Angel of My Heart. escrita por Any Sciuto


Capítulo 5
I Love You.




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Demoraram dois dias inteiros para Penelope finalmente acordar dos efeitos do incêndio. Luke permaneceu por lá todo o tempo.

Enquanto Stephen e Reid colocavam novos computadores e arrumavam a sala dela, do mesmo jeito que ela estava antes.

— Bom dia, Garcia. – Luke usou o tom formal. – Finalmente acordou. 

— Luke. – Ela olhou para qualquer lugar no hospital. – Quanto tempo.

— Dois dias. – Ele disse sério. – Achei que precisava mandar os médicos te buscarem no sono.

— Minha sala. – Ela levantou rápido ficando tonta.

— Ei menina maluquinha. – Luke a puxou para a cama. – Onde acha que você vai ir?

— Para o trabalho. – Ela parou de resistir quanto se acostumou com Luke a tocando. – Eu quero trabalhar.

— Você não está pronta para isso, maluca. – Luke a colocou nos travesseiros.

— Porque você é tão amável comigo? – Ela evitava o contato visual com ele. – Eu te trato tão mal.

— Porque é isso que alguém apaixonado faz. – Luke disse. – Além disso, eu levei um tiro por você.

— Não precisava. – Ela respondeu.

— Eu fico feliz por isso, Pen. – Luke se aproximou e deu um beijo em Penelope.

— Você está mesmo apaixonado por mim? – Ela perguntou. – Parece impossível.

— O que é impossível é não amar você, Miss Ice Queen. – Luke provocou. – Se algo mudou durante esse caso é que eu vi que tenho que dizer a verdade.

— E se eu não sentir a mesma coisa? – Ela se arrependeu.

— Bem, posso fazer você mudar de opinião, então. – Luke a beijou.

Assustada em um primeiro momento, ela relaxou e retornou o beijo.

— Eu te amo, Luke. – Ela falou em uma pausa. – Desde o primeiro dia.

— Eu tinha certeza. – Luke beijou ela outra vez. – Vou falar com o médico e ver se você já pode ir embora.

— Quer se livrar de mim? – Ela fez um beicinho.

— Vou te levar para minha casa, Miss Sunshine. – Luke piscou. – Roxy ficará feliz em ver você.

— Eu não preciso de uma babá. – Ela protestou. – E além disso, meu gatinho está esperando.

— Peço para Emily buscar Sérgio na sua casa. – Luke pegou uma cadeira de rodas. – Eu já volto.

Saindo do quarto de Penelope ele não pode deixar de notar o quão chocada ela parecia. A verdade é que depois de tudo aquilo, ela realmente precisava de um tempo longe.

— Boas notícias anja. – Luke entrou no quarto e notou que ela não estava mais por lá. – Penelope?

Luke a procurou pelo quarto todo e o pânico se espalhou pelo corpo dele. Ele saiu pelo corredor, indo até uma pequena área cheia de arvores, onde havia uma pequena fonte.

Lá estava ela, sozinha, parecendo tão assustada pelo simples balançar de arvores.

— Eu te encontrei. – Luke falou.

Ela virou assustada. Vendo que era Luke ela relaxou.

— Desculpa. – Ele se sentou ao lado dela. – Então. O que está fazendo por aqui?

— Lembrando. – Garcia respondeu. – Do Texas.

— Foi a mais de seis meses, Penelope. – Luke respondeu. – Isso ainda deverá ser uma lembrança por um tempo.

— Lembro de tudo o que ele me disse. – Ela confessou. – Na primeira consulta com o psiquiatra eu disse que eu não lembrava.

— Você fez sessões com um médico? – Luke não sabia.

— Umas quatro sessões. – Ela confessou. – Entrei calada e sai muda.

— Porque não se abre comigo? – Luke estava disposto a ouvir.

— Eu tenho sonhos. – Ela começou. – Sonhos ruins. Em alguns eu estou amarrada a aquela cama, mesmo sem saber como ela parecia. A metade do tempo eu estava drogada ou sabe-se lá o que realmente acontecia.

— Eu também tenho pesadelos, Garcia. – Luke disse. – Pesadelos com você amarrada naquela mesma cama, mas no meu sonho você está morta, sangrando e eu chego tarde demais.

