Eu estava desorientada. Minha mente começava a clarear e entrar em sintonia aos poucos. Talvez eu não quisesse acordar do lindo sonho que tivera, mas eu me sentia tão extraordinariamente feliz como eu nunca estivera antes, completa, me sentindo realizada, era tão real que eu quase conseguia pegar e apalpar aquele sentimento. Eu não queria abrir meus olhos, tinha medo do que a realidade poderia me apresentar. Estava ciente do calor humano ao meu lado, ciente do braço que envolvia minha cintura e o corpo se moldava perfeitamente ao meu. Tateei a mão apoiada em minha barriga, eu conhecia aquela mão e conhecia aquele cheiro. Virei um pouco minha cabeça, dando uma fungada melhor, e resolvi abrir os olhos, fiquei feliz quando encontrei o rosto de Edward, sereno, absurdamente lindo e feliz. Eu não pude deixar de sorrir para ele, que ainda dormia profundamente. Se tudo tivesse sido um sonho, eu havia acordado com Edward ao meu lado, então não a realidade não era tão ruim assim.

Passei meus dedos de leve pelo seu rosto, contornando sua sobrancelha, olhos, nariz, maçã do rosto, boca e o contorno da sua mandíbula, senti meu coração se apertar dentro do peito de tanto amor que eu sentia por ele e por nunca me conformar em como ele era perfeito, eu sabia que poderia passar o dia inteiro olhando para aquele rosto e sentindo seus fios cobres em meus dedos enquanto acariciava seu cabelo. Edward fungou satisfeito e me apertou mais em seu abraço.

Imediatamente, senti minha bexiga cheia e me incomodar, contra minha vontade me levantei, correndo para o banheiro. Aquela não era a cobertura de Edward, era um lugar mais branco e tinha um luxo diferente. Então tudo começou a fazer sentido, estávamos na Grécia.

Voltei para o quarto e vesti uma camisa de Edward que estava jogada no chão, fui para a janela e abri um pouco a cortina o suficiente para que eu pudesse ver o mar azul e o paraíso a minha volta.

Olhei para Edward, que ainda estava na cama, de barriga para baixo, o braço que estava a minha volta agora estava esticado sobre o colchão, o lençol cobria apenas seu traseiro, suas costas nuas estavam expostas, perfeitamente musculosas e suas pernas também. O aro dourado brilhava quase que gritando em seu anelar direito. Senti meu peito inflamar. Meu. Ele era definitivamente meu, assim como eu era dele. Resolvi deixa-lo dormir e fui até a sacada do quarto que estávamos hospedados, olhei para minha mão direita e vi meu anel de noivado, depois para a esquerda e contemplei minha aliança de casada. Eu era finalmente a Senhora Cullen.

Dois dias antes...

Edward e eu teríamos uma cerimônia simples, contra os protestos da nossa familia, o sonho deles seria algo mais luxuoso e chamativo, algo que não se parecia conosco. Mas, nós dois decidimos por uma cerimônia na praia, na verdade foi a única coisa que decidimos, porque todo o resto ficou a cargo de Alice e Rosalie. Escolhemos a Carolina do Norte como cenário da nossa união, e os convidados eram em torno de cem pessoas e eu não sabia de onde viera tudo aquilo, eu não sabia que Edward conhecia tanta gente até aquele momento. Mas, deixei que Alice me ajudasse a resolver tudo, assim ela ficaria menos carrancuda comigo.

Fomos todos para a Carolina do Norte um dia antes e desde então eu não havia mais visto Edward. Rosalie e Alice fizeram um tipo de noite das meninas com filmes e guloseimas e bebidas, aquilo poderia terminar muito ruim se consumíssemos tudo o que havia ali. A verdade foi que apenas nos divertimos, sem muitos exageros nem com as bebidas nem com o horário. Edward teria sua noite com Jasper e Emmett, mas ele me prometera que não seria nada além de umas bebidas em seu quarto no hotel, e eu confiava nele.

