Harry e o Professor Dumbledore estavam sozinhos na sala de estar que, á pouco, estava lotada de membros da Ordem. Potter podia confiar nele, era a segunda pessoa depois de Sirius que ele mais confiava. Estranhamente, mais irritado do que nunca, o que fez com que as suspeitas de Dumbledore se confirmasse:

— Faz muito tempo que está assim, Harry? Se sentindo com raiva quase o tempo todo, a sua cicatriz dói? — perguntou o professor calmamente.

Ele quase hesitou em dizer, porque até para os seus amigos não havia dito como se sentia incomodado, com medo da reação e como julgariam. — Como sabe? Pergunta idiota, você sabe de tudo, não é? Por que estou assim, professor? Parece que, todo o tempo minha cabeça vai explodir e eu tenho vontade de...

— Matar? E não vai passar, até derrotarmos Voldemort, mas dá para controlar com a Oclumência.

— O que é isso?

— É a defesa da mente contra invasões externas. Voldemort está te controlando e torturando mentalmente, Harry, não pode deixá-lo entrar na sua mente. Severo vai lhe ensinar, eu pedi para ele que lhe desse aulas extras.

— Snape?! 

— Ele é especialista no assunto. Mas também, gostaria de falar sobre outro assunto: sua tia Aurora.

— Por mais que você e o pessoal tentasse esconder os jornais de mim, eu já li. — Dumbledore não pode deixar escapar um sorriso torto. — O que acha que ela foi fazer na Travessa do Tranco, quer dizer, será que é verdade mesmo?

— Rita Skeeter nunca teve uma fama muito boa, ela gosta de aumentar os fatos... mas sobre a Travessa do Tranco tenho minhas dúvidas.

— Mas o que ela iria fazer em um lugar daqueles?! — disse Harry lembrando que no seu segundo ano em Hogwarts foi parar lá por engano.

— Eu e a Ordem achamos que seja Pedro Pettigrew.

— Ela quer se vingar dele... Seja como for ela não está sozinha nisso. — fechou os punhos.

— Você disse que sua tia estava com um homem, consegue descrevê-lo?

— Não, foi muito rápido, mas eles pareciam ser muito amigos.

— Amigos? Me lembro que Aurora era muito popular em Hogwarts, mas não me lembro de alguém em específico...

— Não, acho que ele era Trouxa, ele tinha chegado depois que aconteceu tudo.

Essa Dumbledore não esperava, foi uma surpresa até pra ele.

— Bom saber... Harry quero que marque um encontro com ela, mas não diga que eu sei. Eu e a Ordem estaremos lá também. Consegue fazer isso?

— Uma surpresa? Por quê?

— Se ela saber que estamos lá, Aurora não vai aparecer. Acho que, depois do que aconteceu na noite de 1981, ela não acredita em ninguém, exceto, você.

Potter confirmou com a cabeça. O professor sugeriu que ele escrevesse um nome que ela saberia, sem ser o nome dela, para que o Ministério não suspeitasse. Dumbledore disse que James a chamava de Felina por causa do patrono dela que era um Tigre.

Cara Felina,

Me encontre na Estação King's Cross no dia 01 de setembro, assim podemos ir juntos para Hogwarts.

Com muitas saudades, Harry.

— Juntos para Hogwarts?! — disse Saimon não entendendo. — É uma charada?

— É uma distração para o Ministério achar que ele está escrevendo para uma colega de Hogwarts. — sorri ao notar que suas ultimas palavras eram de que ele estava com saudades de mim.

— Como sabe que é o seu sobrinho Harry?

— Ele me chamou de Felina, quem me chamava assim era meu irmão James...

 01 de Setembro - Estação King's Cross

 O dia na Estação amanheceu cheio de pessoas que vinha de todos os lados, tinha esquecido como era movimentado nessa época. Eu e Saimon já estávamos esperando no alto das escadas onde tinha uma visão melhor do lugar.

— Chegamos muito cedo. — Saimon olhou para o relógio. 

— Não reclama, é o meu sobrinho, vou vê-lo de novo! Se anima, quem sabe eu te apresento algum dia Alvo Dumbledore. 

— Isso é chantagem, pra cima da minha pessoa? Eu não caio nessa! — disse quase se convencendo que não o faria mudar de ideia, mas acabou resistindo. — Quando vai me apresentar Alvo Dumbledore?

Sorri vitoriosa. Quando andamos um pouco mais a frente pude avistar Harry ao longe conversando com uma garota e um menino, acho que são os amigos dele, pensei.

— Ele está ali, agora o que faremos? — Saimon sussurrou no meu ouvido.

Harry a viu no mesmo instante, parando de andar.

— Harry? — chamou Hermione preocupada, mas logo seguiu os olhos de Harry e pode ver sua resposta: Aurora Potter. — É ela? — perguntou impressionada com a beleza da mulher.

— Uau! Sua tia é linda, Harry.

Hermione olhou surpresa com o comentário de Rony. 

Aurora e Saimon desceram as escadas com pressa como se quisessem fugir, e Harry e seus amigos começaram a segui-la junto com os Aurores logo atrás.