Choices of the heart - A seleção do príncipe escrita por DrewDeh


Capítulo 26
Coletiva de imprensa




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O dia amanheceu em um piscar de olhos. Abri lentamente meus olhos e vi alguns raios do sol entrar pela cortina fechada, sentia muita falta das meninas. Respirei fundo e me virei ficando de barriga para cima, senti algo em minha barriga e toquei aquilo que estava por baixo do lençol. Era um braço 

Arregalei os olhos e virei minha cabeça vendo Justin dormindo tranquilamente ali. Ele não deveria estar aqui. Fiquei sem ação enquanto minha cabeça tentava saber o que deveria ser feito nesse momento. Sai da cama rapidamente e parei na frente dela olhando para o loiro dormindo. Olhei para os lados, mas nada me ocorria.  

Ele precisa ir, eu tenho que me arrumar. Caminhei até a cama e cutuquei o loiro.  

—Justin, acorda. — falei baixinho — Justin. — o chamei novamente, mas nada. Bufei frustrada e cutuquei ele mais forte. — Justin! — disse alto, enfim ele se mexeu virando para o meu lado. — Você precisa acordar, Justin! — falei já apavorada.  

—Que foi? — ele perguntou com sua voz extremamente rouca, ainda sem abrir os olhos.  

—Você está no meu quarto. Eu preciso me arrumar e não quero dar mais motivos para falarem de mim. — Um olho abriu e ele me olhou confuso, se sentou na cama e passou a mão no rosto.  

—Que? Eu não... — ele parou de falar abrindo os olhos e vendo que estava no meu quarto. — Devo ter dormido — Justin ficou de pé e eu suspirei. — Bom dia! — sorriu e beijou minha testa. — Boa sorte com a entrevista, você vai se sair bem.  

—Obrigada e bom dia! — disse empurrando ele para fora do quarto.  

[...] 

Para minha sorte hoje eu teria a Violetta para me ajudar. A mesma escolheu meu vestido, um vestido azul claro, com um tecido brilhoso. Ele lembrava o vestido da cinderela, já que suas alças se juntavam com o decote quase formando um V. Calcei um salto baixo branco e coloquei alguns acessórios, como um colar dourado com o pingente vermelho em forma de coração e a pulseira que Justin tinha me dado.  

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—Você entendeu? — Violetta perguntou e eu assenti passando a mão no meu vestido.  

—Acho que sim. Minha cabeça não estar no lugar. — falei segurando minhas mãos enquanto mexia meus dedos de forma inquieta.  

—Kylie, você consegue. São apenas algumas perguntas. — Fechei meus olhos com força e então respirei fundo, soltando o ar lentamente.  

—Eu consigo! — repeti para mim mesmo e abri meus olhos vendo Violetta. 

—Estarei lá com você. — ela falou — Se eles perguntarem algo inapropriado, eu digo que você não irá responder.  

—Certo — minha mente estava parada, estava tão apavorada com essa entrevista que nada se passava.  

—Vamos lá, você é logo no início. — Saímos do quarto e seguimos pelos corredores vazios do palácio até a sala montada para essa ocasião.  

Ao chegar perto da sala pude notar algumas selecionadas sentadas com suas assessoras.  

—Apenas aguarde sua vez. — um guarda falou de maneira rude, fechei meus olhos por breves segundos, engolindo a seco. Me sentei em uma das cadeiras vagas e fitei o chão.  

Os minutos começaram a passar lentamente, me deixando cada vez mais nervosa. Até que a voz do guarda chamou minha atenção.  

—Senhorita Benson! — ele falou de maneira rude, engoli a seco e me levantei da cadeira, dando alguns passos na direção da porta.  

Violetta veio comigo e logo entrei na sala, lotado de repórteres e fotógrafos.  

—Você fica ali. — Violetta falou e eu assenti, respirando fundo. 

 Sentia minhas mãos soarem e meu coração tentar escapar do meu peito. Subi no palanque e parei na frente do microfone, segurei minhas mãos tentando me acalmar.  

—Damos início a sessão de perguntas para a candidata Kylie Benson, de Auradon. — Um cara todo arrumado falou alto atraindo a atenção de todos ali. Violetta ficou a minha esquerda olhando os jornalistas. Ela apontou para uma repórter que levantou a mão.  

—Senhorita Benson, por que pintou seu cabelo de roxo? — a moça perguntou, fazendo os outros jornalistas comentarem entre si, que era uma boa pergunta. Olhei para Violetta e ela balançou a cabeça como se dissesse pode responder.  

—Eu gosto de roxo e nunca vi ninguém com o cabelo nesse tom. — Respondi de maneira simples, já que eu tremia de nervoso com medo de gaguejar.  

—A senhorita sabia que uma serie de assaltos foram relatados em sua cidade por um grupo de quatro adolescentes que tinham os cabelos coloridos, entre eles uma menina de cabelo roxo? Tem algo a ver com isso? — um reporte escolhido por Violetta disparou, me fazendo travar o maxilar.  

—Não, claro que não. Sim, eu fiquei sabendo, mas quando me contaram eu já estava com o cabelo roxo a muito tempo. Comecei a pintar meu cabelo de roxo com 15 anos. — falei insultada com sua pergunta, o que me deu coragem para responder com firmeza, mesmo que eu fosse parte dessa ação criminosa. Olhei para os rostos ali e todos pareciam acreditar em minha fala.  

—Você sabe quem é seu pai? Sabia que o nome dele não consta em sua certidão? — um outro repórter perguntou e eu abaixei o olhar, engoli a seco e respirei fundo voltando a olha-los.  

—Não sei quem é. — afirmei e olhei para Violetta que entendeu escolhendo outro jornalista.  

—Acha que teve uma educação complete sendo criada apenas por sua mãe? — uma jornalista questionou com um sorriso debochado no rosto.  

—Sim, acho. Não vejo diferença nenhuma em minha educação para as outras selecionadas, a única coisa que muda são nossas personalidades e as castas. O que pode faltar em minha educação, que eu percebi aqui, foram assuntos não ensinados no colégio em que estudei, por exemplo, Saffron ser um pais que se juntou a Illea, não me ensinaram isso na escola. — Respondi confiante. Não deixaria que eles insultassem minha mãe.  

—Como é seu relacionamento com sua mãe? — outro perguntou.  

—Tem seus altos e baixos como todo relacionamento, mas eu a amo independente de tudo. Principalmente por sua força, em me criar sozinha tendo que se dividir em trabalhar e me educar. Ela é minha heroína. — Alguns jornalistas soltaram suspiros encantados e eu sorri de lado. Como sentia falta de nossas brigas.  

—Qual a diferença de morar em um castelo e na sua casa? — perguntou um jornalista na primeira fileira.  

—A pergunta deveria ser o que tem de igual, porque tudo é diferente. Do tamanho do local a comida. O quarto em que vive é do tamanho do meu banheiro, creio que meu quarto aqui seja do tamanho da minha casa. É uma lista grande de coisas diferentes. — Eles riram.  

Assim a coletiva foi passando de forma mais tranquila. Respondi cada pergunta, sem problemas, sem gaguejar ou me desviar. Sair da sala acompanhada de Violetta.  

—Você se saiu bem, Kylie. — Violetta me parabenizou e eu sorri aliviada.  

—Você que fez isso. — disse a abraçando. — Obrigada! — falei sorrindo largo para ela.  


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