Don't Remember escrita por eatalpaulaa


Capítulo 12
Seria um recomeço?




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— Onde nós podemos ir? – Sasuke perguntou quando entramos no carro.

— Hmm... – mordi o lábio inferior enquanto pensava – Eu acho que abriu um café novo aqui perto, ainda não tive tempo de ir lá, mas podemos experimentar se você quiser.

— Então é lá que iremos. Pode me indicar o caminho?

Assenti com um sorriso no rosto. A presença de Sasuke era praticamente mágica. Todo meu corpo estava relaxado e eu tinha que controlar a vontade de sorrir o tempo todo.

O cabelo dele estava jogado para trás, e eu até senti vontade de bagunça-lo.

Balancei a cabeça para limpar os pensamentos e fui guiando-o até o café. O local realmente havia aberto há apenas uma semana, estava um pouco lotado, mas conseguimos uma mesa para dois próxima a janela.

Um rapaz gentil veio nos entregar os cardápios e se dirigindo apenas a mim, disse que eu poderia chama-lo para tirar qualquer dúvida ou se quisesse algo. Apenas assenti e pedi um minuto para avaliarmos o que havia no cardápio. Reparei Sasuke encarando-o com um olhar raivoso e dei um breve riso e ergui uma sobrancelha para ele.

— Hn. – ele bufou – Havia esquecido como é difícil sair com você.

Franzi o cenho não gostando do modo como ele falou.

— E posso saber o motivo? – disse com a voz séria.

Percebendo que eu não havia gostado, ele suspirou e pegou minha mão livre em cima da mesa.

— Não tem nada a ver com você. Eu só fico muito estressado vendo todos os homens praticamente babando por você. Sempre foi assim, e provavelmente sempre será.

Senti minhas bochechas esquentarem e olhei para nossas mãos juntas ali. O calor que ele exalava era reconfortante e o toque era leve em minha mão. Meu estomago já começava a revirar e o coração falava que aquilo era certo demais.

Olhei para o lado mordendo o lábio inferior contendo um sorriso.

— Você sabe que é verdade. – olhei para ele que estava com o sorriso torto no rosto – Você é linda, Sakura.

Enquanto falava ele fazia um leve carinho em minha mão, mas antes que eu pudesse pensar em algo para responder, o garçom voltou a mesa.

— A senhorita já escolheu algo, ou precisa de uma indicação?

Sasuke bufou e levantou nossas mãos juntas, entrelaçando nossos dedos e se inclinando até eles para depositar um beijo em minha mão.

— Acho que precisamos de mais um tempo com o cardápio, não é mesmo amor?

Eu poderia jurar que o meu coração havia parado de bater por alguns segundos após escutar isso. Sasuke estava com o dom de me tirar as palavras, e eu apenas assenti sem tirar os olhos dele, que sorria para mim.

Quando dei por mim o garçom não estava mais ali e o Uchiha abaixava nossas mãos na mesa, mas sem soltá-la.

— Me desculpe por isso, é que eu não aguentava mais ele ignorando totalmente a minha presença aqui.

— Problemas de autoestima Uchiha? – perguntei rindo.

Ele ergueu uma sobrancelha em desafio e soltou a minha mão.

— Não, Haruno. – pegou o cardápio e sem me olhar completou – Ciúmes mesmo.

Rapidamente peguei o cardápio e observei-o, aproveitando para esconder meu rosto de Sasuke. Foi impossível controlar o sorriso bobo em meus lábios.

Céus! Nós não tínhamos nada e eu estava feliz por ele ter ciúmes de mim? Que Kami me ajude, pois eu estava totalmente fora de controle.

— Eu acho que vou pedir um café puro e um quiche de tomate.

— Hmm... É uma boa escolha, mas eu duvido que seja melhor que o quiche de tomate que eu faço. – abaixei o cardápio já certa de minha escolha e vi Sasuke concordar.

— Eu tenho certeza também. Em todos esses anos eu nunca provei um quiche melhor que o seu.

— Eu fazia ele para você? – perguntei com verdadeira curiosidade.

— Sim, fazia bastante. É minha comida favorita na verdade.

Sorri com seu comentário e novamente o garçom veio perguntar sobre o nosso pedido. A diferença é que agora ele não direcionou sua atenção para mim. Pedi um chá e um pedaço de bolo e logo ele se retirou.

— Bem melhor assim. – Sasuke disse olhando em direção ao rapaz que se distanciava da nossa mesa.

Balancei a cabeça em negativa para ele, e logo me lembrei das palavras de Naruto.

— Você está pensando em vir morar para cá?

Ele abriu a boca em surpresa e logo fechou os olhos por um instante.

— Aquele Dobe não consegue guardar nenhuma informação para ele mesmo.

Eu ri baixinho e dei de ombros.

