Pov Loki

Depois de Sofia sair, eu fiquei surpreso, nem todos tinham essa mesma coragem de devolver uma dívida comigo... normalmente sou sempre eu que vou cobrar algo, essa garota me deixa realmente intrigado, como alguém pode ser tão doce e inocente e ao mesmo tempo corajoso e sábio?

Pov Sophia.

Enfim tive uma ideia, eu teria de falar com Fobos e Deimos primeiro mas antes que eu pudesse encontra-los, os meus dois irmãos chegaram correndo pelos corredores.

—Sophia! O que esta havendo? - perguntou Deimos enquanto ele e Fobos corriam pelo corredor na minha direçao.

— como assim? Nada está havendo... - eu respondi, claro que era mentira.

— nao minta pra nós Sophia! Sabemos que está mentindo... - falou Fobos dessa vez.

— vimos o Stark, andando de um lado para o outro e depois começou a correr preocupado para o palácio à sua procura!

— está bem... - eu desisti não valia a pena mentir - eu quero libertar Loki... - falei com medo da reaçao deles.

Eles me olharam confusos

—quem é Loki? - perguntaram em uníssono

— o príncipe na cela. - respondi

—ahh!... Porque pretende libertar ele Sophia? O que esta aprontando? - perguntou Deimos

— lembra do cara que salvou a minha alma da Lâmina vermelha? Entao, esse era Loki. Não é a primeira vez que ele salva a minha vida e eu quero retribuir o favor desde que não seja perigo para ninguém aqui no Palácio ou fora dele.

Os meus irmãos se entreolharam, como se ponderassem sobre o assunto e finalmente responderam.

— bem.. Ele salvou a sua vida não salvou? Nos faremos a você esse favor mas apenas porque ele salvou você. - disse Deimos

—falaremos com nosso pai e com o avô. Talvez eles possam fazer algo a respeito. - afirmou Fobos

— obrigada! - falei com um grande sorriso.

Horas depois....

Eu passeava pelos jardins com Clara e Diana, estávamos apenas brincando em como tudo era diferente aqui em Asgard.

— Sophia!! - chamaram duas vozes.

Rapidamente procurei pela origem das vozes e Clara apontou para duas figuras ao longe.

Eu me levantei, sabendo que eram Deimos e Fobos e os dois poderiam ter falado com meu pai e Zeus, meu avô. Ainda é estranho pensar que tenho uma família tão grande e divina, e não conheço metade deles ainda... E os que eu já conheci, não sabia que existiam alguns dias atrás....

— sim? - falei para os dois.

— Nos falamos com Zeus.... - disse Fobos com um tom triste e isso me fez Temer um pouco a resposta.

— Papai, Mamae, Zeus, Poseidon, Hera, Thor, Frigga e Odin, estão todos na sala do trono. Eles querem falar com você... - disse Deimos e os dois sorriram.

— obrigada!

— isso é uma má ideia! - disse Diana

— definitivamente uma má ideia! - repetiu Diana.

— já sei disso, mas agora nao posso voltar atrás... - admiti.

Assim, me dirigi ào salão dourado onde estava o trono e quando os dois guardas abriram as portas, e consegui ver toda a minha família, Thor, Frigga e finalmente Odin em seu trono...

— eu recebi a informaçao de que pretende tirar meu filho, Loki da prisão... Isso é verdade? - perguntou Odin com indiferença enquanto Frigga nutria um sorriso.

— sim, é verdade. - falei com determinaçao.

— porque iria querer solta-lo? - perguntou meu avô Zeus.

— porque ele me salvou duas vezes, nas quais eu estou grata pelos seus atos. - respondi.

— duas vezes? - perguntou meu pai.

— Sim, a primeira foi quando eu era apenas uma menina... Eu tinha apenas 15 anos... - os meus olhos arderam em lágrimas ao lembrar. - Se não fosse por Loki eu teria sido estrupada, num beco escuro de Londres... - eu resumi.

— você o quê!? - gritaram Zeus, Ares e Poseidon em raiva, os seus olhos brilhando, branco, cinzento e vermelho, respetivamente.

— por esses motivos eu quero liberta-lo, porém sabendo que os asgardianos temem Loki, talvez houvesse alguma maneira para que ele não magoasse ninguém!

— minha filha esta certa! E eu duvido, que no dia do baile que se irá realizar daqui a algumas semanas, você Odin queira dar a impressão a todos os reinos da Yggdrasil, que Loki não é príncipe e digno de celebrar como nós! - falou Ares por mim e eu lhe mandei um olhar agradecido.

