Lua Nova - O renascer da Bella escrita por Rafa Telles


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Quentinho para vcs. Um POV Riley pra gente rs
Espero que gostem



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POV Riley

Hoje o dia foi meio conturbado. Chegou do Alasca uns dos amigos da Victoria, Laurent. Ele era diferente de nós, tinha a pele negra e cabelo com dreads, mas o que mais chamou a minha atenção foi os seus olhos, eram uma como topázio. Estranhos para nós vampiros que possuímos o olho na cor vermelha. Ele me explicou que aprendeu com a família Denali a caçar animais e não humanos. Claramente foi uma mudança difícil para ele, sempre fazia questão de dizer que sentia falta do sabor do sangue humano.

Victoria me pediu para caçar nesse momento, mesmo eu tendo caçado ontem mesmo. Percebi que o que ela queria era conversar a sós com o tal amigo. Sentia que ela escondia algo de mim, ela nunca falava do seu amigo James para mim, mesmo que eu perguntasse a todo momento, era um segredo que ela guardava a sete chaves, a sua relação com ele ainda era um mistério.

Mesmo estando saciado da última caçada eu sai do local dando a eles a privacidade que queriam. Decidi que iria na casa dos meus pais, vê-los. A falta que eu sentia deles era muito grande, sabia que estavam me procurando a um ano, desde que me transformei. Cheguei no local que chamava de lar e entrei. A chave reserva sempre ficava na prateleira embaixo do vaso de flores que a minha mãe cuidava. Quando passei pela porta senti como se estivesse em casa novamente, me traziam tantas lembranças.  Fui até a sala e me sentei no sofá, me lembrei de quando dei meus primeiros passos, meu pai estava sentado exatamente onde eu estava e a minha mãe comigo no tapete e eu queria brincar com meu pai, com ele sempre era mais divertido. Eu gostava do papai para brincar e da mamãe quando passava mal. Eu comecei a balbuciar, mas eles não entendiam o que eu queria. Foi então que me levantei e comecei a andar até meu pai, os dois começaram a gritar e eu me assustei e cai quando comecei a chorar minha mãe me pegou no colo e dizia estar muito orgulhosa de mim e distribuiu vários beijos em meu rosto, o meu pai não cabia em si de tanta admiração e também participou nos beijos. Naquele momento me senti sortudo e isso me acompanhou pelo resto da minha vida humana. Meus pais sempre foram maravilhosos, me apoiavam em tudo e sonhavam com o dia em que eu iria para faculdade, mas esse sonho acabou quando me transformei em vampiro. Ainda me arrepio, simbolicamente, quando lembro de como aconteceu.

Eu estava voltando de uma pequena reunião entre amigos, já era um pouco tarde, passava de 01:00 da manhã, eu decidir ir para casa andando mesmo afinal estávamos em Forks, nada acontece aqui, ou acontecia né? Decidi cortar caminho em um beco para chegar mais rápido em casa. Quando eu ouvi um barulho olhei para trás, mas não havia ninguém. Comecei a andar mais rápido sempre olhando para trás, depois de num tempo não ouvi nada mais. Quando olhei novamente para frente vi um vulto ruivo passar muito rápido. Paralisei com medo, passados alguns segundos retomei o meu caminho e simplesmente do nada apareceu uma mulher na minha frente. Era ruiva, a mulher mais linda em que já pus os olhos ela deu um sorriso e ao passo que ele aumentava ficava mais diabólico.

— Vai doer mais em mim que em você

Não entendi o que ela dizia, mas rapidamente foi esclarecida a sua frase. Ela tinha presas e estava se aproximando do meu pescoço. Nunca pensei que vampiros fossem reais até que vi uma em minha frente.  Ela colocou a boca em meu pescoço e rapidamente comecei a sentir dor, primeiramente pelo corte que foi feito em minha pele, mas depois de um tempo senti meu corpo queimando. Comecei a me contorcer e a gritar pedindo ajuda, aparecia que estavam me queimando vivo.

— É melhor te tirar daqui, está chamando muita atenção – me senti levantado e depois de uns minutos colocado em uma superfície plana – vai me agradecer por isso.

A voz se foi me deixando sozinho com a dor que durou por horas que pareciam infinitas. Quando passou me levantei e tudo era diferente. Eu enxergava com mais clareza, ouvia barulhos de muito longe.

— Que bom que acabou - a ruiva sorriu

Dei um passo para me aproximar dela e comecei a me movimentar rápido demais, em questão de segundos já estava em sua frente

Olhei bem para ela – O que fez comigo? – Perguntei. A minha voz estava diferente, o som sair mais ritmado, como um instrumento musical bem afinado.