No dia seguinte, uma equipe se reuniu para começar o meu dia da noiva, a àquela altura eu já estava acostumada com as pessoas trabalhando em mim.

Na hora programa eu estava pronta, o vestido branco era adornado por rendas e feito de seda, contornava meu corpo e se abria suavemente logo depois dos meus joelhos, o decote atrás ia até o meio das minhas costas e na frente deixava meus seios volumosos e bonitos. Meu cabelo foi preso em um coque alto não tão esticado, dando uma leveza diferente ao penteado e a tiara que eu havia ganhado de Edward para usar fora presa ali.

Enquanto eu observava o cabelereiro, que por sinal era amigo de Alice e se chamava Bil, prender a tiara no meio dos meus fios me lembrei quando Edward me presenteou com aquela joia.

—Um presente de noivado. –ele disse tímido dando de ombros.

—Edward, quem no mundo ganha uma tiara de brilhante de presente de noivado? Além disso, você já me deu um anel.

Ele tombou a cabeça e sorriu.

—Eu quero que use ela no dia do nosso casamento. Além disso, está na nossa família há algum tempo, eu não tive que comprar.

Eu engoli em seco. Eu nunca recusaria um pedido dele, mas...

—Há quanto tempo? –murmurei.

—Bastante tempo. Eu a guardei para a pessoa certa.

Eu sorri para ele, logo depois o beijei.

—Eu te amo, Edward.

—Eu também a amo, Bella. Mais do que imagina.

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—Terminamos. –Bil anunciou radiante.

Alice correu até onde estávamos e arregalou os olhos, admirada.

—Você está fascinante, Bella.

Rosalie apareceu ali também, com a mesma expressão de Alice. Aquelas duas poderiam ofuscar qualquer uma que estivesse presente, elas estavam lindas, as duas eram o oposto uma da outra, mas ainda assim, eram brilhantes.

—Eu diria que você é a noiva mais linda que eu já vi.

—Obrigada, mas...

—Não menospreze meu trabalho, Bella. Olhe. –Bil girou meus ombros para que eu encarasse o espelho.

Realmente, eu estava linda, e os olhos que me admiravam confirmaram isso. Mais do que todos os elogios, eu me sentia linda e decidida.

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Charlie olhou para mim com orgulho e eu também estava muito orgulhosa dele, só de pensar o tanto que ele havia se dedicado as fisioterapias para estar incrivelmente apto para aquele momento fez minha garganta de apertar e meu peito doer. Ele me deu um beijo na testa e olhou para mim, intensamente.

—Bella. –começou a dizer. –Desde que sua mãe se fora, você é a única razão pela qual existo, você é a minha única preciosidade, e eu não suporto a ideia de te ver infeliz, então tem certeza disso?

—Pai, eu pareço infeliz? –disse sorrindo.

Charlie me encarou. Ele nunca havia sido bom com as palavras, mas se esforçava muito.

—De forma alguma, se parece com uma das pessoas mais felizes do mundo.

—Talvez eu seja a mais feliz, pai, eu amo Edward com todo meu coração, ele é minha maior certeza.

Charlie suspirou.

—Vamos casar você, então.

Ele me passou seu braço e eu me apoiei nele, com a outra mão, segurava um buque de flores incrivelmente lindas e brancas.

Nós andamos, eu podia sentir meu interior borbulhando, sentia meu corpo inteiro tremer de ansiedade e tinha medo das minhas pernas falharem, segurei mais firme o braço de Charlie.

Eu estava inquieta, desde quando o caminho do hotel para o altar era tão longo? Nossa festa seria no hotel, estava tudo decorado, mas eu não conseguia enxergar nada, minha cabeça zumbia e parecia que estava paralisada, apesar de saber que meus pés se moviam. Quando avistei o local da cerimônia e as pessoas em pé, senti meu coração falhar, “ele está lá”, eu pensei enquanto caminhávamos. As pessoas não podiam me ver ainda, então eu parei.

