[...]

Nós continuamos a conversar sobre qualquer coisa e a rir de tudo. Em um momento quis saber onde estava Edward, vi ele ainda com Emmett. Como intuição, na mesma hora ele me olhou. Seu olhar era penetrante mesmo de longe. Desviei por um momento. Mas logo voltei a encara-lo, ele deu um sorriso sacana. Merda. Eu havia bebido demais, e senti meu corpo começando a se incendiar. Edward deu um gole em sua bebida e voltou a me encarar, seu olhar era como uma faca afiada que penetrava em mim. Passei a mão pelos cabelos nervosa.

Pedi licença para as mulheres que estavam comigo e me levantei. Andei até o bar que era onde ele estava perto.

—Uma agua por favor. –eu pedi. Olhei por cima do ombro e Edward me encarava. Eu mordi o lábio e sorri para ele.

Virei para o barman e agradeci pela agua. Tomei tudo de uma vez só. Minha garganta tinha ficado seca de repente.

Senti alguém se aproximando por trás de mim, mas quando posicionou as mãos no balcão ao meu lado, eu não tive dúvidas de quem era.

—Você não deveria ficar sozinha. –sua voz soou sensual e intensa demais.

—Não estava sozinha até um minuto atrás.

—Bom, mas agora está e eu posso contar quantos filhos da puta estão cobiçando o que é meu. –ele falou mais próximo ao meu ouvido. Senti uma de suas mãos em minha cintura.

Meu sexo se contorceu. Céus, ele me excitava demais.

—Então... vai fazer o que a respeito?

—Posso pensar em várias coisas. –ele disse tirando os cabelos do meu pescoço e jogando só uma um lado. Edward depositou um beijo quente ali.

Eu me virei para ele ficando com o corpo colado no seu.

—Por que eu tenho a sensação que não vamos esperar até irmos para algum lugar?

—Porque não vamos. Você está vestida como sexo e me pede para esperar?

Eu ri e ele desceu os lábios até meu pescoço e subiu até meus lábios.

—Não estou pedindo para esperar, só não estou acostumada com demonstrações de carinho na frente de todos.

Edward se aproximou mais de mim e sua boca encontrou a minha, ele segurou um punhado do meu cabelo nas suas mãos e adentrou minha boca com sua língua. Eu quase me desmanchei. Agarrei seus cabelos enquanto ele acabava comigo. 

—Vem comigo?

—Para onde?

—Não sei. –ele murmurou e puxou minha mão.

Nós saímos do hall e eu tenho certeza que ninguém nos viu. A festa estava no seu auge certamente não faríamos falta. Edward matinha minha mão na sua. Nós andamos pela sala principal e a nossa sorte foi que ninguém percebeu nossa expressão desesperada. Entramos um corredor que nos levaria até as salas de serviços como indicava a placa, o corredor estava escuro. Edward me agarrou e me encostou na parede.

Ele forçou sua boca na minha com um beijo. Edward acariciava minha língua com a dele e chupava e mordiscava meu lábio inferior, forçando sua crescente ereção contra mim. Eu separei o beijo e tornei a olha-lo.

—Você tem noção como está lindo hoje? –eu disse agarrando a lapela de seu terno.

—Você achou é?

—Você está brincando comigo. –eu bufei puxando seu rosto para mim.

Edward forçou sua boca na minha novamente e depois desceu para meu pescoço onde mordeu.

—Você deveria ser mais delicado. –eu disse enquanto puxava seu cabelo.

—Vou tentar ser da próxima. –ele disse mordiscando minha orelha. Eu ri.

Eu puxei seu rosto para cima e o beijei.

—Do que você está rindo? –ele perguntou.

—Estamos parecendo adolescentes.

—Um adolescente não faria as coisas que pretendo fazer com você.

—Não duvide da juventude Edward.

Edward pegou minha mão e andamos mais um pouco até ele achar uma porta. Ele espiou la dentro e então entrou me puxando junto. Era um banheiro mais simples, que eu imaginava ser dos funcionários.

Ele me acalcou no outro segundo me beijando com agressividade. Eu puxei seu cabelo enquanto ele puxou minhas duas pernas para cima e eu enrolei em volta da sua cintura.

—Edward... –eu gemi enquanto ele se esfregava em mim.

Eu puxei seu rosto para mim e beijei novamente. Edward desceu as mãos e apertou meu seio esquerdo sobre o vestido, eu gemi em sua boca, ele desceu mais as mãos e encontrou a barra da minha calcinha, Edward empurrou para o lado e me penetrou com dois dedos.