— Eu melhorei você. O deixei perfeito para o que tenho em mente. A proposito sou Victoria – me estendeu o braço

— Riley – respondi atordoado

— Sei quem é você. Estou te estudando a um tempo. – Ela sorriu e eu parei para admirar o sorriso lindo que ela dava – bem Riley, agora você é um vampiro. Completou a sua transformação. Agora começaremos o seu treinamento.

— Do que você está falando? Eu vou para casa. A minha garganta está queimando – coloquei a mão na garganta

— Você está com sede, precisa caçar.

— Caçar água? Por acaso não tem uma torneira por aqui – sorri

— Não é água que você quer. Precisa de sangue, sangue humano. Só assim se sentirá saciado. Eu vou te mostrar. – Ela se foi e depois de uns cinco minutos voltou com um homem desconhecido – toma – o jogou para mim – esse deve servir.

O homem chegou as minhas mãos e eu senti a sua pulsação, dava para ouvir o barulho do seu coração, estava forte, acelerado. Senti um cheiro doce, que aumentava a queimação na minha garganta. Fui chegando perto do seu pescoço e o cheiro ficava mais forte. Quando dei por mim estava procurando a sua Carótida com meus dentes, buscando alivio. Parei somente quando não havia mais sangue no corpo. Soltei o corpo com desespero, eu tinha acabado de tirar uma vida humana eu drenei o sangue daquele homem sem nem pensar. Comecei a correr para me afastar daquele lugar, precisava dos meus pais, da minha casa.

— Riley? – Victoria gritou

— Fica longe de mim – respondi já correndo para casa

Cheguei muito rápido, estava tudo fechado. Usei a chave reserva para entrar

— Calma querida, vamos acha-lo - meu pai falou com a esperança evidente em sua voz 

— Já tem 3 dias Carter, ele não deu notícias por 3 dias. Meu Riley, nunca faria isso.

Provavelmente porque estava sendo queimado vivo, apesar de não parecer. Comecei a ir em direção aos dois. O cheiro que senti naquele corpo, quando estava com Victoria no armazém, comecei a sentir novamente, analisei a carótida deles. Seria muito fácil pegar os dois nesse momento, eles estavam desatentos e nem percebiam a minha presença. Já estava no caminho aos dois quando vi uma foto, os dois me abraçando quando era criança. Me lembrei daquele dia o quanto foi divertido, tínhamos feito um piquenique e a mamãe tinha feito seu delicioso sanduíche de frango, eu e o papai jogamos bola o dia inteiro. Tinha sido o melhor dia da minha vida, comecei a sorrir com as lembranças que passavam a minha cabeças com as duas pessoas a minha frente. Eu corri para fora daquela casa. Estava planejando me alimentar dos meus pais, precisava ficar longe deles. Voltei ao armazém e a Victoria estava lá

— Você se livrou dos corpos? – Ela disse sombria. Pensava que eu tinha matado os meus pais.

— Sim, eu os enterrei na floresta – não sei o porquê, mas achei que ela não deveria sabe que estavam vivos.

— Ótimo. Agora vem vamos sair daqui. – Começou a correr, me virei para me despedir em silencio ais e fui atrás dela.

Depois disso ela me contou os seus planos para Isabella Swan, filha do chefe de polícia. Quando perguntei o motivo ela me contou que tinha matado o seu amigo James por causa dela. Inicialmente não concordei com seu plano de matá-la, mas com o tempo me apaixonei por Victoria, faria qualquer coisa para agrada-la.

E por isso vigiava Isabella para ela. Ainda achava que matar a menina por causa de um amigo ainda era muito estranho, mas ela me contou que planejam matar ela também e isso me fez concordar com ela e ajudar no seu plano.

Ouvi o barulho do carro do meu pai e me preparei para sair daquela casa, mas antes dei uma olhada nos dois. Como sentia falta. Quando a sede começou a apertar, sai correndo e o caminho me alimentei de uma mulher que andava por um beco escuro.

— Você demorou – Victoria disse quando cheguei

— Queria dar privacidade a vocês. – A abracei – Ele já foi?

— Sim

— Ele concordou em te ajudar? – Perguntei esperando um não

— Sim, ele vai ameaçar a Bella para vermos se ela ainda é protegida pelos Cullens, se ela conseguir a trará para mim.

— E se o matarem Vic? – Perguntei receoso

— Bem, não vai fazer falta -  ela disse se afastando de mim

Me incomodava a sua frieza em tratar esses assuntos, mas ainda quando ela contava o seu plano com tanta emoção. Tinha pena pela pobre Bella, mas não deixaria que levassem Victoria de mim. Ela é tudo o que tenho.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do POV Riley? Um amorzinho né? Fiz esse cap. para entenderem melhor a parte dele na história. Gostaram? Diz que sim *--*



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