Os Deuses da Mitologia escrita por kagomechan


Capítulo 102
MESTIÇO - Atualizações para o resgate


Notas iniciais do capítulo

Olá! bem vindos ao novo cap! desculpa a demora. eu n estava mto bem essa ultima semana e meia. enfim, divirtam-se :3


no momento, estão nos EUA os grupinhos:
— Las Vegas: Hazel, Percy, Annabeth, Zia, Piper, Kayla, Grover, Apolo, Meg, Reyna
— Nova Roma: Frank, Lavínia
— NY: Cléo, Paulo, Austin, Drew, Carter

no momento, estão em alto mar, os grupinhos:
— partindo de NY, indo para Europa : Sam, Blitzen, Hearthstone, Mestiço, Anúbis, Sadie, Will, Nico. // Maias-Astecas: Victoria, Micaela (a menina q parece Annabeth) e Eduardo.
— Indo para Nigéria : Leo, Calipso, Olujime, Magnus, Jacques, Alex, Festus

no momento, os grupos que estão na EUROPA são:
— Portugal: Caçadoras de Ártemis (Thalia, Artemis, etc), Clarice
— Indo para País de Gales: Mallory



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MESTIÇO

Eu sentia meu coração pulsar desesperadamente. Como eu queria que a Europa fosse a um passo de Nova York para eu poder saber o que aconteceu com Mallory e salvar ela. Na última vez que eu ouvi falar dela, ela estava com as caçadoras em Portugal. E para piorar meu desespero, qualquer operação de resgate só podia começar quando derrotamos o monstrengo enorme que atacava o barco.

O monstro enorme de várias cabeças que atacava o barco podia ser visualmente intimidador, mas, com Sam, Hearthstone, Sadie, Anúbis e o garoto dos astecas, um tal de Eduardo, atacando o monstro, ele provavelmente não ia durar muito. O monstro podia até ter seis cabeças de cobra com pescoços bem longos e mais quatro de cachorro praticamente sem pescoço, o que dava duas cabeças para cada um, mas a vantagem estava incrivelmente do nosso lado (mesmo que seja por pouco).

Na primeira cabeça de cobra, Sam já tinha fincado o seu machado bem no meio da testa e estava agora de pé no rosto do monstro forçando o machado para fora do profundo ferimento. A primeira cabeça ainda estava viva mas, julgando que ela só se remexia lentamente de um lado para o outro, parecia estar nos seus últimos momentos de vida. A cabeça de cobra logo ao lado estava recebendo o feitiço de uma das runas de Hearthstone, que congelava o monstro da ponta do focinho reptiliano até a base do pescoço e aparentemente congelando cada vez mais a ponto de incomodar as duas cabeças serpentinas vizinhas e um dos cachorros logo abaixo.

Essa cabeça de cachorro logo embaixo, no entanto, tinha coisas piores com o que se preocupar do que frio intenso tocando a nuca. Não só ela, como também todas as outras cabeças caninas estavam envoltas numa nuvem totalmente concentrada no monstro e que parecia fugir do pessoal caso eles chegassem perto demais. Era um pouco difícil de ver, mas eu percebi que os cachorros logo não pareciam tão saudáveis, pareciam ter perdido muito peso e então pele, e então músculos enquanto ficavam cada vez mais cinzas e até mesmo preto como uma banana podre. Não preciso dizer quem estava deixando ironicamente logo os cachorros, cada vez mais cadavéricos, né?

Voltando para as cabeças de cobra, a terceira delas levou várias explosões dolorosas bem na cara resultante de uma sequência de magias de Sadie. A terceira cobra caiu sem vida sobre o navio balançando ele perigosamente enquanto o tal Eduardo apontava sua lança para a quinta e sexta cabeça de cobra. Da ponta da lança dele saíram raios e trovões que atingiram as duas cobras que gritaram de dor. Assim, apenas a quarta cabeça estava ilesa, por enquanto.

Eu, Blitzen, Will, Nico, Victoria e Micaela nos juntamos atrás do pessoal lutando contra o monstro gigante para ajudá-los a derrotar o último monstro que nos prendia ali mas logo ficou claro que não precisavam tanto de nós, e ainda bem, pois eu estava com pressa. 

As cobras que levaram o choque de Eduardo caíram no chão queimadas e aparentemente mortas. As cobras extremamente feridas por Sam e Sadie também caíram no chão e sujaram o piso do barco. A que Hearthstone atacou só não caiu pois estava totalmente congelada no lugar e caso ainda estivesse viva dentro da camada de gelo que cobria ela, não ia durar muito pois as manchas negras e buracos nojentos que haviam transformado as cabeças de cachorro em cabeças de cachorro zumbi se espalhavam lentamente como um vírus pelo resto do corpo. 

Sobrava então só mais uma cabeça de cobra que recebeu ao mesmo tempo um ataque de Hearthstone e Sadie. Ele optou pela runa de fogo, que começou a assar a cobra e a soltar um cheirinho de churrasco que ficava nojento com o cheiro forte de carne podre que vinha dos cachorros. Ela aparentemente repetiu seu mesmo feitiço de explosão de antes gritando algo como ‘Hadi’. A última cobra, já bem debilitada com a perda das irmãs e com a base do pescoço ficando podre e nojenta, não aguentou esse combo final e caiu para trás, morta.

