Love In Coney Island escrita por Stormy McKnight


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?

Essa é mais uma One Yuri minha e mais uma One para o desafio dos 100 temas do Nyah.

Boa leitura!



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Love in Coney Island

Coney Island, NY

Eu me lembro do dia em que eu havia ido a Coney Island. Eu comprei um cachorro quente no quiosque do Nathan’s e sentei em uma mesa ao lado do mesmo para comer meu cachorro quente.

Comecei a comer e após algum tempo eu te vi. Cabelos loiros oxigenados, olhos castanhos, uma blusa de decote canoa branca, calça jeans e sandália de couro nos pés.

“Posso me sentar aqui?”, você me perguntou.

“Claro”, eu respondi.

Você estava apenas com uma garrafa de água nas mãos e então a colocou sobre a mesma e se sentou. Então você bebeu um pouco da água e me ofereceu um pouco.

“Não, obrigada”, foi a minha resposta.

“Tem certeza?”, você insistiu.

“Sim. Está tudo bem”, repliquei.

“Ok”

Então você voltou a beber sua água, vez ou outra fazia algumas pausas para falar comigo. Como essa:

“Qual é o seu nome?”, você inquiriu.

Eu disse: “Julie” , e você: “Meu nome é Lindsay”

Então eu retribui: “Muito prazer” e você: “O prazer é todo meu”

“Então, no que você trabalha, Julie?”, você quis saber.

“Eu sou garçonete de um restaurante em Little Italy, e você?”, rebati.

“Eu trabalho na loja da Victoria's Secret que fica na Harold Square.

“Interessante”, eu achei. “Eu sempre quis ser modelo dessa marca...”

“E por quê você desistiu disso?”, você me interrogou.

“Bem, meu pai queria que eu trabalhasse no restaurante e disse que um dia, quando ele se aposentasse, o restaurante seria meu”. Contei para você.

“Entendo. E como anda o seu pai?”, você me perguntou.

“Ele está bem. Ainda continua firme e forte trabalhando como gerente do restaurante.”

Então o silêncio veio. Eu tentei terminar o meu cachorro quente e você a sua água.

[...]

Assim que terminamos, nos levantamos da mesa e fomos jogar o lixo no lixo.

Eu lembro que nós estávamos de folga nesse dia.

Então voltamos a nos sentar e conversamos mais um pouco.

“Então, Julie...você tem namorado?”

“Não. Eu estou solteira”

“Sério?”

“Aham! Eu moro em um apartamento no Brooklyn. Eu moro sozinha”

“Você tem interesse em homens ou o seu negócio são as mulheres?”

“Bem, eu gosto de ambos, mas gosto mais das mulheres. Eu sempre tive uma queda por essa garçonete que trabalha junto comigo...mas, ela nunca correspondeu o meu amor.”

"Oh! Que triste. Mas, eu acho que você ainda vai encontrar a pessoa certa.", a mesma me encorajou.

"E você, Lindsay? Já encontrou alguém especial?", rebati.

"Eu? Sim e não. Digo, eu já fiquei com algumas garotas, mas...no momento eu não estou na temporada de namoro. Eu estou mais na vibe do "Carpe Diem". Eu tento viver cada dia sem me estressar. Trabalhar é uma tarefa muito dura. Eu tento relaxar ao máximo para não me estressar, sabe? Todos os dias são assim, eu acordo de manhã, me exercito um pouco fazendo Yoga pela TV, tomo um banho, dou uma passada em uma Deli, como um lanche rápido, depois vou pegar o metrô para o trabalho e chegando no lugar, eu entro e ai começo a atender as clientes que chegam na loja.",  Você me contou.

"Isso parece bastante intenso, no sentido de ser algo muito duro.", comentei.

"E é. Você precisa manter a calma e não se irritar. É como dizem: "Amanhã é sempre um novo dia.", você replicou.

"Mas hoje estamos de folga,não é mesmo?", ela quis me lembrar.

"Sim, nós estamos.", atestei.

"O que acha de passarmos um dia juntas? Nós podemos ir no Central Park, almoçar juntas, sei lá, você decide.", ela sugeriu.

"Parece um programa legal.", avaliei.

"Então, onde você quer ir depois daqui?", você quis saber.

"Talvez...talvez possamos dar uma passada na Union Square, ou talvez...nós possamos ir para Little Italy, e...eu posso te apresentar os meus pais.", rebati.

"Parece uma boa ideia.", você disse com entusiasmo."Mas, me conte um pouco mais sobre você, Julie.".

"Bem, o que exatamente você quer saber sobre mim?", inquiri.

"Eu não sei...qual é a sua cor favorita?", você puxou assunto comigo.

"Deixe-me pensar...acho que é amarelo.", comentei.

Então voltei o olhar para ela.

"Eu? A minha é roxo.", você comentou.

"Legal. E agora, o que mais você quer saber?"

"Eu não sei...talvez, qual é a sua estação do ano favorita?"