—Tudo bem, Bella? –Charlie perguntou.

—Sim, estou pronta. –disse com convicção.

Ouvi a música que anunciava minha entrada tocar e eu sabia que era a hora.

E de fato estava. Aquele momento mudaria minha vida, e eu não podia ansiar mais por ele. Me lembrei dos dias que eu nunca imaginei tal situação, ou quando ainda era amiga de Edward, ou depois do pedido de casamento, o medo que me inundou, eu achava que não estava preparada para aquilo. Eram muitas flores em meu caminho, uma decoração mais do que linda que eu ainda não tinha parado para admirar, o ar tentava encontrar meus pulmões enquanto eu via olhos curiosos, alguns emocionados, outros felizes, me encarando. Eu só pude respirar quando encontrei o único que eu desejava, os olhos verdes mais lindos e intensos. Nós paramos.

Encarei seu rosto lindo que sorria para mim, será que um dia eu me acostumaria com Edward? Era possível que não, e eu estava bem com aquilo, porque poderia tentar minha vida inteira. Ele esperava ansioso por mim, eu podia sentir, e minha demora não estava ajudando. Então eu sorri para ele, para minha maior certeza.

Sim, eu estava preparada para aquele momento.

Voltamos a caminhar, antes meus passos eram inseguros e cautelosos, agora eram urgentes e decididos, cheios de certeza, eu queria poder chegar o quanto antes e olha-lo de perto, a única coisa que me impedia era Charlie ao meu lado.

Não desviei meu rosto em nenhum momento, a intensidade e o brilho nos olhos de Edward, além do sorriso mais lindo que eu já vira, não era uma coisa que eu poderia perder, nenhum segundo.

Quando chegamos perto, Charlie abraçou Edward e depois colocou minha mão sobre a dele, eles disseram algumas coisas mais eu estava atônita demais para entender. Edward sorriu mais uma vez para mim, dessa vez com admiração, eu segurei seu braço, e ele nos virou para o ministro que faria nosso casamento. Ficar ao seu lado fez o ritmo do meu coração bater mais irregular, mas eu estava mais calma. Quando o ministro pediu que repetíssemos as palavras que ele iria dizer, eu sabia que minha voz iria falhar, então tentei me controlar e dizer as palavras. Edward estava mais controlado e repetiu perfeitamente, sua voz e aquelas palavras seriam coisas que eu me lembraria sempre.

Quando o ministro perguntou se eu aceitava me casar com Edward, a palavra saiu mais rápido do que eu esperava.

—Sim, eu aceito. –disse olhando em seus olhos.

—Sim, eu a aceito. –devolveu Edward com seu olhar intenso.

Depois, trocamos as alianças, Edward beijou minha mão com carinho e eu fiz o mesmo com ele.

—Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar sua noiva. –disse o ministro.

Edward segurou meu rosto em suas mãos como aluem que segura uma joia, e me beijou, lento, carinhoso, e cheio de amor. Nossos convidados explodiram em palmas, assovios, mas eu não podia olhar, não agora. Coloquei minha mão na nuca de Edward e puxei seu rosto mais próximo do meu, sua mão desceu para minha cintura e me puxou para seu corpo.

—Vivas os noivos!!! –gritou Emmett.

Ele se afastou de mim sorrindo e com a boca sobre a minha disse:

—Teremos muito tempo ainda, Sra. Cullen. Eu te amo.

—Eu te amo tanto Edward.

Disse liberando as lagrimas finalmente, ele me puxou para seus braços e eu joguei meus braços ao redor de seu pescoço.

—Eu te amo, te amo, te amo. –ele repetiu em meu ouvido.

Depois de me soltar, nós nos viramos para nossos convidados, que ainda estavam sorrindo, aplaudindo, exceto por Emmett que gritava nossos nomes.

