Steal Your Heart AU escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 3
Just Dance


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! ^.^

Agradeço por todos os comentários (mesmo aqueles que eu não cheguei a responder), saibam que eu leio todos e que estou muito agradecida que estejam gostando da minha nova fanfic. Logo logo também tem capítulo novo em OOLH, então fiquem atentos!

Postado dia 13/12/17, ás 23:59



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Adrien

Assim que entrei na faculdade com Chloé e sua melhor amiga, Jacqueline, ao longe já consegui encontrar Nino com os olhos. Ele estava usando uma blusa xadrez que dava para ser diferenciada entre todos os presentes da festa de boas-vindas, então não foi muito difícil andar até lá – quer dizer, se não fosse por um motivo em especial. Ele estava com uma garota. Mas não era uma garota qualquer, consegui notar em seu olhar fixo e intenso enquanto também era encarado pela mesma. Como melhor amigo do cara eu podia dizer melhor do que ninguém que Nino Lahiffe, aquele mesmo cara que estava a pouquíssimos metros de distância de onde eu entrava, não era como eu. Sério minha gente, não estaria sendo sincero se dissesse a vocês que desde que ele começou a morar dentro do meu apartamento o tivesse visto ficando com alguma garota.

Mas naquele momento eu notei que aquela garota tinha... Mexido com ele, eu sei lá. Nino sempre fora muito tranqüilo e reservado nessa questão – até demais, na minha opinião – então também nunca tocara muito nesse assunto próximo a ele. Alex podia entendia melhor sobre esse assunto. 

— Ei Nino! – gritei o mais alto que consegui em meio a música alta que tocava, acenando para ver se o mesmo conseguia me enxergar onde estava. Ele levantou a cabeça, procurando quem lhe chamara por longos minutos até os nossos olhares se cruzaram.

O observei falar alguma coisa para a garota a sua frente e em seguida senti uma vontade enorme de vomitar quando ele beijou uma das mãos dela. Uma das coisas que eu nunca iria conseguir engolir direito era o jeito romântico de algumas pessoas. Porque gastar tempo com todas essas bobagens? A única coisa que as garotas realmente querem é que você as deixe pensarem que você nas mãos dela, onde você é supostamente “apaixonado” por ela e que o amor que você sente tem dona. O que claramente não é o que acontece. O amor de verdade não existe, isso é apenas uma ilusão para as pessoas sonhadoras que estão por ai, mundo a fora. Essa ilusão também pode ser definida como uma clara diversão pra mim.

O que eu posso fazer? Eu sou homem!

Porque se amarrar a uma única garota pelo resto da sua vida se você pode ter todas que você quiser ao seu redor? Qual é a garota que não resiste a um cara loiro, com olhos verdes, musculoso, inteligente e ainda por cima rico, como eu?

É porque ela não existe. Simples assim.

— Nos encontramos no auditório. Prometo não demorar muito aqui. – informei a Chloé enquanto via meu melhor amigo se aproximar de mim com a cabeça nas nuvens. Revirei os olhos e dei um pequeno sorriso para a loira parada ao meu lado. – Quer dizer, farei o possível.

— Acho que o seu amiguinho encontrou a chica dos sonhos dele. – Jacqueline zombou fazendo seu sotaque espanhol aparecer de propósito. Lhe encarei de relance. Seus olhos frios mostravam o puro escárnio contra o meu melhor amigo e um sorriso sarcástico estava em seus lábios escuros.

— Deixa o cara em paz. – disse incomodado com a morena. Apesar de sempre flertarmos um ao outro quando estávamos juntos num mesmo ambiente, aquele sarcasmo em sua voz fora o suficiente para me deixar irritado – ainda que pouco – com ela. Voltei meu olhar a Chloé e percebi seu olhar não muito diferente do meu. Era notável que ela também se incomodava muito com algumas coisas que a melhor amiga fazia, mas preferi deixar esse assunto para depois. Não iria estragar aquela festança gratuita antes que as aulas realmente começassem no dia seguinte. – Como disse, nos vemos no auditório Rainha da Escola. É melhor correr pra lá antes que perca o seu título para alguma novata. – provoquei, encarando o sorriso prepotente da Bourgeios aparecer em seu rosto.