"A minha estação favorita é outono. E a sua?"

"A minha é inverno. Eu gosto de ver a neve caindo"

"Próximo tema, qual é a sua música favorita?"

"Minha música favorita? Eu não sei, eu tenho muitas músicas favoritas. É difícil dizer."

"Ok: A minha é "Baby One More Time" da Britney". Mas eu também gosto de outras músicas também."

"Você tá me zoando?! Essa música é tão anos 90. Nós estamos em 2018!", você então exclamou.

"Ah, sei lá...a Britney tava muito gostosa naquele clipe. E atualmente eu não gosto muito das novas músicas dela. Nos anos 90 ela estava no auge. Depois começaram as quedas dela, foi horrível, e depois ela voltou com o álbum Circus, depois teve o álbum Femme Fatale...e hoje em dia nem sei em que álbum ela está.", comentei.

"Lady Gaga é melhor que a Britney", você cortou.

"Ah...eu nunca ouvi nada dela.", rebati.

"Cala a boca! É sério isso? Eu não consigo acreditar.", você pareceu incrédula.

"É sério.", eu atestei.

"Ok, vou cantar um pedaço para você."

Então ela começou:

"Can't Read My, Can't read my, no he can't read my Poker Face...(She's got me like nobody)", ela cantou. Tradução: Não consegue, não consegue, não, ele não consegue ler minha cara de blefe (Ela me tem como ninguém)

 

 

"Nossa! Que legal. Parece bem animada essa música.", comentei.

"É uma música da Gaga quando estava no começo de carreira dela. Uma das primeiras dela, na verdade, o primeiro hit", Você me explanou.

"Entendi. Acho que vou dar uma procurada no Spotify."

"Você tem Spotify?", você ficou chocada.

"Sim, eu tenho. Coloco a minha playlist no celular, meu fone de ouvido, e vou escutando no metrô quando estou indo para o trabalho.", comentei.

"Legal. E você tem Facebook? Eu posso te adicionar lá e ai nós conversamos pelo chat.", você retrucou.

"Tenho. Eu posso te adicionar lá. Peraí"

Saquei meu celular da bolsa, abri o aplicativo do Facebook, e cliquei no campo de busca.

"Me fala o seu nome no Facebook", pedi em seguida.

"É Lindsay McMahon", você me disse.

Digitei seu nome e então enviei um pedido pra te adicionar no Facebook.

"Eu já te enviei uma solicitação.", avisei você.

"Tá, depois eu aceito, eu esqueci o meu celular em casa, só trouxe a minha carteira.", você comentou.

"Tudo bem. Sem problemas."

"Bom, para onde vamos agora?"

"Bem, Lindsay...eu te dei algumas sugestões. Mas, se você quiser ir em outro lugar...por mim tudo bem."

"Quer saber de uma coisa? Vamos para o meu apartamento no Chelsea. Nós podemos ver um pouco de TV..."

"Tudo bem. Eu gostei.", dito isso eu sorri para você.

"E depois nós decidimos o que faremos depois.", você sugeriu.

[...]

Chelsea, NY

Fomos para o seu apartamento e...chegando lá, subimos as escadas até o seu andar e fomos até a porta do seu apartamento. Você tirou a chave do bolso da calça e abriu a porta para mim.

Entramos e você fechou a mesma em seguida.

O piso do chão era de tacos de madeira. Havia um sofá, uma mesinha de vidro, uma enorme TV de LED, e uma cozinha estilo bar com algumas cadeiras, um balcão para servir, armários com portas de madeira envernizada, uma pia, micro-ondas, geladeira, fogão à gás e uma cafeteira elétrica.

Parecia ser um ambiente muito aconchegante.

"Bom, fica à vontade. Você quer beber alguma coisa? Uísque, chá, suco, água?"

"Pode ser um suco de laranja, por favor.", eu pedi.

"Eu já volto. Vai ligando a TV.", você sugeriu.

"Tudo bem"

Liguei a TV e comecei a assistir.

Estava num daqueles canais de propagandas de coisas aparentemente inúteis, então mudei de canal, estava passando uma propaganda de carro, troquei de canal, agora era uma propaganda da Pizza Hut, depois, em outro canal estava passando uma propaganda sobre seguro de vida...

Suspirei. Só estava passando coisa chata?

Logo, a Super Lindsay veio me salvar.  Ela chegou com um copo de suco na mão e me mostrou.

"Aqui está o seu suco de laranja."

Larguei o controle na mesa e fui pegar o suco.

"Obrigada", falei para você enquanto pegava o copo da sua mão.

Comecei a beber.

"Hmm...fresquinho", comentei e pausei.

"Eu comprei numa deli aqui perto. A comida no supermercado está muito caro esses dias. Não dá pra comprar. Tem um supermercado de produtos orgânicos, o Whole Foods Market, mas...as coisas lá são muito caras."

"Entendo"

"Olha, eu fico com medo de falar isso para você, mas...se você estiver afim, a gente pode ver uns pornôs lésbicos na TV. Eu assino um canal que só passa filmes pornôs lésbicos..."