— eu temo que esteja certo, Ares, Deus da Guerra, porém estamos nos esquecendo de um detalhe... - disse Odin seriamente. - Loki ainda tem as suas ilusões e magia, e ele poderia usar isso em seu benefício para fugir de Asgard!

— Com isso, talvez eu possa ajudar! - falou Hera, minha avó dando um passo à frente. - eu tenho isto.- ela mostrou uma pulseira fina, feita de ouro, que literalmente, surgiu do nada. - eu a criei quando, num passado distante um semi-deus com um poder imenso invadiu o Olimpo. Para conter os seus poderes eu coloquei isto em seu pulso, e ele passou a ser inofensivo até que a pulseira fosse retirada.

— se é uma pulseira, ele nao seria capaz de a tirar com as próprias mãos? - perguntou Thor que se pronunciou apenas agora.

— é encantada. -respondeu Hera - apenas eu posso destranca-la... Uma vez que esteja no pulso, não é possível força-la ou quebra-la, apenas eu tenho o poder para retirá-la!

Frigga continha um sorriso e Thor a acompanhava, ele parecia extremamente feliz pelo seu irmão ter uma oportunidade de voltar a caminhar pelos corredores do palácio. Um momento de silêncio se instalou até que Odin suspiros e disse:

— que seja! Thor traga seu irmão até mim!

— claro, pai! - disse ele alegremente, Thor passou por mim e sussurrou- obrigado!

Eu apenas assenti com um sorriso e esperei com Odin e minha família, para que ele voltasse com Loki... Quando isso aconteceu, as portas se abriram para revelar Thor com Loki sorrindo, aquele tipico sorriso malicioso que por algum motivo eu adorava...

— saudades minhas? - perguntou Loki para Odin.

— está aqui para que eu mude a sua sentença! - disse Odin.

— uhh, bem... O que o fez mudar de ideia? - perguntou ele sínico, ele sabia a resposta e a resposta era eu. - foi a mãe que o convenceu? - frigga olhou para ele tristemente - talvez foi arrependimento? Não? Talvez, culpa?

— já chega!! - demandou Odin, batendo o cetro no chão. - eu vou mudar a sentença porque, acabo de saber que apesar de tudo o que fizeste, ainda foste capaz de fazer algo bom no passado! O que demonstra que talvez um dia possas mudar!

Atrás de mim Deimos e Fobos falavam aos sussurros:

— eu gosto dele! - disse Deimos

— eu também! - respondeu Fobos.

— ele é trapaceiro!

— e sínico!

— de certeza que seria uma ótima companhia para quando quisermos trapacear aquele idiota do Stark! - falou Deimos e eu ri.

— desculpa! - eu me controlei.

— estou honrado... - Loki disse com um tom de dúvida.

— Sendo assim, pelo desejo de Sophia, eu decidi libertá-lo, mas não poderás sair de Asgard, e se aprontar alguma, no fim das festividades voltarás para as masmorras! - afirmou Odin e dois guardas vieram para destrancar as correntes que prendiam o pescoço, pulsos e tornozelos de Loki.

— estou surpreso! E eu achava que já tinha visto de tudo! - disse Loki - vai mesmo deixar-me pelo palácio? Com o risco de eu matar um de seus súbditos? - Loki parecia pensar que era demasiado bom para ser verdade, e de facto era...

Hera preparou a pulseira, e no momento em que Loki acaba de falar, a pulseira de ouro esta presa no seu pulso e ele olha para ela intrigado:

— o que é isto? - ele pergunta mas de repente para e os seus olhos se abrem em choque.

Pov Loki

Sentia a minha magia, e todo o meu poder ser retirado do meu corpo e ser absorvido pela pulseira que brilhava, mas parou e retornou à sua cor normal quando já tinha feito o seu objetivo.

— não! - eu disse percebendo que a pulseira não podia ser retirada, a não ser pelo criador. - não pode fazer isso!

— você mesmo disse! Não posso arriscar a vida dos meus súbditos com você por perto! - exclamou Odin. - depois das festividades seras julgado novamente, se o teu comportamento mudar, depois serás livre para caminhar pelo palácio com a tua magia e ilusões, mas se fizeres algum mal, voltarás para as masmorras!

Eu o encarei em descrença, olhei para minha mãe que tinha um olhar desapontado e olhei de relance para Sophia que parecia pedir desculpas com o olhar... E eu tinha que aceitar a sentença de Odin, tenho a certeza de que Sofia não teve outra escolha, afinal todos me temiam, e era sempre melhor do que aquela cela imunda.

— que seja! - eu murmurei e me virei de costas para Odin, saindo do salão, agora sem correntes, mas sem magia...