Assim que Aurora pisou no salão, todos pararam o que estavam fazendo e observaram entre murmúrios a Potter entrar com o seu vestido deslumbrante. Parecia uma visão sobrenatural aos olhos dos convidados, algo impressionante e ao mesmo tempo intimidador.

Aurora nunca se sentiu tão observada na sua vida, isso incomodava, era como se... Uma explosão de emoções atingisse fortemente o seu peito: medo, angústia, vontade de sair correndo. Tudo ao mesmo tempo. Olhar aqueles rostos conhecidos lhe trazia nostalgia, pensava em como poderia ser diferente se James e Lílian estivessem vivos misturados naquela multidão. Respirou cansada. Aquilo seria um sonho impossível de acontecer. 

— Está tudo bem Aurora? - perguntou Sirius ao seu lado. - Aurora?

— Traidora! - disse Alastor Moody muito aborrecido.

— Traidora! Traidora! Traidora! - todos falavam em coro e ela pode ver Harry acompanhando a cantoria. - Traidora! Traidora! Traidora!

— Você é uma decepção pra mim. Uma vergonha pra nossa família. - Harry avançou a atacando. - Eu acreditei em você. Seu irmão acreditou em você! Como pode me abandonar?

BOOM!

Calma, isso não aconteceu de verdade, era apenas o pensamento de Aurora, ela ainda estava do lado de fora com Sirius, Remo e Saimon.

— Não sei se consigo... - disse Aurora insegura. 

— Vou estar com você, palavra de Maroto. - deram as mãos.

— NÓS vamos estar com você. - interrompeu Saimon separando os dois. 

Sirius não gostou e se sentiu incomodado com a presença do amigo de Aurora.

Eles entraram no salão, os quatro. A música continuava tocando e só algumas pessoas encaravam reconhecendo ela.

— Aurora! - disse Dumbledore abrindo um largo sorriso. - Quanto tempo! - ele foi abraca-la, atraindo olhares curiosos. - Você está belíssima!

Harry parou atrás de Dumbledore.

— Tia Aurora! 

Dali em diante todos ficaram sabendo de sua existência. Harry queria ficar cada segundo perto dela, não se desgrudava por nada. Sentia falta de alguém da família para ter que contar, ele sabia que com Aurora sua vida seria melhor e mais feliz. Poderiam morar em uma casa de campo bem longe da cidade com a visão do mar todas as manhãs.

— Seria maravilhoso, Harry, mas... 

— Mas?

— É complicado, eu tenho que te contar uma coisa sobre mim...

Aurora ia contar a Harry sobre seu emprego como agente secreta da CIA, não aguentava guardar esse segredo dele, por mais que isso a prejudicasse. Mas Saimon os interrompeu.

— Me concede essa dança senhorita? - Saimon ofereceu a mão.

Aurora logo desconfiou que o amigo fez aquilo de propósito.

— Claro, cavalheiro. - fazendo uma reverência, entrando na brincadeira.

Sirius via tudo do outro lado do salão, ele bebia Whisky de Fogo sozinho e com uma expressão nada boa no rosto.

— Parece que não foi dessa vez que ganhou a garota, Black. - debochou Snape. - Isso deve ser decepcionante, não é? 

— Você devia aproveitar o champanhe, porque pode ser que essa seja a sua ultima taça, Ranhoso.

— Você não faria isso na frente do seu querido afilhado e da sua... O que ela é mesmo sua? Ah, lembrei, nada.

Isso foi demais para Sirius, apesar de estar um pouco alterado, ao mesmo tempo com raiva e ciúmes de Aurora, e também com uma vontade tremenda de dar um belo de um soco em Snape por simplesmente ser ele.

O Black começou com um soco de esquerda. Remo e Arthur foram apartar a briga, enquanto o restante observavam se tornar algo sério, quando Snape lançou um feitiço poderoso que fez com que Sirius ficasse desacordado e fosse acudido por Aurora.

Ao mesmo tempo, o relógio marcava meia noite em ponto e os fogos de artifícios denunciou a comemoração de Natal, em que as pessoas perdoam umas as outras e desejam um feliz Natal, mas não foi isso que aconteceu.

Ao contrário disso, o que se ouvia era apenas os fogos de artifícios e a multidão de bruxos tristes pela festa de Natal ter sido um desastre, acabando com alguém ferido e outro desacordado.