Fomos recebidos por abraços da família de Edward, que agora também era a minha, Rosalie e Emmett e Charlie e Sue. Alguns desejaram felicidades, prosperidades e nos deram parabéns, outros apenas nos abraçaram, a maioria das pessoas que estavam ali conhecia mais a Edward do que a mim.

A noite foi tomando seu lugar, enquanto conversávamos com nossos convidados ao mesmo tempo que as comidas e bebidas eram servidas. Alice e Rosalie foram ótimas parceiras, elas sabiam realmente como fazer um dia como aquele se transformar em algo magico. Edward não tirou o braço da minha cintura nenhum por um segundo, talvez, ele estivesse com medo de tudo aquilo ser um sonho e acabar no momento que ele me soltasse, eu arriscaria aquilo, porque era como eu me sentia também. Por mais incrível que o dia estava sendo, ainda não havia caído minha ficha que ele era meu, que minha vida havia mudado e que agora nós construiríamos nossa vida.

—Oi pessoal. –Alice disse entrando na roda de amigos que estávamos. –Bella, preciso que venha comigo.

—Por que exatamente?

Ela revirou os olhos.

—Vamos retocar a maquiagem e essas coisas.

Fiz uma carranca, mas aceitei. Edward piscou para mim enquanto eu me afastava deles. Alice e eu entramos em um banheiro do salão e logo Rosalie estava ali também. Esperei que elas terminassem o trabalho em mim e depois seguimos para a festa.

Eu e Edward nos acomodamos em um mesa, e Carlisle pediu a atenção de todos para um breve discurso, suas palavras sobre amor e companheirismo emocionaram a todos, depois foi a vez de Esme, meu coração se apertou quando eu percebi que havia ganhado uma segunda mãe e eu chorei quando senti o quanto eu queria que Renée pudesse ver a minha felicidade. Charlie não ficou de fora e deu seu depoimento também, me fazendo ir as lagrimas novamente. Alice e Rosalie também tiveram sua oportunidade, assim como Emmett que encerrou aquela parte da tradição.

Segundo Rosalie, eu e Edward deveríamos dar abertura a pista de dança.

—Não acredito nisso. –disse resmungando.

—Vamos lá amor, só algumas valsas. –ele sorriu.

Edward segurou minha cintura, apertando meu corpo no seu, e juntou nossas mãos no ar, então nossa música começou a tocar. Quando eu olhava para aquele rosto, tudo ficava melhor, nada me importava, não importava que talvez eu estivesse sendo uma aberração da dança, não importava se eu estivesse passando vergonha, porque aquele momento era nosso, ele estava ali comigo, e eu não ousaria perder nenhum minuto daquilo, nenhuma oportunidade de poder olhar em seus olhos, poder sentir como era aquela sensação.

—Você está linda, Bella, tão linda, acho que nunca nada mais lindo. Fico feliz que esteja usando meu presente.

Eu sorri para ele.

—Acho que eles fizeram um bom trabalho em mim. E você sabia que eu nunca diria não a você.

—Pensei que eu fosse ter uma queda de pressão assim que te vi. –ele sorriu tímido. –Pensei na responsabilidade que era ter alguém para cuidar, amar e proteger pelo resto da minha vida, eu fiquei muito nervoso, mas quando você sorriu para mim, eu sabia que nada disso importava, porque nós estaríamos juntos e conseguiríamos juntos.

—Meu amor, nós pertencemos um ao outro, sempre foi assim, estaremos juntos em qualquer circunstância.

Ele puxou minha mão a levando até sua boca e beijando-a. Depois ele colocou nossas mãos entrelaçadas próximo ao seu coração, e me puxou para mais perto.

—Eu prometo com minha vida, que farei de você a mulher mais feliz do mundo, porque só assim vou conseguir retribuir você, por ter me dado a honra de ser minha mulher.

Eu sorri, ele queria me matar antes da nossa noite de núpcias? Coloquei a mão que estava livre em seu rosto, parecia que todo o contato ainda não era suficiente.

