Scorly - 2 temporada escrita por Gih Freitas


Capítulo 9
O perdão "por justa causa"


Notas iniciais do capítulo

Então gente...
Não, não estou morta.
Sei que tem quase um ano que não atualizo a fic, não foi falta de criatividade e sim por pura preguiça. Estudei demais esse ano, vestibular e etc sabe. Vou mandar a real, passava horas escrevendo pra ter um retorno que maioria das vezes não conseguia. Me dedicava demais com isso aqui, mas com o tempo fui perdendo o tesão das coisas por ter poucas curtidas, comentários e etc. Talvez demore para o proximo capitulo sair, vou postar conforme minha vontade de escrever, e leitores dessa fanfic, se vcs ainda existem me perdoem pelo sumiço, e por favor ajudem a tia aqui. beijocas!



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POV LILY

Confesso que não perdoar Scorpius de primeira me deu um certo prazer, e eu não esperava que ia sentir isso. Na sexta a tarde estava marcado o treino de quadribol, e decidi convidar Aspen pra assistir.

—Claro que eu vou, nada mais excitante que te ver suada. –Falou ele rindo, mas parou assim que dei um soco no ombro dele. –Eu tava brincando bobona. Voce não é o meu tipo.

—Ah, é? E quem é o seu tipo?

—Sua amiga Bia, por exemplo... Não resisto a uma morena de cabelo curto. –Ele tinha um sorriso travesso nos lábios.

—Só pra voce saber, ela namora.

—Mesmo? Nunca a vi com ninguém.

—Namoro a distancia, o cara já se formou aqui.

—Poxa, achei que eu tivesse uma chance... –Ele fingiu tristeza.

—Não é por nada não, mas ontem ela disse que voce é lindo de morrer...

—Sério? –Ele sorriu.

—É, mas como eu disse ela namora.

—E voce, me acha “lindo de morrer”?

—Hum... –Franzi a testa. –Até que voce é ajeitadinho.

—Sei... –Ele revirou os olhos.

 Ontem aproveitei pra lavar meu uniforme de quadribol para esfriar a cabeça. Agora aqui estou, com o uniforme brilhando de limpo escutando Alvo berrando.

—CADA UM NAS SUAS POSIÇÕES! –Cada um do time subiu em sua vassoura, e quando o treino ia começar, aconteceu uma coisa, que não me deixou nem um pouco feliz.

—O que voce esta fazendo aqui, Scorpius? –A voz de Alvo era impaciente e seca, ainda mais quando viu o resto do time da Sonserina entrando em campo.

—Eu reservei o campo hoje de manha então eu que pergunto, o que voce esta fazendo aqui?

—Eu reservei ontem.

—A Grifinória já treinou uns dias atrás, a Sonserina ainda não e os jogos começam em Novembro, então peço gentilmente que ceda o horário pra eu treinar o time.

—Treinaram porque não quiseram, porque as outras casas já treinaram, e não, não vou ceder, se vocês ainda não treinaram não é problema meu. –Scorpius bufou. Foi então que eu finalmente ergui a cabeça pra olha-lo, e vi que o olho esquerdo dele estava roxo. Senti uma pena involuntária. Com certeza foi o Alvo que deu esse soco, depois de falar comigo.

—E se... –Comecei falando vendo a situação tensa. –Dividíssemos o campo? Meia hora pra cada?

—Pra mim está ótimo. –Disse Scorpius. Vi ele me dar uma piscadinha, mas revirei os olhos e sai de perto.

—Ok, mas a primeira meia hora é minha, já que EU reservei campo primeiro.

—Ok.

 Scorpius e o time da Sonserina se sentaram no banco de espera e Alvo voltou a gritar com os jogadores, mas antes tive que perguntar.

—Voce fez aquilo com ele, não fez?  

—Ele meio que mereceu.

—Não precisava disso tudo.

—Relaxa, foi só um soco, não dei uma surra nele. É porque ele é branco demais, por isso está daquele jeito. E como eu disse, ele mereceu.

—Voce é terrível. –Falei e ele riu.

 Quando o treino acabou senti que tinha liberado toda a minha frustação, porque me sentia maravilhosamente melhor e mais tranquila, só que estava suada também. O time está muito bom, todos estão dando o seu melhor, e Alvo parece mais aliviado. Vi Aspen fazendo um sinal positivo com o dedo quando sai de campo. Invés de ir tomar um banho resolvi ir me sentar na arquibancada com ele.

—E ai, o que achou? –Perguntei.

—Voce joga muito.

—Eu sei. Voce não joga?

—Quadribol? Não mesmo. Não gosto de esportes no geral sabe, acho meio chato.

—Aspen Volkov, voce está proibido de insultar o Quadribol na minha frente!

—Deixa de ser fresca.

—Se voce não joga, como faz pra se divertir?

—Xadrez de bruxo, livros, duelos. Adoro isso tudo, além disso não fico suado e fedido.

—Estou fedendo? –Perguntei sem graça.

