Operação Spemily escrita por Leonardo Alexandre


Capítulo 4
Capítulo 4 - Lágrimas Inevitáveis


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Como foi a semana de vcs? Espero que tenha sido boa. Gostaria de agradecer à Jessica, Katherine, Adam e Alex pelo apoio com comentários. Fico muito feliz de vê-los aqui e to torcendo pra ficarmos juntos nessa jornada até o fim.
Agora só faltam 190 comentários pra confirmar uma segunda temporada.
Enfim, boa leitura.

Anteriormente em Operação Spemily:
— Eu te amo. — Spencer admitiu para Emily. — Não sei como nem quando, mas o que eu sentia mudou, não é só mais uma simples amizade. Eu te amo Emily Fields. Não posso te deixar ir embora.
— Spencer Hastings, eu te amo há tanto, tanto tempo que nem sei dizer. Tudo que eu mais queria era te ouvir dizendo que sente o mesmo. — Em sussurrou sem parar de sorrir.
Hanna olhou para a cena indignada.
— Isso tá me cheirando a ciúmes. — Aria se inclinou para olhá-la nos olhos. — Hanna, você não tá gostando da Emily?
— Eu to gostando dela. Um pouquinho. — Confessou quase sussurrando.
— Isso começou mais ou menos quando a Emily contou que ia morar no Texas? — Questionou de olhos semicerrados.
— Acho que sim. Por aí. — Hanna confirmou depois de um instante pensando.
— Talvez você nem esteja gostando dela. Quem sabe essa história de mudança tenha te deixado com medo de perder a Emily e os sentimentos acabaram se embaralhando. Você não gosta de garotas. Se eu te beijasse agora, tu não ia sentir nada.
— Tá a fim de tirar a prova? — Hanna sorriu maliciosa.
Elas se beijaram intensamente.



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Ao estacionar em frente à residência das Marin, Toby tocou o ombro de Emily com toda a delicadeza que um carpinteiro poderia ter e lhe ofereceu um sorriso sem graça como se dissesse que estaria ao lado dela naquela batalha que teria que enfrentar em breve. E Fields retribuiu antes de descer da caminhonete e subir os degraus para a varanda, percebendo que havia alguém ali de braços cruzados ao lado da porta.

— Oi, Caleb. — Cumprimentou-o com o cenho franzido.

— Emily, o que faz aqui? — O garoto perguntou também com uma expressão confusa.

— Ia perguntar a mesma coisa. — Respondeu.

— Eu tinha combinado com a Hanna de passar aqui quando ela voltasse do aeroporto depois que você tivesse pegado o avião pro Texas. — Caleb ergueu a sobrancelha sugerindo que ele tinha mais motivos para questionar do que ela.

— Ah é, o Texas. — Emily riu enfiando as mãos nos bolsos da calça jeans e balançando-se sobre os pés. — Aconteceu uma coisa e eu mudei de ideia.

— Ok. — Não que não tivesse ficado curioso, porém preferiu deixar quieto, se ela não disse de primeira devia ser particular. —Você sabe onde a Hanna tá? Cheguei já tem bem uma hora e eu ligo, ligo e ela não atende.

— Ué, a Aria disse que traria ela direto pra cá. Deixa eu abrir a porta pra você. A Hanna deve estar no computador com aqueles fones de ouvido que causam 90% do meu estresse diário. — Ambos riram com a última frase, então Emily destrancou para que pudessem entrar e seguir para segundo andar.

— Vai contar porque não viajou? — Caleb puxou assunto enquanto subiam as escadas.

— Bem... — Embora fosse maravilhoso saber que seu amor era recíproco, a conversa tensa se minutos antes lhe tirava a vontade se tocar no assunto. — É uma longa história. Outro dia eu te explico.

— Certo. Sou um homem paciente. — Sorriram mais uma vez.

A porta do quarto estava entreaberta, então Emily apenas precisou empurrá-la para se deparar com uma cena chocante: Hanna estava sentada na cadeira do computador com Aria em seu colo, suas mãos adentravam a camisa da baixinha lhe arranhando as costas enquanto os dedos dela se embrenhavam entre os cabelos loiros. O maior amasso quase pornô que já presenciara na vida.

— Mas o que caralhos...? — Caleb nem sequer conseguiu terminar a frase de tão embasbacado que estava.

Com o susto, Hanna empurrou Aria de seu colo, quase fazendo-a cair em cima de sua cama, então olhou para o namorado tentando achar algo para dizer, porém apenas o clichê mais idiota saiu de seus lábios. — Caleb, eu posso explicar. Não é o que você tá pensando.

O hacker abriu e fechou a boca pelo menos cinco vezes, porém, no fim das contas, o máximo que conseguiu fazer foi balançar a cabeça em negativa e correr escadarias a baixo.

