Dragon Ball GT Kai escrita por FagnerLSantos


Capítulo 100
Opressão no passado e acerto de contas no presente! O poder de Soba, o guardião dos yadoratseijins!




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Construções caídas, gente morta espalhada pelas ruínas e gente viva em pânico na busca de sobreviver, o cenário em todo o planeta era basicamente o mesmo, mas a luz no fim do túnel parecia visível outra vez. Como havia prometido, Freeza colocou seu exército para lutar ao lado do Exército de Rejick e juntos eles se tornaram implacáveis contra as forças inimigas, as Máquinas Mutantes, agora sem a reposição constante, estavam escassas e já não representavam mais a ameaça de antes, seus números estavam reduzindo, assim como os números de Saibamen Mutante e de namekuseijins vítimas dos experimentos do Dr. Myuu e do Dr. Gero. Tambourine e seus irmãos ainda continuavam se reproduzindo em escala suficiente para mantê-los fortes no conflito, mesmo com as baixas, o que os tornava naquele momento a polaridade inimiga mais forte e julgando pelo fato que eles estavam agindo de forma independente, era como se as forças dos cientistas estivessem à beira da derrota e mesmo cientes disso, ambos estavam focados nos reparos do Androide Mutante #17 para por fim dar início a quinta e última fase do seu plano. Tendo deixado Gel e Sheela aos cuidados de Kikono e Berryblue, os quais haviam saído da nave com as tropas do imperador para coordená-las, Rejick foi à procura dos doutores na companhia de Freeza, já que ambos desejavam matá-los e enquanto percorriam o céu, o mercenário explicava como ele tinha uma tropa pronta e próxima da Terra antes mesmo da invasão.
— Então quer dizer que já sabia que este planeta seria invadido, correto?
— Bem, depois que o torneio acabou, eu fiquei por aqui para reconhecer o planeta e no dia seguinte, enquanto voava por aí, acabei notando a presença de alguém que estava vigiando os passos de Uub e de seus conhecidos, se tratava daquele mesmo indivíduo com o qual você lutou, o Androide Mutante #17. Não era um problema meu, mas como podia ser algo que poderia atrapalhar os meus planos, decidi ficar de olho nele e acabei descobrindo sobre os planos de invasão. Achei que seria a oportunidade perfeita para fazer um acordo em proteger o planeta e no final, assumir o controle dele em definitivo sem oposições, pelo menos, foi o que pensei inicialmente. Preparei então meus soldados de antemão para que viessem e como já tinham tropas minhas próximas daqui, consegui deixá-las a postos em menos de dois dias.
— Você é mesmo muito sagaz meu jovem, seu método não é algo que eu faria, mas tenho que reconhecer que é muito inteligente, apesar de ainda te achar mole demais, é um desperdício entregar esse planeta de volta, mesmo não fazendo isso de graça.
— Sei bem o que estou fazendo, se vou devolver o controle do planeta, é porque tenho minhas razões. Nem tudo se resolve com a força Mestre Freeza, às vezes, é necessário usar a cabeça e um pouco de diplomacia.
— De qualquer jeito, você não é melhor do que eu. É bom que saiba que sou eu quem ainda mando nesse universo!
— De acordo, desde que tenha ciência de que isso mudará assim que eu tomar uma atitude contra você.
Freeza apenas sorriu malignamente enquanto ria internamente e Rejick sorriu confiante ao encará-lo voando lado a lado, percorrendo o céu em busca das mentes inimigas.

Em Nova Namekusei, a água corria sob os pés de Ginyu enquanto ele olhava para Soba, que estava imponente ao encará-lo do alto daquela elevação de terra. Tendo visto os yadoratseijins de perto no passado, o capitão reparou no corpo forte de alta estatura e com cicatrizes que ele tinha, trajando a armadura típica sob o troco nu, calças em preto fosco, além de botas e uma faixa branca na cintura, possuindo algo como uma barba em azul acinzentado no rosto de expressão séria que não fazia lembrar em nada o lado gentil conhecido daquela raça, ele era diferente comparado ao resto dos seus compatriotas.
— Um yadoratseijin com força suficiente para machucar este corpo... Mas que tipo de brincadeira é essa?
Vendo Trunks e seus amigos indo embora rumo à fortaleza, Gurdo decidiu agir:
— Covardes, não vou deixar que fujam! - ele arrancou com suas pequenas pernas a agitar a água do riacho enquanto corria.
— Você não vai a lugar nenhum, baixinho... HUMMM!