—Ahhh...

—Sempre pronta. –ele disse chupando meu pescoço.

—Edward...—eu gritei quando seus dedos atingiram meu clitóris.

—Não grite. –ele cobriu minha boca com a sua.

—Então me fode logo. –ele riu. Edward era tãaao lindo.

—Tao desesperada. –ouvi o barulho do seu zíper se abrindo. –Se for demais para você me avise, isso vai ser rápido.

Então senti ele me penetrando de uma vez só, eu me agarrei em seu ombro. Eu joguei a cabeça para trás e gemi. Isso era tudo o que eu precisava depois de um dia tão turbulento e eu poderia dizer que Edward se sentia da mesma forma. Ele mantinha seu rosto em meu pescoço, seus gemidos atingiam meu sistema, sua ereção dura ia tão fundo quanto podia, suas mãos ao redor da minha cintura me segurando, seu perfume me invadia e eu estava indo para um lugar como o paraíso.

Edward parecia amar a forma com que meu corpo correspondia aos seus toques. Nossos gemidos invadiram aquele pequeno cômodo e nós gozamos juntos. Ficamos naquela posição até nossas respirações se normalizarem. Foi tão rápido que nem me dei conta que era a primeira vez que transávamos sem camisinha. Edward ergueu o rosto e me beijou, depois beijou minha testa.

—O que você está fazendo comigo? –ele murmurou ainda de olhos fechados.

Eu subi minha mão para enroscar em seu cabelo. Eu era apaixonada por esse homem.

—Eu não consigo nem manter minhas mãos longe de você por algumas horas. Acho que essa é a forma de saber que estamos realmente bem.

Eu concordava. A forma com que nos entregávamos um ao outro mostrava isso.

—Eu realmente sinto muito por tudo o que aconteceu. –eu disse.

—Não precisa dizer nada, Bella. Estamos construindo nosso relacionamento juntos.

Eu sorri. Nunca a palavra relacionamento fez tanto sentido e me deixou tão feliz quanto agora.

Ele sorriu para mim e me ajudou a descer. Edward pegou um grande pedaço de papel e me limpou, ele pegou outro e se limpou.

—Obrigada. –eu agradeci.

—Não há de que.  

Edward fechou a calça, enquanto eu arrumava o vestido. Eu arrumei o cabelo olhando no espelho e arrumei o batom borrado.

Edward pegou minha mão e nos levou para fora dali e de volta para o salão.

.

—Bella, onde você estava? –Rosalie veio ao meu encontro. Ela olhou para Edward atrás de mim e sorriu.

—Estava conhecendo o hotel. –eu sussurrei e pisquei para ela.

Depois de alguns minutos eu, Edward, Rose e Emmett estávamos em um dos sofás com uma porção de comida a nossa frente.

Rosalie havia parado de beber assim como eu, Edward e Emmett estavam um pouco alterados. Edward ficava interessante quando bebia um pouco mais, a julgar pela forma que estávamos, eu estava praticamente em seu colo e ele não parecia se importar com aquilo. Edward mantinha meu corpo bem encostado no seu, minha costa em seu peito, e um braço protetoramente se fechava na minha cintura.

—Isso que eu chamaria de festa ein, Emm. –eu disse.

—Um homem importante desse não poderia ter menos. –ele disse se gabando.

—Ahhh Emmett, menos. Você sabe que eu mesmo contratei essas pessoas para estar aqui. –Edward disse e eles riram.

—Claro que sei, puxa vida. –ele disse fingindo decepção. –Mas, meus pais exageraram. Não é porque estou fazendo 30 anos que tem que ter uma festa dessa.

—Eles deram estadia para seus familiares, Emmett. Quem perderia? –Rosalie disse.

—Bando de interesseiros. –Emmett disse dando um gole em sua bebida.

Edward riu me puxando para mais perto dele.

—Mas, vocês querem ver mesmo é a festa de aniversário de Edward. Aquilo sim é exagero.

—Alice, sempre Alice. –Edward murmurou.

—Tinha tipo uns 100 convidados? –Emm disse.

—Cem... –Edward bufou. –Tinha mais de 200 pessoas. Sinceramente eu não sei aonde ela acha tanta gente.  

—Quando foi isso? –eu perguntei.

—Há uns dois anos, depois disso nunca mais deixei ela fazer uma festa dessas.

—Imagino que ela deve ter ficado chateada.

—Um pouco. –ele disse.

