Dragon Ball GT Kai escrita por FagnerLSantos


Capítulo 110
Destinos traçados! Uub e Rild frente a frente outra vez!




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Um complexo trabalho que havia durado horas estava finalmente chegando ao fim na Corporação Cápsula, célula a célula, a desconstrução do processo que tornou Daburá um Androide Mutante levada a cabo por Bulma e seu pai estava saindo como o esperado. Utilizando-se de scanners, microscópios, ferramentas a laser e pequenas sondas internas, a cientista desfazia todas as alterações mecânicas nas células afetadas com muita cautela, tornando-as totalmente orgânicas outra vez sem danificá-las e tendo terminado de limpar a última célula na região da coluna e enfim conduzido a sonda restante para fora pela cavidade nasal, Bulma afastou o rosto e limpou o suor em sua testa com um sorriso de satisfação.
— Com essa última região de células restauradas, terminamos!
— Até que enfim. - disse Vegeta, levantando-se da sua cadeira e se aproximando da mesa onde o demônio jazia deitado.
— Certo, nesse caso então eu irei tirá-lo da animação suspensa. - como antes, o Dr. Briefs mexeu nos computadores e mandou estímulos ao cérebro dele através dos eletrodos fixados em suas têmporas a fim de acordá-lo e então, logo de ter feito o processo, notou uma solicitação na tela. - Filha, parece que tem uma solicitação de chamada de vídeo para você.
— Para mim? - curiosa, Bulma se aproximou do computador e Vegeta foi com ela. - Deixe-me ver.
Ela abriu a transmissão que estava cheia de chuviscos, mas logo a imagem ficou levemente mais nítida, mostrando a imagem do rapaz de cabelo lilás em formato de tigela.
"Gill, deu certo!"
"Gill, Gill!"
— Trunks?
"Olá mãe, vovô!"
— Hmpf... - de braços cruzados, Vegeta se colocou a vista dele na transmissão. - Se está entrando em contato, significa que conseguiu dominar a base inimiga, meus parabéns Trunks.
"Obrigado pai e desculpem não ter entrado em contato antes, o Gill e eu tínhamos que ter certeza de que a comunicação com os satélites da Corporação Cápsula não iria ser interceptada e eles acabassem descobrindo a situação por aqui. Nós conseguimos parar a fábrica de Máquinas Mutantes e descobrimos parte do plano do Doutor Myuu e do Doutor Gero, vou mandar os documentos para vocês."
Trunks digitou algumas linhas de comando e enviou os arquivos que, aos poucos, foram chegando ao computador de sua mãe.
— Já estou recebendo aqui e vou analisá-los, obrigada filho.
"E não se preocupem com a gente, tivemos lutas difíceis, mas estamos todos bem, eles planejavam prender a gente aqui e nós vamos deixa-los acreditar que conseguiram, vamos monitorar tudo daqui e tentar descobrir mais coisas, nós já temos um plano para voltar quando for necessário. Vocês têm alguma notícia do Uub e do Senhor Goku?"
— Eles já estão a salvo e o Uub inclusive acordou há pouco e voltou para o campo de batalha. - respondeu Vegeta.
"Isso é sério? Que boa notícia! Vocês ouviram isso pessoal? O Uub está bem!"
"Que bom!" - disse Marron ao fundo.
"Eu sabia que ele não iria se dar por vencido por muito tempo!" - Goten também se manifestou.
"Mãe, eu tenho que desligar agora, não vou conseguir manter essa comunicação direta por mais tempo, mas eu entrarei em contato de novo assim que possível, caso eu descubra mais alguma coisa."
— Tudo bem Trunks, boa sorte e se cuida, está bem?
"Pode deixar!"
E então ele desligou. Logo após isso, Daburá respondeu aos estímulos abrindo os olhos lentamente, não havendo mais neles a marca em cruz característica dos Androides Mutantes.
— Oh vejam, Daburá está acordando. - disse Dr. Briefs ao chamar a atenção para o mesmo, Bulma foi até a mesa, removeu os eletrodos na testa dele e logo ele ergueu o tronco e virou-se, sentando-se enquanto olhava a si mesmo.
— E então Daburá, como se sente?
— Eu me sinto... ótimo! Pela primeira vez em muito tempo, sinto o meu corpo livre de qualquer influência! - o demônio se colocou de pé e reverenciou dobrando-se para frente enquanto Vegeta o encarava em silêncio de onde estava. - Obrigado Bulma, jamais irei esquecer o que fez por mim.
