim, ainda não sei o que pretende pedir.
— Você já vai ver... - Myuu caminhou novamente na direção de Moori, que ainda jazia de joelhos.
— Já decidiram qual será o seu primeiro desejo? - perguntou Porunga.
— Sim... - o cientista levou a mão à cabeça do ancião novamente, a fim de ter acesso à linguagem nativa dos namekuseijins, recitando então ao deus dragão uma sequência de palavras incompreensíveis.
— Esse é um desejo muito fácil de realizar. - disse Porunga, antes de seus olhos vermelhos brilharem.
— O que você pediu Doutor Myuu? - Rild indagou curioso, mas o feixe de luz que caiu do céu há alguns metros dali respondeu por si só, uma grande torre que parecia uma fortaleza, semelhante a qual o cientista vivia escondido no interior do Planeta M-2, surgiu ali, do mais puro nada. - Mas isso é...
— Isso Rild, é um laboratório como o que eu tinha em M-2, só que com uma tecnologia ainda melhor e um quarto com cápsulas de hibernação de Máquinas Mutantes especiais, assim como você. Esse foi o meu primeiro pedido.
— Seu desejo foi realizado, agora diga, qual é o seu segundo desejo.
— Vejamos, os nomes que encontrei nas memórias daquele garoto namekuseijin foram Piccolo, Kuririn, Son Gohan, Vegeta e... Son Goku.
— Goku? - perguntou Rild. - Acho que esse era o nome do mestre de quem Uub falava que ganhou aquele bastão que carregava nas costas!
— Isso mesmo Rild, eu também ouvi ele falar esse nome naquele dia quando citei a batalha que destruiu Namekusei, não pode ser só coincidência.
Myuu se voltou para Porunga outra vez e recitou novas palavras na linguagem namekuseijin, sendo as únicas palavras reconhecíveis os cinco nomes que citara anteriormente, além dos nomes de Moro e Uub.
— Hmm... - Porunga parecia pensativo. - Eu posso realizar esse desejo, mas não em sua totalidade. Um desses corpos eu não poderei reconstruir porque sua alma já foi reencarnada em outro ser, inclusive, trata-se desse tal de Uub a quem você mencionou.
— Interessante, seria esse o segredo da força que aquele terráqueo possui? - Myuu filosofou consigo mesmo.
— Além dele, há outro corpo que pertenceu a um ser que foi apagado da existência em outra Linha do Tempo, o qual não poderei trazer de volta.
— Não importa, realize o desejo assim mesmo.
— Certo, porém tenho mais uma dúvida.
— Mas que irritante! E o que é agora?!
— Um desses seres originalmente tinha um corpo biológico, mas se desfez do mesmo e o substituiu por um corpo mecânico. Qual dos corpos dele devo reconstruir?
— Um ser que se reconstruiu como uma máquina? Alguém como eu? - Myuu fez uma pausa e sorriu maleficamente. - Isso é muito interessante, reconstrua o corpo mecânico!
— Certo. - Porunga disse antes de seus olhos se iluminarem como antes. - Está feito, seu segundo desejo foi realizado.
— O que pediu agora Doutor Myuu? - perguntou Rild.
— Pedi para que reconstruísse dentro das cápsulas de hibernação os corpos dos maiores inimigos que Uub, Son Goku, Vegeta, Son Gohan, Piccolo e Kuririn já derrotaram e que foram mortos, seus inimigos mais cruéis e que mais lhes deram trabalho, inimigos que um dia os detestaram tanto quanto nós.
— Interessante, mas isso não iria reconstruir o corpo de Baby também?
— Provavelmente, se eu não tivesse feito o adendo para Porunga reconstruir apenas os corpos de seus maiores adversários até a época desse tal de Moro apenas, não quero correr o risco de reviver alguém a quem eu não possa controlar, como o Baby.
— Então isso quer dizer que o terceiro desejo...
— Isso mesmo! - Myuu novamente se voltou à Porunga e recitou o idioma de namekusei, logo os olhos do dragão se acenderam outra vez.
— Seus três desejos foram realizados. Agora eu me despeço, até a próxima!
O corpo do dragão brilhou e desapareceu, as esferas subiram em um feixe de luz e se espalharam pelo céu, que depois disso, voltou a ficar claro.
O Dr. Myuu e o General Rild então se encaminharam para o laboratório e eis que a dupla acessa a ala que procuravam, a ala com as cápsulas de hibernação. As telas ao topo de cada cápsula indicavam os sinais de vida dos inimigos do passado que ali jaziam adormecidos, bem como mostravam uma análise do poder de luta contido em seus corpos e algumas informações pessoais sobre os mesmos. Logo o cientista encontrou quem estava procurando, um homem velho de bigode e longos cabelos brancos.
— Acho que é dele que Porunga estava falando, o homem que assim como eu, se converteu em uma máquina.
— Pela análise do computador, é o que parece. - disse Rild. - Seu nome é Doutor Maki Gero.
Myuu então se aproximou do computador e apertou alguns botões, o vidro da cápsula se ergueu e logo o homem foi abrindo seus olhos lentamente, enxergando o cientista que o olhava com um sorriso malévolo.
— Bem vindo de volta à vida, Doutor Maki Gero.


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