—Espero que esse ano ela promova uma festa, quero participar.

Ele estralou a boca com a língua.

—Alice estará preocupada demais com seu casamento.

—Nós faremos uma festa para você então, Edward. –Emmett disse.

—Eu topo. –Rose disse contente.

—Eu passo. –Edward disse.

Edward pegou um bolinho de carne que estava a nossa frente e passou um para mim.

—AH Bella estava pensando, em breve teremos um feriado. O que você acha sobre ir a Forks? -Rose disse. –Preciso fazer uma viagem para um lugar calmo.

—Caramba, seria perfeito, mas tudo depende do meu chefe e você está se convidando?

—Oras, você não iria sem mim. –ela disse dando de ombros.

—É feriado Bella, ninguém trabalha no feriado. –Edward disse.

—Isso vai ser demais, nós quatro em uma viagem. Queria te agradecer muito Bella por tirar esse cara da casa dele. –Emmett disse apontando para Edward.

Edward revirou os olhos, enquanto ria.

—Você é exagerado, Emmett. Mas, acho que seria conveniente Bella perguntar ao pai antes, se ele concorda em irmos todos juntos, uh?

—É claro que ele concorda. –Emm deu de ombros.

—Bella? –Edward insistiu.

—Eu não vejo problemas e acredito que ele também não. Charlie vai gostar, Edward. –eu assegurei.

—Eu tô dentro. –Rosalie disse.

—Eu e Edward vamos pescar junto com ele, quero ver ele ganhar de mim dessa vez. –Emmett disse rindo.

Edward nem havia dito que ia e Emmett já incluía em tudo. Eu olhei para o rosto de Edward que ria também.

—Você sabe que ninguém derruba ele, Emm. –Rose disse. –Mas, ainda bem que vocês vão, pelo menos ele não fica me fazendo ver jogo de beisebol na tela plana.

—Você vem com a gente? –eu me dirigi a Edward.

—Já estou mais que dentro, pelo visto. –ele disse sorrindo.

—Edward conhecendo o pai da primeira namorada... essa tenho que olhar de perto.

—Ah cale a boca, Emmett. Eu já conheço o pai de Bella.

—Você tinha 10 anos a menos que hoje e não namorava a filha dele. –Emmett disse. –Ele tem armas, você sabe né?

Eu ri.

—Charlie não é assim. Pare com isso Emm, desse jeito Edward irá desistir.

—Eu não vou desistir. –ele disse. –Aliás você conheceu minha família, nada mais justo.

—É verdade, e além do mais você vai gostar Edward, te garanto. –Rosalie disse.

—Vocês já foram bastante para lá? –Edward perguntou.

—Não. Eu só fui uma vez, agora Rosalie todas férias ia para lá.

—É uma cidade tranquila e chuvosa. Eu e Bella passeávamos nos dias de sol que eram raros e nos outros passávamos a tarde vendo filmes.

—Era bom. –eu disse me recordando.

Edward mantinha seu braço sobre meu ombro, mas nessa hora ele desceu para minha cintura e me puxou para mais perto dele. Seu rosto estava bem próximo a minha orelha e pescoço e eu mantinha uma das mãos em sua perna.

—Você sabe quantas horas de viagem Emmett?

—3h50m de carro, cara. A única vez que fui foi com Rosalie de carro, é bem tranquilo dirigir.  

—Certo, podemos ir com meu carro.

Edward afastou os cabelos do meu pescoço jogando para o outro lado. O que ele estava pretendendo?

—Porra, será que pela primeira vez eu vou poder dirigir aquele audi Edward? –Emmett perguntou. –Ou seria o volvo?

—Nenhum dos dois de forma alguma. –ele riu, enquanto beijava meu ombro e pescoço.

—Eu ainda vou te convencer.

Todos nós rimos. Mas, eu sentia os arrepios de excitação percorrerem todo meu corpo.

O celular de Edward apitou com uma mensagem de texto. Ele tirou o celular do bolso enquanto lia alguma coisa.

—Emmett acabo de receber a confirmação das passagens e hotel.

—Passagens e hotel para onde? –Rosalie perguntou.

—Chicago. –Emmett respondeu.

—O que vocês vão fazer em Chicago? –eu quis saber.

—Vamos ter uma audiência muito importante na terça feira e quinta feira em Chicago. –Edward respondeu.

—Na verdade ficamos sabendo só hoje, por isso não dissemos nada. –Emmett disse dando de ombros.

—A audiência estava prevista para ser aqui em Seattle, eles mudaram hoje. -Edward bufou.