— De nada, mas não se esforce muito ainda, você acabou de sair de uma cirurgia em suas células, tome cuidado para não fazer muito esforço.
— Entendido.
— E Vegeta...
— Ah, o que?
— Você já pode ir lutar se quiser, acredito que o Daburá não irá se importar de ficar aqui nos protegendo, não é?
— Não, eu não me importo, depois de tudo, é o mínimo que posso fazer.
— Mas que estupidez! - o Príncipe dos Saiyajins exclamou. - Eu já te disse, não pretendo te deixar sozinha com esse verme, ele só está esperando eu virar as costas e baixar a guarda para agir, será que não entende?
— Vegeta, ainda com essa desconfiança? - perguntou Bulma. - Quantas vezes eu tenho que dizer que Daburá não é mais o mesmo?
Marido e mulher estavam prestes a discutir de novo quando, com um semblante sério, o Rei das Trevas o chamou:
— Vegeta. - com seus olhos como de serpente e de fundo amarelo, ele olhou fundo nos olhos do saiyajin. - Sei que ainda não confia em mim e não o culpo, provavelmente eu faria o mesmo no seu lugar. Também não tenho como te garantir que já não sou mais como eu era quando servia ao Babidi, só o que posso te dar é minha palavra e eu prometo que protegerei a sua esposa com a minha vida se necessário.
Vegeta ficou em silêncio por um momento e sem desviar o olhar se aproximou, encarando-o de frente, cara a cara.
— Me dá a sua palavra? E o que a palavra de um miserável como você vale?
— Nada, mas como disse, é só o que posso te dar. O Doutor Gero e o Doutor Myuu planejam algo grande para com o Androide Mutante #17 e você é o único tão forte quanto o próprio Goku, então vá e impeça que isso aconteça e quando voltar, se a Bulma ou qualquer outra pessoa da sua família estiver machucada, mesmo que eu não tenha sido o responsável, não pretendo fugir e nem reagir, pode me matar no mesmo instante.
Vegeta o encarava firme e mesmo inabalável, conseguiu ver verdade nos olhos e nas palavras do demônio, o Paraíso de fato o havia mudado de alguma forma e sem dizer uma palavra, Vegeta lhe deu as costas e voltou-se para sua esposa.
— Bulma.
— Sim?
— Eu vou levar um daqueles seus comunicadores, estude o que o Trunks mandou e me mande os detalhes do que ele descobriu e se acontecer alguma coisa, qualquer coisa, não hesite em me chamar, eu chegarei aqui em questão de segundos.
— Tudo bem, pode ir tranquilo e tome cuidado!
— Eu sei.
Vegeta saiu e depois que já havia passado pela porta, Daburá ficou a pensar.
— (É, eu tinha mesmo razão quanto à impressão que tive, você também mudou bastante Vegeta.)

O período da noite começava a se fazer presente em uma região de floresta que ficava a sudoeste da Capital do Leste. A bela paisagem estava aos poucos mudando drasticamente, as árvores secavam, os animais tentavam fugir sem sucesso antes de acabarem dissecados e os humanos que moravam na região iam tendo o mesmo destino. A energia vital que lhes era drenada estava indo para um só destino, a mão do mago de aparência de bode antropomórfico azul, de calça púrpura e de pelagem marrom nos ombros e em volta da cintura, Moro condensou aquela energia em uma pequena esfera e a devorou, sem demonstrar mudança em seu semblante de insatisfação.
— Estou a horas fazendo isso bem devagar para aproveitar ao máximo, mas acho que já enjoei da energia deste planeta, já não encontro mais nenhuma de gosto diferente em lugar algum. Acho que chegou o momento de eu meter o pé na bunda daqueles doutores e sugar todo esse planeta de uma vez, antes de ir embora a procura de novos mundos para devorar! - Moro ascendeu bem alto aos céus e levantou a mão, estava prestes a fazer quando algo o fez parar. - (Que energia é essa que acabo de sentir? Lembra um pouco da energia do Goku e do Vegeta, mas ainda é bem diferente, de quem será? Acho que esse planeta pode esperar um pouco mais...)
E então Moro abaixou o braço e partiu para a direção onde sentiu aquele ki.

Sem perceber a presença do mago nas proximidades, Broly voava a uma velocidade lenta enquanto levava Lemo e Cheelai apoiados em seus ombros. Eles notavam estranhas mudanças na paisagem, mas não estavam dando muita importância tendo em vista de que a Terra era um lugar praticamente desconhecido para eles.
— Acho que nós já passamos por aqui antes. - disse Lemo.
