No sábado, logo nas primeiras horas da manhã enquanto assistia TV com Rosalie, meu celular tocou, senti meu estomago borbulhar quando o visor ascendeu e eu vi de quem era a chamada.

—Alô?

—Bella?

—Oi... Edward? –tentei esconder o ânimo da minha voz. Olhei para Rosalie, que já estava olhando para mim, com um sorrisinho bobo no rosto.

—Sim, sou eu. E ai está disposta a passar um sábado diferente?

—Passar um sábado diferente? –Rosalie arregalou os olhos e seu rosto parecia que ia se rasgar com seu sorriso. Não muito diferente do meu, eu me sentia estranhamente ansiosa e feliz.

—Sim, isso inclui um passeio no barco, com minha irmã e seu namorado.

—Você está falando sério?

—Sim, Bella.

Rosalie me olhava com curiosidade. Minha cabeça estava zonza. Eu devia admitir que esperei pela ligação dele desde quinta-feira, e agora ele estava me convidando para passar um dia com sua irmã e seu cunhado, num barco...

—Edward você acha boa ideia?

—Oras, Bella, estou te convidando então acho sim.

—Mas sua irmã...

—Na verdade ela me implorou para te levar.

Eu não sabia se devia aceitar aquilo, Edward ativava diversas sensações em mim, mas também ativava meu estado de alerta.  

Então lembrei de todas as sensações que senti com Edward em todos encontros: uma felicidade genuína, uma vontade de querer ficar mais tempo junto, uma tranquilidade na nossa conversa, nos tremores que sentia toda vez que ele me encarava, na sensação de descoberta, como se eu não tivesse aquilo há muito tempo.

—Tudo bem, eu aceito.

..

Assim que o taxi estacionou perto do porto aonde o barco estava ancorado eu senti um incomodo no estomago como se fosse um nervosismo. Peguei minha bolsa e paguei o taxi. Vestia um vestido florido simples, sem mangas, uma sandália de tiras e para fechar um óculos de sol escuro. De longe avistei Edward conversando com um homem mais alto que ele, que vestia roupas propícias para um dia de sol como hoje. Andei até perto deles e quando Edward me viu abriu seu sorriso mais lindo e eu poderia dizer que ele estava feliz em me ver.

—OI Bella. –ele disse visivelmente feliz, chegando mais perto de mim e beijando minha bochecha.

—Oi... é, desculpa pela demora, o taxi se enrolou.

—Tudo bem, não se preocupe, fico feliz que tenha vindo. Esse é Taylor, ele é que toma conta do barco quando não estou. Taylor, essa é Isabella.

Caramba, eu havia sentido falta dele.

Taylor me deu um sorriso gentil e eu o cumprimentei com o aperto de mão. Edward deu as últimas palavras com ele, e entrou na lancha. Eu paralisei no momento que vi que o barco mantinha uma instabilidade e provavelmente eu cairia ali. Edward percebendo minha dificuldade, voltou alguns passos e me deu a mão.

Dali eu já podia ver que a lancha era muito elegante. Na parte que estávamos era a de trás do barco, havia alguns assentos como sofá e uma mesa, percebi uma escada ao lado que levava ao segundo andar e pude ver uma porta corrediça que dava passagem para a parte de dentro.

Diante de um corredor surgiu uma pequena criatura linda e muito sorridente, cabelo extremamente liso e preto, a pele branca como uma porcelana e os olhos verdes encantadores como o de Edward. Era a mesma que eu havia visto na foto, mas ela era mais bonita pessoalmente.

—OI, Bella. Eu sou Alice, irmã de Edward. –ela me cumprimentou.

Me espantei um pouco com o cumprimento e Edward pareceu surpreso também.

—Oi, Alice, eu sou a Bella.

Estava tão atordoada que não consegui formular uma frase melhor.

—Eu sei, Edward me falou muito de você. –ela disse alegre. –Ela é muito mais linda pessoalmente, Edward.

Eu sorri amarelo sem entender.

—Alice... não a constranja e o nome dela é Isabella.

—Mas, você a chama de Bella.

—Eu sou amigo dela.

