Academia de Heróis Apaixonados escrita por Yamashine


Capítulo 11
Matando a saudade


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco pra postar porque a gripe me deixa mais lerda do que eu já sou pra fazer as coisas. Eu também fico meio brisada quando tô doente, então se não entenderem alguma coisa, podem perguntar nos comentários que eu vou (tentar) explicar.



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Os alunos decidiram se dividir em dois grupos para não ficarem apertados numa sala só. Jirou, Kaminari, Todoroki, Yaoyorozu, Ojiro e Hagakure ficaram em uma, enquanto Asui, Midoriya, Kirishima, Ashido, Uraraka, Bakugou e Iida ficaram em outra.

"Vai querer tentar, Todoroki-san?", Momo perguntou logo após terminar de cantar.

"Prefiro ficar só olhando."

"Sério? Que pena..."

"Você poderia cantar mais uma música?", Shouto pediu.

O garoto estava admirado com a voz de Momo, mas ele não tinha certeza se era coisa da cabeça dele ou não.

"Sou só eu ou a Yaoyorozu tem uma voz boa de se ouvir?"

"Eu? Outra vez?", ela indagou meio envergonhada.

"Eu apoio", disse Jirou entrando na conversa.

"Você só tá dizendo isso pra tardar a sua vez, né?", Kaminari perguntou soltando uma risada.

"Claro que não...", resmungou virando o rosto.

"E quanto aos outros que também querem cantar? Eu posso mesmo ir de novo?"

Após perguntar, a vice-representante olhou para os amigos com uma expressão que demonstrava certa consideração, mas que também implorava para que a deixassem cantar novamente.

"Ah... Eu posso esperar...", Hagakure respondeu assim que reparou no rosto da morena.

"Por mim, tudo bem", disse Ojiro.

Em seguida, Kaminari fez um sinal positivo com a cabeça.

"Certo, eu canto, só que vou querer companhia agora... Hagakure-san, que tal nós duas?", ela perguntou ao perceber que a menina invisível não via a hora de soltar a voz.

"Oba! Vamos!", ela respondeu animada.

Na sala ao lado...

"Oh, nada mal, Midoriya!", disse o garoto de cabelo vermelho ao ver a pontuação do colega.

"A música que escolhi não é difícil pra mim... Se não fosse por isso, minha pontuação seria bem mais baixa...", disse ele dando um pequeno sorriso e desviando o olhar.

"Midoriya-chan, eu te ouvi resmungar antes de ir cantar", a menina sapa falou. "Não consegui entender muito bem, mas pelo que pude ouvir, você parecia bem preocupado com a escolha da música."

"Bem, eu não queria passar vergonha, por isso comecei a procurar no fundo da minha mente alguma música curta e que não exigisse muito de mim enquanto a Ashido-san estava cantando", ele explicou.

"Eu devia ter dado umas resmungadas também... Eu escolhi a primeira música que vi na tela, e por ser muito animada, acabei me empolgando...", disse a menina rosa se lembrando da sua pontuação baixa. "Eu mais dancei do que cantei."

"Eu também te ouvi, Deku-kun! Você parecia estar resmungando vários nomes de músicas...", tentando segurar o riso, Uraraka comentou. "Mas você foi muito bem!", completou após se recompor.

Bakugou não estava gostando nem um pouco daquela conversa, e ao ouvir Ochako elogiar seu rival, não conseguiu se conter.

"Vocês falam isso como se esse merda tivesse feito algo incrível! Ele só ficou acima da média! Eu vou mostrar como é que se canta alcançado a pontuação máxima, e vai ser com a música mais difícil que eu encontrar!", o loiro exclamou.

"Pra alguém que não queria vir, ele tá bem animado... Posso estar enganada, mas acho que isso não vai prestar...", disse Uraraka em pensamento.

"Tô com um mau pressentimento...", Kirishima pensou.

"Ainda bem que a Jirou-kun ficou na sala do lado... Os ouvidos dela poderiam ser prejudicados...", o representante falou em voz baixa.

"Vai ser esta aqui! Vou explodir os seus tímpanos com o meu talento!", falou Katsuki depois de escolher a música.

Como se tivessem ensaiado, todos cobriram os ouvidos com as mãos após receberem aquela ameaça.

"Ei! Não tapem os ouvidos!", ele gritou.

O pedido (que mais parecia uma ordem) do garoto explosivo foi completamente ignorado.

"Devem ter reconhecido que tenho uma voz potente antes mesmo de eu começar. Tudo bem, vou fazê-la ultrapassar a barreira que vocês fizeram com as mãos."

Quando ele estava prestes a começar...

"Com licença", disse uma mulher logo após bater gentilmente na porta. "O pedido chegou."

"Ah, é a comida que eu pedi pra gente", disse Ashido. "Pode entrar."

Calmamente, a jovem abriu a porta, entrou, seguiu até a mesa e colocou a comida sobre ela.

"Aqui está", disse ela em tom simpático.

"Muito obrigado!", Mina agradeceu.

"Tem algo de estranho nela. Não sei dizer exatamente o que é, mas sinto que tem algo de estranho nela. Não é só isso, parece familiar também."