—Eu acredito em você, e sinceramente, eu já sou a mulher mais feliz do mundo, porque tenho você.

—O jeito com que você me ama é mais do que eu mereço.

—Edward... se eu precisar levar uma vida inteira para provar tudo o que eu sei sobre você, eu levarei. Você é a pessoa favorita do meu mundo. Eu te amo tanto...

Edward grudou seus lábios nos meus e depois de alguns segundos ele apoiou sua testa na minha.

—Eu te amo muito, Sra. Cullen.

—Edward você está monopolizando a noiva, vamos lá, me deixe ter uma dança com ela. –a voz de Emmett soou atrás de mim, nos tirando da nossa bolha.

Edward secou as lagrimas que escorriam dos meus olhos antes de me passar para Emmett. Vi que Edward dançava com Rosalie naquele mesmo momento e então reparei como a pista de dança estava cheia, depois dancei com Charlie, com algumas dificuldades ainda em sua perna, mas não abri mão desse momento com meu pai, depois foi a vez de Carlisle e por fim com Edward novamente, que antes de voltar para mim estava com Alice.

Enquanto eles andavam até mim, percebi que Alice fungava, franzi o cenho, e quando ela parou em minha frente vi que ela estava realmente chorando.

—Alice? Por que você está chorando?

Ela olhou para mim, seus olhos demonstravam amor, carinho e emoção.

—Eu só estou feliz, sabe? Eu queria dizer isso para vocês. Eu nem consigo expressar o quanto estou feliz por Edward ter encontrado a pessoa que seria sua companheira e eu estou mais feliz ainda por ser você. Eu a considero minha irmã, Bella.

—Alice...

Minha voz saiu embargada pelo choro, enquanto eu a abraçava.

—Saiba que eu te amo muito e te agradeço por tudo isso.

—Não precisa me agradecer, só... cuida dele. –ela sussurrou de volta.

.

Nossa festa estava excelente, nós fizemos a cerimonia do bolo e depois os convidados se jogaram para valer na pista de dança. Edward e Emmett foram os que mais aproveitaram, daquilo eu não tinha dúvida nenhuma. Depois de dançar muito e sentir meu corpo inteiro protestar, eu me sentei em uma das cadeiras que estavam próximas ali.

Tremi quando senti um beijo molhado em meu pescoço e logo Edward estava agachado a minha frente, ele estava sem o paletó, com a manga da camisa dobrada até os cotovelos e dois botões abertos. Passei os dedos suavemente pelo seu pescoço descendo para seu peito.

—Sabia que você é o noivo mais lindo, incrivelmente sensual e gostoso que eu já vi?

—Contando que seja o único que você vai ver, posso acreditar. –ele disse rindo.

—Mas, é a verdade. E agora eu mal posso esperar para ficar a sós com você.

Seus olhos se escureceram.

—Eu vou matar Alice por ter me feito escolher um lugar tão longe para lua de mel e por pegarmos o avião ainda hoje.

Eu ri para ele e o beijei.

—Tenho certeza que você não fara isso. Além do mais a antecipação é a chave de tudo.

Edward ficou de pé, me puxando para cima com ele.

—Vai valer a pena cada segundo. –ele prometeu.

—Acredito que sim, porque você estará lá.

Nós nos despedimos dos nossos convidados quando Alice disse que estava na hora. Ela subiu comigo para o quarto onde eu tomei um banho rápido e troquei de roupa.

Assim que eu desci Edward já estava me esperando e nossas malas já estavam no carro. Despedimos de nossas famílias e acenamos enquanto entramos no carro, eu estava em lagrimas novamente, por isso ele segurou minha mão até chegarmos no aeroporto.

Depois de todos os protocolos eu me lembro de entrarmos no avião e eu me acomodar perto de Edward e depois mais nada. Acredito que o cansaço me venceu e eu só acordei quando estávamos próximos do nosso local de destino.

