San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 57
133. Corrida na Praia


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas!

Hoje o capítulo está fofíssimo! Espero que gostem.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/746722/chapter/57

Na manhã de segunda, Lili e eu acabamos chegando primeiro no refeitório. Pegamos nossos cafés e nos sentamos. Bebê chegou um pouco depois, e depois que ele sentou, vimos Júlio e James entrando.

Ontem tinha sido um dia maravilhoso. Dava para ver de longe como James estava feliz. Mal parecia que tinha terminado um namoro há pouco tempo. É nessas horas que vejo como os amigos são importantes para nos dar uma força.

Eu ficava feliz por ver James feliz, e sem perceber, sorri sozinha o observando.

— Do que está rindo? — Bebê questionou, estranhando, em minha frente.

— Nada. Estou feliz que o James está bem.

— É verdade — concordou Lili. — Eu também estou muito feliz por ele.

Os outros dois chegaram, James sentou do meu lado esquerdo e Júlio ao lado de Bebê.

Senti um cheiro diferente e dei uma cafungada no ombro de James.

— É o perfume que a Lili te deu?

— Sim. Bom, né?

— Ai, eu sei que é bom. — Lili falou, convencida.

Eu ri. — Sim, é bom. Vou ficar te cheirando o dia todo.

— Desse jeito vou ter que passar de novo, depois.

— Eu devia ter comprado dois frascos. — Lili riu.

Continuamos comendo e logo fomos para a aula. A manhã passou logo, fomos para nossas respectivas aulas extras e para o teatro, onde demos boas risadas. Finalmente James tinha terminado o livro da história de Bia e me dado.

Era engraçado como James e eu parecíamos mais sincronizados no ensaio, ainda mais do que antes, na verdade. Claro que já ensaiávamos juntos há tempos, mas eu sentia que estávamos ainda mais próximos, só não sabia como era possível.

A semana passou normalmente, inclusive, na quinta-feira tivemos uma aula especial sobre o dia da mulher, e Lili já quis dar uma de rainha e fazer os meninos amarrar seus cadarços e pegar o lanche para ela. Bebê disse que escravidão era proibido e que não ia fazer nada, e os outros dois foram no embalo dele, fazendo uma revolução.

Lili “mandou” alguém lhes cortar as cabeças, e Júlio falou que ela estava confundindo as coisas, e assim acabou seu império malsucedido.

Na sexta-feira, Júlio nos chamou para ir a sua casa, e a noite fomos para lá. Dormimos todos nos colchões no chão no quarto dele, como das últimas vezes, e daquela vez foi meu turno de ler o livro deitada.

— Onde já está? — James cochichou ao meu lado, encostando a bochecha em meu ombro para bisbilhotar a página do livro.

— Ah... capítulo dez.

— Já?! Nossa senhora.

— Ué, não tenho culpa se você lê devagar — provoquei, segurando o riso.

Ele me encarou, estreitando os olhos. — Eu também não tenho culpa se você lê rápido e não pega os sentimentos da história.

— E quem disse que não?

— Devorando tudo rápido assim, não pega.

— Vai cagar.

James riu baixinho e deitou de lado, deixando a cabeça no meu travesseiro ao lado da minha cabeça. — Essa parte é legal. — Apontou com o dedo.

— Sim, tô nela... Nossa, a Rebeca... Uma guerra? Como assim?

— Pois é. Não seria legal ver nossas vidas passadas?

— Não sei. Eu ficaria assustada se visse que algo assim aconteceu comigo.

— Eu acharia um máximo. — Bocejou.

— Vira esse sono para lá, eu quero terminar esse capítulo — briguei brincando.

— Ui. — Ele inclinou o rosto ainda mais para o meu pescoço, me fazendo cócegas.

— Para! — pedi baixinho, rindo. — Deixa eu acabar!

— Tá bom, tá bom.

Mais uns minutos depois e acabei de ler. Fechei o livro e o deixei atrás do travesseiro, entre o colchão e a parede.

Virei de lado também, vendo que James estava de olhos fechados.

— Acabou, finalmente? — Ele murmurou, cheio de sono.

— Acabei, seu chato. — Sorri, achando graça.

Ele deu um sorrisinho. — Agora vai dormir.

— Já vou.

James se ajeitou no meu travesseiro e esticou o braço em cima de mim, por cima da coberta. Fechei os olhos e encostei minha testa na dele, pensando que parecíamos namorados deitados daquele jeito. Quer dizer, sempre parecemos namorados.

O que era engraçado. Estar com James era tão agradável e natural que eu não conseguia nos imaginar de outra forma, mesmo que parecêssemos um casal. Não que isso me incomodasse.

Abri levemente os olhos, observando os traços do rosto dele. Notei suas sobrancelhas se mexendo, já estava até sonhando. Ele era tão fofinho que dava vontade de amassar, realmente.

Me aconcheguei e fechei os olhos, dormindo rapidamente.