—E vocês viajam quando? –Rosalie perguntou.

—Na segunda. –Edward respondeu.

Depois de algum tempo Rosalie e Emmett decidiram ir até a pista de dança, que já estava liberada. Edward e eu fomos ao bar novamente.

—O que foi, Bella? –Edward perguntou para mim.

Nós estávamos em um canto mais escuro do bar, enquanto esperávamos nossas bebidas. Edward estava de costa para o balcão e eu estava a sua frente, enquanto ele pousava sua mão suavemente em minha cintura.  

—É tão besta isso, mas vou sentir sua falta. Não gosto da ideia de ficar uma semana longe de você.

—Somos dois bestas então, também vou sentir muito a sua. –Edward disse me beijando logo em seguida. –Queria muito que fosse em Seattle, quando as audiências são em outra cidade são bem mais complicadas.

—Eu imagino, mas vocês vão se sair bem. Aliás, estou feliz que vamos todos para Forks e que você finalmente irá conhecer minha cidade.

Eu disse tombando a cabeça enquanto Edward passeava com seus lábios seguindo da minha orelha até meu pescoço.

—Eu também estou, vai ser divertido. Acha melhor eu levar um colete a prova de balas?

Edward me apertou mais eu seu braço e mordiscou de leve meu pescoço.

—Pare de tentar me seduzir. –eu sussurrei. –Não leve a sério o que Emmett fala.

O barman entregou nossas bebidas e Edward tomou um gole só, enquanto eu ainda segurava a minha taça nas mãos. Edward sugeriu para que fossemos embora.

—Será que a gente poderia dançar antes? –eu pedi.

Ele cerrou os olhos.

—Por favor. –eu pedi batendo os cílios.

—Mulher, você vai ser minha perdição. –ele disse pegando a minha mão e me levando para a pista de dança.

.

Um aglomerado de pessoas se moviam no ritmo da música eletrônica que tocava. Eu achei Rosalie com muita dificuldade, e então começamos a dançar. O local havia virado quase uma casa noturna e até luzes de neon foram ligadas.

Emmett estava um pouco alterado, mas ele dançava bem, assim como Rosalie. Edward já era mais reservado, mas ainda assim ficou por ali e gradualmente foi se soltando. O local estava muito escuro, quase impossível distinguir quem era quem, mas eu vi por ali as mulheres com quem conversava horas antes, e mais ninguém conhecido.

Senti o braço de Edward me puxando e encostei a costa em seu peito, enquanto seu braço rodeava minha cintura, nós dançamos juntos e logo depois ele me soltou novamente, eu mexia meu corpo conforme a música. Logo depois me virei de frente para ele e joguei meus braços sobre seu pescoço, Edward passou seus braços ao meu redor e me puxou ao seu encontro, me beijando. Seu desejo era tão evidente que em poucos segundos eu estava implorando para que fossemos embora. Mas, ele quis me torturar e disse que ia ao banheiro antes.

Eu estava tão entretida que não vi quando um homem desconhecido se aproximou de mim, ele relou em meu cotovelo e eu pulei para longe dele. Ele tinha a pele extremamente branca, não era tão alto e os cabelos eram na cor castanhos escuros.

—Olá. –ele gritou por cima da música.

Eu não respondi de imediato.

—Oi. –disse seca, não queria conversar.

—Então está sozinha?

—Estou esperando uma pessoa.

—Será? Estou te observando há alguns minutos e você estava sozinha.

Vi quando seu olhar se perdeu em meu corpo. Eu olhei na direção que Edward havia ido, mas nem sinal dele. As pessoas se moviam, e estavam aglomeradas, eu não conseguia ver nada além de um palmo a minha frente.

—Bom isso não é da sua conta.

Ele riu.

—Meu nome é Alec.

Eu dei as costas para ele.

—Posso saber o seu? –ele insistiu, ficando na minha frente novamente.

—Isabella.

—Você não se acha muito linda para estar aqui sozinha?

—Eu não estou sozinha. Eu já disse. –tentei empurrar algumas pessoas para passar, mas não havia conseguido.

—Você não é muito de papo?

—Não com estranhos.

—Não somos estranhos, nós conhecemos agora.

Eu revirei os olhos. Eu virei para o outro lado, onde encontrei um espaço e passei por lá. Quando cheguei perto do bar novamente, suspirei. Mas logo senti um aperto em meu braço, imaginando ser Edward não me livrei.

—Amiga do aniversariante? –trinquei os dentes irritada.