—Eu sei também em breve. –Edward rolou os olhos enquanto ela sorria. -Vim ver se sua companhia tinha chegado, agora já podemos partir. Vem, Bella.

Ela me puxou pela mão me levando até a parte da frente do barco onde o homem que eu presumia ser o namorado de Alice estava.

—Jasper, essa é a Bella, amiga de Edward. Bella, esse é Jasper meu namorado.

—Olá, Bella.

—Oi, Jasper.

—Você não se incomoda de te chamarmos de Bella, não é? –Alice perguntou, pela primeira vez se dirigindo a mim.

—Claro que não.

—Edward acha que todo mundo é exclusivo dele. –ela rolou os olhos.

Na parte da frente do barco não havia nada além do parapeito e a ponta do barco, era possível ficar sentado ali como Jasper estava minutos antes de chegarmos.

—Vem, vou te mostrar o resto. –Alice disse. –Você já andou de lancha, Bella?

—Não, nunca nem entrei em uma. –disse sinceramente.

—Bom, essa é de Edward, mas todo mundo pode usar quando quiser. –ela disse aquilo como se não se importasse com o que eu dissera minutos antes.

Alice ainda segurava minha mão quando voltamos para a parte de trás, dando de cara com Edward.

—Estou mostrando a lancha para Bella. –ela justificou.

—Esse era meu dever não? –Edward disse.

—Sim, mas você é muito lerdo, então eu estou fazendo isso. –ela disse e eu ri.

Ela me puxou pela mão e eu olhei para trás, a tempo de vê-lo sorrindo para mim.

Alice abriu as portas de corrediças e elas davam direto a uma pequena cozinha, que se resumia um fogão, um frigobar de um lado e do outro uma mesa pequena com duas cadeiras apenas.

Logo depois havia um sofá em forma de L, em toda a volta havia janelas que davam vista ao mar.

—Bem, aqui é a cozinha e a sala. –continuei a seguindo, passamos por uma passagem que nos deu direto a um quarto. Ela abriu a porta.

La dentro havia um quarto, decorado em tons de marrons e creme, havia uma cama no meio não muito grande, dois criados mudos de cada lado da cama com abujeres, e ao lado, havia uma pequena porta que dava passagem para um banheiro.

—Aqui e o quarto e o banheiro. Bem legal né? Agora vem ver o mais legal de tudo.

Ela me puxou de volta para a sala e apertou um pequeno botão. Vi quando o chão da sala se abriu em um círculo perfeito me relevando o mar. Eu fiquei espantada com aquilo. Andei mais perto e me agachei para ver melhor.

—Uau, que lindo.

—Quando estamos mais no meio do mar e possível ver vários peixes. É lindo! –ela exclamou.

Jasper apareceu na porta naquele momento e nos chamou a atenção dizendo que já estávamos partindo.

..

Quem conduziu o barco até a ilha Bainbridge foi Edward, mais uma coisa sobre ele que eu não sabia, ele também pilotava barcos, não escondi o quão impressionada fiquei com isso. Levamos 30 minutos para chegar em nosso destino, e quando chegamos Edward parou o barco.  A parte de cima do barco era coberta, bem na ponta ficava o painel de controle, mais ao lado havia alguns sofás, uma televisão com vídeo game, uma mesa de sinuca e um frigobar. Percebi que era possível abrir todas as janelas e também fecha-las.

Durante o caminho aproveitei para conhecer um pouco mais de Alice. A irmã de Edward havia se formado em arquitetura e trabalhava em uma empresa no centro de Seattle, ela havia estudado fora e voltara fazia dois anos, assim como os pais de Edward. Ela morava com eles, mas planejava se casar. Ela possuía a mesma idade que eu, 26 anos. Alice era uma pessoa incrível, realmente como Edward dissera e depois de tudo que eu havia ouvido ela falar sobre o irmão, sabia que eles tinham uma grande cumplicidade. Nós ficamos juntos no segundo andar durante toda a viagem, depois que Edward parou o barco nós descemos para o primeiro andar.

—E então gostou do passeio até agora? –Edward disse se aproximando de mim.