E assim, em questão de minutos, derrotamos um monstro enorme de várias cabeças. Eu estava quase ficando com dó de quem tinha sequestrado Mallory… mentira. Nem quase. Vou transformar seja lá quem for o culpado no purê de batata mais vermelho do mundo.

A maior parte do peso do monstro estava em cima do navio, mas considerando que matar ele foi fácil, empurrar de volta para o mar foi mais fácil ainda.

— Hey. Ótima dupla. - disse Sadie virando-se para Hearthstone e levantando a mão aberta - Bate aqui.

Ele pareceu entender, porquê sorriu um pouco e bateu na mão dela.

— Agora que estamos todos aqui, vamos sair logo daqui antes que algum outro monstro apareça assim do nada. - motivou Sam - Não temos tempo! Temos que salvar Mallory logo!

— Vamos, barco! - disse Sadie - O mais rápido possível para o País de Gales.

O barco começou a andar, mas eu ainda queria explicações. Eu não estava preocupado que o barco estava precisando de uma limpeza e talvez de umas reformas pois na parte que perdi das batalhas, o monstro conseguiu quebrar um pouco da amurada do navio. Minha preocupação era apenas uma: O que raios tinha acontecido com Mallory?

 Como havia sido Sadie que ligou para mim, eu fui imediatamente para ela. Talvez eu tenha aparecido no campo de visão dela repentinamente de um jeito não muito legal, pois quando ela se virou na minha direção, eu já estava em cima dela, provavelmente aparecendo desesperado e logo agarrando por instinto os braços dela com ela me olhando com cara de susto.

— Mallory! O que aconteceu com a Mallory? - perguntei desesperado tentando não deixar minha voz tremer.

— Não conseguimos pegar todos os detalhes porque as caçadoras não pareciam nada bem na mensagem de Íris… e elas ligaram praticamente ao mesmo tempo que os monstros chegaram… - explicou-se Sadie como se pedisse desculpas - Mas o que sabemos é que um tal de Balor raptou ela e levou ela pro País de Gales.

— Balor… País de Gales? - repeti ao registrar a informação.

— E… - continuou Sadie hesitante - Ela caiu no rio Lete… ao menos na parte dele aqui.

— No Lete?! - exclamou Will passando a mão pelo cabelo preocupado - Será que tem efeito aqui também? É o rio do esquecimento né?

— Elas disseram que era provável que tenha algum efeito mais leve. - explicou Blitzen suspirando pesadamente - Alguma… amnésia provavelmente reversível talvez ou… só esquecer o que aconteceu ontem. Não sabiam dizer com certeza.

Eu sentia o chão sumir de meus pés. Como se ser sequestrada não fosse ruim o suficiente já, ela ainda estava potencialmente com amnésia? E tudo que eu podia fazer agora era torcer pra viagem pro País de Gales ser o mais rápido possível? 

Era desesperador, sufocante, irritante. Eu larguei Sadie e, sentindo uma necessidade forte demais de socar alguma coisa, chutei com força o pedaço de madeira do barco que o monstro havia começado a quebrar na amurada. O pedaço se soltou e caiu no mar, mas isso ainda não era o suficiente, eu também gritei o mais alto que meus pulmões e garganta conseguiam.

Não era difícil sentir o olhar de preocupação e pena dos outros enquanto eu ofegava de pura raiva, ansiedade e desespero. Minha cabeça estava a mil tentando processar aquilo e organizar os próximos passos, mas estava levemente consciente de que os outros ainda conversavam.

— Eu… vou ligar pro Carter. - disse Sadie - Estou preocupada. Os monstros apareceram aos montes muito rápido, como se estivessem esperando por nós. Vou falar para ele ficar de olho.

— Também achei estranho. - disse Victoria e provavelmente Sadie foi fazer justamente isso pois a voz dela sumiu da conversa que acontecia às minhas costas.

— Mesmo que a gente vá o mais rápido possível para o País de Gales, tem um problema. - disse Nico - Onde no País de Gales?

— As caçadoras conseguiram seguir esse Balor? - perguntou Will.

— E quem é Balor? - perguntou Micaela

— Elas não falaram essa parte.  - reclamou Sam.

— Balor é celta. - respondeu Anúbis, a única resposta no meio de tantas perguntas e o motivo que me fez levantar e olhar a discussão - É um gigante.

Eu imediatamente comecei a pensar em toda informação que eu sabia sobre os celtas. Não eram um povo só, mas sim vários que caíram sobre essa mesma denominação apesar de terem várias diferenças entre si. Ocuparam várias partes da Europa, como Escócia, França, Portugal, Irlanda, Inglaterra, Escócia … e País de Gales. E era isso, parava por aí meu conhecimento sobre os celtas.

— Como é esse maldito? - perguntei.

— Nunca cheguei a conhecer, só ouvi falar que é um gigante de um olho só e que estava banido desde muito tempo. - respondeu Anúbis - Considerando que o submundo celta está com problemas, não deve ser o único que estará lá no País de Gales quando chegarmos.