—Você ainda não percebeu que eu não quero falar com você? –eu disse tentando tirar meu braço da sua mão.

Seu aperto era tão forte que estava começando a doer.

—Me solta. –eu disse entre dentes.

O tal de Alec tinha um sorriso que me causava calafrios.

Foi tudo muito rápido e eu não vi de onde ele veio, sei que Edward entrou no nosso meio e com a mão espalmada no peito de Alec o empurrou para longe de mim. Eu passei a mão no local onde seus dedos estavam segundos antes.

—Que porra é essa? –ele disse irritado.

—Edward Cullen. –Alec disse. –Quanto tempo.

Ele riu com sarcasmo.

—Esse dia não poderia ficar melhor. O que você está fazendo aqui?  

—Tenho meus meios.

Eu estava tonta demais para acompanhar a discussão deles.

Edward passou o braço pela minha cintura, e estava pronto para ir embora, mas vi quando Alec segurou seu braço. Merda. Aquilo iria dar merda. Os olhos de Edward queimaram de raiva.

—Tire suas mãos sujas de mim, Alec. –ele disse entre os dentes. -Isabella, vamos.

—Você não quer ir embora com ele, né Isabella? Estava se divertindo comigo.

—O que? Você está louco! Edward isso não é verdade.

Alec segurou meu braço.

—Tire as mãos dela agora porra! –Edward gritou e puxou meu braço das suas mãos.

—Por que você vai fazer o que? Você se acha o foda né Edward, acha que todas as mulheres só querem você.

Edward deu as costa para ele e puxou minha mão para que eu o acompanhasse.

—Vi que como estava com ela na pista de dança, assumiu em público. Vai desgraçar a vida dela como fez com Victoria?

Edward parou no mesmo instante com os olhos arregalados, sua expressão estava dura, seu maxilar travado e seu corpo tenso. Ele apertou tanto minha mão que era possível nem ter percebido. Edward se virou.

—Não abra a porra da sua boca para se dirigir a mim, novamente. Se você fizer isso, eu quebro todos os seus dentes e eu juro que não vai sobrar nenhum.

—Faça isso e arruíne sua carreira.

Os dois se encaravam, como dois predadores. Edward era visivelmente mais forte e mais alto que Alec.

—Desgraçado, filho da puta.

Edward me passou para trás com um braço. Eu percebi o que ele ia fazer. Edward foi para cima dele e aquilo era verdade, ele poderia arruinar sua carreira. Eu entrei em sua frente, sabendo que poderia levar um soco.

—Edward! –eu gritei com as mãos sobre seu peito. –Por favor, para. OLHA PARA MIM!

—Bella... –ele disse atordoado, seus olhos passavam de mim para Alec, e então ele finalmente cravou o olhar em mim.

—Vamos embora. –eu subi minha mão para seu rosto. Ele a pegou e entrelaçou nossos dedos e me manteve atrás de seu corpo, como se estivesse protegendo.

Eu olhei ao redor e por sorte ninguém estava reparando naquela discussão.

—Você e um lixo, Alec. Não me impressiona estar na ruína.

Eu puxei sua mão antes que ele fizesse algo e sai daquele lugar levando ele. Edward estava quase explodindo de raiva. Eu não protestei pela sua forma de andar, ele alcançou o carro e entrou nele. Eu entrei logo em seguida agradecida por finalmente sentar. Minha respiração foi se normalizando aos poucos. O silencio pela primeira vez foi perturbador. Eu não precisava perguntar para saber onde estávamos indo. Estávamos indo para minha casa. Meu corpo tremia de raiva, mas Edward percebendo ligou o aquecedor pensando que eu estava com frio.

Edward parou o carro na frente do prédio.

—Você não vai subir?

Ele apertou sua boca, formando uma linha fina. Eu suspirei. Ele nem olhou para mim. Sai do carro. Caminhei lentamente até a portaria, quando olhei para trás novamente acho que sorri e soltei um suspiro. Edward estava vindo. Ele me alcançou e pegou minha mão. Nós entramos dentro do elevador, eu deitei a cabeça em seu ombro enquanto ele subia. Nós saímos do elevador, e eu abri o apartamento.

Ele se sentou no sofá, mas não disse nada mais. Eu tirei os saltos e sentei na frente dele. Edward se levantou tão rápido quanto sentou.

—Por que você estava falando com Alec? –ele explodiu.

—Eu não estava falando com ele, eu estava dançando quando ele começou a me cercar, eu dei as costas para ele e então ele segurou meu braço.