— Está para nascer alguém que faça isso Adrikins, meu amor. – Chloé rebateu jogando o cabelo loiro preso a um alto rabo de cavalo para trás. Estalando os dedos, ela nem se virou quando uma terceira figura apareceu ao seu lado e de Jacqueline. – Mas vou concordar com você em uma coisa. – afirmou, fazendo o rosto se tornar rígido de repente. - No auditório, daqui a dez minutos. Nada a mais. – ponderou com a voz firme, como ela sempre fazia quando realmente, realmente iria fazer alguma coisa.

Assenti levemente com a cabeça enquanto ela se virava e desaparecia entre a multidão lentamente, sendo apenas seguida por Sabrina e a espanhola de olhos azuis gélidos. Demorei meu olhar na última figura por tempo suficiente para que a morena se virasse e me lançasse uma piscadela confiante. Retribui o ato, mordendo o lábio inferior.

— É hoje que eu pego essa garota de uma vez por todas. – murmurei baixo no mesmo momento em que senti uma mão apertar meu ombro. Me virei e outro sorriso apareceu em meu rosto. – Ora essa, não é ninguém menos que El Dom Juan do François Dupont! – brinquei olhando para o rosto sonhador de Nino olhando algum ponto qualquer entre as pessoas que se conheciam, conversavam e faziam outras coisas. Cutuquei seu ombro. – E ai cara, não vai me dizer quem é a felizarda?

— Cara, cê não sabe de nada. – ele me respondeu e bagunçou o cabelo, colocando a mão no queixo e encarando o chão com vontade, como se talvez ele fosse sair voando dali a qualquer momento. –Morena, com um corpo lindo, cheirosa, tinha as mãos macias... E pra completar tava usando a mesma camiseta que eu! – contou virando-se novamente para mim.

Balancei a cabeça, olhando para cima.

— Ela parece um partido nível cinco. – classifiquei me lembrando do pouco que vira a distância que estava. – Tem quase a sua altura, bom gosto para se vestir, pelo visto também tem um bom papo...

— E ainda por cima é ruiva! – Nino exclamou afundando o rosto nas mãos e deixando um sorriso largo passar pelo seu rosto. – Cara, ela é a menina dos meus sonhos sem dúvidas. Com toda a certeza do mundo ela é um nível cinco.

Nino e eu havíamos criado um tipo de código para os tipos de garotas que víamos no começo do ensino médio. Era basicamente uma classificação das garotas mais bonitas e gostosas para as mais feias e daquelas que ninguém nem quer chegar perto. O nível um era o mais baixo – era onde ficavam as nerds bagaceiras, as gordas que não tinham nem um tipo de noção próximas de nós dois, aquelas iludidas 1/10 que achavam que arrasavam com os garotos, entre outros tipos piores. O nível número dois não mudava muita coisa – a única coisa que nós combinamos era que as nerds mais bonitinhas que se cuidavam poderiam entrar nesse nível, mas eu nunca realmente fiquei com alguma delas. E, bem, se fiquei foi apenas para zoar com a cara dela. O nível três era onde as garotas da metade do ensino médio para o final começavam a se encaixar – garotas inteligentes, bonitas e que tinham um cabelo bonito eram as principais a serem cantadas por mim e por Alex Zuberg, meu outro melhor amigo. Muitas delas causaram problemas para o Alex, mas bom... Digamos que ele tinha o espirito de um leão veloz dentro de si. Ele sempre se livrava de todas elas.

O nível quatro fora o que eu mais me encaixei até entrar para o François Dupont no ano passado, onde eu comecei fazendo faculdade de moda. Era nele que se encaixavam elas – líderes de torcida, modelos dentro do meu curso, garotas como Chloé da alta sociedade e até mesmo as outras artistas que meu pai me apresentava em algum trabalho. As gostosas ou para os mais sensíveis ao linguajar, as favoritas dos homens.

Por último, mas não menos importante, está o nível cinco. Cara, se a menina que você se encontrou ou está observando estiver nesse estágio, meu parabéns você é um cara de muita sorte. Nesse nível estavam as rainhas, as superiores, as poderosas. Ele abriga a mulher ideal – bonita, cheirosa, simpática, com aquele típico sorriso de anjo, cabelo perfeito, altura perfeita, estilo perfeito... TUDO, tudo isso se combinava e formava A garota escolhida pra você. No meu caso era Jacqueline que estava nesse nível.

