Operação Spemily escrita por Leonardo Alexandre


Capítulo 3
Capítulo 3 - A Ordem da Fera


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Pra começar, já vou logo agradecendo a Adam, Mili e Katherina pelos comentários. Valeu pelo incentivo e espero continuar vendo vocês por aqui. Agora só faltam 195 comentários pra confirmar uma segunda temporada.
Enfim, boa leitura.

Anteriormente em Operação Spemily:
— Acho que eu já entendi o que tá acontecendo. — Toby suspirou e soltou um muxoxo. — Você está nos braços errados agora, não é?
— O que quer dizer com isso? — Spencer franziu o cenho.
— Seja sincera. Não comigo, com você mesma. — Replicou Toby.
— Eu te amo. — Spencer admitiu para Emily. — Não sei como nem quando, mas o que eu sentia mudou, não é só mais uma simples amizade. Eu te amo Emily Fields. Não posso te deixar ir embora.
— Spencer Hastings, eu te amo há tanto, tanto tempo que nem sei dizer. Tudo que eu mais queria era te ouvir dizendo que sente o mesmo. — Em sussurrou sem parar de sorrir.



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Emily e Spencer começaram a conversar dentro da caminhonete e decidiram algo que Toby julgou uma péssima ideia. Isso gerou uma tremenda discussão durante o caminho inteiro que o obrigaram a fazer.

— Vocês tem certeza total, completa e absoluta de que querem mesmo, mesmo, meeesmo fazer isso? — O garoto questionou uma última vez ao estacionar em frente a grande mansão dos Hastings.

— Não fala redundância, você sabe como isso me deixa. — Spencer sacodiu as mãos perto dos ouvidos como se estivesse agoniada com o som daquelas palavras.

— Sim, eu tenho, Toby. — Já Emily respondeu rindo.

— Em, eu conheço aquele velho ranzinza. Foi horrível aceitar um carpinteiro, imagine outra garota pra Miss Perfeição que ele fez tanto esforço pra criar pra sociedade. — Tentou argumentar mais uma vez.

— Ok, meus pais são osso duro de roer. Mas eles não podem fazer nada pra mudar o fato de eu estar apaixonada por ela. — Segurou a mão da nadadora enquanto falava.

— E eu to disposta a enfrentar qualquer batalha pra ficar com ela. — Emily direcionou um olhar terno para Spencer.

— Ok. Se estão tão convictas disso, vão em frente. — Toby suspirou saudoso e ergueu as mãos em rendição. — “Bons jogos vorazes e que a sorte esteja sempre ao seu favor”.

As risadas do ex-casal preencheu a caminhonete, porém a nadadora não entendeu a referência e apenas permaneceu calada até que pudesse ser ouvida ao dizer. — Obrigada, Toby. De verdade.

— Por tudo. — Spencer complementou pondo a mão no ombro do garoto e oferendo um sorriso de sincero.

— Não tem nada o que agradecer. — Ele disse sorrindo. — Vocês são ótimas pessoas e merecem ser felizes.

— Você também. E espero que encontre uma garota que te faça o cara mais feliz do mundo. Isso é o mínimo que você merece.

Toby ficou tão sem palavras para responder Spencer que preferiu mudar de assunto. — Em, eu vou te esperar aqui pra dar uma carona até a casa da Hanna.

— Não precisa. Você já me trouxe com uma relutância explícita. — Negou gentilmente. — Não quero abusar da sua boa vontade.

— Desde quando é abuso se é a pessoa que oferece? E digo mais, ficarei ofendidíssimo se não aceitar. — Declarou irredutível.

Emily levantou as mãos me sinal de rendição, em seguida foi puxada com delicadeza para fora da caminhonete por Spencer que a guiou para dentro da casa, onde encontraram o Senhor e a Senhora Hastings sentados no sofá.

— Boa noite, meninas. — Peter cumprimentou, franzindo o cenho ao se lembrar de um detalhe importante. — Emily, querida, o que faz aqui? Você não ia para o Texas?

— Ia sim, senhor Hastings, só que aconteceu uma coisa que me fez mudar de ideia. — Respondeu com um rápido sorriso para Spencer.

— Ainda bem. — Verônica sorriu simpática. — Sei que não deveria me meter, mas se adaptar em uma nova escola em pleno meio do ano letivo seria bem complicado. Ainda mais sendo o último.

— Não é sobre isso que queríamos, ou melhor, queremos falar com vocês. — Spencer se pronunciou pela primeira vez desde que estrara na sala.

— Então é sobre o que? — Verônica franziu o cenho, curiosa.

— Bom... O que acontece é que... Eu e a Spencer... A gente meio que... Tipo...

Ao perceber o quão nervosa Emily estava, Spencer decidiu que ela mesma diria de uma vez, embora seu rompante de coragem tenha durado apenas o suficiente para três palavras saírem de seu lábios.