— Tem certeza? - perguntou Cheelai. - Esse lugar parece novo para mim.
— Eu sei que está diferente por alguma razão, mas estou certo de que já passamos por aqui, posso estar velho, mas minha memória fotográfica ainda é muito boa.
— Broly, sabe mesmo onde estamos indo?
— O Son Goku... O Kakarotto... Ele me disse que morava longe da cidade.
— É só isso que sabe? Não consegue rastrear ele pelo ki, como ele mesmo te ensinou? - Broly respondeu a ela negativamente ao sacudir a cabeça, não entendia o porquê não encontrava o ki de Goku, mas ele também não fazia ideia de que seu amigo naquele momento estava fraco e convalescente na Corporação Cápsula. Cheelai então apenas riu da ideia dele em achar que poderia encontrar Goku sem nenhuma referência. - Ah Broly, só você mesmo... Poderíamos parar só um momento? Estou me sentindo um pouco enjoada.
O saiyajin assentiu com um sorriso e então aterrissou em uma clareira onde havia uma grande rocha com uma entrada para uma pequena caverna e colocou-os no chão, era um bom lugar para descansarem e até mesmo esquecer um pouco do que estava acontecendo na Terra.
— Enjoada você disse? Mesmo estando acostumada a pilotar todo o tipo de naves espaciais? - perguntou Lemo que riu ao desconfiar e ergueu o rosto para olhar as estrelas. - Esses jovens de hoje...
Foi ele o primeiro a ver a figura do bode sob a luz do luar ao encará-los lá de cima e ao ver a estranheza na feição do velho, Cheelai também olhou para o alto.
— Quem é aquele ali?
Broly também encarou o estranho e percebendo certa hostilidade vinda dele, olhou para seus amigos e disse:
— Fiquem aqui.
O saiyajin mutante então ascendeu e pairou no nível em que ele estava, ficando de frente com a figura de Moro. O mago reparou nas vestimentas dele que eram braceletes, botas e colete brancos com detalhes em verde, calça de malha em um azul fosco e a orelha de seu finado mascote Ba amarrada na cintura.
— Essa armadura se parece muito com a que Vegeta usava, deve ser um saiyajin, correto? - Broly nada lhe dizia e apenas encarava seus olhos de Androide Mutante marcados por uma cruz. - Vamos, diga alguma coisa.
— Vá embora.
— (Ele ficou acuado só com a minha presença? Parece até o instinto de um animal quando se sente ameaçado por um predador.)
— Eu disse para ir embora!
Broly se jogou a desferir uma cabeçada no rosto de Moro, afastando-o dele e com um sorriso o mago limpou o sangue no canto da boca.
— Será mais divertido do que eu imaginava, me sinto um caçador que precisa abater a sua caça antes de desfrutar dela. - ele formou algumas esferas de energia em torno de si. - Saiyajin, quero provar a energia que tem quando se sente ameaçado!
O mago moveu o braço, arremessando uma das esferas que o atingiu em cheio, empurrando-o para trás. Imediatamente ele foi lançando as outras em sequência, obrigando o saiyajin a se esquivar delas enquanto as explosões ocorriam a sua volta e eis que então Moro se aproximou, agarrou sua cabeça e meteu-lhe uma joelhada na boca do estômago, soltando-o a juntar as mãos para golpear como marreta em suas costas na direção do chão, só que antes que seu corpo caísse na floresta, o bode moveu a mão a puxar, usando a energia do planeta para criar um pilar de energia flamejante brotando do solo que lançou Broly para o alto novamente.
— Broly! - exclamou Cheelai.
Quando o corpo do saiyajin chegou à altura em que ele estava, Moro estendeu a mão e o fez parar, prendendo-o de braços e pernas abertas com uma magia telecinética.
— E então, não vai se transformar? O Goku e o Vegeta eram capazes de fazer isso e calculo que você também seja.
Broly começou a se deixar dominar pela fúria, a ranger os dentes, uma aura esverdeada começou a envolver a silhueta de seu corpo de músculos a crescerem enquanto as íris de seus olhos ganhavam um tom amarelado.
— Grrrr... Grrrraaaaaaaaaaah!