Ninguém havia notado, mas no exato momento em que a moça pôs os pés naquele espaço, o garoto de cabelo verde começou a sentir calafrios. Ele não sabia o porquê de estar sentindo aquilo, mas tinha certeza de que aquela mulher era a responsável pelos arrepios que estavam passando pelo seu corpo.

"Eu entrei justamente na sala em que os quatro estão. A Tsutsu-chan e a Ochako-chan continuam lindas... Eu ainda quero muito dar umas facadas no Katsuki-kun... O Deku-kun é tão lindo que me faz querer vê-lo coberto de sangue de novo... Eu sei que a rosinha é a Mina Ashido, e que o de cabelo avermelhado é o Eijirou Kirishima. Eles devem ficar lindos quando estão sangrando e..."

"Moça, você está bem?", Asui perguntou ao se dar conta de que a suposta funcionária estava parada no mesmo lugar e de cabeça baixa há um bom tempo.

"Está tudo bem... É só uma leve tontura...", respondeu levantando a cabeça e fingindo uma expressão de dor.

"Tem certeza?"

A atuação da garota estava realmente funcionando. Tsuyu, na sua inocência, só conseguia acreditar cada vez mais nela, que naquele momento, seguia até a porta com passos tortos.

"Não é a primeira vez que fico assim. Só preciso sair pra tomar um pouco de ar como sempre fa... Oh!"

"Ela caiu!", Kirishima exclamou.

Vendo que estava mais próxima, a menina sapa logo correu para prestar socorro.

"Você disse que precisa tomar um ar, não disse?", ela perguntou enquanto a ajudava a se levantar.

A moça assentiu com a cabeça.

"Vou te acompanhar até o jardim que tem lá fora."

"Eu vou com vocês", disse Deku já se pondo de pé.

"Não precisa, Midoriya-chan. Eu volto já."

O garoto não conseguia aceitar aquilo, no entanto, para não desrespeitar a vontade de Asui, voltou a se sentar no sofá.

"O que há comigo? Além de estar desconfiando dessa mulher, estou extremamente preocupado com a Asui-san... Talvez só seja exagero meu."

As duas saíram da sala e logo chegaram ao pequeno jardim que ficava em frente à entrada do local.

"Obrigado por me acompanhar", ela agradeceu.

"Não foi nada de mais", falou enquanto se virava para retornar à sala de karaokê. "Vou voltar agora."

"Espere", pediu a segurando pela mão. "Você poderia ao menos ser mais amigável comigo, Tsutsu-chan."

Ao ouvir aquele apelido, Tsuyu travou o passo e lentamente virou o rosto para trás. Infelizmente era quem ela estava pensando.

"Não pode ser... É você."

O rosto da funcionária calma e simpática não estava mais ali. Himiko Toga mostrou sua verdadeira face, a qual estava com um enorme sorriso sádico estampado.

"Já faz um bom tempo que a gente não se vê, né? Eu queria que a Ochako-chan tivesse vindo também... Estava com saudade de vocês duas e queria brincar um pouco...", disse ela apertando com força a mão da garota. "Bom, só você já serve", completou erguendo sua faca.

"Não consigo me soltar. Meus amigos estão longe demais, e não tem ninguém além de nós duas aqui."

Embora sua expressão a fizesse parecer indiferente diante daquela situação, ela estava preocupada.

"Tsutsu-chan, posso te cortar?"

Antes que a menina anfíbio pudesse dar qualquer resposta, Himiko a puxou para mais perto e partiu para o ataque. No entanto, alguém que conseguiu chegar a tempo também ouviu a pergunta.

"Não pode!"

"Hã?"

"Midoriya-chan?"

Um segundo, foi esse o tempo necessário para ele concentrar seu poder nos pés e saltar na direção de Asui. Não havia plano de resgate daquela vez. Midoriya pretendia apenas verificar se não tinha nada de estranho acontecendo, pois estava desconfiado desde o início. O jovem chegou a pensar na possibilidade da mulher ter uma individualidade capaz de amedrontar as pessoas, mas em nenhum momento imaginou que poderia ser um membro da liga dos vilões. O garoto nem sequer teve tempo de ficar surpreso com o que viu, e sabendo disso, fez as primeiras coisas nas quais pensou. Foi um salto seguido de um abraço e um giro. Izuku mal pôde chamar aquilo de plano, entretanto, aqueles movimentos foram suficientes para evitar que sua colega levasse uma facada nas costas. Ele estava feliz por ter conseguido trocar de lugar com ela no último instante.

"Midoriya-chan, você está sangrando", disse a pequena ao olhar para as costas do garoto que a abraçava com força mesmo depois de terem caído e rolado no chão.

Não dava para saber se aquele abraço forte era devido a preocupação ou a dor causada pelo corte. De qualquer forma, ela estava feliz em recebê-lo.


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Notas finais do capítulo

Ser salva pelo crush e ainda por cima com um abraço é um bom sinal, Tsutsu-chan.

Gente, eu dei uma fuçada rápida no mangá e não encontrei a forma como a Toga chama o Deku e o Kacchan, então só meti um "kun" mesmo. Quem souber e quiser deixar nos comentários... | Até o próximo capítulo, se eu puder e quiser postar.



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