Soba juntou os braços como um xis diante do rosto e jogou os braços para os lados, abaixo da cintura, gerando um pulso vibrante no campo de batalha enquanto seus olhos brilharam em amarelo naquele instante e então, a sair de baixo da terra jorrando água e lançando pedras para o ar, uma estranha criatura humanoide em tons de azul acinzentado, com orelhas pontudas, cabeça côncava, barbilhões de peixe no rosto, corpo esguio com nadadeira dorsal e rabo de enguia ascendeu diante de Gurdo, golpeando-o no queixo a derrubá-lo de costas na água rasa.
— Argh! - o alien verde fitou seus quatro olhos a se arregalarem para a criatura. - Mas o que é isso? De onde essa coisa saiu?!
— Chame-se Invocação Espiritual, uma arte originária dos yadoratseijins pioneiros que consiste em separar um pedaço do seu espirito e invocá-lo na forma de uma ou mais bestas. - explicou Soba. - Eu as chamo de Yaki.
— Yaki? Yadoratseijin pioneiro? Quem é você afinal? - perguntou Ginyu.
— O meu nome é Soba e sou o guardião do Planeta Yadorat e da raça yadoratseijin do Universo 7!
— Soba? - Ginyu logo sorriu malignamente. - Claro, eu já ouvi o seu nome quando estivemos em Yadorat há vinte e sete anos, diziam que você iria nos destruir por ameaçar a paz daquele planeta, assim que voltasse.
— Do que está falando? Não me diga que...
— Isso mesmo, tenho certeza que já ouviu falar de mim, sou o líder das Forças Especiais Ginyu... - ele fez sua pose. - Ginyu!
— E eu... - Gurdo se levantou e em um salto se posicionou ao lado do capitão, também fazendo sua pose. - Sou Gurdo!
Apesar de surpreso, Soba manteve a compostura, o Yaki atrás deles saltou em um rugido sussurrante para golpeá-los num mergulho com suas garras, a dupla desviou no último momento, ascendendo aos céus e deixando a criatura adentrar além do fundo do riacho para dentro da terra novamente e agora, olhando lá de cima, Gurdo se irritou.
— Ei, o capitão e eu estávamos fazendo nossas poses de batalha, tenha mais respeito!
— Ora, cale-se! - ele olhou a sua volta, reparando nos caídos Recoome, Botter e Jiece, o qual já havia desmaiado também a essa altura. - Logo se nota que tem o espírito mais fraco entre os cinco, você fala demais com essa sua boca grande e fedorenta.
— Miserável, como ousa falar assim comigo?! Capitão, eu quero matá-lo, peço que me deixe lutar agora!
— Não vai conseguir, afaste-se!
— O senhor não confia nas minhas habilidades, é isso?
— Não se trata disso, sei muito bem do que é capaz, mas ele tem razão quando diz que você é o mais fraco de nós, me desculpe te dizer isso. É melhor que se afaste e fique na retaguarda, as Forças Especiais Ginyu não podem sofrer mais baixas!
— O que?! Eu também me tornei um Androide Mutante e quero lutar, não posso ignorar que sujeitos arrogantes como ele me insultem! - enfurecido, Gurdo se colocou a frente e abriu os braços, os levantando lentamente, o chão ao redor foi se fragmentando em farpas e rochas enormes que iam levitando a povoar o céu de maneira impressionante. - Ele é apenas um yadoratseijin e os yadoratseijins são fracos, então sinto muito capitão, mas desta vez eu vou te desobedecer e mostrar que posso derrotá-lo!
— Idiota! - Ginyu exortou inutilmente.
— Tome isso!
Estendendo as mãos, o alien verde fez chover pedras na direção de Soba, que as recebia de peito aberto sem problemas. Logo Gurdo mandou três rochas, uma maior do que a outra, as quais o yadoratseijin partiu em pedaços facilmente com uma cabeçada, um soco e um chute giratório respectivamente, o que irritou o pequeno mais ainda. Seus olhos brilharam e a elevação de terra onde Soba jazia começou a se desgrudar do solo, levando-o com ela.
— Hum?
