Happy Ending escrita por Yume


Capítulo 6
Capítulo VI – Não quero me casar


Notas iniciais do capítulo

LEIAM ESSAS NOTAS
Olá leitores!!!!
Gente, tô no chão!!!
Ganhei a primeira recomendação da fic!!!!
MÁRCIA VELOSO thank you, arigatou gosai imas,gracias, MUITO OBRIGADA!!!! Não imagina como fiquei feliz ao abrir a pag ontem e dar de cara com aquele recomendação linda, assim logo de cara, sendo que a fic nem mostrou a que veio kkkkk, de verdade muito obrigada!! O cap é pra você!!!
AHHHH, agora que agradeci, eu tenho uma pergunta MUITO IMPORTANTE PRA VOCÊS!!!
Quem vocês querem que eu introduza primeiro na fic?
1 - Tommy
2 - Thea
3 - Mama Smoak
4 - Helena
5 - Sara e Ray (eles são um casal, então aparecem juntos)
6 - Curtis
7 - Laurel
Me digam que vocês querem que apareça primeiro! Todos iram aparecer em algum momento, tenho um plot para cada um, mas gostaria de saber por quem começar!!!
Muito obrigada à todos pelos comentários, favoritos e acompanhamentos!
Ps: Visto que vocês gostaram do cap com mais de 2000 palavras (até teve gente que reclamou que faço caps muito pequenos kkkkk), vou me esforçar em à partir de agora, fazer capítulos com mais de 2000 palavras!!!
Nos vemos nos comentários!
Boa Leitura!



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FS

Já fazia uma semana desde que comecei a dar aulas para William, os dias passaram tão rápido, minha rotina estava sendo corrida, mesmo que meu turno de trabalho começasse apenas depois das três da tarde e terminasse próximo das seis. Eu passava bastante tempo estudando em casa também, tentava achar maneiras de fazer William entender as coisas de maneira mais simples, mesmo ele sendo bastante inteligente, ainda estava bem atrasado em algumas matérias, eu não o culpo, o garoto estava passando por bastante coisa desde que a mãe morreu.

Amy quase nunca precisou de minha ajuda na escola, o que significa que eu não sabia muito sobre o que ela estudava, mas pelo que vejo por William, a escola é realmente exigente, confesso que eu estava tendo um pouco de dificuldade em relembrar algumas coisas. Acabei descobrindo que minha filha na verdade era colega de William, isso não faz muita diferença, já que até onde sei, eles nem mesmo sabiam da existência um do outro, Amy porque é extremamente desligada para coisas relacionadas com vida social, e William porque não aparenta ter o mínimo interesse em fazer amigos na escola. Isso me leva a outro tópico.

A relação entre pai e filho é desgastante até mesmo para mim que estou de fora da situação, por horas eu sinto tanta pena do Sr. Queen, mas ao mesmo tempo quero mata-lo, outro dia escutei a Sra. Queen falando ao telefone com alguém que eu imagino ser um advogado, algo sobre impedir que a mídia soubesse onde seu filho esteve na última noite.

Oliver Queen é um enigma, exceto na primeira vez que fui dar aula, ele nunca mais entrou no quarto ou trocou qualquer palavra comigo, porém, nesses últimos dias eu o peguei espiando nossas aulas em uma fresta na porta, todos os dias no mesmo horário, ele parecia curioso, algo semelhante a um cãozinho medroso que está com medo de chegar perto do dono e levar uma xingada. Eu o entendo, William era hostil ao máximo em todas as vezes que o pai era citado.

Eu estava me acostumando com a mansão e os empregados, todos eram muito simpáticos, Moira Queen também dava o ar da graça, antes do início de cada aula ela fazia questão de entrar no quarto e conversar comigo e com William, perguntava como ele havia ido na escola e às vezes até mesmo perguntava como estava minha filha, foi dessa forma que descobri que eles eram colegas de classe. Apesar da aparência de mulher com poder, ela era uma boa pessoa, agradável até mesmo.