Eu ainda estava meio grogue quando percebi aonde estávamos e nós já estávamos dentro do taxi que nos levaria para o hotel. Estávamos na Grécia, Santorini.

Eu me sentia estranhamente nervosa e com sensação de borboletas no estomago enquanto esperava que Edward fizesse nosso check in.

Observei um pouco do hotel inteiramente branco como todo o visual do lugar, mas era extremamente luxuoso. Da janela, eu podia ver os outros hotéis e chalés a beira do mar em forma de rampa, ali só conseguíamos chegar a praia após descer vários lances de escadas. Quando Edward veio até mim ele me observou durante um tempo enquanto pegava nossas malas, se percebeu meu nervosismo não disse nada.

Nos subimos para o quarto, a tarde estava caindo quando chegamos, por mais que eu quisesse explorar aquele lindo lugar, eu queria uma coisa a mais antes disso, me enrosquei a Edward e beijei seu pescoço enquanto ainda estávamos no elevador, ele olhou para mim com os olhos escuros de desejo e suspirou.

O nosso quarto era lindo, me lembrava a uma caverna, porque esse era o design de todo o hotel e esbanjava a cor branca, logo na entrada tinha uma sala, com sofás e um tapete bem fofo no meio, era grande e branca, depois de uma parede ficava o quarto, com uma cama de casal enorme no meio e encostado na parede uma escrivaninha, e o banheiro, a única parte que continha a cor cinza como decoração, mas o que mais me impressionou foi a varanda e a vista que eu podia ver dela. La fora havia decorações com flores, uma parede era forrada pelas flores como um jardim vertical, existia muita diversidade e dava o colorido do lugar, mais a frente tinha uma piscina privativa, ao lado um ofurô, e a frente da piscina algumas espreguiçadeiras, e além de tudo eu podia ver o mar, aquela imensidão azul, aquele ponto de paz.

O tremor em meu corpo ainda estava lá quando Edward me abraçou por trás.

—Está calada desde que acordou, não gostou daqui?

Eu me virei para ele franzindo a testa, enrosquei meus dedos nos fios da sua nuca.

—Eu amei Edward, é lindo e incrível, eu só estou sem palavras.

—Que bom. –ele sorriu. –O que quer fazer? Podemos curtir a piscina ou descer explorar o lugar, jantar fora, você escolhe.

Eu encarei seu peito. Por que eu estava tão nervosa? Ele era meu marido agora, nos éramos um do outro e aquela não seria nossa primeira vez, mas ainda assim eu não conseguia controlar meus anseios.

—Bella? Ei... –um dedo puxou meu queixo para cima. –Por que está vermelha?

—Eu... quero ficar aqui. Acho que deveríamos tomar um banho e...

Minhas mãos tremulas começaram a desabotoar os botões de sua camisa, ele percebendo minha intenção, fechou sua mão sobre a minha, bloqueando meus movimentos.

—Você está bem?

Olhei para seu rosto finalmente, seus olhos verdes estavam derretidos, mas ainda preocupados, eu tive uma calma súbita, porque eu estava exagerando daquela forma? Era o homem que eu amava ali, tudo era familiar para mim.

—Desculpe, eu acho que estou um pouco nervosa.

Pensei que ele iria rir, mas tudo que fez foi me olhar com mais preocupação.

—Por que? –ele sussurrou.

—Eu não sei, acho que é por ser nossa primeira vez como casados. –tentei desviar meu olhar do seu, mas suas mãos seguraram meu rosto.

—Não precisamos fazer isso agora, faremos quando você estiver a vontade.

—Não, Edward, não. –coloquei minha mão sobre a sua. -Eu quero, eu quero você desesperadoramente, está doendo o tanto que eu te quero.

—Tudo bem, vamos com calma. Um banho primeiro, assim podemos relaxar.