— Caleb, espera.

Hanna saiu atrás dele imediatamente, passando por Emily que permaneceu de braços cruzados, recostada ao batente da porta esperando alguma palavra de Aria que não veio até que perguntasse. — O que eu acabei de ver aqui?

— Hm? — Montgomery não entendera de primeira pelo transe em que se encontrava encarando o espaço vazio que Caleb havia deixado, entretanto o olhar de sua amiga sugeria que o que ela queria era uma explicação. — Poxa vida, eu nem tinha visto o quanto tá tarde. Tenho que ir pra casa.

Considerando a ocasião, Emily sabia que não deveria estar com aquele sorrisinho meio debochado no rosto enquanto segurava Aria pelo braço quando ela tentou passar, mas foi inevitável. — Não antes de me dizer o que foi isso.

— Quantos anos você tem, Em? Cinco? Cinco e meio? Isso foi um amasso, queridinha. Um amasso dos bons. Agora, se me der licença, preciso ir antes que minha mãe me dê uma branca por sms. — Retorquiu querendo não parecer tão surtada quanto realmente estava. — Tchau.

O choque com aquela resposta foi tão grande que Emily nem reagiu, facilitando para Aria se desvencilhar de sua mão e sair correndo pelas escadas a tempo de ouvir um pedaço da discursão do casal na varanda.

— Me deixa em paz, Hanna. — Caleb quase gritava ao mesmo tempo em que lágrimas escorriam por suas bochechas. — Agora sei por que você andava distante comigo.

— Não é bem assim, eu... — A loira também estava chorando, mas isso não comovia o hacker nem um pouco.

— Só tenho uma palavra pra você. — Murmurou entredentes. — Acabou.

Dito isto, ele foi embora.

Aria não sabia se era apropriado, mas sentia que Hanna precisava ser abraçada, então o fez e ela deixou.

— Acabou. — Sussurrou no ombro da amiga. — Meu namoro com o Caleb já era.

— Hanna, eu sinto muito. Me desculpa... — Pediu, sentindo-se culpada, porém logo foi interrompida.

— Não. Você não precisa dizer nada. Eu sou ficar bem.

— Eu só não queria ter... — Tentou de novo e foi cortada outra vez.

— Não, Aria. A culpa não é sua. — Hanna enxugou algumas lágrimas do rosto, saiu dos braços da amiga e sorriu amarelo para ela. — A nossa relação não tava lá essas coisas já tinha um tempinho, eu só preferia que tivesse terminado sem ninguém se magoar. Mas é sério, eu vou ficar bem. Só... Vai pra casa.

Aria nem ao menos tentou insistir mais para ficar. Até porque ela mesma precisava de tempo para processar o que tinha acontecido naquela tarde. E em meio a tudo isso, ainda tinha que pensar em Ezra. Mas não o faria no momento, senão acabaria entrando em colapso mental, então apenas foi embora.

Hanna voltou dentro da casa e correu pelas escadas até seu quarto no segundo andar, ainda chorando. Emily estava com muita, muita vontade mesmo de conversar sobre a cena que flagrara a pouco, entretanto, sabia reconhecer quando uma amiga precisava de conforto ao invés de perguntas. Ajudaria por hora, mas isso não queria dizer que a loira escaparia de um interrogatório sem fazer um relatório completo pela manhã.

O estranho era que as lágrimas que saíam dos olhos de Hanna aos montes eram 100% sinceras, só que a tristeza não era pelo fim de seu relacionamento e sim por ter magoado alguém que acima de tudo considerava um grande amigo.

Ok, estavam namorando já havia um longo período de tempo e, sim, ela gostava muito de Caleb, só que... Não era mais como antes. As conversas estavam longe de ser românticas, eram quase robóticas, seus beijos sem um pingo de paixão, os encontros menos frequentes e, sinceramente, entediantes. Nem sequer pareciam dois adolescentes em uma relação séria. Era mais como duas criancinhas de primário brincando de dizer que o coleguinha era namorado.

Não era uma surpresa que tivesse acabado, só não precisava ser assim.

Hanna decidiu esperar até que ambos estivessem com a cabeça no lugar, então o procuraria e conversaria direito com Caleb, mas por enquanto, o que lhe restava era chorar no colo de Emily, sua atual paixão platônica e melhor amiga que começara um romance com sua outra melhor amiga.

É, se não fosse complicada, não seria a vida de Hanna Marin.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, galeres, a operação tá demorando um pouquinho pra começar. Mas no próximo capítulo já teremos um gostinho dela.
No mais, espero que estejam gostando.
xoxo
Atenciosamente, Leonardo Alexandre.



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