—E você continuou conversando com aquele desprezível?

—Eu não estava conversando com ele, Edward. –eu falei com muita tranquilidade, Edward precisava aprender a dialogar. –Eu disse que ele estava me cercando.

Edward estava tão nervoso e eu nunca o havia visto daquela forma.

 -Não me diga que toda aquela cena foi por ciúmes.

Ele me encarou e suspirou irritado.

—Sim, foi ciúmes, porra. Mas, aquele cara nunca deveria ter chegado perto de você.

—Quem ele era, Edward? Por que ele te deixa assim?

—Aquele filho da puta trabalhava comigo, ele foi demitido por assediar três funcionárias.

—O que? –eu sussurrei.

—Eu só descobri quando a última prestou queixa, e então Wench descobriu sobre as outras duas. Mas o filho da puta fez com que ela retirasse a queixa, para não ser preso. –Edward disse com raiva.

—Ele deveria estar preso.

—Não tem como sem provas, e eu já tentei fazer de tudo, tudo o que você imagina para conseguir o depoimento delas, mas ele as dominou muito bem. Desgraçado.

Ele disse puxando seus cabelos.

—Tudo bem, você fez tudo o que estava ao seu alcance. –eu disse me levantando e chegando mais perto dele.

—Eu não fiz tudo porque ele não está na cadeia!

—Edward, escute, infelizmente você não pode ajudar todo mundo e nem fazer justiça sozinho, um dia ele ainda irá pagar por tudo o que fez.

Ele me olhou derrotado, eu odiava ver seu olhar assim. Eu sentia falta do seu sorriso e leveza de algumas horas atrás.

—Quem é Victoria, Edward?

—Mas que diabos você quer saber sobre isso? –ele quase gritou.

—Porque Alec usou isso contra você! Ele disse que você ia desgraçar minha vida como fez com a dela.

—Esqueça, esqueça isso. –Edward disse muito irritado.

Ele começou a andar de um lado para o outro.

—Você sabe que eu não posso, se nós quisermos fazer isso dar certo, não podemos ter segredos entre nós.

—Isso não é um segredo, é só a porra do meu passado.

Eu fui até ele e coloquei a mão em seus braços.

—Por favor, se abra comigo. –eu sussurrei.

Eu via a sua luta em seus olhos, eu sabia que ele queria dizer, mas talvez naquele momento não conseguiria ainda. Eu não conseguiria tirar nada dele, não com ele nesse estado. Edward não costumava dizer quando estava tão alterado e eu nunca o havia visto assim.

—Edward, aconteceu alguma coisa além disso?

Ele suspirou irritado, mais uma vez.

—Eu ouvi Mike dizendo para um cara que eu não conhecia, que havia passado a noite com você. Ele disse o quanto você era gostosa e disse que iria sair da festa com você novamente.

—O que? –eu disse chocada.

—Minha vontade era de matar aquele filho da puta por encher a boca e falar de você dessa forma.  Você realmente já transou com ele, Isabella?

—Sim. –eu disse envergonhada. –Na primeira semana de trabalho, fomos a uma balada e ele estava, eu bebi demais e... –abaixei a cabeça sem ter capacidade para terminar. –Foi na mesma semana que eu fiz a entrevista de emprego com você. Você me tratou tão friamente... eu fiquei muito chateada e usei Mike como distração para não pensar em você.

—O que? Isso é ridículo. –ele sorriu com sarcasmo.

—Eu sei. –disse envergonhada.

—Você nunca ia me contar?

—Não havia porque contar. Ele não significou nada para mim, eu queria poder esquecer aquela merda. Mas, sobre essa história, ninguém sabe lá na empresa.

—Obvio que não... Ele sabe que odeio esse tipo de coisa e mandaria todos eles embora, não que eu não esteja pensando em fazer isso agora.  Merda, eu vou matar Mike, desgraçado... Ainda bem que aquele filho da puta do Alec já está bem longe. –ele disse mais para si mesmo.

—Edward, não faça nada que te comprometa isso é assunto meu. Eu sai com ele e nós não tínhamos nada, nem trocado uma palavra. –disse baixinho. –Você está nervoso, amanhã poderá pensar com mais clareza.

—Ninguém pode falar da minha mulher dessa maneira... –ele disse baixinho, mas eu ouvi.

Ele estava com tanto ódio que nem percebeu o que dissera, mas eu sim.

Minha mulher.

—Eu vou falar com ele, Edward. Vou dizer que tenho outra pessoa.