Hoje eu iria para a mansão de ônibus, Dig havia tirado a semana de folga, sua esposa estava para ganhar gêmeos e eles estavam bastante ansiosos com todos os preparativos. Deixei um bilhete na porta da geladeira para Amy, eu havia comprado o jantar, meu primeiro pagamento foi depositado ontem, o que significa que eu pude pagar o aluguel e ainda fazer algumas compras para casa. Tranquei o apartamento e fui até a parada mais próxima, eu não chegaria até a mansão de ônibus, teria que pegar um táxi no meio do caminho, mas pelo menos sairia mais barato pegar um quando chegasse mais perto, do que pagar pela corrida toda. Lamentei profundamente o fato de não ter pego um guarda-chuva assim que entrei no coletivo e desabou água das densas nuvens que até então, eu não havia dado bola. Que ótimo, a menos que aquela chuva parasse até o final da aula, eu iria pegar um belo de um resfriado até conseguir chegar em casa!

OQ

Olhei no relógio pela décima vez na última hora, ainda eram cinco horas, eu não poderia sair agora. Droga! Eu queria ir para casa e ver a Srta. Smoak e William estudando. Parece estranho, mas na última semana eu realmente tenho saído mais cedo do serviço e ido para casa, é praticamente um ritual, eu chego, subo as escadas, vou pé por pé até a porta do quarto, e fico espreitando por uma fresta, tem sido uma espécie de terapia maluca. Nunca imaginei que ver meu filho sorrindo e aparentemente se divertindo fosse tão bom.

Ele não é totalmente aberto com Felicity, fala muito pouco sobre a escola, os colegas ou coisas do tipo, mas ela consegue com que ele sorria enquanto estuda e pelo que pude ver, meu filho é bastante inteligente. Samantha o criou bem afinal de contas.

Eu não havia mais falado com Felicity desde então, mas acho que sei mais sobre ela do que se tivesse perguntado, percebi que ela gosta de falar, então, enquanto estuda com William, conta sobre sua vida, sobre a filha, que descobri se chamar Amy, sobre a mãe e amigos, notei que ela e John realmente tem uma relação próxima, pois Felicity fala dele com bastante carinho. Eu me sentia um pouco mal de ficar escutando as coisas atrás da porta, mas era mais forte do que eu gostaria de admitir. Desde que William veio morar comigo, o que eu mais queria era que ele se adaptasse e tivesse uma infância e adolescência tranquilas, mas nos últimos seis meses a única que via nele era ódio, tristeza e mágoa, Felicity conseguiu tirar um pouquinho disso, pelo menos quando estão sozinhos.

Suspirei cansado e encarei mais uma vez o relógio, que se dane! Larguei o que estava fazendo e levantei, vi que estava chovendo forte. Fui até o estacionamento e peguei o carro, eu odiava dirigir com chuva, as ruas ficavam mal sinalizadas, as pessoas mais desatentas e a cidade ficava feia demais, não importava para onde olhasse.

Cheguei na mansão e fui com o carro até o estacionamento no subsolo para evitar tomar um banho até chegar no hall. Dig estava de folga essa semana, então, apenas um dos motoristas, Jarbas o que dirigia para minha mãe, estava parado lendo um jornal, acenei quando passei por ele e segui para as escadas, vi minha mãe no telefone sentada no escritório, sorri e segui meu caminho, dessa vez não me preocupei em ir tão devagar pelo corredor, estava chovendo forte, meus passos não seriam ouvidos nem que eu quisesse. Cheguei na porta e me posicionei no lugar de sempre. Felicity estava com a cabeça apoiada sobre o braço esquerdo, enquanto com o outro apontava algo no caderno de William. Eu não conseguia ouvir o que estavam falando, a chuva estava realmente forte, o vento batia com violência contra a janela. Suspirei, estava quase saindo para meu quarto quando um raio forte iluminou o céu, seguido de um estrondoso ruído e então todas as luzes se apagaram.

Escutei o grito feminino vindo do quarto no meio da escuridão, entrei rápido e então trombei com o corpo pequeno e mais um grito, dessa vez mais contido. Como a chuva era forte, estava um tanto escuro lá fora, mesmo sendo cedo, mas eu pude ver a silhueta feminina parada a minha frente, notei que William estava logo atrás, pude ver o brilho dos olhos arregalados, ele estava assustado, mas acho que a Srta. Smoak estava mais. Tive vontade de rir.