Bem, quase lá.

— Você pelo menos sabe o nome dela Nino? – indaguei dando uma gargalhada. Ele balançou a cabeça, mas nem sequer olhou na minha direção.

— Alya.- disse involuntariamente - AlyaCesàire. – ele respondeu passando a mão no cabelo de novo. – Ah cara, até o nome dela é perfeito. Como é que pode?

— Olha, eu não sei – comecei olhando para o relógio preso ao meu braço e batendo no ombro do garoto para que começasse a me seguir. – Mas a gente precisa ir logo para o auditório. A essa altura alguém já deve estar dando um show naquele jogo de dança e eu quero muito ver.

O garoto negro me seguiu com uma careta enquanto seguíamos o caminho ao redor dos prédios de aula da universidade, na direção do nosso destino, próximo ao pequeno bosque das propriedades do François Dupont.

— Me engana que eu gosto. – retrucou logo atrás de mim e dei um pequeno sorriso. – Você tá é louco pra pagar pau para a Jacqueline dançando para provar, por algum motivo ridículo, que ela também tá maluca pra ficar com você.

— Sim, é basicamente isso mesmo Nino. – respondi arqueando as sobrancelhas com a clareza da situação.

Ouvi uma bufada de indignação enquanto o auditório se aproximava a alguns metros de distância. Dali podia se ouvir o som misturado de várias músicas sendo tocadas ao mesmo tempo, juntamente com as variadas rajadas de cores que saíam pela porta da frente do prédio. Imaginei se Chloé já estivesse dançando contra alguma oponente que estivesse a sua altura ou se apenas se divertia com o esforço dos participantes daquela competição medíocre que acontecia na faculdade.

— Porque é que vocês não se pegam logo? – meu melhor amigo reclamou, começando a caminhar ao meu lado. – Sabe,isso que é o incrível. Eu não entendo o porquê.

Deu uma olhada rápida para o moreno ao meu lado e uma gargalhada repentina saiu de minha boca.

— Vou dizer por quê. – disse mantendo o passo um pouco mais devagar. – Jacqueline é esperta. Ela provoca a todos com o que tem para dizer que ficaram com ela porque quiseram. Ela é ambiciosa Nino, ela fica com os outros apenas por interesse ou para conseguir algo em troca. E quando ela consegue finge que não aconteceu nada e todos ao seu redor engolem isso.

— Ela não pensa muito diferente de você. – Nino murmurou e eu revirei os olhos, ignorando o seu comentário.

— A questão é – comecei com o tom de voz firme. – Que eu não sou como ela. Ao contrário dos trouxas filhinhos de papai que ela se aproveitou, eu não vou me deixar ser dominado por ela. – levantei a cabeça determinado. – Nenhuma garota nunca fez isso comigo, e também não vai agora que isso vai mudar. Mas... Isso não quer dizer que não quero me divertir um pouco com ela.

Enfim chegamos ao auditório.

Haviam poucas pessoas lá dentro comparando a multidão de universitários aproveitando a festa do lado de fora, porém não tão pouca assim. Observei os competidores dançando músicas familiares a minha cabeça em um dos kinect’s ligados a um dos videogames. Estudei o vasto espaço do prédio sem as costumeiras cadeiras que ocupavam todo o espaço e logo notei outros dois jogos de Just Dance. Um estava em movimento e o terceiro estava parado, selecionado com uma música específica. Observei com mais atenção e raciocinei o que estava se passando ali. Haviam três etapas do campeonato: o fácil, o intermediário e o difícil. Os jogadores que mais se saíam bem disputariam entre si e o melhor deles jogaria com a Rainha da Escola, ninguém menos do que Chloé Bourgeios.

Cutuquei Nino e indiquei o primeiro jogo que parecia estar chegando ao final. A música escolhida era Problem, da Ariana Grande do Just Dance de 2015. Os passos não eram muito complicados de se executarem, mas isso não quer dizer que também eram os mais fáceis. A pessoa tinha que conhecer muito bem a música e o ritmo dela para alcançar uma boa pontuação, passando para a próxima fase.

Como eu sabia disso? Pergunte à senhorita Bourgeios. Ela me obrigava a prestar atenção nisso quando jogávamos no meu apartamento. Afinal, não era tão ruim assim...