—Só um pouquinho... –Falou ele rindo. Ele fechou a cara na mesma hora. –Seu namorado está olhando pra cá. –Olhei para baixo e vi Scorpius de cara feia olhando pra nós enquanto colocava luvas de couro marrom.

—Foda-se ele.

—Voce fala como se não ligasse.

—Quem disse que eu ligo?

—Dá pra ver na sua cara.

—Ata, claro.

—Sabia que ontem quando eu estava tomando banho ouvi Scorpius se masturbando? Ele até gemeu o seu nome, foi bem engraçado. –Fiquei vermelha.

—O que?!

—Quando ele abriu a porta do box ficou tão vermelho quanto voce está agora.

—Que merda Aspen.

—Eu sei, é mesmo. Mas é engraçado... Ele está olhando de novo.

—Quer saber? Vamos sair daqui, não quero ter que suportar ele perto de mim.

—Garota rebelde.

—Anda logo, vou aproveitar e tomar um banho, ai nos encontramos no jardim.

—Voce que manda. 

 Tomei um banho gelado pra tirar o suor e o calor do meu corpo, e depois pus uma calça jeans e uma blusa leve. Quando cheguei no jardim Aspen já estava lá me esperando.

—Estou limpa agora. –Falei.

—É, estou sentindo seu cheiro de lichia daqui. –Falou ele rindo. Nos sentamos na grama e vimos o sol se por no lago.

—Não sei o que eu faço. –Falei por fim.

—Olha, acho que voce devia parar de fingir que está tudo bem pra começar. E não é porque se trata de voce e o Scorpius, mas acho que voce fez certo em não perdoá-lo de primeira.

—Como voce sabe disso?

—Eu descobri ontem quando estávamos no banheiro...

—Ah... Voce já passou por isso?

—O que?

—Já se apaixonou por alguém que nem sempre lhe faz bem?

—Olha, acho que o amor é um sentimento muito complexo, e alguém pode te amar imensamente e te magoar, porque a dor é inevitável e ninguém é perfeito.

—Mas voce já se apaixonou?

—Já, claro que já.

—Qual era o nome dela?

—Elis. Mas não era nada como voce e Scorpius.

—O que quer dizer com isso?

—É difícil de explicar. –Ele parecia meio nostálgico.

—E ela amava voce também?

—Amava. Do jeito dela, mas amava.

—E por que não deu certo?  -Percebi que perguntei uma coisa que não devia ter perguntado.

—Olha, não me leve a mal, mas prefiro não falar disso. Não que é que eu não confie e voce, mas só não quero falar isso.

—Tabom. –Falei. –Mas só me diga uma coisa, ela era morena e de cabelo curto? –Ele riu.

—Não, a Elis era tão branca quanto voce, mas o cabelo dela era curto. Ela tinha os olhos puxadinhos, a família dela era oriental.

—Entendi...

—Então, parece que seu namorado levou um soco. –Ele tinha um sorriso malicioso.

—Foi do Alvo...

—Irmão justiceiro?

—Mais ou menos... Esse ai costuma ser o James, o Alvo tem que estar puto de verdade pra fazer uma coisa dessas...

—Ele realmente parece estar puto de verdade.

—Eu sei... Já te contei a história que ele quase morreu ano passado?

—Não.

—Ano passado teve um Torneio Tribruxo aqui, e Alvo representava Hogwarts, e na ultima prova ele foi atacado por um obscurial...Sabe o que é isso? –Aspen arregalou os olhos e não escondeu sua cara de espanto.

—Como ele sobreviveu? Isso não é possível! Ninguém sobrevive a um obscurial!

—Calma Aspen... Não sei muito sobre o assunto, mas foi o pai do Scorpius que salvou a vida dele. Ele é médico, faz milagres na sala de cirurgia.

—Hã... Entendi. Se importa se eu subir agora? É que estou mega cansado, e ainda tem o clube de duelos depois do jantar, quero tirar um cochilo antes...

—Claro que não. Vou subir também, vou ver se a minha poção polissuco está pronta.

 Achei estranho Aspen ter ficado tão perturbado, mas então parei pra pensar e realmente ninguém havia sobrevivido a um obscurial, mas não fiquei com isso na cabeça, eu tinha que verificar se a poção está pronta.

—Tomara que o Slughorn não faça a gente testar, eu não vou tomar isso. –Disse Bia vendo nossa poção.

—Relaxa, ele não vai. –Falei. -A poção está pronta e temos que apresenta-la amanha, e estou confiante que vamos tirar boa nota.

—Hey Lilis, que cara de avoada é essa? –Perguntou Lorcan. Estávamos sentados toda a galera do sexto ano jantando.

—Ah... Nada. –Bem, o fato de estar brigada com Scorpius me deixa meio lesada. Não sei se fiz certo de ter recusado o pedido de desculpas. E quero tanto perdoa-lo, mesmo sabendo que ele não merece.

—Pare de sofrer, aceite as desculpas. –Disse Bia.

—Mas voce disse...