— Srta. Smoak?

— Sim?

— Está tudo bem?

— Sim?

Soltei uma risada curta – Você está me perguntando ou afirmando?

— Sim... – Ela realmente estava assustada, isso era novo para mim, afinal de contas era só um apagão.

Encarei William – Está tudo bem com você?

— Está – Ele se aproximou – O que houve Felicity?

Ela pareceu despertar e o encarou, pude ver que esboçou um sorriso – Nada demais, apenas me assustei com o raio e então tudo ficou escuro, me desculpe.

Suspirei e me afastei, fui até a janela e encarei uma arvore ao longe, ela havia sido atingida pelo raio e então caiu sobre a fiação. Fui até uma gaveta na escrivaninha, peguei duas lanternas de emergência que haviam ali, entreguei uma para Felicity.

— Acho que vamos ficar sem luz por um tempo, uma árvore caiu na fiação elétrica da casa – Felicity acenou com a cabeça – Vamos descer e ver se está tudo bem lá em baixo – Encarei William – Fique próximo da Srta. Smoak e cuidado onde pisa, principalmente nas escadas – Ele concordou e ficou ao lado de Felicity.

Desci as escadas guiado pela lanterna, Felicity mantinha-se perto, ainda parecia um pouco assustada. Ao chegar lá em baixo, vi os empregados reunidos, todos com lanternas em mãos, minha mãe estava ao celular um pouco afastada.

— Estão todos bem? – Perguntei a Raíssa que estava próxima.       

— Sim, foi apenas um susto, mas acho que estamos sem luz por algum tempo, uma árvore caiu.

— Eu vi.

— Oliver – Mamãe desligou o celular e veio em minha direção – Fale com o eletricista e peça que venha o mais rápido possível, já que o Sr. Diggle não está, acho que você terá de resolver esse assunto – Mamãe estava certa, Dig era quem normalmente resolvia essas coisas relacionadas a problemas técnicos na casa.

— Está certo, vou falar com ele mais tarde, não se preocupe – Ela concordou e encarou Felicity e William que permaneciam atrás de mim.

— Acho que a aula acabou mais cedo hoje.

— Sim, eu já vou para casa, acredito que amanhã consigamos estudar normalmente – Felicity colocou uma mecha do cabelo que havia escapado da colinha, atrás da orelha – Escapou do nosso teste garotão – Falou zombeteira para William que sorriu envergonhado – Amanhã iremos faze-lo!

— Está bem Felicity, não se preocupe – Ela passou a mão em seu cabelo, um leve cafuné.

— Até amanhã então – Ela estava quase indo até a porta quando minha mãe segurou seu braço.

— Espere! Não pode sair com essa chuva, como pretende voltar para casa?

— Não se preocupe Sra. Queen, a chuva já diminuiu, vou chamar um táxi.

— Não mesmo! – Mamãe me encarou e sorriu – Oliver, a leve para casa.

— O quê? – Eu e Felicity perguntamos ao mesmo tempo, a encarei surpreso.

— Desculpe Sra. Queen, mas não precisa, eu pego um táxi.

— Um táxi irá cobrar um absurdo para vir até aqui, ainda mais com essa chuva, as estradas estão ruins – Ah Moira Queen! É claro que ela iria fazer isso! – Oliver pode leva-la, ele não tem planos a não ser ligar para o eletricista.

— E Jarbas?

Mamãe ficou quieta alguns segundos antes de responder com um sorriso – Preciso que ele verifique o restante da casa já que estamos com falta de mão de obra masculina por hoje.

Encarei minha mãe atônito. Eu não podia acreditar que ela realmente estava jogando Felicity para cima de mim! Mamãe crispou os olhos em minha direção, eu sabia que não tinha escolha, pelo menos não dessa vez, respirei fundo e forcei um sorriso, eu estava irritado, muito irritado! Mas iria entrar no seu joguinho, não iria dar um show na frente de todos, essa conversa ficaria para mais tarde.