— Cara, é ela. – Nino cochichou cutucando meu ombro com o seu cotovelo e me tirando dos meus pensamentos. Olhei para ele e virei a cabeça na direção que ele me indicava.

Não pude deixar de ficar impressionado com a beleza que eu vi. Aquela tal de Alya realmente era um nível cinco.

— Eu vi. – comentei, deixando-me analisá-la um pouco mais do que o moreno gostaria. – Cinco, com certeza.

— Olha a pontuação dela. – meu melhor amigo sussurrou olhando impressionado para o telão improvisado que estava na parede próxima a porta de entrada do auditório.

Minha boca se escancarou, mas não fora por conta dos grandes números que estavam marcados no jogo. Não. Foram a salva de palmas e gritos que me assustaram quando a música acabou e revelou que o melhor jogador daquela primeira etapa, que, por coincidência do destino ou não, era a garota do meu melhor amigo. Aquela Alya havia realmente ganhado de outros três jogadores sozinha? Observei o rosto do garoto ao meu lado não muito diferente do meu acompanhar a morena com o olhar sendo parabenizada por ninguém menos do que a responsável por tudo aquilo: Trixx. Ela já havia passado pela minha vida e sido uma antiga namorada de um cara que cuidara muito de mim – que cuida até hoje, para ser sincero. Ela parecia muito feliz pela tal de Alya e disse alguma coisa pra ela, apontando na direção do próximo jogo de Just Dance que era utilizado pelos outros jogadores.

Inclinei minha cabeça e chamei Nino para me acompanhar em meio às outras pessoas que ainda estavam eufóricas pela primeira vencedora em direção a etapa intermediária, onde mais quatro jogadores disputavam ao som de Limbo, de Daddy Yankee, que, se não me engano, fazia parte do Just Dance de 2014. Deixei que Nino tivesse mais uma oportunidade de conversar com a garota que conseguira conquistar seu coração e me esgueirei até a última etapa da competição onde poucas pessoas ainda estavam para assistir. Era a mais difícil e consequentemente deduzi que Jacqueline estaria ali. E realmente estava.

A dança iria começar e encarei a espanhola se virar antes de começar e me lançar um sorriso provocante. Porém assim que ouvimos a música escolhida, o sorriso dela desapareceu quase que instantaneamente.

— Fight Club, de Lights. – Trixx anunciou olhando ao redor e em seguida dando partida na terceira etapa.

Jacqueline podia ser a melhor em muitas músicas, mas naquela eu sabia que não era bem assim. Era muito rápida para que ela acompanhasse totalmente para conseguir uma pontuação boa o suficiente para disputar com os outros dois jogadores. Arqueei uma sobrancelha e observei para ver no que daria.

***

Alya

Eu havia acabado de competir numa partida de dança entre um monte de gente que eu não conhecia e adivinha? Eu ganhei!

Cara, eu estava muito feliz e nem me importei com aquele monte de gente que estava me encarando de rabo de olho e emburrada: parti logo dali para assistir Kattie, a minha melhor amiga dançando uma das nossas músicas mais favoritas – e mais briguentas também. Bem... Digamos que nós duas sempre nos dávamos mal quando íamos fazer corda para a outra passar por baixo no fim da coreografia e isso sempre causava muita confusão, perda de pontos e uma crise de risadas muito altas.

Mas enfim, pelo visto Kat não havia deixado isso acontecer em frente a todo aquele público que estava lhe assistindo e conseguido a melhor no fim das contas – sua pontuação era a melhor que até eu mesma já havia visto na minha vida. Logo todos que estavam ao redor da ruiva que havia se dado a melhor entre os outros três participantes. Voei na direção dela aos berros tirando a atenção dela pra mim em menos de um segundo.

— Ela é minha amiga, ela! É a melhor! – gritei dando várias gargalhadas e percebendo o rosto da mesma enrubescer de vergonha da situação.

— Miga, cala a boca, faz favor? – Kattie me pediu em voz baixa, tentando disfarçar o rosto com uma das mãos enquanto soltava seu pescoço.

— A Mari já ta dançando. – informei a garota antes de me afastar em direção a morena do outro lado do auditório. Ela assentiu e logo foi na mesma direção que eu.