—Foda-se o que eu disse, voce tem que fazer o que achar melhor, e não é bom ficar fingindo, e voce esta toda agoniada, perdoe logo.

—Então eu vou lá dizer isso?

—Não né, espere ele pedir de novo, mas por favor Lily, deixe BEM claro que ele não pode fazer isso de novo, e que se fizer voce não vai perdoar.

 -Lily! –Escutei Carol me gritando fazendo eu sair do transe.

—O que?

—Voce não escutou nada do que eu disse né? Olha, o Campbell mandou a gente treinar o feitiço de estuporar.

—Ah... ok. –Já estávamos na aula do Campbell, e eu estava procurando Scorpius pra conversar com ele. Finalmente o encontrei com Raphael, e vi ele me encarar por uns segundos.

—Lilian Luna Potter, se voce não se concentrar aqui e agora eu juro que vou te estuporar e voce vai parar lá do outro lado da sala.

—Me desculpa, eu estou tão...

—Retardada?

—Pode ser...

—É sério, presta atenção no Campbell.

 Ao final da aula Bia já estava irritada comigo, pois eu mal tinha prestado atenção.

—Estou vendo o motivo de tanta lerdeza. Se chama Scorpius Malfoy. Anda, vai lá falar com ele.

 Scorpius estava conversando com Campbell, que parecia entusiasmado com a conversa que estavam tendo. Olhei nos olhos de Scorpius e fiz um gesto indicando pra que ele se aproximasse.

—Hã... Eu preciso ir professor, estou mega cansado. Boa noite.

—Ah, boa noite Malfoy.

 Sai discretamente da sala e fiquei esperando Scorpius no corredor.

—Oi... –Disse ele.

—Oi.

—Voce queria falar comigo?

—Quero. Mas não aqui.

—Ok, vou pra onde voce quiser.

 Fomos para os jardins, como sempre. A noite está fria e a grama está molhada pelo orvalho. Nos sentamos, e eu fiquei em silencio por um tempo, tentando organizar meus pensamentos. Parei de pensar o que falar e apenas falei:

—O que voce quer Scorpius? –Já conseguia sentir o choro contido na minha voz.

—Desculpa Lily, eu sei que eu err...

—Não! Não! Não! Voce não pode simplesmente me tratar bem quando estiver afim e me tratar feito lixo quando quiser! Eu sou sua namorada, e o mínimo que eu quero é respeito. Eu vou te perdoar hoje Scorpius, mas escutar voce me chamando de “putinha” está marcado na minha alma. Nada doeu tanto quanto isso, vindo da pessoa que fala que me ama, que já me salvou, me ajudou! Eu nunca vou me esquecer das suas palavras. Eu amo voce Scorpius, mas se continuar bancando o babaca não vai ter amor no mundo que faça a gente ficar junto, porque se isso aqui acontecer mais uma vez, ACABOU. Eu não vou me rebaixar tanto ao ponto de ficar com uma pessoa imatura, insegura e que não confia em mim. E eu NÃO vou deixar de ser amiga nem do Volkov, nem dos gêmeos ou do Hugo, e se voce não gosta deles, problema seu. Estamos entendidos?

—Estamos, com certeza. Me desculpe por isso Lily, eu me odeio pelo o que eu disse e pelo o que eu fiz voce passar. Isso não vai mais acontecer .

—Ótimo. Boa noite. –Falei me levantando.

—Espera, voce não vai me dar nem um beijinho de boa noite?

—Quando voce merecer sim. –Por mais que fosse difícil pra mim também, estou certa. Falar que se arrepende e mudou é fácil, quero ver isso na teoria. Deixei para traz meu namorado com uma carinha de cachorro abandonado e fui direto para o meu dormitório, onde encontrei Bia e Carol dormindo. Quando acendi a luz as duas acordaram reclamando.

—Isso é hora de chegar garota? –Bia estava irritada.

—Eu conversei com Scorpius, segui seu conselho. Acho que ele entendeu o recado.

—Louvado seja em nome de Merlin.

—E o que ele disse?

—Admitiu o erro, se desculpou e disse que não vai mais acontecer.

—Ótimo, agora vamos pagar para ver.

—Vai dar tudo certo amiga. –Disse Carol.

—Eu também espero...

—Bem madames, vamos dormir, homens não valem o nosso sono e cansaço, além disso nós temos aula amanha.

—Voce ta certa. –Falei.

 Coloquei uma camisola soltinha e pulei para debaixo das cobertas.

—Boa noite meninas. –Falei.

—Boa noite.

—Boa noite.

 Antes de dormir comecei a remoer toda essa situação.

 Apesar de amar muito o Scorpius, eu me amo mais, e não vou ficar numa relação que não me faça bem, então espero realmente que ele mude, porque não quero jogar tudo que construímos no lixo, mas caso ele não tenha mudado, é o que vai acontecer.


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Notas finais do capítulo

Eh isto beloveds kkkkk
se alguém quiser conversar cmg sobre a fic esse é meu ig: giiio_freitas
to de volta... Mas não sei com que frequencia kkkk
beijos



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