—Ei... Não sabia que você dirigia barco também.

—Bella, sou um homem com muitas qualidades.

—Sim, com certeza há muitas qualidades. –eu pensei, mas quando vi a expressão divertida de Edward me dei conta que não havia apenas pensado. Senti minha face corar de vergonha. –É eu gostei daqui, a vista é linda.

—Seattle fica majestosa nesta vista. –ele disse olhando para frente e eu acompanhei seu olhar. –Lá trás fica a llha de Bainbridge, você é nova aqui não deve conhecer.

—Não conheço. –eu disse balançando a cabeça.

Edward me levou para a parte da frente do barco onde era possível ver melhor a ilha. A ilha era formada por uma arquitetura parecida com a europeia e era encantadora.

—As pessoas vem aqui passar fim de semana, é possível fazer muitas coisas interessantes.

—Nós iremos lá hoje?

—Não, hoje ficaremos olhando de longe.

Eu franzi o cenho, gostaria muito de conhecer aquele lugar, mas estava feliz em ficar com Edward.

—Você costuma vir para cá sozinho ou só acompanhado?

—Na maioria das vezes venho sozinho, eu gosto da sensação de estar aqui sabe? Livre de tantos problemas, cobranças... Mas, trago minha família, as vezes. Nós já passamos vários finais de semana aqui.

Imaginava o quão difícil deveria ser a vida de Edward. Muitas das vezes que eu o vi na empresa ele estava sério, e parecia ter muito mais a idade que realmente tinha. Hoje sem os ternos e as papeladas, ele parecia bem mais jovem e feliz.

—Que bom que você tem distrações.

Ele sorriu para mim.

—Edward, você quer vir me ajudar? –ouvimos uma voz de dentro do barco.

—É melhor irmos, antes que ela brigue com a gente. –ele apontou e eu ri.

Quando chegamos até a parte traseira, vi que Alice estava dentro do barco e Jasper estava levando as coisas para fora. Edward foi o ajudar a carregar enquanto eu ajudei Alice na cozinha. Nós fizemos salada de batatas e batata gratinada. Edward carregou a churrasqueira portátil para fora e colocou bifes para assar.

—O que vocês fazem quando vem até aqui? –perguntei a Alice.

—Bom, geralmente nós nunca ficamos só no barco, sempre descemos e vamos até a ilha ou passamos o fim de semana, isso quando Edward nos convida. –ela rolou os olhos. –Quando ele vem sozinho, ele fica apenas no barco, dirigindo por ai e então volta para Seattle. Faz muito tempo que ele não vem, quando ele me convidou hoje eu fiquei super animada, mas estranhei também. Mas, agora estou feliz que sei o motivo.

Ela sorriu para mim.

—Bella você pode pegar as bebidas? Enquanto eu levo isso para fora.

Eu assenti com a cabeça positivamente. Enquanto pensava sobre o que ela tinha dito. Peguei quatro garrafas de cervejas e entrei para cada um.

A mesa estava arrumada e só faltava os bifes, nós nos sentamos para conversar enquanto Edward terminava seu serviço. Nós nos mantivemos numa conversa agradável até Edward anunciar que os bifes estavam prontos.

Nós sentamos lado a lado para nos servir.

Alice perguntou onde eu morava antes de me mudar para Seattle. Eu contei a ela um pouco sobre Forks e todas as coisas que eram possíveis fazer lá, era uma cidade para quem gostava mais do interior e para minha surpresa Alice disse que queria poder ter a oportunidade de conhecer uma cidade assim.

Depois do almoço nós subimos para o segundo andar, onde Alice colocou uma música e Jasper propôs que jogássemos na mesa de sinuca.  O dia estava muito quente, eu estava agradecida por ter ido com vestido e por ter muitas bebidas geladas por ali.