— Não foi intencional, ele acabou falando sem nem perceber.

— Eu imaginei que isso acabaria acontecendo..., mas não tem problema. – ele me fitou como se avaliando minha reação – Eu estou pensando em vir morar aqui sim. Não tenho nada que me prenda em Suna, e eu gostei muito da cidade. – disse me olhando fixamente – Sem contar que a companhia aqui é muito melhor.

— Bom, ao menos nós poderemos tomar café sem que você dirija duas horas para isso. – disse sorrindo e ele concordou.

— É verdade, mesmo que não tenha sido um problema, eu gostaria de ficar mais perto de você.

Minha mente me dizia que as coisas estavam indo rápido demais, meu coração dizia que aquilo era o certo e que eu também deveria gostar de ter ele mais perto de mim. Eu ainda não sabia ao certo como havia sido nosso relacionamento no passado.

Eu sabia que ele havia mudado para melhor, e não era isso que importava? Mesmo depois de anos ele ainda parecia interessado em mim, e sem duvidas eu estava totalmente interessada por ele.

A sua presença me fazia bem, como há muito tempo eu não me sentia. A angustia inicial em meu peito jazia esquecida junto com a minha memória, e mesmo que eu lembrasse dos momentos ruins do passado, não parecia que algo superaria a alegria que eu sentia em estar em sua presença.

Sasuke Uchiha era realmente a calmaria para os meus pensamentos. Que mal faria me entregar a esse sentimento?

— Você é bem direto doutor Uchiha. – disse com uma sobrancelha arqueada.

— Aprendi com você, Haruno. – ele me encarou com intensidade – Você sempre foi sincera e dizia o que queria, agora é minha vez.

Meu coração estava agitado no peito, e antes que eu conseguisse perguntar o que ele realmente queria, nosso pedido chegou a mesa.

Ele sorriu torto, me desafiando a fazer a pergunta, mas eu apenas ri e peguei o garfo para pegar um pedaço do meu bolo.

Começamos a comer e Sasuke deixou bem claro que o quiche não chegava aos pés do meu. Tive que prometer fazê-lo para ele qualquer dia, e o Uchiha ficou imensamente feliz com o convite.

Enquanto comíamos o clima ficou um pouco mais leve. Perguntei sobre a rotina do trabalho dele, e contei um pouco sobre a minha. Ele tentava explicar alguns casos de pacientes dele, mas eu fazia uma careta sem entender nada, e ele acabava rindo. Para me vingar, expliquei sobre algumas formulas que fizemos essa semana, e ele disse que receitaria para os pacientes dele, e deixaria bem claro que se alguém morresse a culpa seria minha.

Tentei fazer com que ele provasse um pedaço do meu bolo e obtive sucesso, mas ele achou extremamente doce e ficou dizendo que teria que pedir outro café para se desintoxicar de tanto doce.

— E depois falam que as mulheres que são dramáticas! – disse fazendo um bico.

— E são mesmo. Graças a você provavelmente eu vou ficar com diabetes. Você não se importa nem um pouco com a minha saúde.

— Ah claro, eu sou a bruxa má agora. Então vamos correr para queimar todo esse açúcar que você ingeriu.

— Aposto que você não aguenta correr nem meia hora comigo.

Ergui uma sobrancelha e me inclinei em sua direção.

— Pois isso é um desafio Uchiha?

Ele também se inclinou em minha direção.

— É um desafio sim, Haruno.

Ele pareceu pensar e logo sorriu se aproximando ainda mais. Nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância e assim eu podia gravar todos os detalhes do rosto dele.

Os olhos desafiadores em minha direção, a boca fina moldando aquele maldito sorriso de canto, alguns fios negros rebeldes que teimavam em cair para frente, o nariz simétrico completando toda a obra...

— E... – voltei a encarar seus olhos e acabei me perdendo novamente – Quem ganhar pode pedir algo para o outro.

Sorri gostando da ideia. As possibilidades eram infinitas, mas olhando aqueles lábios só um pedido me vinha a mente.

— Fechado. – disse o encarando com um sorriso enorme.

— Vocês gostariam de mais alguma coisa? – uma garçonete perguntou e acabamos voltando a se sentar normalmente, mas o sorriso ainda estava em nossos lábios.

— Não, na verdade nós queremos a conta por favor. – Sasuke pediu gentilmente.

Vi a moça assentir e corar olhando-o, antes de ir fechar nossa conta.

Franzi o cenho para ela.

— Não sou a única que atrai olhares pelo visto.

Ele sorriu mostrando todos os dentes.

— Com ciúmes Haruno?

O modo como ele falava meu sobrenome, me provocando... Chegava a causar arrepios por todo o meu corpo.

— Acho que ainda não poderia admitir algo assim, Uchiha.

Pisquei e ele riu levemente.

