Uma Historia Diferente escrita por arton


Capítulo 17
Asas do Passado


Notas iniciais do capítulo

Arton na area!
ta mais um capitulo para vocês um agradecimento especial a Gabrieles_Lanes por betar
bem vamos a ele



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As pessoas se aglomeravam para ver a confusão que se formou no refeitório, a situação parecia mais com um ringe de vale tudo.

Shiro e Sasuke se agarravam no chão deferindo socos uns nos outros, Maika ainda esbofeteava Sakura no chão, Eiko que tinha dificuldades com Kiba se jogou de costa numa mesa fazendo o Inuzuka gemer de dor, já Mizuki golpeava Tenten contra uma mesa mais precisamente num prato de comida.

- Mas o que esta acontecendo – Tsunade atravessou todo o refeitório, visivelmente irritada, sendo seguida por uma pequena legião de professores que trataram de separar os alunos.

- Isso e uma escola não um ringue de luta – ela aberrou

- Foi ela que começou! Essa cafona - Sakura apontava para a Maika que estava como cabelo bagunçado e algumas marcas no rosto, mas mesmo assim ainda estava melhor do que a própria Sakura que trazia marcas mais profundas.

Shiro e Sasuke estavam com marcas no rosto, e o Uchiha tinha um lábio cortado, mas os dois possuíam dores pelo corpo de se jogarem nas mesas. Eiko e Mizuki estavam com algumas marcas, mas nada se comparava a cara de Tenten e Ino com machas roxas por todo o corpo.

- Para a diretoria! – a mulher loira berrou o que ninguém teve coragem de questionar.

Em um sussurro Shiro perguntou a Eiko:

- Onde esta a Hinata? – o amigo deu de ombros deixando o jovem de cabelos escuros com uma feição preocupada.

A jovem Hyuuga abraçou seu corpo numa atitude típica de que estava com frio, depois caminhou ate o parapeito e deixou seu olhar mergulhar no azul do céu ignorando tudo se concentrando no passado, porém um jovem loiro a fitava com intensidade estudando cada momento dela e tentando entende-la.

- O céu está lindo, não? – a voz doce o pegou de surpresa junto com a pergunta um tanto diferente.

- E... Eu acho que sim – ele caminhou até seu lado e encarou o rosto que demonstrava uma mistura de sentimentos que ele não sabia decifrar.

- Nem de longe lembra aquele céu – um suspiro- ele me odiará pelo que vou contar.

Naruto pensou em falar, mas decidiu manter-se calado enquanto ouvia uma historia antiga.

Flash Black

Como muitos sabem não sou de Tókio. Estudava em outro colégio como bolsista, mas eles eram diferentes do tratamento aqui eles simplesmente me ignoravam isso era bom; deixava-me livre para ser um pouco invisível.

Minha situação financeira nunca foi das melhores, mas também não era ruim. O maior gasto da casa era com a manutenção do tumulo de minha mãe em um cemitério muito luxuoso da cidade.

Meu pai acreditava que pelo menos depois de morta ela merecia um descanso confortável eu costumava visitá-la sempre, contava do meu dia e todo o resto, em uma visita eu o conheci.

Estava sentada perto da lapide na grama verde recém cortada, apesar de um cemitério o local emitia uma paz reconfortante. O céu estava tingido de negro, sinal de muita chuva; levantei e caminhei.

Percorri mais uma vez o ambiente até onde meus olhos alcançam e me deparei com uma cena que me deixou chocada e intrigada, o jovem garoto de joelhos de frente a uma lapide a olhando fixamente, seu terno, de longe era possível perceber que era de uma boa marca.

Atrás dele estava um casal de roupas igualmente pretas a mulher tinha em seus olhos traços de choro recentes, e homem mostrava em sua face à tristeza de uma perda, pouco atrás estava outro jovem um pouco mais velho que o primeiro.

Observei o cabelo ruivo como sangue se mover ao sabor do vento enquanto que seus olhos demonstravam uma batalha interna entre sentimentos opostos enquanto fitava o casal e o jovem de joelhos na frente da lapide.

Uma senhora de cabelos grisalhos amarados em um coque no topo da cabeça também observa o jovem, mais a frente notei que nenhum deles se movia na direção de confortá-lo todos pareciam alheios ao mundo a sua volta.

