O celular de Bella tocou, na tela o nome Edward Cullen. Afastando-se do computador, ela foi até a área de descanso dos funcionários e atendeu.

— Oi.

—  Isabella, tudo bem? - Perguntou Edward.

— Sim...e você? 

— Bem... - Ele fez uma breve pausa, mas depois prosseguiu. - Sobre a viagem, eu gostaria muito que você fosse.

Bella ficou em silencio por alguns segundos, seu coração batia descompassado.

— Edward... - Começou ela dizer, hesitante. - ...eu adoraria ir. - Do outro lado da linha ouviu o som da risada dele e não conseguiu conter um sorriso.

—  Confesso que estou surpreso por não ganhar um "não", mas também estou feliz que tenha aceitado.

— Um final de semana de descanso vai ser ótimo. - Disse ela. - Agora preciso voltar, depois conversarmos. 

— Ta bem. - Disse ele. - Até mais tarde. 

Bella desligou o celular e voltou para sua mesa. Um sorriso bobo brincava em seus lábios. Não podia mais se enganar, estava interessada em Edward Cullen e fugir disso estava se tornando cada dia mais impossível. Claro que os medos ainda eram bem existentes, mas que se dane.  Não fugiria mais.

(...)

Um fio de esperança havia surgido com aquela viagem. Aquela seria a sua ultima tentativa de conquistar Isabella Swan e se caso falhasse, estava disposto a esquece - lá para sempre. Não, sorrio Edward. Não a esqueceria tão fácil e tão pouco desistiria sem ao menos tentar lutar primeiro. Estava disposto a faze - lá sua esposa, queria uma família  e não conseguia imaginar alguem melhor do que a própria mãe da sua filha.

— Senhor, Cullen. - Rebecca entrou no escritório com uma expressão pálida e aflita.

Edward ergueu o olhar , olhando-a.

— Aconteceu alguma coisa? - Perguntou ele.

— B-bom...hoje de manhã eu fui a banca de revistas comprar um jornal e estava estampando nas revista o seu rosto... - Explicou Rebecca.

— E o que tem isso ? 

Rebecca o olhou com receio e hesitação.

— Uma mulher chamada Rosalie, está alegando uma gravidez...

Edward estreitou os olhos.

— Gravidez? E o que eu tenho a ver com isso?

— Estão todos comentando que o filho é seu.

— Isso é ridiculo ! - Exclamou indignado. 

— Apenas achei que o senhor deveria saber. - Disse ela.

— Tudo bem, obrigado. - Disse ele. - Agora me deixe sozinho, por favor.

A assistente assentiu com a cabeça e saiu da sala.

Edward levantou e começou a andar de um lado a outro. Aquilo só podia ser uma piada de muito mal gosto, pensou .  Entendia que Rosalie estava magoada, mas inventar uma gravidez ultrapassava todos os limites possíveis.  Ele pegou o celular sobre a mesa envernizada e ligou para a mulher que estava prestes a destruir sua vida.

No segundo toque, Rosalie atendeu.

— Estava esperando sua ligação. - Disse ela.

— Pode me explicar o motivo dessa palhaçada? 

Rosalie riu com ironia.

— Não é palhaçada, Edward. -Disse ela. - Estou gravida e você é o pai. 

— Isso é ridiculo. - Protestou irritado. - Sempre usamos proteção.

— Tem certeza disso? - Provocou ela.

Edward ficou em silencio por alguns instantes, buscando em sua memoria alguma recordação de qualquer deslize, porém não conseguia lembrar de nada.

— Vou refrescar sua memoria... - Prosseguiu Rosalie. - Lembra quando você chegou bêbado no meu apartamento...depois daquela festa...

— Impossivel. - Retorquiu  Edward, recusando-se a aceitar a verdade.

— Acreditando ou não, eu estou gravida...

— Eu exijo um exame de DNA...teste de gravidez...sei lá.

— Faça o que achar mais conveniente no final nós dois sabemos o resultado. - Debochou Rosalie e depois desligou.

— Merda! - Edward atirou o celular na parede. 

Céus, o que faria? Se Bella descobrir sobre isso, jamais o deixará se aproximar dela novamente e muito menos da filha. Porém não podia esconder isso dela. Estava encurralado em beco sem saída e não tinha ideia de como sairia daquela situação. Se Rosalie estivesse realmente dizendo a verdade, poderia dizer adeus  a família que tanto sonhava em construir com Isabella. Mas não queria pensar nisso agora, dentro de algumas horas estaria longe de Nova Iorque e de todo o tumulto que se  tornaria a sua vida.