— Ela tem razão Srta. Smoak, eu a levo até em casa – Felicity ia abrir a boca mais uma vez, mas a impedi – Não insista, por favor, é o mínimo que eu posso fazer por estar ajudando meu filho – Vi William se mexer inquieto, ignorei sua postura, estava concentrado em Felicity, as peças começaram a se juntar, eu já havia visto minha mãe conversar com ela antes das aulas, as duas pareciam bem íntimas.

— Está bem – Felicity sorriu para William e então para minha mãe – Obrigada, até amanhã – Ambos corresponderam com um aceno.

Sinalizei que Felicity fosse comigo até a garagem, aquela mansão era assustadora quando estava tudo escuro, acho que ela percebeu isso, pois manteve-se praticamente colada em mim durante todo o trajeto, segurei um profundo suspiro e a imensa vontade de soltar uma gargalhada. Quando chegamos ao estacionamento, fui até o portão.

— Maldita eletricidade – Encarei a alavanca que era usada em caso de blackouts, acho que aquilo não era usado a algum tempo, pois estava mais dura que uma pedra – Jarbas podia estar aqui!

— Quer ajuda?

— Não acho que uma bonequinha como você poderia fazer alguma diferença em algo que envolva trabalho braçal – Mesmo com a pouco luz vinda de alguns escapes, eu pude ver Felicity trincar os dentes.

— Me desculpe Sr. Queen, mas eu também tenho minhas dúvidas de que um homem acostumado a ternos de marca e mesas de escritório consiga fazer “algo que envolva trabalho braçal” – Ela literalmente fez aspas com os dedos, ri em descrença.

— Ok, por que não tenta então? – Me afastei e fiz um gesto exagerado em direção a alavanca. Ela ficou um pouco surpresa, mas logo se recuperou e encarou o mecanismo – Ficar olhando não ajuda boneca, até onde sei, não é possível mover algo com o poder da mente.

— Pare de me chamar de boneca, onde está o bom e velho Srta. Smoak?

— Ficou lá em cima quando minha mãe praticamente jogou você para cima de mim! – Agora sim ela estava irritada, seu rosto tornou-se rubro em questão de minutos.

— O quê?

— Não finja que não sabe! Eu sei que minha mãe está em volta de você a semana inteira, ela está desesperada para que eu case e qualquer mulher que pular em sua frente está de bom tamanho para arrastar o filho irresponsável para o altar!

— Eu realmente não sei onde quer chegar Sr. Queen, mas está muito enganado se pensa que estou aqui porque estou interessada em seu dinheiro, ou então porque quero me casar, muito pelo contrário, riquinhos mimados não fazem meu tipo – Riquinhos mimados? Ela não era tão calminha quanto aparentou, afinal de contas – Agora, por favor, vamos deixar isso de lado, eu realmente preciso voltar para casa e se o senhor não for me levar, então me deixei subir e pegar um táxi.

Respirei fundo procurando controle – Não ia abrir o portão Srta. Smoak?

Ela sorriu e então foi até uma corda que havia pouco acima da bendita alavanca, sem muito esforço a puxou, o portão abriu na mesma hora, a luz da rua entrou e eu pude ver o sorriso de deboche misturado a vitória. Fingi não me importar e dei de ombros indo até o carro.

Não falamos mais nada até que saímos da mansão. Eu estava irritado, a ideia de que minha mãe estava manipulando Felicity para que tenhamos algum relacionamento me deixou furioso, eu estava cansado dessa insistência e mesmo que Felicity não fosse o tipo de mulher que minha mãe estava sempre tentando jogar para cima de mim, o que de certa me surpreendia um pouco, eu não queria, relacionamentos nunca deram certo comigo, eu apenas tinha relações de sexo casual, nada além disso. Talvez eu tenha explodido um pouco, mais cedo, Felicity não merecia se envolver em meus problemas familiares, já bastava estar no meio da vida de William. Encarei a mulher ao meu lado, ela também estava irritada, de certa forma com razão, acabei descontando nela minha frustração. Felicity talvez pudesse ser uma boa amiga e talvez, até mesmo uma aliada para que eu pudesse me aproximar do meu filho. Entrar em guerra com ela não era algo favorável.


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Notas finais do capítulo

Preciso dizer para lerem AS NOTAS INICIAIS? kkkkkkk



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