— Não ia acontecer. – Ela pegou a mão dele na sua. – E mesmo que isso acontecesse você atiraria no fucker.

— Eu o desmembraria. – Luke confessou. – Ele seria perfeito para fazer carne.

— Sabe porque eu te tratei tão mal quando você entrou? – Ela disse. – Não suportava um substituto para o meu amigo. Quando ele deixou a unidade, vi o que a gente poderia ter sido.

— E comigo percebeu que seria apenas uma repetição. – Luke disse. – Eu te achei uma pessoa expendida quando Reid finalmente me contou sobre seu passado.

— Ele fez isso? – Garcia parecia surpresa.

— Foi um mês depois que eu entrei para a unidade. – Luke começou. – Ou seja a quase oito meses.

Oito meses antes...

— Vamos Reid. – Luke implorou. – Conte-me sobre ela.

— Não vou trai Penelope desse jeito. – Reid tapou os olhos. – Se quiser peça a ela.

— Ela nem mesmo me suporta. – Luke se sentiu frustrado. – 30 Segundos no elevador e ela ficou chateada.

— Ela é resistente no começo. – Reid disse. – Ela vai se acostumar com você.

— Por favor, Spencer. – Luke pediu. – Preciso entender porque ela é assim. E você é como um irmão para ela.

— Eu vou te contar. – Reid desistiu. – Porém se contar uma virgula do que eu te contei, prometo fazer ela desaparecer com seu crédito inteiro.

— Feito. – Luke pulou na cadeira a frente de Reid. – Conte-me.

— Ela perdeu os pais muito cedo. – Reid começou. – Ela tinha 18 Ano quando os pais morreram em um acidente de carro, ambos no mesmo dia.

— Isso é realmente brutal. – Luke observou.

— Depois disso, ela passou um tempo no submundo dos hackers. – Reid continuou. – Ela se denominava Rainha Negra. Porém se você perceber, os únicos que eram prejudicados eram os bolsos.

— Bolsos? – Luke não conseguiu captar.

— Geralmente eram empresas cosméticas que faziam testes em animais. – Reid continuou. – Então Hotch a prendeu por isso. O flerte entre ela e Derek foi começado ali basicamente.

— Basicamente? – Luke sentiu uma ponta de ciúme. – Como basicamente se inicia um flerte?

— Alguns meses depois, estávamos no meio de um dos casos e Derek a viu outra vez.  – Reid respondeu. – Ele não lembrava do nome dela, porque afinal foi Hotch quem fez a prisão.

— De algemas e todo o resto? – Luke ficou impressionado. – Uau.

— Hotch ofereceu um emprego aqui e ela ajudou a gente a pegar o Unsub. – Reid continuou. – Não antes de Derek a chamar de Baby Girl e eles trocarem olhares.

— Bem, ela é uma deusa mesmo. – Luke a observou de canto de olho.

— Alguns anos depois ela levou um tiro de um cara com quem ela tinha saído e quase morreu. – Reid falou com tristeza. – Não vou mentir. Tive certeza que iriamos perder ela naquela noite.

Luke ficou quieto, ainda tentando digerir a informação.

Então ano passado ela estava na mira de alguns assassinos porque ela estava verificando a Deep Web atrás deles. – Reid prosseguiu. – O que fez Hotch colocar ela sob vigilância.

Essa caiu como um soco no estomago. Luke tentou controlar as lágrimas. Uma pessoa tão amorosa não deveria ser caçada.

Agora...

— Vou apagar Reid da internet. – Ela brincou. – Ou contar sobre aquela imitação infame há alguns anos.

— Seja boazinha. – Luke pediu. – Eu o forcei.  

— Posso ir para casa? – Ela mudou de assunto. – Não suporto hospitais.

— As normas do hospital mandam a deusa ir de cadeira de rodas até a saída. – Luke alcançou uma disponível. – Normas do hospital Chica. Sem discussão.

Ele a colocou na cadeira e a ajudou a subir no carro.

— Pronta para ir embora? – Luke pediu.

— Sim. – Ela estava adormecendo. – Vamos.

Ele ligou o carro e no momento que saíram do hospital ela estava dormindo no carro. Ele adorava ver ela dormir.


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