Edward em dado momento resolveu tirar a camisa, eu tive que morder a língua para não suspirar com a visão. Seus ombros eram largos e definidos, sua cintura e quadril estreitos. Era possível ver todos seus músculos da sua costa naquela posição que ele estava. Edward se debruçou sobre a mesa e seus músculos se tencionaram, tanto do braço quanto das costas. Ele acertou a tacada e teve mais uma chance. Edward deu a volta na mesa e ficou de frente para mim. O abdômen daquele homem era impressionante, eu conseguia ver três gomos discretos. Ele não era exagerado. Era perfeito. Céus, aquele corpo certamente seria o fruto dos meus próximos sonhos.

Ainda bem que usava óculos escuros, para ele não ver meu olhar cobiço. Mas ainda assim suspeito que ele tenha percebido, porque em certo momento vi quando ele me olhou de relance e sorriu satisfeito.

Depois da sua rodada, Alice e Jasper desceram para o primeiro andar e Edward se sentou ao meu lado pela primeira vez desde que estávamos aqui. Vi gotas de suor escorrer pelo seu peito, enquanto ele abria uma cerveja gelada.

—E então, o que está achando? –ele perguntou.

Eu pisquei algumas vezes e forcei a olhar em seu rosto, o que não ajudou muito, pois seus olhos verdes me desconcentravam.

—Bem interessante.

—Bella?

Ele chamou minha atenção rindo e me forçou a olhar em seus olhos.

—Desculpe. Bem, eu estou amando. –sorri para ele.

—Seattle não é como Califórnia ou Carolina do Norte, onde podemos ir a praia, mas ainda assim é possível fazer algumas coisas.

Eu concordei rindo.

—Mas é melhor que Forks, Edward, pode acreditar, dias assim são raridades.

—Sente falta do seu pai?

—Bastante.

—Você não pretende ir visita-lo?

—Sim, mas agora que arrumei um emprego não posso ir, meu chefe é um porre.

Ele cerrou os olhos.

—Olha que posso ter uma conversa com ele sobre isso.

—Você faria um grande favor.

—Isabella assim você me ofende.

Eu dei uma gargalhada e ele me acompanhou.

—Alice gostou de você. –Edward disse e eu sorri.

—Também gostei dela. Sua irmã é ótima, Edward.

—Ela queria muito te conhecer.

—Por que? –disse sorrindo.

—Ai você tem que perguntar a ela.

—Ela disse que não sabia o motivo pelo qual você resolveu fazer um passeio de barco.

—Não, eu tive que contar.

Edward parou de repente e me observou por uns segundos. Na verdade, seu olhar era intenso demais e foi capaz de fazer minha cabeça girar.

—O que foi?

—Estou feliz que tenha vindo. –disse sorrindo e bebeu toda a sua cerveja. –Venha jogar comigo. –ele disse me oferecendo um taco.

—Bom, acho que posso fazer isso.

Me levantei pegando o taco da sua mão e passei para o outro lado da mesa. Edward riu, e preparou as bolas para a primeira tacada. Nós estávamos sozinhos e eu estava pronta para pular sobre ele, mas me contive em apenas o admirar.

—Primeiro as damas. –Edward ofereceu.

Eu me debrucei sobre a mesa e percebi quando os olhos de Edward desceram para meu decote, ele assoviou baixinho e eu sorri. As bolas se espalharam com a minha jogada e então era a vez dele. Edward acertou três tacadas seguidas, ele era bom. Ele olhou para mim com ar de vitória.

—Faça melhor que isso, Bella. –ele desafiou.

—Pode ter certeza que farei.

Parei ao lado de Edward roçando minha perna na sua, e dei minha tacada, acertei a primeira e a segunda eu me aproximei mais de Edward debruçando sobre a mesa e roçando meu traseiro em sua perna.

Na terceira tacada eu errei e então foi a vez de Edward. Eu parei para dar um gole na bebida e voltei a encarar Edward. Ele errou a segunda tacada e então foi minha vez.

—Minha vez. –eu pisquei para ele.

Passei por Edward relando nele de proposito, passei minha mão pelo seu braço e debrucei na mesa na sua frente.

—Eu sei o que você esta fazendo. –ele disse entre dentes.

Eu taquei e acertei, dei a volta na mesa ficando de frente para ele.

—O que eu estou fazendo? –disse me abaixando para tacar novamente batendo os cílios.

—Isabella...