— Com meus poderes psíquicos maiores que os de qualquer outro, sou capaz de desmontar este planeta inteiro se eu quiser, mas não pense que agora aceitarei um pedido de desculpas da sua parte, já é tarde demais para você yadoratseijin! - mais pedaços do chão foram se levantando, Gurdo estava de fato desmontando e remontando o planeta com seu poder. O chão onde Soba pisava começou a desmanchar-se e tomar nova forma, com os fragmentos indo contra ele e sem parar, mais e mais o alien verde lançava rochas, árvores e pedaços de montanhas a um único ponto no intuito de esmagar o yadoratseijin ali no meio, Gurdo estava impondo tanta força que as mesmas rochas estavam cedendo a moldar uma grande esfera rochosa e irregular no céu, a paisagem ao redor em um raio de quilômetros estava ficando cada vez mais irreconhecível, inclusive com água a verter do fundo do solo. - E agora, para garantir que você não vai escapar... SHAAH!
Gurdo aplicou seu poder paralisante sob o aglomerado de rochas no ar a se esmagar cada vez mais para sufocar Soba lá dentro, evitando assim que ele pudesse se mover ou usar o ki, o yadoratseijin ficou sem reação, estando cada vez mais apertado em posição fetal.
— Oh... Impressionante Gurdo! - disse Ginyu, em êxtase.
— Heheh, obrigado capitão. - ele agradeceu cheio de alegria pelo reconhecimento. - Cedo ou tarde, a pressão vai matá-lo, então se quiser finalizá-lo com o golpe de misericórdia, a hora é agora.
— Está certo... Por um momento eu cheguei a pensar que ele fosse diferente e até que tivesse um corpo forte que valia a pena, mas vejo que me enganei e que aquele soco foi apenas sorte. - Ginyu apontou a mão e continuou. - Ele provavelmente vai morrer ali dentro, mas é melhor dar um fim nele o quanto antes e ir atrás dos garotos. - foi então que ficou confuso ao ver a esfera rochosa começar a rachar subitamente. - O que está acontecendo Gurdo?
— Eu não sei, isso não deveria ser possível! - eis que então o pequeno planetoide rompeu-se em pedaços, caindo a estremecer por terra e do meio dele surgiu um Soba gigantesco que repousou seus pés no chão com o máximo de cuidado, pois não era apenas grande, era enorme a alcançar as nuvens. - Ma-Ma-Mas o houve com ele?!
— Chama-se Gigantificação, uma técnica básica dos yadoratseijins. - explicou lá do alto, com a voz a ecoar, antes de balançar o braço, gerando uma ventania imensa e atingindo Gurdo com uma dedada que o arremessou para longe, colidindo entre as rochas.
Ginyu estava sem palavras depois de ter se segurado no ar para o tufão não levá-lo por diante e nisso o punho esquerdo veio vindo até ele, causando outro abalo quando suas mãos tentaram segurá-lo e a cratera se abriu lá em baixo com o impacto do vento.
— Eu já tinha visto os yadoratseijins usando essa técnica, mas isso é absurdo, nenhum deles seria capaz de ficar tão grande a ponto de até mesmo um saiyajin em forma de Oozaru caber em suas mãos!
Inevitavelmente, o capitão cedeu e foi esmagado como uma formiga, o chão se partiu em grandes rachaduras a se alastrarem como em um terremoto. Sem retirar o punho, Soba retornou ao seu tamanho normal e o manteve a pressionar o peito do inimigo que tinha sangue escorrendo pela boca.
— Mesmo uma técnica básica pode se tornar avançada para alguém como eu, mas não se preocupe, pois quanto maior eu for, mais difícil é concentrar os ataques em meu inimigo e não tenho a intenção de destruir esse planeta para acabar com a sua raça, Capitão Ginyu. Desde que nos estabelecemos neste universo, eu proibi o meu ingênuo povo de sair de Yadorat para protegê-lo e me tornei o único elo deles com o mundo exterior, uma barreira que sozinha os protegia de ameaças. Às vezes, como hoje, me via obrigado a deixar o planeta para investigar qualquer movimento que representasse perigo a Yadorat e naquele dia, eu percebi naves estranhas com gente de espírito forte que passaram muito perto e rumaram a um planeta vizinho. Eu os segui com o teletransporte e descobri que eles realmente tinham intenção de atacar Yadorat, eram soldados que usavam armaduras como as suas e eram muitos, tive que ir os exterminando aos poucos porque eles tinham uma estratégia para alguns conseguirem fugir e reunir mais soldados, fui seguindo-os de planeta em planeta e sem perceber, acabei me afastando de Yadorat por dias. Foi então que percebi que tinha caído em uma armadilha com o intuito de me afastar do planeta, o que deu a vocês o caminho livre para tomar posse dele e oprimir o meu povo, estou errado?