Desatando o ki da sua forma de Oozaru controlada, o saiyajin se libertou facilmente da magia do mago e partiu para o ataque, suas mãos foram direito ao pescoço na intenção de estrangulá-lo, mergulhando com ele na direção da floresta. Broly fez as costas dele atravessarem uma árvore e depois alcançarem o solo em um tremendo impacto que despedaçou os arredores a abrir uma nova clareira e sendo pressionado contra o chão, Moro escancarou a boca e disparou uma poderosa esfera de energia direto no rosto dele, com a explosão obrigando Broly a largá-lo e ser contra-atacado quando o bode literalmente o chifrou com uma cabeçada em seu peito ao mesmo tempo em que se levantava ao executar o movimento. O saiyajin retrocedeu com aquilo, mas em fúria atacou novamente, despejando socos um após o outro, deixando o mago em total defensiva.
— (Parece uma fera selvagem que vai se adaptando a forma de lutar do inimigo, nunca vi nada parecido!)
Vendo que seu espaço iria acabar quando suas costas se aproximassem da rocha ali atrás, Moro sumiu no momento exato de um soco, deixando a imagem de um Zanzoken enquanto o punho destroçava aquela rocha em pedaços. Ressurgindo lá no alto, atrás de Broly, o mago novamente criou esferas de energia ao seu redor, mais do que da outra vez e começou a bombardear o lugar onde o saiyajin estava com elas e incessante, Broly ascendeu ao encontro delas, desviando-as ou mesmo atravessando-as como se nada fossem e tratando-o como um touro, Moro desviou o corpo para o lado, deixando que ele passasse reto em sua investida. Broly porém parou e virou-se rapidamente, erguendo as duas mãos para o alto onde uma gigante esfera de energia verde começou a crescer.
— Grraaaaaaaaaaaah!
Ele então a arremessou contra seu alvo que sequer esboçou algum pavor e com um sorriso de deboche, esperou por aquela grande quantidade de ki chegar para segurá-la com a própria boca aberta, a esfera aos poucos foi diminuindo de tamanho e entrando a passar pela sua garganta até não restar mais nada. Surpreso, Broly ofegava enquanto seu ki se continha e ele voltava ao normal.
— Ele engoliu meu ataque?
Mantendo a calma, Broly fechou os olhos, respirou fundo e então, elevando o ki novamente, fez surgir uma aura esverdeada ao seu redor, cor essa que também tingiu seus cabelos e sobrancelhas. Abrindo seus olhos agora azuis esverdeados, ele encarava Moro no resplandecer de seu Super Saiyajin, totalmente controlado se comparado a outros tempos e o mago sorriu de canto, muito ansioso por querer experimentar a energia que dele vazava.

No planeta dos finados namekuseijins, Trunks e seus amigos descansavam das batalhas que travaram ao mesmo tempo em que vigiavam as coisas de longe. Graças à conexão com a rede de satélites da Corporação Cápsula, Gill e ele conseguiam ter acesso a imagens em tempo real do que estava acontecendo na Terra, as abrindo em janelas separadas para acompanhar tudo ao mesmo tempo.
— Parece que as coisas na Terra estão ficando sob controle, apesar de muitas vidas terem se perdido.
— É Trunks, nós fizemos o que podíamos, mas é bom saber que ao menos estamos vencendo. - comentou Goten.
— Mas nós poderemos reviver todo mundo com as Esferas do Dragão, não é?
— Claro que sim Marron! - Goten disse com entusiasmo. - Depois que vencermos, poderemos usar as Esferas do Dragão para consertar tudo, como sempre fizemos!
Ela sorriu para então perguntar algo a Trunks diante do computador:
— Escute, será que você consegue ver onde estão o meu pai e a minha mãe? Gostaria de saber como eles estão.
— Se eles estiverem dentro das coordenadas que os satélites conseguem cobrir, consigo sim! A Androide #18 estava em Cidade Satan não é? - Trunks digitou algumas linhas de comando, indo para as coordenadas do lugar mais óbvio possível. - Ela está de guarda... em casa.
— Típico dela... - Marron bateu a mão na testa. - O mundo inteiro desabando e ela preocupada com a nossa casa, só de lembrar que eu também costumava pensar como ela, que vergonha!
— Não fique assim minha linda, acho que a sua mãe só está preocupada em proteger o que é importante para ela.
— Não defenda ela Goten!
— Eu só estou tentando ver as coisas do ponto de vista dela, a #18 se preocupa muito com você e com o seu pai, talvez ela só queira garantir que vocês tenham uma casa para onde voltar quando tudo isso acabar.
— Ah Goten, só você mesmo para pensar algo de bom em ato egoísta da minha mãe... - o saiyajin coçou a nuca enquanto ria e ela acabou rindo também. - E quanto ao meu pai?