Um longo período se passou e então ele me encarou com os olhos escuros e eu não conseguia decifrar o que era.

—Você vai embora. –eu afirmei.

—Sim... eu...

—Tudo bem. –eu disse o cortando.

Ele estava fugindo. Edward andou até a porta e parou, com o braço apoiado nela, ele abaixou a cabeça. O choro estava engasgado. Se Edward fosse talvez ele nunca mais voltaria. Eu não poderia perder ele. Eu não queria que ele fosse embora, eu queria que ele soubesse que só havia ele para mim.

“Fique” eu quis dizer, mas eu estava tão nervosa e amedrontada que não consegui dizer nada. Nem mover um musculo se quer.

Edward também não se moveu.

“Não me deixe sozinha” eu pensei novamente. Eu o amava e sabia de todos os contras que assumiria ao ficar com ele, Edward não era uma pessoa acostumada com relacionamentos.

Ele se virou no outro segundo e me olhou. Seus olhos não estavam mais carregados por raiva, sua postura havia mudado também. Ele me encarou por longos segundos, sem mover os olhos dos meus. Quando eu percebi estava próxima a ele, podia sentir seu perfume. Meu coração batia tão rápido que seria possível Edward ouvir.

—Eu não vou embora. –ele disse.

Um sorriso formou em meus lábios. Ele não iria. Seus olhos demonstravam que ele não iria.

—Eu vou ficar com você, porque meu lugar é ao seu lado.

Ele subiu uma mão pela minha cintura e me puxou próximo ao seu corpo.

—Desculpe por isso, eu sinto muito mesmo por ter agido dessa forma. Alec sabe me tirar do sério, nós já saímos no soco algumas vezes. –ele suspirou. –Eu odeio não ter protegido você de Alec.

—Não aconteceu nada, vamos esquecê-lo.

—Eu odeio que se refiram a você como Mike disse. Eu tenho ciúmes de você sim, mas não é só isso. Eles não sabem a mulher incrível que você é para te descrever somente como gostosa.

—Edward...

—Xii, escute. Você é muito mais do que isso, você é inteligente, corajosa, forte. Você é incrível. É por isso que eu fico com tanta raiva, as pessoas te titulam com algo tão simples, ridiculamente grosseiro. Eu não vou dar oportunidade para nenhum outro descobrir tudo o que você é, porque você é minha.

Ele sorriu, um sorriso doce e cheio de carinho.

—Eu te amo, Edward, nunca se esqueça disso.

Eu enrosquei minha mão em seus cabelos e puxei sua nuca para mim. Suspirei quando senti seus lábios, eu nunca me cansaria de o beijar. Edward aprofundou o beijo, quando me soltou estávamos ofegantes, eu agarrei seu casaco.

—Você me desculpa? –ele disse.

—O que?

—Você me desculpa por eu ter agido dessa forma?

—Você não fez nada para mim, não precisa pedir desculpas. Fico feliz que conversamos.

Eu ainda queria saber quem era Victoria, mas ao vê-lo ali, totalmente entregue, com seus olhos implorando por algo eu não poderia ignorar. As duas orbes verdes queimavam as minhas, ele estava pedindo permissão pela primeira vez, para tocar em mim. Não poderia ignorar o que eu sentia por ele e o efeito que suas palavras causaram em mim. Eu o queria tanto aquela noite que chegava doer. Queria que ele me tomasse como sua, tomasse meu corpo até que desmaiássemos de tanto prazer.

—Me faça sua... –eu sussurrei. Vi quando sua pupila se dilatou tornando seus olhos mais escuros. –Eu quero que você entenda que eu sou somente sua.

—O que...

—Tome meu corpo, Edward, tome tudo, da pior forma, da sua forma mais brutal, eu preciso disso.

Edward antes mesmo de eu terminar de falar ele já tinha me empurrado de encontro com a parede e adentrou minha boca. Ele segurou minha cabeça com as duas mãos enquanto explorava minha boca com sua língua e forçava seu corpo inteiro contra o meu. Eu escorreguei seu terno sobre seus ombros e deixei que caísse no chão, meus dedos desabotoaram sua camisa e depois seu peito estava nu. Eu passei minhas unhas por suas costa, eu queria me fundir a ele enquanto sentia seus lábios agora em meu pescoço chupando minha pele.