Quando senti as primeiras gotas de chuvas caírem do céu olhei para o mesmo e aquilo que era palpite se tornou realidade. A chuva chegava com mais força voltei meu olhar para o grupo a velha senhora junto ao garoto ruivo saíram da chuva.

A mulher pelo que pode ouvir tentava convencer o jovem garoto a sair da chuva junto ao que parecia ser seu marido, mas garoto se negava a sair de onde estava. Ela suspirou em derrota e deixou para ele um guarda-chuva e saiu sendo apoiada pelo marido. 

Ele continuou sentado lá... Na mesma posição enquanto a chuva se tornava mais forte, me aproximei alguns passos, mas notei o movimento que seu corpo fazia devido aos soluços. Não tive reação apenas peguei o guarda-chuva e o abri assim que me aproximei.

Ele se voltou para mim e de cara o reconheci: era Shiro Abukane, um novato do colégio, não tinha entrado há nem um mês direito ele era quieto assim como eu e se sentava no fundo da classe em silêncio.

Olhamos-nos em silêncio apenas tentando entender a dor que ele me  transmitia, e fora ele o primeiro a quebrar o silencio com uma voz tão triste  e carregada de dor...

- Ela morreu por minha culpa – nem eu pude segurar as lagrimas depois que fitei seus olhos que ainda mantinham o brilho de uma criança.

Não sei por que ele me disse isso, mas não pude confortá-lo naquela hora ouvi o som de passos na chuva e depois me deparei como jovem ruivo caminhando em nossa direção ele parou e me encarou como se eu fosse algum fantasma.

- Vamos Shiro todos já estão no carro – havia ordem em seu tom de voz, mas ainda sim continuava me encarando.

- Não Sasori eu vou ficar – o garoto tinha virado o rosto talvez para que o irmão não visse chorando.

- Levante-se – ele segurou o braço do garoto o forçando a ficar em pé – quer deixar Okaa-san ainda mais triste por sua causa de novo.

Assim que terminou de falar o ruivo se arrependeu, pois largou braço de Shiro e o olhou procurando uma forma de se desculpar, mas o garoto não o ouviu e saiu em direção ao portão deixando a nos dois com expressões diferentes.

- Fique com o guarda-chuva ele e meu, mas não irei precisar – me voltei para ele com uma expressão de indignação e jogue o objeto no solo sem me importar em ficar molhada

- Não quero nada que venha de um idiota como você! – depois disso sai do cemitério, mas não encontrei Shiro naquela tarde.

Passei o final de semana todo pensando nele e em como conversar com ele. Sabia o quanto a dor de uma perda é insuportável sem o apoio de alguém para em que se possa confiar.

Porém ele não foi às aulas, foi nesta época que conheci Maika e Mizuki garotas novatas vindas de outros países. Maika era espanhola e sua mãe era uma designer de jóias, ela me contara sua historia de que quando tinha treze anos era uma garota com um problema de pele horrível e obesa, e de forma humilhante como era tratada.

Também me contou sobre a sua reviravolta e como aprendeu que tudo parte de sua autoconfiança.

A história de Mizuki é um pouco diferente já que ela é africana apesar de não trazer nenhum traço da sua origem paterna. Ela se orgulha do pai e das origens que tem. Ate os sete anos ela ainda não sabia ler ou escrever direito, mas como o destino é curioso seu pai achou jazidas de diamantes em suas terras o tornando um homem rico.

Ela prometera a sim mesma que jamais pararia de ler e de conhecer o mundo.

Dois dias depois conheci Eiko. Um jovem com fama de valentão, mas que no fundo era apenas um garoto que nunca teve o afeto integral da família sempre ocupada com negócios.

O jogando de babás a governantas, sem nunca passar se quer uma hora direito com ele.

No final da semana soube pelo noticiário promulgas que me surpreenderam. A primeira era que o casal de empresários Abuke sofreu um acidente de carro e tiveram morte imediata anteontem à noite.

Não demorei quase nada para sair de casa com a estranha sensação de saber onde ele estava; por sorte meu pai não estava e nem minha irmã. Peguei um ônibus e saltei enfrente ao cemitério de minha mãe.

 Assim que seguiu caminhei pela grama fitando o céu que como daquela vez estava banhado de cinza, não demorei nada a encontrá-lo sentado sobre as próprias pernas olhando o tumulo da irmã.

Aproximei-me e ele sussurrou:

- Por que aqueles que amam me deixam? – não havia uma pergunta e sim uma afirmação.