— O Senhor Kuririn derrotou um Androide Mutante muito poderoso ainda há pouco e agora segue atrás do grupo do Senhor Tenshinhan para outro lugar, me pareceu que eles estavam no rastro do Doutor Myuu.
— O pai de Marron é forte?
— Sim Gill, ele é muito forte e muito corajoso!
— Trunks e sobre o meu irmão, você conseguiu ver ele em algum lugar?
— Eu vi ele há pouco em algum lugar na região da Montanha Paozu, mas acabei perdendo o sinal, sem falar que já começou a anoitecer por lá. Ele estava com a Pan, a sua mãe e a sua cunhada, todos pareciam estar bem. - Trunks digitava linhas atrás de linhas de comando tentando captar imagens de todas as coordenadas possíveis nas regiões próximas da Capital do Oeste. - Agora eu estou tentando encontrar o nosso companheiro de viagem.
— Trunks, Gill encontrou Uub, Gill encontrou Uub!
— É verdade? Me mostre onde está!
Conectado ao sistema, Gill abriu uma janela na tela e a imagem do satélite foi renderizando aos poucos enquanto dava zoom e do alto podia se ver o jovem terráqueo a voar por sobre uma área de belos prados verdejantes, carregando o Bastão Mágico em suas costas, rumando a Capital Central.
— É ele, é o Uub! - exclamou Marron.
— Será que ele está procurando pela gente? - perguntou Goten.
— Se o meu pai não contou aonde nós fomos, talvez. - respondeu Trunks. - Em todo caso, é bom ver que ele está bem e determinado a lutar outra vez, esse sim é o Uub que conhecemos!
Lá no fundo, sentado em um canto de braços cruzados, Soba o via na tela com orgulho por ter enfim superado sua dor e entrado no campo de batalha como deveria ter sido desde o começo.

Na Terra, Uub parou naquele momento e olhou para o céu, já era quase final de tarde naquele lugar do planeta que ficava entre a Capital do Oeste e a Capital Central.
— Que estranho, por um momento, tive a sensação de estar sendo observado, mas não foi uma sensação ruim, senti como se de algum lugar, alguém estivesse torcendo por mim. - e então, naquele momento, vindo da mesma direção a seguir para a Capital Central, aquele indivíduo robusto de pele azul trajando colete, braçadeiras e perneiras em amarelo com detalhes em verde, além de uma sunga azul escuro, passou voando rapidamente a sua esquerda, seus olhares se cruzaram como em câmera lenta naquele instante em que o destino os colocou frente a frente mais uma vez. - Ri-Rild?!
O general freou assim que o viu, por um momento, não acreditou que tinha visto quem achava que viu, mas logo caiu em si e virou-se para comprovar.
— Uub... Então realmente sobreviveu ao Abismo?
— Sim e eu não esperava que o primeiro que iria encontrar depois que acordasse seria justamente você. - ele fechou os olhos por um instante, lembrando-se da horrível cena de sua família esquartejada nos restos de sua casa em meio às chamas e um General Rild a debochar enquanto lhe atirava no chão a cabeça decepada de seu irmão mais novo. - Você destruiu a minha alma naquele momento, fazendo com que surgisse em mim um ódio que jamais senti, por sua causa eu me entreguei ao demônio dentro de mim e quase matei o meu mestre. Tive que "nascer de novo" para estar aqui agora, recuperar minha pureza, só que mesmo assim, aquele ódio ainda arde em meu interior com a vontade de fazer você pagar pelo que fez... Agora eu juro Rild, você vai morrer! Aaaaaaah!!!
A aura de Uub surgiu gigante a fazer a terra tremer e o céu se rasgar, Rild se impressionou por um momento quando então sorriu malignamente.
— Isso, me odeie, me odeie tanto quanto eu te odeio! Eu não queria mesmo que morresse naquele lugar, meu desejo era que voltasse para ser morto como merece: pelas minhas próprias mãos! - Rild também elevou o seu ki como um tornado em torno de si, liberando o metal líquido em seu interior para tomar forma como uma armadura em seu exterior, unindo-se ao seu corpo. De colete vermelho, assim como as braçadeiras e perneiras, com asas de avião invertidas nas costas, apenas seus olhos eram visíveis por trás do capacete em vermelho e amarelo a proteger sua cabeça e face, o general ascendeu mais uma vez para a forma de Hyper Meta-Rild que havia massacrado o jovem terráqueo em um passado recente. - Desta vez não terei piedade, vou triturar esse seu corpo de carne até que não reste mais nada, orgânico maldito!
Com o desejo fervente de vingar sua família, a batalha da vida de Uub estava para começar...


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