Acordamos com um tempo um pouco fechado, porém, ainda quente. Tomamos café, nos trocamos e fomos para a praia. Haviam algumas nuvens, talvez chovesse mais tarde.

Como sempre, intercalamos para ir ao mar. Tomamos um pouco de sol e ficamos conversando na areia.

— Eu acho que vou caminhar um pouco. — James falou, levantando. — Preciso gastar a energia acumulada.

— Eu, hein. — Lili disse, sem o olhar.

— Você é sedentária, eu sei que é difícil acreditar — brincou.

— Sou nada, vai cagar!

Ele deu risada. — Ninguém quer ir comigo? Vai, seus mortos!

Os três resmungaram e James revirou os olhos.

— Bru?

— Não sei...

— Vamos, vai! — Abaixou, pegando minha mão e me puxando. — Só um pouquinho.

— Tá bom, tá bom — resmunguei, levantando.

— Só não demorem, acho que já, já, vai chover — disse Júlio.

— Tudo bem, já voltamos.

James segurou minha mão e começamos a caminhar na areia. Andamos uns minutos, conversando e rindo.

— Bru.

— O quê?

— Vamos apostar uma corrida?

— Corrida? — O olhei, sem entender.

— É. — Ele riu e olhou para frente. — Até... Ali! — Apontou para o outro lado da praia.

— Tá doido? É longe demais! — Dei risada.

— Vai, vamos! — Ele insistiu.

— Mas vai chover — comentei, olhando para cima.

— Você é de açúcar por acaso?

Revirei os olhos. — Eu já tô avisando que vou ficar para trás.

— Se você parar, eu paro também, e aí depois corremos de novo.

Suspirei. — Tá.

Nos posicionamos.

— Um... — James sorriu. — Dois-três! — Saiu em disparada.

— Ah! — berrei e sai correndo atrás dele.

Enquanto corríamos e riamos, prestei atenção à minha volta. As pessoas estavam saindo da praia, por causa do tempo acinzentando cada vez mais. E apesar disso, lá estávamos nós correndo feito duas crianças.

James estava na minha frente, mas sempre olhava para trás, pra ter certeza que eu ainda estava correndo. O sorriso dele era contagiante. Mesmo cansada, eu não conseguia parar.

Os cachos úmidos dele balançavam pela velocidade, mas também pelo ventoSuas costas estavam bronzeadas e os ombros vermelhos, destacando ainda mais as pintinhas que haviam ali.

Acho que conseguimos chegar na metade do caminho, e eu parei.

— James! — chamei, sem fôlego. Ele parou e olhou para trás.

— Já? — Ele riu, só que estava tão sem fôlego quanto eu.

Me apoiei nos joelhos e sentei na areia, respirando rápido. — Não dá mais.

— Fraquinha.

— Você também está morrendo, não me engana não.

— Sim, mas aguentaria correr mais três segundos, tá?

Comecei a rir.

Ai meu Deus, vou morrer.

Então senti alguns pingos gelados na pele. Levantei a mão, com a palma pra cima e mais pingos caíram. A quantidade aumentou. Gotas grossas e frias acertaram minha cabeça.

— Espera, eu nem descansei! — reclamei, olhando o céu.

— Vai ficar aí para tomar banho? — James estendeu a mão para mim.

— Eu tô meio molhada ainda, não faz diferença — resmunguei enquanto a chuva aumentava.

— Vai, preguiçosa.

Bufei e peguei sua mão, e ele me ajudou a levantar.

— Nem vale a pena voltar. — Ele disse enquanto me puxava para a calçada. — Vamos esperar passar, não vai demorar.

Tinha uma espécie de gazebo na areia, e James estava me puxando para lá. Estava vazio com exceção dos bancos que haviam no espaço.

Pelo menos ali era coberto.

James sentou no último degrau da escadinha e eu me sentei ao seu lado. Dava para ver grande parte da extensão da praia dali.

— Só porque eu já estava quase seco. — Ele reclamou, passando as mãos nos cabelos.

— Reclama com São Pedro — brinquei.

— Não, tô reclamando com você que enrolou para levantar. — Me acusou, brincando.

— Olha o jeito que você fala comigo! — Dei um empurrão com o ombro nele.

Ele riu e colocou as mãos pra trás, se apoiando no chão.

Olhei pra frente, admirando a paisagem. De canto de olho, vi James fazendo o mesmo que eu, mas com um sorriso no rosto, parecendo feliz.

Era engraçado aquela sensação. Nossa amizade sempre foi importante para mim e parecia que ela ficava mais forte a cada dia, e isso enchia o meu coração. Era como se nada faltasse. Na verdade, às vezes parecia que até transbordava.

O que eu estava sentindo?

Eu não sabia muito bem, mas era bom.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eiita! O que está rolando aí, senhorita Brubru? xD

Nos vemos semana que vem o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.