- Quem nos ama nuca nos deixa... Continua a existir mesmo que nos não os vejamos mais – me coloquei atrás dele o abraçando por trás – eles continuam a existir em nossos corações e nossas lembranças.

Sentia o corpo dele se mover durante os soluços e senti a chuva cair com força como se quisesse lavar as nossas almas afundei meu rosto na curva de seu pescoço enquanto esperava que ele falasse.

- por que se importa comigo mal me conhece – ele olhava fixamente para a lápide.

- porque você sofre como eu – sussurrei de encontro à pele do seu pescoço – minha mãe sofria do coração, mas eu não sabia só tinha de ir à escola e depois para casa, mas naquele dia fique estudando ate um pouco mais ela sempre gostou de me ver estudar.

Suspirei e o apertei com mais força.

- naquele dia ela teve um ataque e não havia ninguém para socorrê-la sempre me senti culpada por não estar lá, mas sei que não poderia ter mudado nada.

- somos parecidos, mas... – ele ficou em silencio e se voltou para mim– ainda sim somos diferentes.

Nossos rostos estavam próximos sentia respiração dele de encontro a minha face e não me surpreendi ao sentir nossos lábios se encontrarem de uma forma tão pura que parecia ate uma caricia de uma criança.

Não havia desejo ou algo do tipo apenas havia a vontade de espantar fantasmas do passado e de deixar que o futuro sorri-se para nós.

Fim do flash Black

Hinata ainda mantinha o olhar nas nuvens, mas de seus olhos escapavam lágrimas por se lembrar do passado que lutavam para manter enterrado. Por outro lado Naruto se matinha em silencio.

Havia algo que faltava, porém não tinha coragem de perguntar.

- quer saber o que eu ainda não contei? – ela o encarou enquanto limpava o rosto o com o dorso da mão.

Ele apenas assentiu surpreso por ela já ter percebido.

- ele se culpa pela irmã ter amado – ela respondeu de imediato.

- Por ter amado?- Naruto agora já não entendia nada.

- A família Abuke só tinha um filho e por problemas de saúde a esposa do único filho não podia ter mais crianças, então eles decidiram adotar com isso eles adotaram um casal sendo a garota mais velha dois anos.

Ela respirou e depois prossegui.

- anos depois ela se apaixonou, mas os pais eram contra, Shiro fora o único a incentivá-la para lutar pelo amor quer saber o final?

Havia algo de estranho na voz de Hinata, porém Naruto assentiu queria ouvir até o fim.

- Ela engravidou e ele a abandonou, a deixando sozinha para encarar o desprezo da sociedade a qual ela não suportou e se matou.

Reinou o silêncio enquanto o jovem loiro absorvia toda a informação, entretanto ela continuou antes dele poder falar:

-Shiro foi o primeiro a vê-la a encontrou com os pulsos cortados desde então ele se culpa pelo ocorrido.

- Eu... – não sabia o que dizer se e que devia dizer alguma coisa.

- O Nome do cara era Kankurou, Sabaku no Kankurou, o irmão mais velho de Gaara.

O queixo de Naruto foi ao chão sem palavras se e que se podia dizer algo o silêncio reinou sobre o casal que não sabia como continuar, contudo, um pigarreio chamou a atenção dos jovens os fazendo se voltarem para encarar os olhos frios de Sasori.

- É incrível como se lembra de tudo Hinata – Sasori deu alguns passos se aproximando da jovem- preciso que me leve à diretoria meu irmão se meteu em alguma confusão.

- Claro Sasori – ela se voltou para o jovem e disse – adeus Naruto.

Eles saíram do corredor seguindo em direção a diretoria deixando o Jovem Uzumaki pensativo, depois de alguns minutos ele teve certeza de uma coisa: se quisesse Hinata de volta teria que se aproximar de Shiro.

Suspirou e seguiu caminho em direção a sua sala sem notar que havia duas pessoas escondidas ouvindo a conversa dos dois.

- Ele parece triste – um deles falou enquanto comia um biscoito – nós deveríamos dizer o que sabemos.

-você tem razão – dizendo isso o outro garoto saiu colocando as mãos no bolso.

- Eu tenho? – o jovem saiu acompanhando o amigo sorrindo por finalmente alguém ter lidado razão


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Notas finais do capítulo

Pessoal espero a opinião de voces ja que não gostei muito desse capitulo e gostaria muito de saber suas opiniões

abraços