— Se chegarmos… - resmungou Eduardo com um sotaque espanhol e já não gostei dele pelo pessimismo - Sempre que nós, astecas e maias, tentamos ir pra Europa, quem vai acaba morrendo.

— Nem que eu tenha que jogar você e seu pessimismo no mar de isca pra seja lá que monstro vocês tem de fã número 1, nós vamos chegar no País de Gales e salvar a Mallory, entendeu? - perguntei nada simpáticamente.

Claro que todos ficaram calados mal ousando respirar, mas o irritante do Eduardo só me encarou um biquinho de criança mimada e foi pra longe batendo os pés forte no chão. Eu tinha mais coisa com que me preocupar do que um bando de pirralho irritante, mas logo notei que não era o único preocupado pois Hearthstone sinalizou alguma coisa que Blitzen prontamente traduziu.

— Como vamos saber onde no País de Gales temos que ir? - perguntou Blitzen ao traduzir Hearthstone.

— Eu tenho uma ideia mas não é muito confiável. - disse Anúbis.

— Qual? - perguntei.

— Talvez algum dos deuses celtas saibam. - explicou Anúbis - Então… pensei em perguntar para um deles. No caso, para Arawn, um dos deuses do submundo... 

— Isso inclui uma visita ao submundo no roteiro? - perguntou Sam.

— Se conseguirmos achar o submundo, sim. - respondeu Anúbis.

— Não tem outro jeito de falar com o cara? - perguntou Will - Ou talvez pra um deus que esteja por aqui?

— Eu não sei onde os outros estão ou se quer quais estão vivos. - explicou Anúbis - Os do submundo ou da morte eu tenho mais certeza.

— O que você sabe sobre eles? Para que possamos imaginar o que pode estar nos esperando. - pedi - Já que provavelmente Balor não está sozinho.

— Os celtas, tal como quase todo panteão, sofreram muito com a expansão do Império Romano, especialmente quando Roma decidiu forçar o cristianismo para todos. - explicou Anúbis suspirando longamente - Muitos… muitos deuses morreram aí. Permanentemente. Dentre os celtas também. Balor é irlandês, Arawn é galês… são de panteões diferentes apesar de juntarem tudo em “celta”. Finn McCool, o que queimou o dedo com salmão que falaram que a Sam tem que encontrar, ele é irlandês também. Provavelmente os maiores deuses de seja lá qual panteão celta ainda estão vivos, mas eu sei que os que sobraram se juntaram para tentar manter as coisas funcionando.

— Uma pergunta talvez não tão pertinente para o momento, - disse Blitzen - se a religião está morta, ainda precisa “manter as coisas funcionando”?

— Não tá 100% morta né? Ou tá? - perguntou Micaela - É que… tem os neo-pagãos. O pessoal que tá adorando os deuses de alguns desses panteões antigos. Eu vi na internet quando estava pesquisando sobre wicca. Tem dos celtas, dos gregos e dos egípcios… Mas pelo o que eu entendi o dos celtas é o mais forte dos três.

— É. - concordou Anúbis - Se estivesse 100% morta não teria mais nenhum deus provavelmente. É complicado… às vezes só a fama, renome, ou a curiosidade na cabeça das pessoas é suficiente para manter um deus vivo, mas não necessariamente bem. Depende muito.

— É certeza que conseguimos chegar no submundo celta e perguntar pro Arawn se ele sabe onde Balor está? - perguntei.

— Não. - respondeu Anúbis - Teoricamente o submundo celta, que é uma ilha geralmente, só aparece pros mortais quando está afim. Mas eu posso tentar pedir formalmente para Arawn mostrar a ilha. De deus para deus. Talvez dê certo se ele estiver de bom humor para conversas.

— Tem algum deus da morte, submundo ou etc que na verdade é bem feliz e bem humorado? - perguntou Will.

— Não acho que passar boa parte do tempo de sua vida infinita num lugar cheio de mortos faz muito bem para o humor de ninguém. - disse Blitzen traduzindo Hearthstone. Nota mental, quando essa confusão acabar criar vergonha na cara e aprender ESL. 

Suspirei ainda ansioso para chegar no País de Gales, ou no submundo, o mais rápido possível. Ao menos Nova York já tinha sumido no horizonte. O pobre barco parecia realmente estar dando tudo de si. Ele não tinha formato de lancha, mas com certeza estava cortando o mar como se fosse uma de tão rápido que ele quebrava as ondas.

Enquanto o barco fazia todo o trabalho pesado, eu só conseguia torcer para que Mallory aguentasse o máximo possível seja lá qual forem as intenções de Balor para ter sequestrado ela. Era uma garota teimosa e forte, eu torcia para que essa teimosia e cabeça-durice dela se mantivesse mesmo com a provável amnésia. A provável amnésia era outro problema. Mas ainda era “provável” e o sequestro era “certeza”. Uma coisa de cada vez. 


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Notas finais do capítulo

por hj é isso :3 até o prox cap e, se puderem, comentem ♥
beijinhos de luz
fiquem em casa e tomem a vacina ♥



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