A Sereia e o Pirata escrita por Arthemis0


Capítulo 3
Sereia azarada, pirata sortudo




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Marinette -on-

Não acredito, estava presa, capturada, com um homem olhando para mim de uma forma nada confortável, ele era loiro, com olhos verdes, com roupas maiores do que precisava, podia até admirar sua beleza se não estivesse com tanto medo.

—Ora, ora- ele quebrou o silencio se apoiando na madeira do barco- Parece que finalmente Netuno sorriu para mim, e eu capturei uma criatura maravilhosamente misteriosa e linda. Sereia não precisa se preocupar, não vou lhe fazer mal- ele continua a sorrir maliciosamente- Desde que você se comporte.

Percebo que a rede começa a se aproximar da embarcação. 

—O...que? OQUE? O QUE PENSA QUE ESTA FAZENDO? DEIXE-ME IR!

—Ah, parece que a sereia sabe falar, que bom- Ele respondeu colocando a rede no chão da embarcação e me pegando no colo- Bem-vinda ao Chatnoir, a caravela, e eu sou o Capitão Adrein. E você?

—Eu sou a "Vou te soltar" e vim do " E te deixar ir para casa"- Disse firme.

—Muito engraçado, mas não posso te deixar ir para casa, não até você realizar meus desejos.

—Então fale logo o que quer e deixe-me ir- Ele caminhava até uma porta decorada, abrindo-a ele me colocou em uma cama e disse me encarando.

—Eu quero ser feliz, me livrar da culpa que carrego, libertar meu coração que está em pedaços- Foi muito sincero o que ele disse, que até me espantei.

Desviei o olhar rapidamente, pensei no que ele disse, o desejo dele era complicado, e era uma coisa que eu não podia fazer, se ele se sente culpado ele tem que se perdoar, só assim podia curar seu coração e finalmente ser feliz.

—Eu... não... posso fazer isso- Disse olhando para baixo.

—Ahhhh! Querida então enquanto não puder dar o que eu quero...- Ele olhou para mim de forma assustadora, agarrou meu pescoço- Será minha escrava, fará o que eu mandar e corresponde-rá somente a mim...- A mão dele apertava cada vez mais o meu pescoço-...não pode-rá sair desta caravela sem alguém ao seu lado. -Ele me soltou- Espero que estejamos entendidos.

Ele saio do quarto me deixando sozinha, foi então que chorei, pela primeira vez água saíram dos meus olhos...Água, manipulação da água, posso fazer a água afundar essa embarcação...

1º Tentativa- Nada

2º Tentativa- Sem resultado

3º... 4º...5º... Nada, já estava cansada, as sereias são poderosas, mas sem o treino fazem poucas coisas, ou nem isso, e o único poder que treinei foi o de falar animais com Tikki. 

—Mrrrrow- Um ronronar? Isso me surpreende olhei para os lados, e de trás de um pilha de caixas sai um gato preto, de olhos verdes, que preguiçosamente vem até mim e senta-se na minha frente.

—Olá gatinho, o que faz aqui?- Pergunto enxugando minhas lágrimas.

—O que você está fazendo aqui? Você é um peixe muito estranho!- Acho que o gato não sabe que o entendo.

—Gatinho, sou uma sereia posso te entender, estou aqui pois fui capturada, não me culpe- Respondi dando o dedo para ele cheirar.

—VOCÊ ME ENTENDE!- O gato pulou e eu dei um sorriso amigável-Como?- Ele se aproximou cheirando meu dedo, com cuidado.

—É um dos meus poderes, posso entender os animais- Comecei a acariciá-lo- Me chamo Marinette e você?

—Plagg- Disse o gatinho se aconchegando do meu lado- Seu carinho é gossstosooo- Ele falou antes de pegar no sono.

Logo após isso minhas pernas apareceram. Olhei para os lados e estava no quarto apertado do homem, com uma mesa e uma cadeira em baixo de uma janela, do lado de uma pilha de caixas de madeira vazias de onde o gato surgiu, do outro lado havia uma estante cheia de.... Não sei direito o que era aquilo.

Levantei da cama e me aproximei, meio cambaleante, "Mas que droga, parece que vou ter que aprender a anda de novo" pensei, e apoiada nas paredes cheguei na estante. Aquilo...eram...LIVROS! Sempre quis saber como eles eram, peguei um e abri, essa não... Eu não sei ler, nunca precisei. As poucas coisas que eu sabia do mundo humano meus pais me ensinaram, como alguns objetos, mas ler... Eu não sei.

Voltei para cama,pego o enfeite de estrela do mar de meu cabelo e vejo meus pais sorridentes, e voltei a chorar.

—Desculpe papai, mamãe, não vou poder ir para casa tão cedo- Ouço a porta se abrindo, seco as lágrimas rapidamente.

Marinette -off-

Adrien -on-

Ao sair do quarto, fiquei alegre, finalmente, eu tenho uma sereia, mas logo fiquei furioso, como ela não pode realizar meu desejo, como ela ousa. 

De repente olho para a água e ela está um pouco mais agitada que antes, o barco balança de leve, mas não demora muito para que volte ao normal. No mesmo instante Nino aparece atrás de mim

—Adrien!? Não consegue dormir?

—Não, mas foi graças a isso que me fez ser o pirata mais sortudo do mundo!- Nino me olha com duvida- Nino, consegui realizar meu sonho...EU CAPITÃO DO CHATNOIR CAPTUREI UMA SEREIA!- Disse fazendo pose de campião

—Você e as suas histórias de sereias-Nino diz com uma cara de peixe morto-Quanta vezes vou ter que falar, são apenas histórias, lendas, elas não existem.

—Não Nino eu peguei uma e posso provar!- Puxei até meu quarto e abri a porta para que ele veja a bela sereia, ele olha para dentro do quarto e vira em minha direção com o rosto completamente vermelho

—Cara, acho que você bebeu demais, eu não sei como conseguiu esconder esta moça todo esse mês que estivemos no mar, mas sugiro que quando chegarmos em terra dispense ela e de preferencia com roupas

Nino sai dali, ainda vermelho, com passos rápidos. Quando olho para o quarto, vejo a sereia com o rosto emburrado e com... PERNAS!? Como isso foi acontecer, fui enganado, uma ilusão? Entro rapidamente e fecho a porta.

—Onde está sua cauda? -Disse nervoso e indiguinado

—Ora parece que não sabe muito sobre sereias Capitão-Ela retruca com sarcasmo- Quer ver minha cauda novamente? Então porque não me joga no mar?- Continua com irritação

—Sua pequena...-Pego no braço dela, mas logo eu fico vermelho, ELA ESTAVA NUA - Peque isso- Joguei o lençol da minha cama para ela, o estranho era que a sereia não parecia, nem um pouco, incomodada com sua nudez

Ela se enrolou no lençol e eu a puxei para a parte de fora, o que foi um pouco difícil,pois parecia que suas próprias pernas a impediam de andar, amarro uma corda em seus punhos, tiro minha túnica e minhas botas, pego ela no colo e salto no mar.

E como um passe de mágica as pernas se transformam novamente na bela cauda vermelha de pintinhas pretas.


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