Porém, como o destino havia sempre gostado de brincar comigo nessas horas adivinha com quem é que eu me esbarrei – de novo? Isso mesmo, aquele boy magia dos meus lindos sonhos e que eu não parara de tagarelar para minhas amigas desde que ele havia sumido no meio daquela multidão enfurecida do lado de fora do prédio. Coincidência? Acho que não, né pessoal?

— O-oi, você de novo. – o cumprimentei meio sem jeito. É claro que por fora eu estava tranqüila daquele jeito, mas por dentro eu meio que tava assim “Ah meu Deus, ele ta bem aqui na minha frente de novo! Alguém me segura porque eu acho que vou desmaiar! Chama o bombeiro! Alguém chama o Samu antes que esse garoto me faça passar mal e cair nos braços dele!...” — Você, hã... Veio participar da competição?

— Bom, não... Eu só vim assistir mesmo. – Nino, que era o nome dele né? Misericórdia Jesus, até o nome desse menino faz o meu coração cavalgar dentro do meu peito. Ele me lançou mais um daqueles sorrisos de derreter corações de manteiga. – Que coisa te encontrar por aqui. Não sabia que você fazia o estilo de dançarina.

Alguém me ajuda aqui.

— Eu posso te garantir que tenho muitas qualidades além dessa. – respondi lhe devolvendo o meu melhor sorriso de arrasar corações. Ele ficou corado e, ah meu Deus ele ficou ainda mais fofo daquele jeito! – Você me pareceu ser um cara bem legal. Será que terei a oportunidade de ver mais por aqui depois que as aulas na facul começarem de vez?

Ele deu uma gargalhada e abaixou os olhos por um instante.

— Provavelmente. – ele respondeu, enfiando as mãos nos bolsos da calça jeans. – Eu faço faculdade de música aqui. E você?

— Jornalismo. – disse cruzando os braços e encarando os olhos castanhos do moreno maravilhoso que estava parado a minha frente. – Quem sabe não nos esbarramos por ai de novo, por acidente?

O observei balançar os ombros, o sorriso ainda não havia sumido de sua face.

— É, quem sabe. – rebateu sem tirar os olhos de mim. Decidi arriscar e não perder mais tempo.

— E quem sabe – comecei balançando o corpo levemente. – não encontro o número do seu celular jogado no chão por acaso?

Nino começou a rir e eu o acompanhei por longos minutos até uma caneta aparecer em uma de suas mãos.

— Você é bem direta. – comentou me fazendo sentir minhas bochechas esquentarem um pouco. Fiz o máximo de esforço para não tirar o sorriso do rosto e demonstrar o meu nervosismo com aquele dizer. – Gostei disso. – disse levantando a mão com um largo sorriso. – Tem algum papel que eu possa anotar o meu número? Sei lá, não quero que ele caia no chão na próxima vez que trombarmos por ai.

Reprimi um gritinho de emoção e esfreguei as mãos, um pouco envergonhada.

— Eu não tenho papel, escreve na minha mão. – brinquei lhe estendo a palma direita com um sorriso brincalhão. – Sabe como , né?  Assim não vou me esquecer e nem deixar cair por ai.

Para minha surpresa e maior felicidade pelo resto da semana inteira aquele gato simplesmente pegou na minha mão – mais uma vez – e literalmente escreveu o número dele lá. Dei um pequeno aceno para ele quando senti duas mãos agarrarem meus ombros e me afastarem de onde estava. Sério gente, eu estava contente demais para notar que carregava aquele costumeiro sorriso de garota apaixonada e idiota no rosto. Tive que piscar umas trocentas vezes para conseguir enxergar a cara de Kat, parada bem ali na minha frente com uma expressão reprovadora no rosto. Balancei a cabeça e lhe encarei confusa.

— “Eu não tenho papel, escreve na minha mão”. – ela repetiu o que eu falei claramente fazendo referência ao que dissera para o garoto da minha vida. Só não fiquei brava com aquela nojenta porque vi sua gargalhada no final da frase e lhe imitei. – Da próxima vez, faremos uma aposta para ver se nos cinco minutos que chegarmos num lugar você não consiga o número de um bonitão que acabuo de conhecer.

— Mas é amor verdadeiro. – reclamei, gargalhando com um biquinho.

Logo voltamos a ficar sérias e observar nossa outra melhor amiga dançar a nossa frente com uma garota que... Sinceramente? Dava pra sentir o cheiro de frescura a quilômetros de distância.

Sinto cheiro de treta chegando.


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