—Edward se concentre no jogo.

Eu errei a tacada. Edward veio até meu lado, e sussurrou no meu ouvido antes que ele jogasse.

—Eu também sei jogar o seu jogo.

Ele tacou duas vezes e então foi a minha vez. Edward se aproximou de mim enquanto eu me preparava e depositou a mão tranquilamente sobre minha lombar, e subiu para minha cintura apertando ela. Eu mordi a língua e acabei errando.

—Porra.

Ouvi seu sorrisinho de vitória.

—Você está jogando sujo, sabe disso, Edward.

—Nunca disse que jogaria limpo, baby.

Edward tacou e errou e então era minha vez. Eu me debrucei sobre a mesa novamente e Edward deu um tapa de leve em meu traseiro, eu dei um pequeno pulo com o susto e ouvi ele rindo.

Edward tacou e acertou três, se eu errasse ele ganharia.

Eu me concentrei ao máximo, mas acabei errando. Cerrei os dentes e senti sua aproximação por trás de mim, Edward abraçou minha cintura e me puxou de encontro ao seu peito.

—Ganhei. –ele sussurrou ao meu ouvido.

Todas as células do meu corpo corresponderam e um choque de eletricidade subiu desde meu pé até o ultimo fio de cabelo. Edward segurou meu cabelo em suas mãos e me virou, colando minha boca na sua. Eu joguei meus dois braços ao redor do seu pescoço e ele desceu as duas mãos para minha cintura, sua língua entrou na minha boca me consumindo. Edward me levantou e me sentou sobre a mesa, enquanto eu rolei as pernas pela sua cintura e puxei ele próximo a mim. Eu podia sentir sua ereção cutucando meu sexo e ele estava aonde eu mais precisava dele. O calor que ele emanava era a melhor sensação que eu já havia sentido. Edward desceu sua boca pelo meu pescoço beijando e mordiscando e voltou para minha boca. Suas mãos contornavam minhas pernas e subiam para minha cintura novamente e eu esmagava sua bunda com meus calcanhares enquanto o mantinha preso ali. Passei minhas mãos pelos seus braços e costa. Aquele corpo seria minha morte. Ouvi um gemido que veio do fundo da sua garganta quando ele pressionou mais contra mim. O beijo era tão intenso e feroz, que acabaria deixando meus lábios inchados, mas eu não me importava, quanto mais eu tinha dele, mais eu queria.

 Então ele parou, apoiando a testa na minha. Eu quis chorar pela perda do contato.

—Merda. –ele disse entre dentes. –Não posso transar com você aqui, Alice e Jasper podem aparecer a qualquer momento.

—Edward... –eu disse implorando.

Eu puxei ele novamente para mim e colei nossas bocas, enquanto enfincava meus dedos em sua costa. Senti Edward puxando meu cabelo novamente, e ele nos separou, deixando a distância mínima somente para olhar em meus olhos.

—Bella, não posso.

—Você não quer isso. –eu murmurei.

—O que? –ele perguntou ainda confuso quando me soltei de seu braço, o afastando e descendo da mesa. –Bella, eu... eu quero, mas não aqui.

—Certo. –ficamos em silencio por alguns minutos e depois eu voltei a falar. -Onde você esteve ontem? –eu disse mudando o assunto.

—Eu tive que ir ao tribunal.

—Você não ligou e não apareceu, pensei que tinha te assustado na quinta.

—Não, eu só achei que você precisava pensar.

—Sobre o que?

—Sobre o beijo. De certo somos amigos para você e eu sei como essa coisa funciona para as mulheres.

—Você está tentando me manter afastada?

—De jeito nenhum. Só não sei se vai ser bom termos amizade e ficarmos nos relacionando assim.

—Eu não quero romance, Edward, sei que você também não. Não precisava ter me chamado para vir aqui se não quisesse, bastasse dizer não podemos mais nos ver.

Não sabia exatamente porque estava dizendo aquilo, só sabia o quanto eu estava confusa com o que ele havia acabado de falar e que provavelmente não deveria estar ali, muito menos ter me submetido aquela cena minutos antes.