Edward levou as mãos até meu traseiro e me forçou a subir em seu colo, eu enrolei as pernas em sua volta, e cravei minhas unhas em sua costa, ele pareceu não se importar porque seus toques e lábios não eram nada gentis. Edward puxou meu vestido por cima e eu o ajudei retirar de mim. Quando já estávamos no quarto, Edward me depositou na cama suavemente e aproveitou para retirar sua calça. Vi que sua ereção martelava contra sua boxer. Ele gemeu ao ver que eu só vestia a calcinha mínima de renda roxa. Eu arqueei os seios para frente, na necessidade de fazer alguma coisa sentindo o desejo correr por minhas veias, em cada pedacinho do meu corpo.

—Vou cuidar de você. –ele disse entre os dentes.

Edward rasgou minha calcinha a jogando longe. Eu pensei no quanto de calcinhas que ele já havia rasgado. No momento seguinte ele mergulhou a língua dentro de mim. Eu gemi e ele rosnou. Enquanto Edward me chupava ele parecia saborear as melhores das sobremesas e parecia que nunca mais teria aquilo. Ele lambia, sugava, mordia e tocava em todos os lugares certos. Abri mais ainda as pernas para ele no momento em que ele encostou os lábios em meu clitóris, circulando com a língua. Eu gemia igual uma descontrolada. Edward ergueu a cabeça e nossos olhos se encontraram.

—Minha. –ele rosnou.

—Inteiramente sua... –eu mais gemi do que falei.

Edward agarrou minhas coxas com força, abriu a boca, colocou a parte plana da língua contra meu clitóris e esfregou. Eu agarrei tão forte o lençol embaixo de mim e soltei um grito, meu corpo inteiro tremia com a necessidade de gozar. Ele levantou a cabeça mais uma vez.

—Abra os olhos Isabella. Me veja te levando ao ápice. –ele ordenou.

Edward lambeu da minha fenda até o clitóris posicionando os lábios em volta dele mais uma vez e o chupou com vontade, com a sua língua acariciando meu botão nervoso. Meu corpo tremeu quando o orgasmo me rasgou. Eu tentei fechar a perna, mas Edward a segurou firme totalmente aberta, ele estava selvagem e desejava lamber cada gota. E foi o que ele fez, até eu cair em êxtase mais uma vez. Havia gozado duas vezes em sua boca. Tudo o que eu conseguia pensar era que se ele não enfiasse sua ereção em mim, eu desmaiaria de exaustão.

—Edward, eu preciso de você...

Edward me puxou com força me virando e me forçando a ficar de quatro. Ele puxou minha bunda me empinando.

—Se segura Isabella, porque eu estou explodindo.

Ele agarrou minha cintura com as duas mãos, então o senti me penetrando, mas tão lento, de forma possessiva, me surpreendendo, pois já tinha me preparado para o receber forte. Pele com pele. Era inexplicável.

Ele entrava e saia devagar, eu torci o pescoço para ver seus movimentos, ele ainda estava lento.

Eu gemi.

Uma de suas mãos alcançaram meus seios que estava com os mamilos duros e até agora não havia sido tocados. Ele massageou o seio inteiro, depois prendeu um dos mamilos entre seus dedos o puxou. Eu empurrei meu corpo para trás exatamente enquanto ele impulsionava para frente. Edward gemeu.

—O que você quer, Bella? Você tem que dizer.

—Me fode forte Edward! –eu implorei. E empurrei meu corpo de novo para trás, apertando meus músculos internos contra seu membro. Edward apertou minha cintura.

No momento seguinte eu senti Edward metendo fundo e sem piedade em mim, senti meus joelhos saindo um pouco da cama pelas estocadas. Eu sentia suas bolas batendo contra minha carne e sua ereção firme dentro de mim me golpeando duro. Edward segurava em minha cintura para lhe dar mais firmeza.

—Minha. –ele rugiu. –Só... –estocada. –Minha... –metida. –Minha.

Sua mão escorregou de encontro ao meu sexo, e ele beliscou meu ponto de tensão, aquilo me deu tanto prazer que eu arqueei meu corpo gritando. Eu me abaixei novamente e abri mais as pernas, Edward continuou metendo duro e forte.

—Porra...

—Ahh, Edward...

Eu cheguei ao clímax gritando alto, sentindo um orgasmo violento me rasgando. Edward meteu mais três vezes atingindo sua libertação. Ele rugiu como um leão quando gozou. Eu cai esgotada na cama, Edward saiu de mim. Senti algo quente e molhado passando entre minhas pernas para me limpar, e depois senti um corpo se moldando ao meu. Eu mergulhei na escuridão imediatamente.