— Não, não está, o seu planeta tinha muitos recursos e poderia ser vendido a um preço muito bom, os yadoratseijins não eram fortes e não havia necessidade de mandar soldados de alta elite como nós para conquistá-lo, aparentemente seria tudo muito fácil. Porém, soubemos de rumores a respeito de um guardião cujo poder era tão grande que nem mesmo nós, as Forças Especiais Ginyu seriam páreo e por isso o Grande Freeza pensava em ir para lá pessoalmente, mas os planos dele mudaram quando soube sobre as Esferas do Dragão e ele deu prioridade em ir atrás delas em Namekusei, deixando a missão de Yadorat aos nossos cuidados. Ainda em dúvida sobre os rumores, decidimos não arriscar e levamos soldados conosco para te atraírem para longe enquanto nós cinco dominávamos o planeta, foi tudo tão fácil... Os yadoratseijins nos acolheram achando que tínhamos vindo em paz, como uns estúpidos.
Furioso ao ouvir aquilo, Soba recuou o punho e socou-o outra vez no peito, estilhaçando a armadura a ser perfurada na região do golpe e atingindo o tórax diretamente, fazendo-o vomitar sangue.
— Não se atreva a falar assim do meu povo novamente! - ele girou o punho, aplicando mais força enquanto Ginyu ainda resistia. - Eles não tiveram que passar por tudo o que passei e por isso são puros, a inocência deles é um problema, mas ao mesmo tempo demonstra que a bondade dos yadoratseijins não desapareceu e se depender de mim, ela jamais desaparecerá. Por isso pedi longevidade aos deuses, para garantir que os yadoratseijins daqui se preservassem bons como eram no Universo 2 e protegê-los até que se tornassem capazes de sobreviver neste universo sozinhos.
— Tsc... - Ginyu sorriu, fazendo pouco caso para aquelas palavras.
— Quando retornei a Yadorat, Pybara me procurou e me cobrou por eu tê-los deixado à própria sorte sem sequer avisar, acho que você já deve saber que ele é o ancião líder dos yadoratseijins, algo que eu nunca quis ser. Ele e eu nunca nos demos muito bem e sempre tivemos formas diferentes de pensar, só que daquela vez, ele tinha razão. A sorte foi que vocês já não estavam mais lá, pois haviam deixado o planeta por causa de um chamado de emergência do tal do Freeza e acabaram derrotados por Son Goku. Ainda não entendo como podem estar vivos depois disso, mas parece que os deuses estão me dando a oportunidade de me vingar pela afronta que fizeram.
— Parece que você não tem muita ideia do que anda acontecendo, então para resumir, os inimigos de Son Goku voltaram à vida.
— Oh, então é isso, parece que os tais cientistas se preparam bem.
— Pois é, essa é a segunda vez que revivo, a primeira foi quando a Terra foi destruída por um tal de Majin Buu e acho que só revivi por estar no corpo de um sapo, já que eu voltei com o pedido de que o planeta fosse reconstruído, assim como os animais.
— No corpo de um sapo?
— É uma longa e desagradável história, foi antes de eu conseguir meu corpo atual, o qual estou prestes a deixar por um mais interessante...
— Hum?
— Trocar!
Uma luz saiu de Ginyu, atingindo Soba diretamente, a rajada de luz foi da boca do primeiro para dentro da boca do segundo e o yadoratseijin acabou empurrado para trás no processo. Quando a luz apagou, ficaram os dois corpos estirados com as costas no chão e os pés de frente um ao outro, uma brisa passeou por eles naquele silencioso instante, até que por fim, o capitão abriu os olhos, tendo a vista do céu esverdeado.
— Hahahahahahaha! Obrigado por ter facilitado para mim, o seu corpo agora é meu, guardião yadoratseijin!

Enquanto isso, dentro da fortaleza dos cientistas, Goten e seus amigos corriam, ignorando os abalos que aconteciam em decorrência da luta no lado de fora. O lugar estava infestado de Máquinas Mutantes, a produção delas não havia parado como tinham pensado, havia apenas se limitado a um número suficiente para proteger o lugar, dificultando a passagem de intrusos. Marron usou de um chute com a sola do pé contra a cabeça de uma delas, de corpo esbelto, o qual se partiu em pedaços ao colidir as costas contra a parede ao final do corredor e então eles prosseguiram pela interseção a direita.
— Mandou bem, minha linda!
— Obrigada, isso me lembra da vez em que invadi a torre no Planeta M-2 para salvar vocês, teria sido bem mais fácil se eu soubesse lutar como sei agora! - eles corriam lado a lado, quando ele parou e ela voltou-se para trás. - O que foi Goten?
— O ki do Senhor Soba mudou...