"Você não tem Netflix? Lá tem uns filmes lésbicos. Não vou dizer que todos são bons, porque eu não vi tudo o que tem lá, e a Netflix sempre tira os filmes e as séries do ar. Mas, alguns são bons."

"E o melhor, você paga um preço único por mês".

"Nossa, Julie. E eu aqui gastando o meu salário com canais pornôs..."

"Cancela a assinatura e muda pra Netflix", sugeri.

"Eu vou fazer isso.", você replicou.

"É melhor. E você pode ver quantas vezes você quiser, e também quando quiser. É melhor do que alugar filme numa locadora, digo, quem aluga filmes quando se tem Netflix? Ou compra os Blu-rays e os DVDs?"

"Você tem razão, Julie. Eu vou fazer isso. Vou mudar para a Netflix. Obrigada."

[...]

Alguns meses depois, nós começamos a namorar. Eu já estava morando junto com você no seu apartamento, e nós fazíamos várias coisas juntas, íamos no cinema, assistíamos as peças na Broadway, caminhávamos no Central Park, saíamos juntas para jantar...

Eu descobri que eu estava muito afim de você. Mas, levou um tempão até que um dia, nós estávamos no Washington Square Park, bem próximo a réplica do arco do triunfo da França, você havia trazido uma caixinha com um anel de brilhantes dentro, se ajoelhou perto de mim, e me pediu em casamento.

"Julie Rebecca Hall, Você aceita se casar comigo?", e então você aguardou pela minha resposta com a caixinha contendo a aliança na mão.

Eu comecei a chorar de felicidade. Eu não conseguia conter as lágrimas que rolavam do meu rosto.

Eu estava muito emocionada com o seu pedido de casamento. Eu não sabia o que dizer e as palavras não saíam da minha boca, tamanha era a minha emoção naquela hora.

Algumas pessoas que passavam por ai se juntaram e começaram a bater palmas e a gritar: "Aceita!" em um coro de vozes.

Eu estava ficando bastante nervosa e ao mesmo tempo eufórica.

Então respirei fundo, soltei o ar pela boca, e então dei minha resposta com os olhos cheios de lágrimas.

"Sim, eu aceito, Lindsay McMahon", soltei aquelas palavras que estavam contidas dentro de mim.

"Sério?", você exclamou.

"Sim", eu atestei.

E então você se levantou do chão, e nós nos abraçamos em meio aquelas pessoas, em meio a aqueles estranhos...

As pessoas ao nosso redor nos aplaudiram e depois eu afastei a minha cabeça do seu pescoço e dei um beijo na sua testa.

Esse foi o dia mais feliz da minha vida.

Depois desse dia, nós nos casamos oficialmente, ambas de vestido branco em uma igreja da LGBT e desde então estamos juntas. Não sei se para sempre, mas até que a nossa felicidade dure.

E eu estou contando isso, para que você se lembre sempre dos nossos dias felizes, aqueles dias em que passamos juntas nessa cidade maravilhosa que é Nova York.  Eu amo essa cidade e eu amo você também. Você é o meu mundo.

Eu te amo, Lindsay. E eu sempre irei te amar.

Com amor, Julie.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado^^

Notas:

Coney Island: O cenário onde começa essa trama é uma vizinhança, digamos assim, de Nova York. Lá tem uma praia, o aquário de Nova York, e acontece em uma determinada data do ano, o "Mermaid Parade", a "Parada da Sereia", onde as pessoas se vestem de sereia, e tem também um desfile de sereia. No mesmo lugar funciona um parque de diversões, o Luna Park.

Nathan's: Ou "Nathan's Famous", é onde fazem cachorro quente lá em Coney Island.

Victoria's Secret é uma marca de roupa íntima feminina. Existe uma loja na praça que se chama Harold Square, em Nova York. Esse é um lugar real.

Little Italy: É o reduto italiano de Nova York e fica junto de Chinatown, o reduto chinês. Há muitos restaurantes e lojas em Little Italy/Chinatown. Também é um lugar real.

Chelsea: É um bairro de Nova York, onde se concentra parte dos simpatizantes da LGBT.

Brooklyn: É outro bairro de Nova York.

Central Park: É o parque mais famoso de Nova York, tem um jardim japonês, um zoológico. É uma área gigantesca.

Washington Square Park: É um parque menor que o Central Park e tem uma réplica do Arco do Triunfo da França.

Broadway: É onde tem as peças de teatro. É a rua mais extensa de Nova York, e fica na Times Square, onde antigamente costumava ficar o prédio da revista Times Magazine. Acho que é uma revista similar a revista Exame, ou veja do Brasil.

Whole Foods Market: É um supermercado de produtos orgânicos que existe em Nova York, mas também em várias partes dos EUA. Segundo minha irmã que mora nos EUA, os produtos de lá são muito caros, então é mais as pessoas ricas que compram comida lá.



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