Quando a conta chegou, ele me impediu de dividi-la e acabou pagando tudo.

— O próximo é por minha conta. – falei decidida enquanto saímos novamente no vento frio.

— Será, mas só se eu não te encontrar passando frio de novo.

Ele passou o braço por meus ombros me aquecendo até o carro. Abriu a porta para mim como um verdadeiro cavalheiro e se dirigiu para o seu lado.

O calor que roubei do corpo dele ainda permanecia em mim, e novamente me senti uma boba apaixonada.

— Bom, ainda não conheço a cidade tão bem assim. – Sasuke disse ligando o carro – Pode me indicar o caminho para seu apartamento?

Infelizmente o caminho até minha casa era curto demais. Meu peito já começava a se apertar, pensando que eu teria que me despedir dele assim que chegássemos lá. Ele ainda tinha um longo caminho até chegar em casa, e embora ele também quisesse ficar mais tempo comigo, – ao menos eu achava que ele queria – não era possível.

Assim que chegamos ao estacionamento o meu sorriso não era tão evidente mais. Eu queria mais conversas, mais provocações, mais sorrisos tortos...

— Um doce por seus pensamentos. – Sasuke disse com um sorriso.

Dei uma olhada de canto para ele e olhei para fora da janela.

— Apenas queria mais tempo.

Ele colocou a mão sobre a minha, e a puxou para seu rosto, fazendo assim com que eu o olhasse. Fez um leve carinho com o polegar e beijou meus dedos, antes de colocar minha mão de encontro ao seu rosto. Instantaneamente fiz um carinho em sua bochecha e ele fechou os olhos.

— Você não imagina o quanto isso me deixa feliz. – ele abriu os orbes negros novamente e me encarou intensamente – Isso significa que a Hinata não falou nada tão ruim de mim a ponto de você me odiar.

Ele soltou minha mão levemente, mas eu continuei com o carinho em seu rosto. Franzi o cenho diante de sua aversão ao nosso passado.

— Eu sei que ela não gostava de você, por que você aparentemente me sufocava com sua possessividade e ciúmes, mas ela mesma admitiu que você mudou durante esses anos. – soltei seu rosto e juntei minhas duas mãos em meu colo novamente – Eu confesso que fiquei um pouco assustada por saber que você bateu em alguém por causa de mim.

Vi ele apertar as mãos em punho e bufar.

— Eu bati pouco nele ainda. – ele olhava para frente com o olhar duro – Todos ficaram achando que eu bati nele pois ele estava interessado em você, mas na verdade eu bati porque estava tentando te espiar no banheiro após a educação física.

Arregalei meus olhos diante sua confissão. Se essa era a verdade, eu estava até agradecida por ele ter feito isso.

— Mas como você ficou com dó dele no dia, eu acabei não te contando... Você ficou realmente brava comigo. – ele balançou a cabeça se livrando dos pensamentos – Bom, acho que preciso te levar até sua porta, embora eu não queira ir embora, ainda preciso ficar duas horas dentro desse carro.

Nós seguimos em direção ao meu apartamento e percebi que ele estava um pouco inquieto. Talvez as lembranças de seu “eu” daquela época não fossem boas também. Sem saber algo para falar que o tirasse daquele tormento, acabei ficando em silencio.

Quando chegamos a minha porta eu peguei as chaves em minha bolsa e abri a porta. Me virei para ele e reparei que os cabelos já estavam bagunçados, denunciando que as mãos nervosas haviam passado por ali.

— Sasuke... Está tudo bem? – perguntei com carinho.

Ele esticou o braço, deixando a mão na minha porta e se aproximando de mim. Os olhos fechados e a respiração pesada.

— Sakura... – ele falou com a voz baixa – Eu cometi muitos erros na minha vida, e os piores deles foram com você. Eu não te tratei da maneira que você merecia, e é por isso que te perdi. Eu passei por muita coisa na vida, e espero que você me dê abertura para compartilhar tudo com você, mas, principalmente – ele me olhava com pesar e inconscientemente coloquei a mão novamente em seu rosto, fazendo o mesmo carinho de antes – Eu quero consertar as coisas com você. Eu quero me redimir por tudo... Te perder foi uma das piores coisas que me aconteceram, e eu vou fazer de tudo para que isso não aconteça novamente. Eu...

Ele fechou os olhos e deitou o rosto de encontro à minha mão. Eu conseguia sentir toda a angustia que ele estava sentindo naquele momento. As suas palavras... Não dava para duvidar da verdade que havia nelas. E embora ele tivesse algo mais para falar, eu não poderia esperar mais para fazer o que eu queria.

Quando ele abriu os olhos novamente, era como se eu pudesse ver toda a tristeza que ele passou durante todos esses anos. Ele deixou o braço esticado cair em direção a minha cintura, e nos aproximou.