— Mudou? Como assim?
Trunks que ia adiante, também parou ao ver que o casal havia ficado para trás enquanto Gill continuou até o painel de controle da porta fechada a frente. O pequeno robô estava atuando como um hacker, abrindo os sistemas de segurança rapidamente e assim ajudando seus amigos a manterem a discrição.
— Acho que aconteceu alguma coisa com ele, o ki dele oscilou e ficou estranho de repente. - Goten respondeu.
— Se isso afetar a Ocultação do Espírito dele em nós, ficaremos visíveis para os sensores das Máquinas Mutantes e elas nos atacarão em massa. - comentou Trunks. - Considerando que não estamos cem por cento e que a produção delas ainda continua aqui dentro, será muito mais difícil encontrarmos a área onde elas são produzidas.
— Consegui! - disse Gill ao terminar seu trabalho.
O círculo central da porta metálica girou e passou do vermelho ao verde, abrindo para direções opostas. A surpresa foi que do outro lado vinha uma Máquina Mutante a avançar acima do solo com a ajuda de um propulsor nas costas, ela tinha o formato de Gill, mas era verde e um pouco maior. Detectando como uma ameaça desconhecida diante de si, o compartimento na barriga dela se abriu e uma chuva de mísseis veio contra o grupo.
— Cuidado! - exclamou Trunks, quando Gill se colocou no caminho dos projéteis.
— Modo de Defesa! - exclamou o robozinho, transformando seus braços em duas metades de um escudo que se uniram para bloqueá-los e depois, Gill as separou, abrindo o compartimento em sua barriga para revidar com um míssil energizado que fez o inimigo em pedaços.
— Bom trabalho Gill!
— Gill, Gill! - ele respondeu a parabenização de Trunks, retornando seus braços ao normal e mostrando o polegar direito em sinal de positivo.
— Vamos pessoal! - Trunks chamou os demais para avançar e Goten interrompeu novamente.
— Espere Trunks, o ki do Senhor Soba está voltando ao normal.
— É mesmo, eu estou sentindo. Você tinha razão Goten, acho que não precisávamos mesmo nos preocupar com ele.

De volta ao local da batalha, Ginyu se levantou triunfante, com a visão um pouco turva.
— Você caiu direitinho, aquele primeiro soco me deu a dimensão da sua força, senti que era um pouco mais forte do que eu, então deixei que me atacasse para deixá-lo em desvantagem. Seu poder agora é meu! - sua visão ganhou foco e então ficou estarrecido com o que viu, pois o corpo estirado em sua frente era o corpo original de Soba. - O que? - Ginyu olhou para si mesmo e percebeu que ainda estava no corpo de Tagoma. - Impossível, isso nunca aconteceu antes!
— Boa tentativa. - disse Soba ao sentar-se, ainda de olhos fechados e se levantando lentamente, abrindo-os para encarar o inimigo mais uma vez. - Quer saber por que não funcionou? Um Controle Espiritual avançado permite a execução do Selo do Espírito, uma técnica mental de defesa interna que bloqueia ataques diretos a alma ou ao próprio espírito. Aceite Capitão Ginyu, você é um pobre diabo ladrão de corpos que não pode me vencer, mesmo que trocássemos de corpo, eu ainda venceria, pois você não tem a experiência necessária para dominar as artes dos yadoratseijins que atravessam milhões de anos. - ele apontou a mão direita, onde começou a concentrar energia. - Eu sempre estive em vantagem e agora, no estado em que se deixou ficar, não há mais o que você fazer. Volte para o Inferno!
Soba disparou a rajada a curta-distância, tragando Ginyu para uma grande explosão junto a um grito de desespero. O guardião dos yadoratseijins venceu e vingou-se do que as Forças Especiais Ginyu haviam feito em Yadorat durante sua ausência no passado, aquele havia sido o final do combate, aparentemente...


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Notas finais do capítulo

BEHIND THE SCENES #46
A técnica de invocação do Soba foi baseada na habilidade do próprio em "Dragon Ball Z: Sagas", jogo de origem do personagem lançado para o PlayStation 2 de onde o personagem foi retirado e adaptado para a história, como explicado no Behind the Scenes #12 do Capítulo 25.
A aparência e o nome dos Yaki é a mesma vista no jogo e seu nome é um trocadilho a somar com o nome do próprio Soba, visto que ao juntar os nomes, forma-se a palavra "yakisoba", um prato de origem da culinária japonesa a base de macarrão.
https://dragonball.fandom.com/wiki/Soba_(Yardrat)



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