Memórias de Um Anjo Imperfeito escrita por Lauren Reynolds
Capítulo 26 – Oitavo Mês
35ª Semana.
Eram dez horas da manhã quando me levantei; eu estava em Seattle e cada dia mais redonda. Waylon, meu obstetra, previa o parto para aqui duas ou no máximo três semanas, o que era costumeiro para quem engravidava de gêmeos. Minha mãe terminava de se arrumar para voltarmos a Forks, com o dia do parto tão próximo, não fazia muito sentido eu continuar aqui.
- Mãe... É natural eu sentir contrações tão cedo? – Perguntei a ela quando senti algumas pontadas.
- Depende da pessoa, querida. Está com muita dor? – Ela perguntou.
- Mais ou menos. Está ficando um pouco mais forte do que da outra vez.
- Logo nós chegaremos a Forks.
O Volvo prateado de Edward estava parado no sinaleiro na principal avenida, onde ficavam as maiores lojas, o maior hospital e a faculdade. Enquanto esperava o sinal verde, inclinei-me para frente para ligar o toca CD, quando ouvi uma batida.
- O que foi isso?!
- Não sei, Bella. Não sei. Precisamos sair dessa avenida logo! – Minha mãe dizia nervosa.
Eu torci o corpo e virei para trás na tentativa de ver alguma coisa, mas por causa do meu tamanho, não conseguia ver nada. Olhei pelo espelho retrovisor e vi uma das lixeiras que ficavam na calçada, caindo no chão; e do lado dela, um motoqueiro caído com sua moto Honda ao seu lado.
- Mãe, alguém deve ter batido naquela placa. – Eu disse meio nervosa, sentindo novamente, as contrações.
- Agora sim! – Ela suspirou de alívio quando pode acelerar o carro.
- NÃO!!!!! BELLA!!!! – A voz de Edward ecoou pela vasta campina verde, chegando aos ouvidos da esposa na cidade; ao passo que a lateral traseira do volvo era atingida por um porsche conversível azul marinho.
Bella e Renée ouviram a voz de Edward, mas era tarde demais. O volvo prateado girava pela avenida com a pancada do conversível em alta velocidade. No porsche, um casal – um cara alto, com cabelos escuros e ondulados; junto a uma garota loira – estavam desacordados, com os rostos colados sobre o airbag.
As pessoas começavam a se acumular no local. A sirene da polícia podia ser ouvida e o resgate já estava a caminho.
Renée sentiu o airbag do volvo explodir próximo ao seu peito quando o carro se chocou com a placa. Bella já estava com o rosto sobre o dispositivo inflado e suas mãos envolviam sua barriga. Havia um pequeno corte na testa das duas, mas era no lado onde Bella estava que o vidro se estilhaçou e a lateral ficou danificada.
- Oh meu deus! Renée? Bella?! – Jacob saíra correndo de dentro da WineWorth quando viu o acidente. – Chamem uma ambulância, ela esta grávida!! – Ele dizia desesperado.
Dois minutos depois, a polícia e duas ambulâncias já estavam estacionando na avenida. Dois policiais isolavam a área, enquanto os paramédicos retiravam o casal do conversível e Renée do carro. Dois outros paramédicos usaram pés de cabra e alicates para abrir a porta da lateral destruída, para assim tirar Bella, que havia ficado com as pernas presas.
- O senhor viu o acidente? – Um policial tomava nota.
- Sim senhor. Sou Jacob Black, trabalho aqui na Wineworth. Eu estava saindo quando vi o conversível batendo naquela moto e então arrancando. – Jacob disse aflito. – Posso ir até a ambulância?
- Só mais umas perguntas. Será rápido. – O policial disse. – O que mais viu?
- Quando o farol abriu o carro deve ter arrancado. Eu só vi o volvo girando. Olhe, preciso vê-las, eu as conheço! – Ele teimou.
- Tudo bem, obrigado pela informação. – O policial agradeceu e se dirigiu a outra pessoa.
Jacob se aproximou da maca de Renée, enquanto Bella era colocada sobre outra maca. Renée e Bella tinham um colar cervical em seus pescoços.
- Ela precisa ser levada para o hospital agora! – Um dos paramédicos disse. – O senhor a conhece?
- Sim, sou... amigo de infância dela. – Jacob respondeu.
- Pode ir junto!
Jacob entrou na ambulância, se sentando no banco próximo a porta. Ele pegou seu celular e discou o primeiro número que viu pela frente: Alice e Charlie.
“Oi Jake!” Alice disse empolgada.
- Alice, espera. Olha. Estou numa ambulância, houve um pequeno acidente aqui na avenida e um carro atingiu o volvo. – Ele falou.
“Oh meu deus! E como Bella está? Renée?”
- Renée creio que está bem, mas Bella precisa de cuidados e eu estou indo para o Harborview. Fica próximo a universidade. – Ele disse. – Avise os outros, por favor. Vou ligar para Charlie.
“Ok, Jake. Obrigada.” Alice desligou.
Logo em seguida, Jacob discara o número de Charlie e lhe informara do acidente. Charlie se desesperou e logo entrou na viatura. Assim que parou no hospital em Forks, Charlie avisara Carlisle sobre Bella; o médico prontamente pegou sua maleta e os dois correram para o carro. Com a sirene ligada, Charlie dirigia a mais de cento e cinqüenta km/h, mas mesmo assim, não iria chegar tão rápido na outra cidade.
Alice e Rosalie saíram da sala com suas coisas, passaram pelo pavilhão onde Bella tinha aula e avisaram Victoria, que no mesmo instante, arrumou suas coisas e saiu da sala. As três correram para o centro esportivo, onde Emmett e Jasper estavam. Logo, todos estavam dentro carro dirigindo para o hospital.
(...)
- Então, Dr. Como elas estão? – Jacob perguntou ao médico.
- A mãe está bem, fora de perigo, foi só uma pancada. – O médico dizia.
- O que você quis dizer com fora de perigo? E Bella? – Victoria perguntou.
- Isabella está em trabalho de parto. Presumimos que com as pancadas, possa haver uma hemorragia interna.
- Oh meu deus!! – Rosalie abraçou Emmett.
- Renée já acordou. – O médico disse. – O senhor pode ir vê-la.
(...)
Em algum lugar distante, que durante a manhã fora cheio de alegria e de uma luz dourada dos raios de sol, estava Edward. O lugar agora não passava de uma planície escura, encoberta por nuvens de tristeza. Alicia não estava ali, só Jamie, que mantinha uma mão sobre o ombro de Edward. Só conseguia confortá-lo dessa forma. Logo mais, uma pequena luz irradiou, dando lugar a duas presenças magníficas.
- Eu já estou aqui. Por que ela? Por que Bella não pode ficar? – Edward perguntava entre lágrimas. – Eu demorei para entender que minha missão era estar aqui para protegê-la, mas de que adianta se não pude evitar aquele acidente? Do que adianta, Gabriel?!
- Sinto muito. Mas nós somos anjos da guarda, cuidamos de nossos amados, protegendo-os das más influências, dos olhares invejosos e não dos perigos físicos, Edward. – O Arcanjo disse a ele.
- Eu não sei quais os planos que Ele tem para vocês dois... – O Arcanjo Miguel disse. – Mas Ele pediu para lhe avisar: “Seus filhos estão bem.”
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
¬¬ Eu não devia nem comentar, muito né? Porque onde foram parar os reviews?
Mas, enfim.. Só resolvi postar, porque eu pretendo encerrar essa fic ainda esse mês. u_u E porque eu acho que o final dela ficou muito bonitinho.
COmentem.
Beijinhs