E foi tudo calmo, conforme ele prometeu. Edward me deixou a vontade, tomamos banho juntos e ele me distraiu com suas brincadeiras, mas logo sua boca estava na minha e então não conseguimos parar.

Ele caminhou comigo nos braços para a cama, eu perdi a noção do tempo e lugar quando senti sua boca no meu corpo, em todos os lugares, definitivamente todos. Ele me aqueceu, me amou e me tomou. E aquela foi a melhor de nossas vidas, nossos corpos não pareciam saber que era para sempre, que teríamos tempo para fazer tudo. Nós fizemos tudo naquela noite, não paramos se não para o jantar. Tudo era sobre Edward, meu corpo estava entregue a ele, tudo que eu via era ele, tudo que sentia era seu cheiro, suas mãos, beijos, língua e ele dentro de mim, era como se ele nunca tivesse que estar em outro lugar, tudo que eu ouvia era o som de nossas respirações aceleradas e nosso corpo se chocando.

Quando finalmente estávamos saciados, eu cai exausta sobre o seu corpo, ele me abraçou firmemente, beijando meus cabelos.

—Aqui é o lugar que eu quero estar para sempre. –ele disse, ainda dentro de mim.

—Se depender de mim, não precisa sair. –disse sonolenta.

—É mesmo? Acho que precisamos recompor nossas energias, temos uma cidade para explorar.

—Me contento em ficar dentro desse quarto se for para ser assim. –minha voz saiu abafada por que eu mantinha meu rosto em seu pescoço.

Edward riu.

—Você não vai deixar de conhecer esse lugar, nós vamos aproveitar tudo.

Levantei meu rosto para o avaliar, e ele pegou com a ponta dos dedos alguma coisa embaixo dos meus olhos.

—Por que você está chorando? –ele disse preocupado novamente.

—Droga eu estou te matando de nervoso, me desculpe amor, eu só estou feliz.

Deitei em seu peito, o abraçando, e senti seus braços se apertando ao meu redor.

—Tudo o que eu quero é sua felicidade, Bella. Se alguma coisa lhe incomodar, não deixe de me dizer.

—Está tudo perfeita, eu só sou boba demais.

Ele beijou meus cabelos.

—Você não é boba, é a coisa mais linda que existe.

Eu ri contra sua pele e dei um beijo suave em seu peito, e depois soltei um grande bocejo.

—Durma meu amor, meu grande amor. –ele murmurou fazendo caricias em meu cabelo.

—Edward, você é perfeito em tudo o que faz, não se esqueça disso.

—Tudo por você.

.

.

Vi quando Edward começou a se despertar e então despreguiçar, se virou de barriga para cima, abrindo os olhos lentamente e depois de um momento passou a mão do seu lado, talvez me procurando.  Ele se sentou, o cabelo bagunçado e o rosto amaçado e franzido, desorientado e lindo.

—Bella?

—Oi amor. –eu disse entrando no quarto.

Andei até a cama e ele sorriu de lado para mim, sonolento, subi na cama e engatinhei até estar próximo dele, então me sentei em seu colo, os joelhos em volta do seu quadril. Passei meus braços pelo seu pescoço e o abracei, depois beijei sua bochecha e por fim, sua boca.

—Como você está? –murmurei enquanto beijava seu pescoço.

—Mais do que bem e você? –ele disse e depois gemeu baixinho.

—Perfeita. Vai querer ficar dormindo o dia todo ou vamos curtir nossa lua de mel? Temos praias, passeios de barcos, piscina, ofurô...

Senti seus braços se apertando a minha volta, enquanto eu mordiscava sua pele do pescoço descendo para seu peito e voltando para sua boca.

—Acho que podemos esperar 15 minutos para descer, não?

Empurrei seu peito o fazendo deitar de volta na cama, e pairei sobre seu corpo.

—15 minutos é o que eu preciso. –eu disse.

 Voltei a beijar seu peito e desci para a barriga, até chegar aonde eu mais queria.