Não importava mais o que havíamos passado, não importava o que eu não lembrava, naquele momento nada mais importava. A única coisa que eu conseguia pensar e me importar, era que nós dois precisávamos daquilo.

Coloquei a outra mão em seu rosto, fazendo com que ele olhasse em meus olhos. Me aproximei até que nossas respirações estivessem misturadas. Sasuke colocou a outra mão também em minha cintura, me segurando firme junto a si, como se dizendo que não deixaria eu me afastar.

— Sakura... – ele disse com a voz rouca.

Antes que ele falasse mais alguma coisa colei nossos lábios.

Foi como se houvesse acabado de acontecer uma explosão. Em um segundo eu estava prestes a colar nossos lábios, no segundo seguinte eu recebia as lembranças de todos os beijos que já havíamos trocado.

Nosso primeiro beijo, tímido de minha parte, urgente da parte dele. O segundo, em que a urgência partia de mim. Os beijos pós briga, os beijos de saudades, os beijos de despedida. Todos eles invadiam minha mente, e embora eu tivesse pouco tempo para processar tudo, eu tinha certeza que o beijo de agora era o melhor de todos.

No momento em que nossas línguas se tocaram parecia que eu estava saindo do chão, e talvez estivesse mesmo. Sasuke passou os braços ao meu redor, me apertando junto a si e me engolindo. Finalmente realizei o meu desejo de bagunçar aquele cabelo, e céus, como era bom. Deixei uma mão em sua nuca e a outra eu passei por seus cabelos e puxei mais seu rosto para mim.

Não era um primeiro beijo, era um beijo de recomeço. A urgência de nós dois denunciava isso.

Nossas línguas se enroscavam e travavam a disputa de suas vidas. As mãos de Sasuke passavam por meus braços, minha cintura, meus ombros, meu rosto... Ele estava em todo lugar.

Puxei os cabelos de sua nuca e ele soltou um gemido rouco em minha boca. Ele foi acalmando o beijo, já que precisávamos respirar e antes de me soltar deu uma leve mordida no meu lábio inferior.

Nossas testas ficaram coladas enquanto nossa respiração voltava ao normal.

Continuei com a mão em sua nuca, agora fazendo um carinho leve e quando abri meus olhos e encontrei os ônix dele, não havia mais angustia.

Provavelmente o desejo e alegria do seu olhar estava refletido no meu.

— Esse... – ele disse rouco – Esse com certeza foi o melhor beijo de nossas vidas.

Eu ri e concordei, mordendo o lábio, ainda aproveitando o gosto dele em minha boca.

— Eu concordo... – ele me olhou com uma sobrancelha arqueada – Eu... Eu lembrei de todos os nossos beijos agora, e eu concordo com você, esse foi o melhor.

Ele arregalou os olhos por um segundo.

— Você... Lembrou?

— Só dos beijos..., mas acho que já está bom para mim.

Ele sorriu e deu mais um selinho em mim.

— Eu quero que você lembre de tudo. – ele fechou os olhos e beijou minha teste – Eu quero que você lembre de tudo e me perdoe por tudo...

— Sasuke... – eu falei e me afastei para ver seu rosto – Não vamos ficar falando disso agora. – me aproximei dele novamente para completar – Por enquanto vamos apenas... Tomar isso como um recomeço.

Ele sorriu e me abraçou.

— Acho que por enquanto isso está bom para mim.

Nossas bocas se uniram novamente, mas dessa vez era o beijo calmo. Era um beijo cheio de sentimentos e esperanças. Eu não sabia ao certo onde isso iria dar, mas eu queria trilhar o caminho e descobrir.

— Eu poderia ficar horas aqui te beijando, mas eu realmente preciso ir.

Fiz um bico e franzi a testa. Eu definitivamente parecia uma adolescente apaixonada.

— Tudo bem. – disse emburrada.

Ele riu e me puxou para um abraço, beijou a minha cabeça e inspirou meu perfume.

— Acredite, eu vou sentir muita falta desse seu cheiro... De você... Eu já passei dez anos sem isso, alguns dias parecem ainda pior.

Inspirei seu cheiro e me lembrei do cachecol em meu pescoço, quando fui tirar Sasuke segurou minha mão.

— Fique com ele, assim você não esquecerá de mim.

Sorri em sua direção e concordei.

— Não tem como eu esquecer mais.

Eu dormi imensamente feliz nesse dia, eu dormi com um sorriso enorme no rosto. Eu dormi após esperar Sasuke chegar em casa e me avisar por mensagem que havia chego bem, mas que já estava com saudades. Eu dormi após mandar uma mensagem para Ino dizendo “eu estou muito, muito, muito, muito mesmo, apaixonada. Amanha te conto”. Eu dormi com um cachecol em minhas mãos, e a promessa de um recomeço.


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