— Nós estamos juntas.

— Como assim “estamos juntas”? — Peter questionou com uma veia de sua têmpora começando a saltar levemente

Ele já conhecia muito bem peculiar o “estilo de vida” da nadadora, porém não era possível ter entendido direito o significado daquela frase. Spencer tinha sido criada melhor do que isso para de repente surgir com esse tipo de afronta.

— Juntas. Como um casal, senhor. — Emily sussurrou embora a expressão do homem a assustasse um pouco.

— Isso é ridículo. — Peter sorriu, mas de um jeito que o deixou ainda mais medonho. — Parem com essa piada idiota.

— É sério, pai. — Spencer tentou ser firme ao menos na voz, já que suas mãos suavam e tremiam de nervoso. — Estou apaixonada por ela.

— Não, não, não. — Ele se levantou do sofá. — Eu não aceito e nem admito isso.

— Mas, senhor... — Emily ainda tentou se manter o mais calma e civilizada possível, já Peter teve o comportamento totalmente oposto.

— Cale essa maldita boca de sapatão! Alias, saia da minha casa! E você... — Dirigiu-se para a filha. — Vai pro quarto.

— Papai, ouça, por favor... — Spencer ergueu as mãos com medo que ele tentasse lhe bater, porém não foi permitida argumentar.

— Eu te mandei subir. — Agora as veias das têmporas e pescoço do Senhor Hastings estavam evidentes. — E você saia da minha casa, sua sapatão vadia e inútil!

Emily tinha medo de deixar sua garota sozinha ao mesmo tempo em que sabia que só pioraria as coisas se ficasse ali. Acabou vencida pela expressão de “não se preocupe, vou ficar bem” de Spencer, e saiu da residência.

— Foi muito ruim? — Perguntou Toby ligando a caminhonete assim ela entrou.

— Bem pior do que eu esperava. — Sussurrou falhando em conter algumas lágrimas que escorreram silenciosas pelo rosto.

— Não que eu queira ser indelicado, ainda mais porque passei por isso também, mas... Eu avisei. — Murmurou sem deboche na voz.

Mesmo não acreditando muito nas próprias palavras, Em insistiu em dizer. — Eu acho que eles só precisam de um tempo pra processar isso.

— E eu que você e a Spencer precisam de um milagre. — Toby replicou com um sorriso complacente.

— Vamos esperar pra ver o que acontece. — Respondeu dando de ombros.

Um silêncio desconfortável dominou o espaço pequeno do carro, mas se o clima já estava pesado ali entre os amigos, na mansão dos Hastings estava muito pior.

Peter chegou ao quarto de Spencer abrindo a porta com tanta força que um pequeno pedaço da parede se quebrou com o impacto da maçaneta. — Você ficou louca, Spencer Hastings? Tá com algum probleminha mental?

— Não, papai. — A garota tentava ser forte, mas era impossível não chorar. — Essas coisas são incontroláveis. A Emily é... Maravilhosa. Me apaixonei por ela, não porque eu quis, só... Aconteceu.

— Pode ir parando com esse seu discursinho retardado porque essa merda é picuinha de adolescente, e não paixão! — Vociferou como um primata raivoso. — Não vou permitir que você destrua a reputação impecável do nome Hastings por causa da porra de uma fase!

— Não é uma fase! — Spencer também começou a gritar, o que na realidade, não fez diferença alguma.

— Escuta aqui, você está proibida de ver essa garota, entendeu? Proibida! — Peter apontou o dedo deixando claro o quão sério falava.

— O que? — Praticamente desafiando a morte, a garota se atreveu a sorrir. — Isso é ridículo. Além de estarmos juntas, estudamos na mesma escola.

— Não me interessa. Vou colocar alguém pra te vigiar e você não vai falar com essa... Sapatãozinha nojenta. Não vai chegar perto, nem mesmo olhar pra ela. — Ele estava furioso e irredutível. — Se eu ficar sabendo de qualquer contato entre as duas, por menorzinho que seja, te mando direto pra um colégio interno em Nova York e não duvide disso.

— O senhor não pode fazer isso.

— Claro que posso, sou um homem muito influente, pessoas me devendo favores não faltam por lá. — Peter sorriu em escárnio. — E você não vai terminar com o Toby. Ele tá longe de ser o meu genro dos sonhos, mas é melhor que isso. E já corta os boatos que poderiam ser criados sobre esse assunto.

— Mas, pai...

— Está avisada. — Dito isto, o homem saiu batendo a porta com a mesma força que quando entrara.


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Notas finais do capítulo

Eita que agora a parada ficou séria! Kkkkkkkkkkkk O que estão achando até aqui? Mili, você acompanhava quando ainda era Falling For Her, né? O que tá achando das mudanças?
xoxo
Atenciosamente, Leonardo Alexandre.



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